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DOENÇAS RESTRITIVA NA INFÂNCIA Introdução 2 Doença pulmonar restritiva é um termo usado para descrever uma condição caracterizada por redução do volume pulmonar. Isso pode ser devido a perda da elasticidade dos pulmões ou a um problema com a parede torácica Doenças mais frequentes Pneumonia Covid-19 Doenças muscular Síndrome do desconforto respiratório Escoliose Atelectasia pulmonar Derrame pleural 3 Pneumonia 4 A Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, podendo acometer a região dos alvéolos pulmonares e às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).São provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Pode ser classificada como Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC), Pneumonia Hospitalar (PH) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM), considerando a origem da infecção e outros critérios específicos A pneumonia na criança é causada na maioria dos casos por vírus e surge como uma complicação da gripe, podendo estar associada com adenovírus, vírus sincicial humano, parainfluenza e influenza do tipo A, B ou C, sendo nesses casos denominada pneumonia viral. Pode também desenvolver a pneumonia bacteriana, que é causada por bactérias, que está na maioria dos casos relacionado com Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus. 5 Quadro clínico 6 Febre taquicardia calafrios Sudorese Tosse seca ou produtiva Dor torácica Dispneia 7 Objetivo • Drenagem postural; ▪ Aceleração do fluxo expiratório; ▪ Remoção de secreções por estímulo de tosse ou aspiração traqueal caso a criança esteja intubada. Conduta • Drenagem postural; Aceleração do fluxo expiratório; • Remoção de secreções por estímulo de tosse ou aspiração traqueal caso a criança esteja intubada. Tratamento fisioterapêutico Covid-19 8 . No final de 2019, os primeiros casos de uma pneumonia de etiologia desconhecida foram reportados em Wuhan, na província de Hubei, na China. O coronavírus responsável pela COVID-19 é um betacoronavírus, pertencente ao mesmo subgrupo do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) e da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV). 9 • Os coronavírus são compostos por 4 proteínas estruturais – de espícula (S), de membrana (M), do nucleocapsídeo (N) e do envelope (E) e 16 não estruturais, além de proteínas acessórias. • A proteína S, do inglês Spike, compõe as espículas da superfície viral, gerando um aspecto de “coroa”, o que deu origem ao nome coronavírus. • Ela é a responsável pela entrada do vírus na célula hospedeira por meio da sua ligação ao seu receptor celular, a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2). • Em crianças, o número desses receptores no epitélio nasal é menor e aumenta de forma proporcional à idade. MODO DE TRANSMISSÃO ● O principal modo de transmissão do vírus SARS-CoV-2 é pessoa a pessoa, por meio de gotículas respiratórias ou por contato direto ou indireto. ● A transmissão transplacentária foi descrita de forma rara, provavelmente relacionada a condições de elevada viremia materna. ● O período de incubação varia de 2 a 14 dias após a exposição, com uma média de 5 dias. ● O pico da transmissibilidade ocorre logo após o início dos sintomas. ● O risco de transmissão é maior em casos de contato próximo, por tempo prolongado e em locais fechados. 10 Classificação de manifestações clínicas da COVID-19: ● Leve - Infecção de vias aéreas superiores: sintomas inespecíficos, acompanhados ou não de febre ● Moderado - Pneumonia sem complicações: dispneia ou taquipneia, sem hipoxemia ● Grave - Pneumonia associada a pelo menos um dos seguintes sinais: Cianose central ou SpO2 < 90-92%; Sinais de insuficiência respiratória; Sinais sistêmicos de alerta: incapacidade de amamentar ou beber, letargia ou inconsciência ou convulsões. ● Crítico - Presença de disfunção orgânica: choque, lesão miocárdica, insuficiência cardíaca, distúrbios da coagulação, lesão renal aguda ou encefalopatia 11 12 Os sinais e sintomas mais comuns são: