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Avaliação psiquiátrica

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Alice Kipper Fertig 
ATM 2024.2 
Saúde Mental – 05/03/2021 
● Atividades 
1. Abra um arquivo no Word (ou PDF) e conclua a atividade 1: liste os dez passos da 
avaliação psiquiátrica e explique o objetivo de cada um deles. 
- Dados da identidade do paciente: coletar as informações iniciais como nome, idade, sexo, 
estado civil, ocupação, renda, escolaridade... 
- Motivo(s) da procura do tratamento (baixa hospitalar): entender o que ocorreu para que o 
paciente procure ajuda, tratamento ou internação hospitalar. 
- História da doença atual: descrição dos sintomas do paciente no atual episódio, seu início, 
sintomas associados, e episódios anteriores da mesma doença. 
- História médica pregressa: tomar conhecimento dos tratamentos já realizados pelo paciente 
(doses, tempo de uso, resposta), hospitalizações psiquiátricas, problemas emocionais ou 
transtornos. 
- História pessoal e social: conhecer um pouco sobre os outros âmbitos da vida do paciente, 
familiares, vínculos, cultura, crises familiares (especialmente nos primeiros anos de vida), 
relacionamentos, lazer, religião... 
- Exame do estado mental: é realizado analisando diversos fatores que percebemos do 
paciente – isso inclui aparência, comportamento, forma de se expressar, humor, modulação 
afetiva, pensamento (lógico ou desagregado, rápido ou lento), sentimentos despertados no 
entrevistador. Funções psíquica – listagem dos sintomas, consciência, atenção, 
sensopercepção, orientação, memória, inteligência, afetividade, juízo critico, conduta, 
linguagem. Funções psicofisiológicas – sono, alimentação e sexualidade. Exames 
complementares – exame físico, neurológico, exames laboratoriais, de imagem. Testes 
psicológicos. 
- Diagnóstico multiaxial: avaliar cada um dos eixos para uní-los para chegar a um diagnóstico 
posteriormente 
Eixo I: Transtornos psiquiátricos: diagnóstico principal e comorbidades como a pessoa era 
Eixo II: Transtornos de personalidade e retardo mental o que aconteceu para a pessoa ficar 
assim 
Eixo III: Condições médicas gerais se existem condições médicas gerais que afetam essa 
pessoa 
Eixo IV: Problemas psicossociais e ambientais se ocorreram acontecimentos que 
influenciaram 
Alice Kipper Fertig 
ATM 2024.2 
Eixo V: Avaliação global do funcionamento (escala AGF) o quanto a pessoa está afetada, 
avaliação do funcionamento global do paciente 
- Discussão diagnóstica e diagnóstico diferencial: razões pelas quais o entrevistador opta por 
uma determinada categoria diagnóstica como diagnóstico principal. Nesse âmbito é 
importante considerar os diagnósticos possíveis e os fatores excludentes. 
- Considerações sobre a etiologia: entender a dificuldade da pessoa em se adaptar (ter 
resiliência) às situações adversas e acontecimentos da vida a ponto de desenvolver esses 
problemas psiquiátricos manifestados. Informações como traços de personalidades, relações 
interpessoais, impulsos, fatores cognitivo-comportamentais, fatores sociais e ambientais, o 
que nós sentimos ao ter contato com esse paciente (o que sentimos com essa pessoa é 
consequência direta do estado mental dele), são questões a serem analisadas. 
- Plano de tratamento: visa escolher o plano terapêutico ideal para cada paciente, terapia 
farmacológica, biológica, psicoterapia, manejo da família... Assim como as condições pessoais, 
indicações ou não do uso de psicoterapia, psicoeducação e manejo da família. 
2. Escreva um parágrafo salientando os principais cuidados a serem adotados na 
condução da entrevista de avaliação psiquiátrica. 
