Buscar

CASO CONCRETO 02

Prévia do material em texto

EXCELENTISSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREDIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICIPIO Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ n°, com sede na rua n°..., Centro, Município Y/SP, neste ato representado por seu presidente..., por seu advogado que esta subscreve, com procuração anexa e endereço constante à rua..., número..., Cidade, e-mail, para onde devem ser remetidas as intimações, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 5°, LXXI, da CRFB/1988, Lei 13.300/2016, impetrar
MANDADO DE INJUÇÃO COLETIVO 
Em face da ausência de regulamentação que toma inviável o exercício de direito constitucional do reajuste anual previsto no artigo 37 X, da CRFB por inércia do PREFEITO MUNICIPAL K, pelos fatos e direitos a seguir expostos:
DA NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA LIMITADA:
	Entende-se como tal a norma constitucional que sozinha não tem força para produzir seus efeitos, necessitando de ato administrativo ou legitimo infraconstitucional para que possa produzi-los e se tornar eficaz. 
DA LEGITIMIDADE ATIVA:
	É legitimo ativo para propor mandado de injunção qualquer um do povo que tenha direito ou prerrogativa assegurada pela Constituição de 1988, em norma de eficácia limitada, e por falta de regulamentação da norma constitucional esteja impedido de exercê-lo.
	Contudo, como não existe legislação especifica para o mandado de injunção, apenas referência da Lei 13.300/2016, até que haja norma regulamentadora do MI, aplicando-se as normas do mandado de segurança.
	Assim, não há por que negar a possibilidade da impetração do MI coletivo, aplicando-se o contido na CRFB para MS coletivo com o se artigo 5° LXX, b.
	Desta forma, com a interpretação sistemática das leis de tutelas coletivas, é perfeitamente possível a substituição processual deste sindicato, como impetrante do presente MI coletivo, na forma do artigo 5°, LXXI c/c a Lei 13.300/2016, na forma do artigo 5°, LXX da CRFB.
DA LEGITIMIDADE PASSIVA:
	Por outro lado, o legitimo passivo do mandado de injunção é a autoridade- ou autoridades que tem a competência constitucional para suprir a omissão legislativa ou administrativa e não o fizeram.
DOS FATOS:
	Teresa é funcionária do Município Y, do Estado de São Paulo, e exerce aproximadamente há 16 anos atividade profissional em estação de tratamento de esgoto. 
	Submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde, recebe assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. 
	Caio presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y afirma que segundo a Lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual e tal benefício.
	O sindicato vem promover a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados. 
DOS FUNDAMENTOS: 
	A ausência da Lei complementar municipal regulamentadora do direito previsto na Constituição Estadual (artigo 51 incisos 4°, III) torna inviável o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que laboram em condição especiais que prejudicam a saúde ou integridade física (atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas).
	Razão pela qual, o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da pretensão veiculada. 
	O município tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência supletiva art. 24 incisos 3° c/c art. 30, II da Constituição Federal. 
	A competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente artigo 24 XII da CF, de modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá competência plena do chefe do executivo local para propositura da lei, sem prejuízo, é claro, da superveniência de lei federal a respeito insido 4° artigo 24 CF. 
DOS PEDIDOS:
	Ante o exposto, requer:
a) A notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo –lhe ser enviada a segunda via apresentada com cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações, como preceitua o artigo 5° I da Lei 13.300/2016;
b) A ciência do ajuizamento da ação à Procuradoria Geral do Município K, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo ingresse com o feito, na forma do artigo 5°, II, da Lei 13.300/2016;
c) A intimação do membro do Ministério Público para se manifestar no prazo de 10 (dez) dias como ordena o artigo 7° da Lei 13.300/2016;
d) Seja determinado prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora, nos moldes do artigo 8°, I da Lei 13.300/2016;
e) Sejam estabelecidas as condições em que se dará o exercício do direito constitucional reclamado, caso não seja suprida a mora legislativa, no prazo determinado, como reza o artigo 8° II, da Lei 13.300/2016;
f) A condenação do impetrado no ônus de sucumbência, notadamente no que se refere às custas processuais.
Atribui o valor da causa R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos fiscais.
Nestes termos
Pede deferimento
LOCAL E DATA
ADVOGADO
OAB/UF

Continue navegando