Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CEFALEIA NA INFÂNCIA · 3ª forma de dor mais comum na infância · Prevalência aumenta com a idade · 60% de todas crianças referem já ter sentido · 90% dos pacientes com 18 anos já sentiram · USA: · 20% das crianças entre 4 e 18 anos relatam dores recorrentes nos 12 meses anteriores · 1,5% queixam dores diárias · Interpretação dos pais: doença neurológica grave = pode gerar ansiedade · Estruturas causadoras de dor · Intracraniana: artérias cerebrais e durais, grandes veias e seios venosos = vasodilatação, inflamação e tração-deslocamento · Extracraniana: raízes cervicais, nervos cranianos, músculos fixados no crânio, periósteo e seios da face · FEBRE, CEFALEIA E VÔMITO = OBRIGATORIAMENTE BUSCAR MENINGITE. · Classificação: · Classificação temporal: · Aguda: duração média de até 2 meses · Instalação abrupta · Instalação gradual · Crônicas: duração maior de 2 meses · Recorrente ou contínua · Progressiva ou não · Cefaleia aguda de instalação abrupta e curso contínuo e progressivo: hemorragia subaracnóidea · Cefaleia aguda de instalação gradual e curso contínuo e progressivo: infecções do SNC · Cefaleia crônica recorrente não progressiva: cefaleia tensional e migrânea · Cefaleia crônica recorrente progressiva ou contínua progressiva: HIC · Cefaleia crônica e contínua não progressiva: cefaleia crônica diária, cefaleia tensional crônica · Abordagem da dor: · Qualidade da dor: · Pulsátil · Aperto · Pontada · Localização da dor: · Uni ou bilateral · Segmento anterior ou posterior · Dor unilateral e pulsátil = enxaqueca · Dor posterior (occipital) = alta chance de tumor (processo expansivo) · Intensidade: · Fraca: não interfere nas atividades · Moderada: incomoda, mas é capaz de desenvolver atividades · Forte: interrompe atividades · Duração: minutos, horas, dias · Frequência · VERMINOSE pode causar dor, além de maus hábitos alimentares. · Fatores atenuantes: relaxamento, sono, analgésicos · Fatores agravantes: cheiro, sons, luminosidade · Fatores desencadeantes: privação de sono, alimentos (chocolate, leite, queijos, alimentos gordurosos, frituras, álcool), compressão por objetos, estímulo do frio (sorvete), período menstrual · Exame físico: · Avaliação do segmento cefálico, identificar topografia da dor · Exame físico geral · Medir PA · Exame neurológico com fundo de olho · Disfunção da articulação têmporo-mandibular · Auscultar têmpora do paciente = a presença de sopro indica a presença de fístula arteriovenosa ou aneurisma = causam dor · Outras causas secundárias: · Hipertensão arterial · Infecções: Amigdalite, Sinusite, OMA · Má oclusão dentária e Disfunção de ATM · Verminose · Facomatoses · Disfunção da ATM: · Sinais e Sintomas associados a HIC: · Cefaleia com menos de 6 meses de evolução · Horário matinal ou noturno, provocando despertar · Predomínio de vômitos sobre a dor · Alterações ao exame neurológico · Alterações do comportamento ou declínio do desempenho escolar · Associação com crises convulsivas · Piora com esforço físico ou manobra de Valsalva · Hipomelanose de ITO: incontinência pigmentar acromiante ou nevo acrômico sistematizado é uma síndrome neurocutânea rara, de provável herança autossômica dominante, mais freqüente no sexo feminino, caracterizada por hipocromia linear em ondas e comumente associada com anormalidades neurológicas. · Neurofibromatose: a neurofibromatose, também conhecida como doença de von Recklinghausen, é um conjunto de doenças genéticas que afetam, mais notadamente, a pele e o sistema neurológico, mas que podem cursar com inúmeras outras apresentações. A condição se origina de mutações genéticas que resultam em sintomas imprevisíveis, mas que nem sempre são graves. Um dos principais sinais da doença consiste no aparecimento de nódulos e tumores na pele, de tamanho variável. Esses tumores são denominados neurofibromas. As manchas, café com leite, são formadas por pigmentos marrons e auxiliam no diagnóstico da doença. Tumores no sistema nervoso central, alterações ósseas e auditivas podem estar presentes. As manifestações tendem a iniciar na infância. · Esclerose tuberose: desordem multissistêmica da migração, proliferação e diferenciação celular, resultando no desenvolvimento de tumores benignos, que podem atingir o encéfalo, rins, pele, coração, pulmões e outros órgãos. · Síndrome de Sturge-Weber: é uma desordem neuro-oculocutânea, rara e congênita. Esta facomatose, também conhecida como angiomatose encéfalotrigeminal, é definida pela tríade clássica: hemangiomas cutâneo, meníngeo e ocular. · Propedêutica: · EEG: sem indicação · Neuroimagem: · Anormalidade do exame neurológico · Cefaleia associada à crise epiléptica · Cefaleia intensa de início precoce · Mudança recente nos padrões da cefaleia: intensidade, frequência ou característica · Cefaleia primária rebelde ao tratamento · Cefaleia acompanhado por vômitos · Cefaleia que provoca despertar do sono · Tratamento: · Identificar fatores desencadeantes · Identificar comorbidades (depressão, ansiedade, dificulade de aprendizagem, TDAH, epilepsia) · Identificar aura · Avaliar impacto na qualidade de vida · Tratar a crise: paracetamol, dipirona, ibuprofeno · Em pediatria, lembrar das helmintíases (dica) · Lembrar dos alimentos desencadeantes · Intervenções não farmacológicas · Tratamento preventivo: · Frequência de migrânea acima de 6 episódios por mês · Medicações da fase aguda ineficazes · Crises incapacitantes · Uso abusivo de analgésicos na fase aguda · Circunstâncias especiais: migrânea hemiplégica · Prevenção – acompanhado por especialista: · Bloqueadores de canal de cálcio: flunarizina · Beta-bloqueadores: propranolol (evitar em asmáticos) · Antieplilépticos: Acido valproico e Topiramato · Antisserotoninérgicos: Cicloheptadina · Antidepressivos: Amitriptilina ( Ildiane Aparecida Gonçalves – 7º período UNIFAGOC )
Compartilhar