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AVALIAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL • Alinhamento • Corpos vertebrais • Espaços discais • Articulações interapofisária e uncovertebrais (cervical) • Pedículos • Processos espinhosos e transversos • Lâminas Em relação às vertebras são 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares (tem certa variação - 6ª vértebra que pode ser de transição), 5 sacrais e 3-4 no cóccix. Obs.: Sincondrose - 6ª vértebra lombar que forma uma articulação com o sacro, que degenera e com isso, torna- se sintomática, causando dor lombar. Existem três tipos de curvaturas fisiológicas: (1) Lordose cervical, (2) Cifose dorsal e (3) Lordose lombar. A curvatura cervical é bastante móvel; na curvatura lombar pode-se ter uma acentuação da lordose. COLUNA VERTEBRAL - PARTE I IMAGEM Maria Eduarda Marchi - 2025.1 Há dois complexos ligamentares nessa junção craniocervical que servem para estabilizar a articulação. • Os côndilos occipitais se articulam as massas laterais de C1 (vértebra s/ corpo vertebral), caracterizando a articulação atlantooccipital. Tem uma capacidade maior de flexão. • Uma outra articulação é a atlantoaxial, onde as massas laterais de C1 e C2 se articulam com pelo processo odontóide. Tem maior capacidade de rotação. OBS.: A estabilidade dessa articulação depende da integridade do ligamento transverso que mantém o processo odontóide em contato com o arco anterior do atlas. Sem essa restrição, o atlas poderia “escorregar” anteriormente em relação ao áxis gerando dano à medula espinhal. O atlas (C1) forma um anel ósseo com duas massas laterais em ambos os lados, onde o processo articular está localizado. Como não existe corpo vertebral, os processos articulares são os únicos elementos que suportam o peso da cabeça. A inexistência do processo espinhoso permite um elevado grau de flexão nesse nível. O atlas tem um processo articular bastante desenvolvido, onde o forame transverso está localizado - local por onde passa a artéria vertebral. As facetas articulares superior e inferior do corpo vertebral de C1 facilitam a flexão e a extensão das colunas cervical e torácica. JUNÇÃO CRANIOCERVICAL - MOBILIDADE MULTIDIRECIONAL Processo odontóide ATLAS - C1 INCIDÊNCIA TRANSORAL CORTE LATERAL - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CORTE AXIAL AO NÍVEL DA PRIMEIRA VÉRTEBRA CERVICAL (C1) - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Processo odontóide Arco posterior Arco anterior Face articular Massas laterais LLA - Ligamentos alares São dois ligamentos alares (direito e esquerdo) que comunicam o processo odontóide a base do crânio. Forame transverso Ligamento transverso O áxis ou C2 possui um corpo semelhante ao do resto das vértebras cervicais. A diferença está em sua face superior, onde se encontra uma saliência vertical conhecida dente da áxis, que é uma característica diferencial dessa vértebra. Já há a presença de corpo vertebral. É possível visualizar as massas laterais de C1 se articulando as massas laterais de C2 - articulação atlantoaxial. VÉRTEBRA C2 ARTICULAÇÕES ATLANTOCCIPITAIS Principais movimentos: Flexão e extensão As articulações sinoviais podem ser acometidas em doenças inflamatórias, como o artrite reumatóide. ARTICULAÇÃO ATLANTO-AXIAL 4 articulações sinoviais - Rotação axial é o movimento primário Articulação atlantoaxia l VARIAÇÕES ANATÔMICAS Ossículo terminal: Representa centro de ossificação secundário não fundido. É considerada uma variante anatômica normal do eixo. Os odontoideum: Variante anatômica do processo odontóide, sendo também um processo de ossificação não fundido. Geralmente é assintomático, pode ser confundido com fratura do processo odontóide. Vértebra occipital: Variação anatômica, sendo um ossificação próxima ao forame magno. Assimilação atlantooccipital: Fusão das massas laterais de C1 com o côndilo occipital. Ausência de fusão do arco anterior de C1 https://radiopaedia.org/articles/axis-c2?lang=us As outras vértebras já começam a ficar próximas ao padrão, possuindo: corpo vertebral, pedículo, lâmina posterior, processo transverso, processo espinhoso. E elas tendem a aumentar o tamanho do corpo vertebral e do processo vertebral. Quanto mais para baixo as vertebras cervicais tendem a ter uma morfologia mais torácica. E assim acontece com as torácicas, que quanto mais baixo tendem a ter uma morfologia próxima da lombar. T1 e T2 são semelhantes ao C6 e C7. T12 terá uma morfologia mais próxima de L1 e L2. INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS Na radiografia de coluna é obrigatório o uso de 2 incidências, assim, deve-se fazer no mínimo as incidências AP e perfil de coluna cervical. A incidência transoral é muito específica, onde o paciente deve ter condições para que seja realizada. Hoje em dia não é tão utilizada mais, visto que a maioria opta por fazer TC. Deve-se sempre contar todas as vértebras cervicais, se não tiver a exposição de C7 pode ser que o paciente tem uma hipercifose, está imobilizado, tem um atitude que não consegue movimentar a cervical, contração muscular. Pacientes que não limitação funcional e doenças de base, e na radiográfica não ter a exposição de adequada C7 significa que a incidência está inadequada e deve ser repetida. Essa repetição faz-se necessário pois muitas vezes pode haver alguma alteração de C7, que é preciso ver, como em caso de fratura, alteração degenerativa. E essas alterações tanto na parte cervical quanto na lombar, acometem primeiramente as vertebras mais inferiores (C5-C6; C6-C7). Na incidência em perfil tem que avaliar o alinhamento (pela parede posterior) e a morfologia do corpo vertebral e os espações discais. A radiografia tem a capacidade de mostrar a redução da altura dos discos, Já na ressonância é possível ver o grau de hidratação dos discos. PERFIL TRANSORAL AP É sempre necessário avaliar as partes moles nas áreas vertebrais tanto anteriores quanto posteriores. As partes moles anteriores pré-vertebrais são importantes, pois o paciente pode apresentar abaulamento e aumento da espessura da região, por uma amigdalite por exemplo. A linha PV é mais utilizada para avaliar o escorregamento de uma vértebra sobre a outra, pois é a linha mais estável. As curvaturas da coluna cervical geralmente são lordóticas suaves, sem desvios. As partes moles pré-vertebrais tem que ter espessura menor que 1/3 do corpo vertebral ao nível de C3. Se vier a atravessar essa espessura, é indicativo de algum processo, como o neoplásico, inflamatório, infecção, o que aumenta a espessura dessas partes moles. E esse aumento deve ser avaliado por meio de TC. Esse espaço articular pode sofrer degeneração e por estar muito próxima do forame, ao sofrer a degeneração e, consequentemente, a hipertrofia; ela vai determinar a diminuição do forame intervertebral. Espaço predental: Espaço entre o processo odontóide e o arco anterior de C1. Esse espaço não pode ultrapassar 3mm no adulto e 5mm na criança. É visualizado em radiografia de perfil, em casos de trauma. E nesse caso, o arco pode ir para frente ou o processo odontóide para trás. Espaços discais Espaços articulares Forame intervertebral Na incidência AP (anteroposterior) analisamos o alinhamento dos corpos vertebrais e alterações degenerativas nas articulaçõesuncovertebrais, pois o forame intervertebral está logo ao lado, o que pode levar a estenose de forame. Osteoartrite: Estreitamento do forame vertebral, o que gera um atrito com a raízes nervosas. ??? A incidência é oblíqua (esquerda e direita) é específicas para avaliar mais adequadamente o forame, tornando a exposição mais adequada. Na incidência transoral o processo odontóide tem que estar equidistante das massas laterais de C1, deve haver simetria. Casos de assimetria, pode ser indicativa de fratura do arco ou de C1, o que gera variação dessa distância. Deve-se avaliar também a superfície, que devem estar congruentes. ARTICULAÇÕES UNCOVERTEBRAIS - TC Nessa imagem ao lado, percebe-se o alargamento do espaço. E percebe a perda congruência articular. Provavelmente decorrente de uma fratura de C1, uma