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RESUMO DE REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (FUNDAMENTAÇÃO PARA AS PEÇAS/ DOUTRINA)

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RESUMO DE REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (FUNDAMENTAÇÃO PARA AS PEÇAS/ DOUTRINA)
1- O Mandado de Segurança é um remédio constitucional que busca combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, sendo uma garantia constitucional que tutela direito líquido e certo de caráter residual (quando não é cabível Habeas Corpus ou Habeas Data). 
Tem previsão legal tanto no artigo 5º, incisos LXIX e LXX, da Constituição Federal, quanto na Lei nº 12.012/2009, que trata do Mandado de Segurança Individual e Coletivo.
Artigo 5º: [...]
LXIX — conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX — o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido
político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; (...)
O Mandado de Segurança, na definição de Hely Lopes Meirelles, é: o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança, ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 18. ed. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 03).
No entanto, quatro requisitos identificadores do Mnadado de Segurança foram definidos por Alexandre de Moraes (MORAES, Alexandre de Direito Constitucional. 30. ed. - São Paulo: Atlas, 2014, p.160): 1. sendo primeiro necessário a existência de um ato comissivo ou omissivo de alguma autoridade pública ou de particular que tenha sido delegado pelo Poder Público; 2. o segundo requisito identificador é a ilegalidade ou abuso de poder, de forma que se o ato for legal e mão houver abuso de poder não há o que se falar em Mandado de Segurança; 3. o terceiro diz respeito a lesão ou ameaça de lesão; 4. e por último temos que observar o caráter subsidiário do Mandado de Segurança, de forma que existe a proteção ao direito líquido e certo por esse remédio constitucional, desde que esse direito lesado não seja amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data.
2- O habeas corpus é uma garantia individual ao direito de locomoção, consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou Tribunal ao coator, fazendo cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção em sentido amplo – o direito do indivíduo de ir, vir e ficar. (MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. - São Paulo: Atlas, 2018, p. 300)
A legitimidade ativa do Habeas Corpus é dada a qualquer pessoa física, podendo ser nacional ou estrangeira, que se sentir ameaçada de, ou sofrer, lesão ao seu direito de locomoção. Nesses casos, terá o direito de impetrar Habeas Corpus em benefício de si próprio ou de terceiro, portanto não é uma ação personalíssima e não possui a necessidade de capacidade postulatória, ou seja, de ser representado por um advogado. 
Conforme previsão legal do artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal:
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; (....)
3 - O Mandado de Injunção será utilizado quando houver falta de norma regulamentadora e que essa ausência normativa torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Para Alexandre de Moraes o Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter civil, e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal. MORAES, Alexandre de. (Direito Constitucional. 30. ed. - São Paulo: Atlas, 2014, p. 177 e 178.)
Para sabermos os legitimados ativos para a propositura de Mandado de Injunção coletivo precisamos observar o que dispõe o art. 12, da Lei nº 13.300: 
"art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis;
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o
exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com afinalidade partidária;
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou 
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial;
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5o da Constituição Federal."
Extrai-se do texto legislativo que são legitimados ativos para proporem Mandado de Injunção Coletivo; o Ministério Público, por partidos políticos com representação no Congresso, por organização sindical e pela Defensoria Pública, nos casos específicos previstos na lei.
5 - Para Paulo Hamilton Siqueira Júnior: A ação popular é o instrumento de direito processual constitucional colocado à disposição do cidadão como meio para sua efetiva participação política e tem por finalidade a defesa da cidadania. (SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito processual constitucional. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 539.).
Dessa forma, é um instrumento a disposição do cidadão na fiscalização da coisa pública. Busca a proteção do patrimônio público conforme previsto no artigo 5º, LXXIII, da CRFB “anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural”. 
O legitimado ativo para a propositura da Ação Popular é o cidadão (art. 5º, LXXIII, CRFB/88 c/c art. 6º, §5º, da Lei nº 14.717/65) que comprove a qualidade através do alistamento eleitoral. Todavia, não possuem legitimidade ativa pessoas que estejam com seus direitos políticos suspensos ou perdidos (art. 15 art. 14, §2º, CRFB/88).

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