Febre. Tosse. Cefaleia. Odinofagia. Mialgia Náuseas e vômitos. Dor abdominal. Dispneia. Rinorreia. A COVID-19 pode apresentar-se como diferentes síndromes clínicas, variando de quadros assintomáticos a uma infecção leve de vias aéreas superiores ou até uma pneumonia grave. Na pediatria, a maioria dos casos é assintomática ou leve. Quadro clínico 13 Objetivo • Diminuir o desconforto respiratório. • Promover Reexpansão Pulmonar;Manter os sinais vitais estáveis • Evitar fadiga a respiratória. • Oferecer o suporte respiratório necessário o mais precoce possível para evitar complicações ou piora do quadro clinico. • Fortalecer a musculatura respiratória. (principalmente na pós covid). Conduta • Exercícios bem leves e controlados para fortalecer ou manter a musculatura respiratória funcional. (ativamente e/ou passivamente). • Exercícios respiratórios leves. • Oxigenioterapia (Assintomáticos ou leves). Recomenda- se CN para RNs. • Aspiração de vias aéreas superiores. • VNI e CNAF (Grave). Evitar CNAF em RNs. • VMI e posição prona (Critico). • Em RNs é indicado também posição supino, posição canguru e posição lateral. Tratamento fisioterapêutico Doenças neuromuscular 14 A Distrofia Muscular Progressiva (DMP) corresponde a um grupo de desordens degenerativas dos músculos esqueléticos desenvolvida secundariamente a anormalidades da distrofia ou proteínas associadas a ela. É de ordem genética e segue um padrão de curso clínico progressivo levando a uma fraqueza muscular generalizada. Quadro clínico 15 O fator principal para as alterações respiratórias é a fraqueza de sua musculatura, o que predispõe à redução da capacidade vital (CV) e consequentemente da capacidade inspiratória (CI). Com isso irá evoluir para um distúrbio respiratório restritivo com hipoventilação alveolar crônica, áreas de microatalectasias, pneumonias recorrentes e posteriormente insuficiência respiratória. Objetivos Condutas 16 Manobras de reexpansão pulmonar; Drenagem postural; Podemos usar incentivadores que são capazes de melhorar a motivação da criança. Utilização de VNI quando necessário Expandir os pulmões Remover secreção Tratamento fisioterapêutico Síndrome do desconforto respiratório 17 A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) ou Doença de Membrana Hialina (DMH) é secundária à deficiência de surfactante, ou seja, é um distúrbio decorrente da produção insuficiente de surfactante pulmonar, e da má adaptação a vida extrauterina. É uma das principais causas de morbidade e mortalidade em recém nascidos prematuros. Mais comum no sexo masculino, na raça branca e naqueles nascidos de parto cesáreo. Quadro clínico 18 Taquipnéia ou bradipnéia; Gemido expiratório; Batimento da asa do nariz; Retração da caixa torácica; Cianose; Edema de extremidades. Objetivos Condutas 19 Manobras de reexpansão pulmonar; Drenagem postural; Podemos usar incentivadores que são capazes de melhorar a motivação da criança. Utilização de VNI quando necessário Expandir os pulmões; Remover secreção. Reeducações posturais Tratamento fisioterapêutico Escoliose 20 É uma curvatura lateral da coluna vertebra; Ocorre mais frequentemente durante o pico de crescimento pouco antes da puberdade; A probabilidade de progressão da curva depende das características da curva e do critério adotado de progressão; É dividida em 5 tipos de curvaturas. Os risco de progressão estão relacionados com o potencial de crescimento como a idade do paciente no momento do diagnóstico, maturação sexual e Sinal de Risser, e fatores específicos da curva; A prevalência afeta a população entre 10-16 anos é de 2-3%2;Nas curvas maiores de 30 graus, a prevalência é de 0,1-0,3%3; A incidência em curvas de menor magnitude é semelhanteem ambos os sexos, porém em curvas maiores a predominância é do sexo feminino.Apesar da escoliose ser o motivo de um grande número de pesquisas, sua causa ainda não foi totalmente elucidada. 21 Tipos de escoliose 22 1-Escoliose congênita (de nascença); 2-Escoliose neuromuscular; 3-Escoliose idiopática; 4-Escoliose pós-traumática; 5-Escoliose Degenerativa do adulto. 