- O médico deve entrevistar o paciente em um local apropriado, silencioso e a sós. Ser pontual, 
honesto e sincero. Conseguir captar a confiança do paciente e estabelecer um bom 
relacionamento. Guardar sigilo das informações passadas pelo paciente. Usar linguagem 
simples, evitar jargões médicos. Deixar o paciente contar sua história. Além disso, é 
importante identificar se serão necessárias consultas com familiares. 
- Cuidados que o médico deve ter em não fazer: demonstrar surpresa, espanto ou 
desaprovação, interromper o relato do paciente, por em dúvida fatos relatados, fazer 
julgamentos morais ou opinar sobre convicções religiosas ou políticas, discutir ou mostrar-se 
ansioso, ser otimista demais, firmar diagnósticos ou condutas sem ter elementos necessários. 
3. Qual razão justifica a ordem das letras no acróstico CASOMIAPEJUCOL? Por qual razão 
o acróstico CASOMILinAPenCo pode ser mais útil? 
O exame do estado mental é a pesquisa sistemática de sinais e sintomas de alterações 
no funcionamento mental, durante a entrevista psiquiátrica. Podemos dividir a avaliação 
baseada em algumas funções como Consciência, Atenção, Sensopercepção, Orientação, 
Memória, Inteligência, Afetividade, Pensamento, Juízo Crítico, Conduta e Linguagem. Podemos 
agrupar essas funções em uma sigla CASOMI APeJuCoL, que além de auxiliar na memorização 
do exame do estado mental, também já organiza a ordem da avaliação para o diagnóstico de 
síndromes específicas através da observação de grupos de funções alteradas. O primeiro 
grupo, CASOMI, destaca as Síndromes Cerebrais Orgânicas, por exemplo, nos estados de 
delirium estão alteradas as primeiras quatro funções: Consciência, Atenção, Sensopercepção e 
Orientação; e nos casos de Demência, a Memória e a Inteligência. O segundo grupo 
(APeJuCoL), por sua vez, altera-se nas Síndromes Psicóticas e nos Transtornos do Humor. 
Alice Kipper Fertig 
ATM 2024.2 
Apesar dessa sigla já funcionar muito bem, deve-se salientar que poderíamos colocar o 
fator Linguagem entre elas, criando CASOMI Lin APeJuCo. Isso serveria para lembrar que os 
transtornos da Linguagem podem ter origem tanto em lesões orgânicas como constituir uma 
alteração funcional sem lesão orgânica identificável. 
4. Qual é a diferença fundamental entre as alterações quantitativas e as alterações 
qualitativas da consciência? Leia a descrição das alterações qualitativas da consciência 
em Dalgalarrondo (pp. 78-81) e descreva-as com suas próprias palavras. 
Considerando que a avaliação da consciência pode variar de vigília até o coma, 
podemos analisar esse estado quantitativamente pela Escala de Coma de Glasgow, em que 
cada fator observado possui um escore, sendo classificado o estado do paciente pela soma dos 
escores . 
Qualitativamente observa-se que pode ocorrer uma mudança parcial ou focal da 
consciência. Existem as seguintes alterações qualitativas da consciência: 
- Estados crepusculares: uma obnubilação da consciência que é acompanhada de 
relativa conservação da atividade motora coordenada, normalmente está associada a 
uma amnésia lacunar e atos violentos. 
- Estado segundo: coordenação motora boa mas dissociada à personalidade da pessoa, 
frequentemente produzido por fatores emocionais (choques emocionais intensos). 
- Dissociação da consciência: a divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da 
unidade psíquica comum do ser humano, ocorre em episódios histéricos. 
- Transe: “sonhar acordado”, comum em conflitos interpessoais e alterações 
psicopatológicas. 
- Estado hipnótico: consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada. Nesse 
estado, podem ser lembradas cenas e fatos esquecidos e podemser induzidos 
fenômenos como anestesia, paralisias, rigidez muscular, alterações vasomotoras. 
- Experiência de quase-morte, EQM: a é verificado em situações críticas de ameaça 
grave à vida, como parada cardíaca.

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