Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SEMIOLOGIA OTORRINOLARGINGOLÓGICA Face Inspeção – observar face do paciente, assimetrias, dimorfismos (alteração não condizente com a normalidade). Isso pode levar ao pensamento de síndromes Hipertelorismo Pode ser alguma característica normal ou também de algumas síndromes (ex: sd de Down). Implantação baixa de orelha Abaixo da linha traçada entre o canto do olho. Algumas síndromes fazem implantação baixa de orelha, Down, por exemplo Queixo retrognato ou prógnato Alteração de crescimento normal. Em crianças com queixo para trás, língua grande que cai para a orofaringe e ruído respiratório (sequência de perroban – presente em diversas síndromes) Malformações nasais e auriculares Tumores e malformações nasais Gliomas, Coloboma aures (furinho afrente do pavilhão auricular) Presença de lesões de pele, manchas e hemangiomas Pavilhão auditivo com vesículas, edemacio = lesão típica por herpes (síndrome de Ramsey Hunt) Mancha café-com-leite: neurofibromatose pode causar Hemangioma NARIZ 1. Inspeção externa e palpação Raiz, dorso, ponta, base e columela (cartilagem da ponta). Deve-se palpar, sentir o osso. Pacientes com suspeita de trauma nasal, pode-se sentir crepitações, assimetrias. Palpação de rebordo orbitário – pode estar assimétrico em caso de trauma Sinusite de repetição – pode haver dor na palpação de frontal e maxilar (orbital) 2. Rinoscopia anterior Criança – pode ser realizada sem o rinoscópio, apenas com a elevação da columela com o dedo. *cornetos assimétricos e pálidos – possível diagnóstico de rinite Adulto – utilização do espéculo nasal (abrir) e rinoscópio *normalmente não há a visualização do corneto superior. Vê-se o septo, corneto inferior e médio Rinite – corneto e septos pálidos (NÃO HIPEREMIADO). Secreção hialina. Secreção mais purulenta (normalmente no meato médio) – sinusite, que normalmente é viral. Averiguar anormalidades: tumor, pólipos (formações mais claras) 3. Rinoscopia posterior Utilização do espelho de Garcia (“de dentista”) ou rinoscópio posterior. Ocorre a visualização da região posterior do nariz, com o fim do septo, corneto inferior e médio, e úvula do palato mole. Em crianças pode-se avaliar a adenoide (tonsila faríngea) BOCA Oroscopia – avaliar toda a cavidade oral e orofaringe. Língua, gengiva, dentes, mucosa da bochecha, estado da dentição, pilares amigdalianos e tonsilas palatinas Língua Língua geográfica: alteração comum, não é patológica Avaliar áreas esbranquiçadas, hiperemiadas, papilas, etc Língua pilosa: língua escurecida, normalmente associada à deposição do tabaco Frênulo lingual: encurtado – dificuldade para mamar e na fala Glândulas sublinguais Dentes: oclusão dentária Classe I – oclusão normal Classe II – oclusão com arcada superior mais anterior) – normalmente pacientes retrognatas Classe III – oclusão com arcada superior mais posteriorizada – normalmente pacientes ortognatas Tonsilas palatinas Amigdalas grandes não necessariamente são indicações cirúrgicas – em caso de ausência de infecções, roncos, etc Amigdalas vermelhas – pode ser começo de amigdalite Amigdalite – principais queixas são dor de garganta, febre, hiperemia com ou sem secreção purulenta. Na maioria das vezes, o quadro é viral (rinorreia hialina, mal-estar geral, febre – características de febre viral). Dor de garganta isolada (sem febre, sem hiperemia, febre, etc) - a maior causa é o refluxo de conteúdo gástrico (NÃO SE UTILIZA ATB) Caseum – acúmulo de comida nas criptas amigdalianas (buracos). Quanto maior o número de infecções, maior é o acúmulo de caseum, devido a maior “deformidade” da amigdala. Não são patológicos, mas podem causar incomodo, mau hálito etc. Fenda nasopalatina