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Morfofuncional | UC XIV | SP1 Pneumonia bacteriana Agente etiológico provável? provavelmente uma pneumonia adquirida na comunidade 1º- Streptococco pneumoniae 2º - Mycoplasma 3º - Vírus 4º - Chlamydia pneumoniae 5º - Haemophilus ● Diferenciação entre típicos e atípicos - típico faz pneumonia típica, que quando pego o quadro clínico do paciente é aquele quadro clínico típico ; tosse produtiva, febre, etc; tem capacidade de se corar pelo gram - cora roxo; e consequentemente responde muito bem aos beta lactâmicos → ex: cefalosporina e penicilina - atípico : quadro clínico atípico; febre baixa, tosse seca, parece um quadro viral; é uma pneumonia mais branda, mascarada não cora bem pelo gram e não responde bem aos beta lactâmicos; → quando alguém é internado por uma pneumonia da comunidade, preciso pensar como vou instituir o tratamento; se meu paciente tem uma pneumonia típica, vou dar um beta-lactâmico; a pneumo é típica, provavelmente o microrganismo é típico; ● 4 mecanismos fisiopatológicos para desenvolver a pneumonia microaspiração : paciente tem colonização na nasofaringe ou orofaringe e ele vai microaspirando aos poucos inalação : inalação de gotículas hematogênica por endocardite expansão direta : foco pleural ou torácico que faz uma distensão direta ● Agentes etiológicos - Pneumococo Típico gram + muito comum, pode causar qualquer alteração em rx; abscesso, derrame pleural na primeira foto não dá pra ver o seio costofrênico e cardiofrênico → provavelmente tem um derrame pleural; PNM pseudo tumoral- como se fosse uma pneumonia redonda; Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 1 Morfofuncional | UC XIV | SP1 - Mycoplasma pneumoniae atípico (não tem parede celular) gram negativo (-) pacientes tem síndrome gripal: febre, tosse seca, rx as vezes não tem nada respondem aos macrolídeos- azitromicina e claritromicina (pode ser usado eritromicina no tratamento também, mas na prática clínica a azitromicina é a mais frequente) alteração no hemograma é discreta pacientes que fazem síndrome gripal podem ter vesículas na membrana timpânica - miringite bolhosa; isso pode dar uma ideia de mycoplasma - Haemophilus influenza típico gram positivo (+) mais comum no DPOC o pneumococo é o mais importante da pneumonia da comunidade, vem na frente de todo mundo, exceto no paciente com DPOC, em que o h. influenza é o mais comum de pneumonia da comunidade - Klebsiella atípico bacilo gram negativo (-) que provoca uma pneumonia muito grave principalmente em etilistas e diabéticos → Qual é o principal agente etiológico de pneumonia na comunidade em paciente com DPOC? Haemophilus → Se for em paciente etilista e com diabetes , é pneumococo, mas se o gram do escarro for negativo, eu preciso pensar em Klebsiella Pode causar pnm lobo pesado: - Legionella atípica bacilo gram negativo (-) causa pneumonia grave; quadro típico de pneumonia grave, mas é um microrganismo atípico essa pneumonia apresenta sinal de faget - é quando temos febre, sem elevação da FC leva a muita manifestação GI: diarreia, dor abdominal ● Casos mais graves da comunidade; preciso de fatores de risco para ter eles: são comuns em hospital, mas não é exclusividade hospitalar - S. aureus típico gram positivo (+) quadro grave mais comuns em faixas etárias menores; é comum após influenza (viral) precisamos pensar em usuários de droga IV Paciente com estafilo pode causar qualquer alteração radiológica; faz como se fosse pneumatocele, que podem romper e formar um piopneumotórax (relacionado a pus, rompe a “bolinha” de ar que tem infecção dentro ); além disso, pode levar a derrame pleural, pneumonia necrosante- “bolota de ar” com líquido dentro < 2cm é pneumonia necrosante >2cm diz mais sobre abscesso Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 2 Morfofuncional | UC XIV | SP1 - Pseudomonas típico bacilo gram negativo (-) pode dar pneumo da comunidade, é bem grave; geralmente acomete um paciente com problema pulmonar estrutural- bronquiectasia, fibrose cística, etc. paciente geralmente tem neutropenia ou usa corticoide → são considerados fatores de risco a mais, tanto para pseudomonas quanto staphylo → Como e quando procurar o agente etiológico? Quando falamos em infecto, normalmente para achar o agente e tratar da maneira adequada, não conseguimos achar primeiro para depois tratar; então na maioria das vezes fazemos o tratamento empírico; procuro o microrganismo quando tiver de frente a uma situação em que estou tratando o paciente e ele não está respondendo a terapêutica inicial; - Como procurar? exame de escarro; hemocultura; antígenos urinárias (na prática não é tão usado) → Tratamento é feito baseado nas características do caso clínico, associando ao provável microrganismo causador → pneumonia é um processo infeccioso agudo do parênquima pulmonar, e dividimos a apresentação típica e atípica → paciente com quadro clínico atípico, tem um gripão, tosse, febre, exame do aparelho respiratório pobre, etc → diagnóstico : clínica + imagem → Por que é bom sempre pedir rx? Descartar complicações ● Histologia O alvéolo normal é o cheio de “buracos”, quando temos um problema, eles ficam todos preenchidos ● tratamento hospitalar x ambulatorial → Score curb 65 dá uma ideia de como iniciar o tratamento, se vai ser em casa e se vou internar preciso saber: C é confusão mental u- ureia > ou = 50 r- FR > ou = 30 b- baixa pressão; PAS < 90; PAD < ou = 60 65 → é a idade se o paciente não pontuar ou apresentar um ponto, ele pode ser tratado ambulatorialmente; se for 2 ou + pontos é um paciente que precisa/considero ser internado 3 ou + precisa internar!!! curb não é uma regra fundamental que devo seguir a todo custo; às vezes umpaciente com 1 ponto, que vomita muito; ou não tem condição de comprar o antibiótico, ou oriento ele e ele não consegue compreender, faço internação para garantir que haja adesão ao tratamento curb dá uma ideia do que fazer, mas se eu pego um paciente que não é hígido, que não tem consciência direito do que está acontecendo, não vou mandar ele pra casa Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 3 Morfofuncional | UC XIV | SP1 → precisamos ter um julgamento clínico, bom senso! → paciente foi internado, enfermaria ou terapia intensiva? no consenso brasileiro diz que 4 ou 5 pontos do curb precisa da UTI mas pelo critério da sociedade americana usa-se critérios maiores e menores (pelo menos 1 dos 2 maiores- ventilação mecânica e choque séptico; já os menores - temperatura baixa, troca gasosa prejudicada, acometimento multilobular, leucócitos 4k, etc) → tratamento propriamente dito na prática beta lactâmicos ou macrolídeos; em sociedade americana usa doxiciclina 1. paciente hígido- trato ambulatorialmente 2. paciente com comorbidade/ tomou atb prévio/ + grave → beta lactâmico + macrolídeo 3. alergia a beta lactâmico ou macrolídeo 4. internação em enfermaria ou uti Para pacientes hígidos: se após +/- 72 horas de tratamento este paciente não melhorar, pode ser feita uma associação com clavulanato; alguns médicos já iniciam o tratamento com amoxicilina e clavulanato; azitromicina pode ser usada por 3 dias; claritromicina por 5 dias; mas na prática, usa-se azitromicina por 5 dias; doxiciclina não é tão usada no BR, devido a diferença de microrganismos Não é qualquer quinolona, não vou dar ciprofloxacina para tratar pneumonia ; ou levofloxacina ou moxifloxacina Não usa-se amoxicilina geralmente; damos Vancomicina com Sulbactam ou uma cefalosporina de 3ª geração associada aos macrolídeos ● frente a esse caso clínico, o que chama atenção: → etilismo - é um paciente que broncoaspira e quando um paciente broncoaspira, precisa ser mudado o método terapêutico desse paciente; acabamos tendo que colocar um antibiótico; toda vez que pegamos um paciente com quadro clínico de pneumonia, temos que pensar nas bactérias anaeróbias, que ficam na nossa naso e orofaringe; se o paciente broncoaspira, ele pode desenvolver uma pneumonia anaeróbica → por isso é necessário antibióticos para a principal bactéria, mas também para anaeróbica; → quadro clínico bem clássico de problema pulmonar → quando pega casos de pneumonia, em posto de saúde, às vezes ele chega com história de tosse, há 3-4 dias, e agora a tosse é produtiva, apresenta febre prostração, catarro amarelado, apresenta estertores em base → preciso fazer um RX de tórax? sim, mas se demora mais de 2 ou 3 dias, eu vou iniciar o tratamento mesmo sem o resultado; não pode retardar o início de tratamento caso não haja o resultado do exame de imagem → no exame de imagem descartamos complicações; o derrame pleural pode ser uma complicação da pneumo, mas a sua ausculta é diminuída, não apresenta estertores; uma ausculta até abolida no local do derrame, se comparado com o local onde não tem o derrame Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 4 Morfofuncional | UC XIV | SP1 → derrame pleural é uma complicação de um quadro pneumônico → PA 10/80, ainda não está entrando em choque, mas precisamos ficar atento porque ele tem uma frequência cardíaca aumentada; alteração da FC é a primeira alteração, dificilmente em início de sepse um paciente vai chegar hipotenso; geralmente a primeira alteração é a FC; → quando o paciente começa a ficar hipotensa, a FC aumenta para tentar aumentar o débito e manter a oxigenação; → padrão ventilatório de paciente com quadro pulmonar precisa ser contado; avaliar se tem retração de fúrcula, de arco costal, se ele tiver, é necessário fazer IOT para manter a via aérea e a oxigenação → saturação só ela em si não diz muita coisa; uma queda de saturação em 88 não vou necessariamente precisar de IOT, posso apenas oferecer o2 na máscara; mas o paciente que chega em esforço respiratório, alteração de fúrcula, alteração de arco costal, provavelmente esse paciente vai ficar mais grave ; a saturação em si não deve ser um padrão isolado avaliado → Estou em um serviço grande, quando esse paciente chegar o que eu quero pedir para ele? RX rx da imagem abaixo: o problema não está na base e sim no ápice. É só pra ilustrar. em azul, ápice de pulmão direito temos consolidação isso dá a ideia de que além da clínica + raio X → quadro de pneumonia No hemograma, o que chama atenção: leucocitose com desvio à esquerda neutrófilos: pensamos em infecção bacteriana (se fosse viral, pensaríamos em linfócitos aumentados) Relembrando: bastonetes são células jovem que são liberadas pela medula para conter um processo infeccioso HD ? Pneumonia bacteriana Tratamento : vamos internar esse paciente; ele não é o tipo de paciente que vai lembrar de tomar o medicamento, visto que ele é etilista. Tratar IV com betalactâmico + macrolídeo Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 5
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