23 Objetivos Proporcionar o alongamento das cadeias musculare Aumentar a flexibilidade e a mobilidade da coluna vertebral; Melhorar o padrão postural. Condutas Reeducação postural global RPG Alongamentos Exercícios isométrico Uso de colete de Boston ou Milwaukee Tratamento fisioterapêutico Atelectasia pulmonar 24 A atelectasia se refere a expansão incompleta de um pulmão ou a porção de um pulmão como um lobo ou seguimento lobolar, onde os alvéolos encontram-se colapsados por diversas causas, pode ocorrer principalmente por obstrução das vias aéreas, compressão do parênquima por processos extratorácico, intratorácicos da parede torácica e pelo aumento da tensão superficial nos alvéolos e bronquíolos devido a disfunção do surfactante. Tipos Atelectasia obstrutiva – Consequência do bloqueio de uma via aérea. Atelectasia não obstrutiva – compressão do parênquima, disfunção do surfactante, doença infiltrativa entre outros. Causas 25 Obstrução das vias aéreas • Exógeno – Corpo estranho, aspiração recorrente, Histoplasmose. • Endogeno – Fibrose Cistica, asma, pneumonia, bronquiectasia etc. Compressão do parênquima • Tumores de compressão brônquica extrínseca 1. Metastase 2. Linfonodos 3. Cardiomegalia • Quilotorax de compressão intratorácica 1. Hemotórax 2. pneumotórax • Defeitos da parede torácica e doenças neuromusculares 1. Anormalidades do diafragma 2. Atrofia muscular espinhal 3. Distrofias musculares ● Deficiência ou disfunção do surfactante • Doença da membrana hialina • Pneumonia • Edema pulmonar etc 26 Tratamento 27 O tratamento da atelectasia varia de acordo com a causa, a duração e a gravidade. Para pacientes com atelectasia obstrutiva, pode se utilizar técnicas de higiene brônquica como: Huffing, tosse, vibração, drenagem postural - objetivo de mobilizar a secreção Aumentar a expansibilidade pode se utilizar: Manobras de compressão e descompressão, bloqueio torácico. Derrame pleural 28 O derrame pleural, ou água na pleura, é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido no espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. Pode ser dividido em: Transudato ou aquoso e Exsudato ou rico em proteínas. Causas: câncer, pneumonia, pancreatite e tuberculose, artrite reumatoide, sangramentos, lúpus, doenças cardíacas, renais ou hepáticas, coágulos nos vasos do pulmão (embolia pulmonar). 29 Falta de ar (dispneia), mesmo em repouso; Cansaço ao realizar esforços; Dor para respirar, especialmente nas inspirações profundas (a chamada dor pleurítica). Elevação entre as costelas (casos mais graves); Febre. Quadro clínico 30 Objetivos Reexpansão pulmonar Aumentar a ventilação alveolar Diminuir a hipoventilação Condutas Manobras de higiene brônquica Manobras de reexpansão pulmonar Posicionamento do paciente Tratamento fisioterapêutico 31 Referência Sarmento G.J.V., Carvalho, F.A., Peixe, A.A.F. Fisioterapia respiratória em pediatria e neonatologia- 2.ed.rev.e ampl. Barueri, SP: Manole, 2011. Pousa, PA, Mendonça, T., Oliveira, EA, & Simões-E-Silva, AC (2021). Manifestações extrapulmonares de COVID-19 em crianças: uma revisão abrangente e considerações fisiopatológicas. Jornal de pediatria, 97 (2), 116–139. https://doi.org/10.1016/j.jped.2020.08.007. COFFITO PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES FISIOTERAPÊUTICAS NO ENFRENTAMENTO DA COVID -19 – PCDF NA CRIANÇA SUSPEITA OU PORTADORA DE COVID-19 pág. 55-87 / PCDF NO RECÉM-NASCIDO SUSPEITO OU PORTADOR DE COVID- 19 pag. 88-129. ATELECTASIS: MECHANISMS, DIAGNOSIS AND MANAGEMENT. Science Direct, 2000. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1526054200900599?via%3Dihub>. Acesso em 13 de agosto de 2021. RESUMO SOBRE ATELECTASIA. Sanar, 2020. Disponível em: < https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-atelectasia-completo-sanarflix>. Acesso em 13 de agosto de 2021. https://doi.org/10.1016/j.jped.2020.08.007 Jamille Alves Jéssica Luzio Karen Correa Karen Lima Maria Rufino Thaina Souza 33
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