abertura do arco, onde as massas laterais tiveram um desvio lateral. Na imagem abaixo, é possível verificar uma fatura de coluna cervical, com alteração no alinhamento. Havendo uma retrolistese de uma vértebra sobre a out COLUNA TORÁCICA OU DORSAL As vértebras torácicas são diferentes quanto a presença de facetas que vão se articular com as costelas. Além de ser bastante estável e bem alinhada. Quanto mais superior o nível vertebral, o aspecto será ovoide. E quanto mais inferior for o nível vertebral, o aspecto será arredondado. Na incidência AP deve-se avaliar a curvatura, o alinhamento da vértebra, processo espinho, processo transverso e os pedículos. Na incidência em perfil, o paciente levanta o braço para pode tirar a sobreposição óssea, no entanto, nem tudo consegue ser retirado, como a escápula, por exemplo, que encontra sobreposta na imagem ao lado. O tríplice gradiente é a diferença de densidade encontrada na incidência em perfil, sendo o padrão normal de radiografia torácica. O que facilita para localizar pneumonia, por exemplo. INCIDÊNCIA EM AP INCIDÊNCIA EM PERFIL COLUNA LOMBAR O corpo vertebral é maior, com uma morfologia mais “triangular”. E quanto mais próxima da região de transição com sacro, a morfologia se diferencia um pouco. Utiliza-se também a incidência AP e perfil. As facetas articulares, são articulações interapofisária mais frequente de degeneração na colunar lombar e cervical. Os forames e os espaços discais são mais amplos na coluna lombar. E as maiorias das alterações acontecem na região marcada acima. VÉRTEBRAS DE TRANSIÇÃO LOMBOSSACRAL O istmo interapofisária de L5 é o local mais comum de fratura interapofisária. Essa estrutura se assemelha ao desenho de um cachorro e quando há fratura nesse local, geralmente ocorre onde seria o “pescoço do cachorro”. INCIDÊNCIA AP Na imagem ao lado, é possível ver uma fratura, a grande maioria das fraturas de coluna são por achatamento (como da imagem ao lado). Independente da forma que foi o trauma, a fratura será por achatamento. Quando a fratura foge desse padrão, provavelmente foi em decorrência de um trauma de alta energia. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA FRATURA OSTEOPORÓTICA COM ACENTUAÇÃO DA CIFOSE Ressonância magnética: A SAG T2 é uma incidência sensível a líquido, e com isso é possível visualizar o líquor (branco) e o disco hidratado (cinza mais claro). A SAG T1 não é tão sensível, e com isso o líquor está preto, e o disco já fica mais cinza, serve para visualizar o corpo vertebral e lesões. A SAG STIR é uma sequência sensível a líquido, ou seja, uma sequência toda escura que brilha onde tem presença de líquido e este serve para visualizar o edema ósseo. É possível visualizar a diferença dos cortes e as substâncias brancas e cinzas. Utiliza sempre as sequências axiais e sagitais, fazendo ponderação de C2. E pode apresentar o uso de contraste (gadolínio). A Escoliose pode ser normal ou até mesmo patológica, sendo definida como uma curvatura lateral da coluna maior que 10 graus, medida pelo método de Cobb. O ângulo de Cobb serve para acompanhar a evolução da escoliose. E esse ângulo é formado na intersecção de dois platôs; o platô superior de uma vértebra (a primeira vértebra que está no início da curvatura) e o platô inferior da vértebra (última vértebra que está na curvatura). Além do ângulo, avalia-se também a maturidade esquelética, pelo método de risser. E nesse método, quanto menos calcificado estiver, mais imatura será o osso; sendo o ponto de maturidade completo o risser 5. E nesse ponto 5, a chance de evolução da escoliose é muito difícil, devido a grande calcificação. Escoliose com ângulo superior a 30º geralmente são evolutivas e por esse motivo é muito importante analisar a maturação esquelética pelo método de Risser. A evolução da escoliose é mais rápida na infância e na puberdade. Curvaturas inferiores a 30 graus ao final da puberdade tendem a ficar estáveis. As escolioses infantis são menos frequentes no segmento torácico. AVALIAÇÃO DA MATURIDADE ESQUELÉTICA DE RISSER