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Prévia do material em texto

Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
PEDAGOGIA
Lidiane De Jesus Silva
AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA
SETEMBRO 2020
SANTOS – SP
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
Lidiane de Jesus Silva
AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA
SETEMBRO 2020
SANTOS – SP
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA – UNISANTA
AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA
Trabalho de conclusão de curso, em formato de
artigo científico apresentado como exigência
parcial para a obtenção de nota na disciplina
Metodologia do Trabalho Científico na Educação,
para o curso de Licenciatura em Pedagogia da
Universidade Santa Cecília (UNISANTA).
Orientador: Profª Ms. Carolina de Souza
Ferreira
Tutora Raphaela Gonçalves e Tutora Cristina
Carvalho
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
SETEMBRO 2020
SANTOS – SP
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
LIDIANE DE JESUS SILVA
AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA
Trabalho de conclusão de curso, em formato de
artigo científico apresentado como exigência
parcial para a obtenção de nota na disciplina
Metodologia do Trabalho Científico na Educação,
para o curso de Licenciatura em Pedagogia da
Universidade Santa Cecília (UNISANTA).
APROVAÇÃO:__/__/__
___________________________________
____________________________________
____________________________________
Profª Ms. Carolina de Souza Ferreira
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
DEDICATÓRIA
In memorian dedico especialmente a minha avó Marinita, que me fez valorizar a oportunidade
dos estudos, à quem prometi que entregaria o meu diploma, por todo seu amor, carinho,
cuidado e dedicação, à ela com muito amor e saudade.
A minha amiga e irmã de coração, Marcela de Paula Camerini, por ter acreditado na minha
capacidade e por nunca ter desistido de me ver crescer, por não permitir jamais que eu
desistisse quando tudo era desalento e adversidade, por me mostrar que para tudo havia uma
solução, por ser meu anjo da guarda, com todo meu amor e gratidão.
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente, não sei o que seria de mim sem a fé que eu tenho Nele.
Agradeço por ter iluminado meu caminho e me fortalecer durante toda minha caminhada.
Agradeço ao meu esposo, Antônio Alipio por me acompanhar nessa jornada, por não permitir
que eu desistisse, por acreditar em mim quando nem eu mesma acreditei, pelo
companheirismo, pelo amor que tens por mim e que é recíproco, muito obrigada!
Aos meus pais, Celia Maria e Genival Dionizio, por sua existência e pelos valores que me
sustentam, em especial a minha mãe, a minha rocha em meio à tempestade.
Aos meus filhos Álefe, Adalicia e Hellen, por entenderem minha ausência e angustia e me
amarem como sou.
Aos meus irmãos Hedne Bruno e Miriã Crisitine por ser meu apoio, em especial a minha irmã
Miriã, sem ela eu sou apenas metade, meu agradecimento com todo meu amor.
À minha amiga Katiuscia Messi, por me apoiar, me ajudar, auxiliar e amparar em meio as
minhas angústias e desesperos, pela parceria nas madrugadas e por toda colaboração, com
todo meu amor.
As orientadoras e professoras por toda disponibilidade e contribuições.
Muito Obrigada!
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção.”
Paulo Freire
“Educar verdadeiramente não é ensinar fatos novos ou enumerar fórmulas prontas, mas sim
preparar a mente para pensar.”
Albert Eintein
“Não importa o que aconteça, continue a nadar.”
Walter, Graham; Procurando Nemo, 2003.
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
SILVA, Lidiane de Jesus. As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida. Artigo científico
(Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Santa Cecília – UNISANTA. Tutoras Raphaela
Gonçalves e Cristina Carvalho. Pólo Santos – SP, 2020.