Fenda submucosa: fechamento incompleto do palato, mas com epitélio da mucosa recobriu. Dicas para diagnóstico: úvula bífida, palpar o palato. O diagnóstico é importante pois a fenda submucosa pode indicar doença velofaríngea (palato insuficiente), que pode levar a altrações da fala, refluxo de alimento para a cavidade nasal. Além disso, a fenda submucosa e espinha bífida podem estar presentes na sd de Pallister Hall OUVIDO Otoscopia Segurar o otoscópio como uma caneta Orelha esquerda – segurar o otoscópio com a mão esquerda; direita – direita Retificar o conduto auditivo tracionando a orelha para trás, para cima e para frente *dor na tração do pavilhão auricular – normalmente é um sinal sugestivo de otite externa. *otite média dificilmente dói no pavilhão auricular 1. observar conduto e possíveis anormalidades (normalmente otite externa, visualização da membrana timpânica é dificultada nesse caso). Observar presença de tampão de cerume, corpo estranho, etc 2. membrana timpânica - Observar cone luminoso, abaixo do cabo do martelo (é um reflexo da luz) – membranas espessadas e presença de líquido no ouvido interno são fatores que impedem/dificultam a visualização do cone luminoso. - Observar cabo do martelo, uncus (final do cabo do martelo), pars tensa, pars flácida Perfuração timpânica Pode acarretar a dificuldade auditiva (não é proporcional ao tamanho da perfuração), não necessariamente há infecção e secreção. Perfurações mais próximas ao ânulo da membrana (bordas) podem aumentar as chances de colesteatoma, tumor de pele benigno, que pode gerar destruição óssea, otorreia e perda de audição. Médico deve orientar ao paciente: não deixar molhar e pingar uma gota de medicamentos ATB + corticoide (Otociriax) não necessariamente deve- se encaminhar ao otorrino. Deve-se esperar o caso prosseguir e, caso seja benéfico, encaminhar ao otorrino. Otite média aguda Hiperemia da membrana, abaulamento, Dor de ouvido associada a febre, resfriado recente => otite média aguda Dor de ouvido associada a dor ao toque no pavilhão auricular, contato recente com água (piscina, rio, mar) => otite externa ATB nem sempre são necessários, a maioria é viral, pode ser utilizado antinflamatório, analgésico e observação. Inicia-se o ATB após piora em 48h (dor ou secreção purulenta). Para alívio da otite média aguda, pode-se utilizar compressa aquecida para alívio imediato. Corpo estranho Insetos – caso não haja como retirar no momento, orientar o paciente a pingar óleo (animal para de se mexer) Objetos orgânicos – nunca lavar, corpo estranho aumenta de volume Objetos não orgânicos – pode lavar Objetos com partículas químicas – imã, bateria, etc – encaminhar direto ao otorrino. (vale para deglutição, corpo estranho no nariz e ouvido) Testes com diapasão Teste de rinnee – diapasão no mastoide até parar de escutar, depois colocar (sem bater novamente) ao lado do ouvido. O normal é quando a condutância aérea é maior que a condutância aérea é maior que a óssea Teste de Weber – feito no meio da cabeça, glabela ou meio do osso frontal. Diapasão vibra. Na normalidade, o paciente não sente diferença entre os lados. Em caso de surdez por condução, o paciente sente melhor no lado afetado. PESCOÇO 1. Inspeção 2. Palpação Borda anterior e posterior do ECM, cadeias linfoides (abaixo da mandíbula, ant e posterior ECM, auricular anterior e posterior). Palpar massa e ver se consistência, móvel, dor a palpação (massa endurecida, aderida aos tecidos, móvel – pode ser tumor). Palpação da tireoide OTONEURO Bateria HINTS Ajuda quando o paciente da entrada com tontura ou vertigem Utilizada para separar uma causa periférica (ouvido) ou central (sistema nervoso – ex: AVC cerebelar)
Compartilhar