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
RESUMO: Desde o início da educação as tecnologias já são utilizadas no meio educacional,
cada uma de acordo com sua época, são diversas tecnologias educacionais utilizadas
historicamente. Desde as décadas de 1950 e 1960, o meio tecnológico educacional foi exposto
como um meio gerador e uma ferramenta de aprendizagem. Inverter a lógica da sala de aula já
é por si só um desafio constante. Enquanto no ensino tradicional, o transmissor que da
mensagem é o professor, para que o estudante faça os exercícios em casa, o método sugere
que os alunos absorvam o conteúdo em casa, em ambiente virtual com a ajuda da tecnologia,
e use a sala de aula física para fazer os exercícios e interagir com colegas e professores.
A sala de aula invertida, tradução do termo original em inglês flipped classroom, é
considerada uma grande inovação no processo de aprendizagem. Neste artigo busco
apresentar através de uma metodologia exploratória, inovadora, e de constante evolução e
crescimento, o modelo de sala de aula invertida com uso das tecnologias, utilizando assim os
UNISANTASetembro de 2020
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
meios tecnológicos e duas ferramentas como, por exemplo, aplicativos para dinamização de
práticas pedagógicas, com direta interação com o modelo invertido. A combinação de
tecnologias e metodologias ativas amplia e possibilita aos alunos desenvolvimento de
habilidades cognitivas, disciplina pedagógica e um maior conhecimento sobre as
possibilidades da cultura digital nos seus estudos.
Palavras-Chave: Tecnologias. Ensino. Sala de aula invertida. Aluno. Flipped Classroom.
Educador. Educando. Aprendizagem.
SILVA, Lidiane de Jesus. As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida. Artigo científico
(Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Santa Cecília – UNISANTA. Tutoras Raphaela
Gonçalves e Cristina Carvalho. Pólo Santos – SP, 2020.
ABSTRACT: Since the beginning of education, technologies have been used in the
educational environment, each according to its time, there are several educational
Technologies used historically. Since the 1950s and 1960s, in the technological educationa
medium hás been exposed as a generating medium and a learning tool. Inverting the logic of
the classroom is in itself a Constant challenge. While in traditional teaching, the transmitter of
the message is the students, absorb the content at home, in a virtual environment with the help
of technology, na use the classroom. Physical class to do the exercises and Interact with
colleagues and teachers.
The inverted classroom, a translation of the origianl English term flipped classroom, is
considered a major innovation in the learning process. In this article I seek to present, through
na exploratory, innovative and constantly evolving and growing methodology, the inverted
classroom model with the use of technologies, thus using technologica lmeans and two tools
such as, for example applications for dynamizing teaching practices, with direct interaction
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
with the inverted model. The combination of Technologies and active methodologies expands
and enables students to develop cognitive skills, pedagogical discipline and greater
knowledge about thepossibilities of digital culture in the studies.
Keywords: Technologies. Teaching. Flipped classroom. Student. Flipped Classroom.Educator. Teaching. Learning.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................11
2. METODOLOGIAS E A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO................................14
2.1.1 CONSTRUTIVISMO.....................................................................................................16
2.1.2 MONTESSORI...............................................................................................................17
2.1.3 FREIRIANA – PAULO FREIRE...................................................................................20
2.1.4 DEMOCRÁTICO E COMPORTAMENTALISTA.......................................................21
3. AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA ...................................23
3.1.1 O QUE É A SALA DE AULA INVERTIDA? ...............................................................25
3.1.2 DE ONDE VEIO?...........................................................................................................28
4. AS TECNOLOGIAS E A SALA DE AULA INVERTIDA: OBJETIVO GERAL..31
UNISANTASetembro de 2020
https://ava.unisanta.br/course/view.php?id=2503#section-12
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
5. OBJETIVO ESPECÍFICO: TECNOLOGIA COMO UMA ALIADA DA
EDUCAÇÃO................................................................................................................36
5.1.1.FERRAMENTAS E RECURSOS TECNOLOGICOS PARA USAR EM SALA DE
AULA.........................................................................................................................40
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................43
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................47
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 11
1.0
INTRODUÇÃO
Desde o início da educação as tecnologias já são utilizadas no meio educacional, cada uma de
acordo com sua época, são diversas tecnologias educacionais utilizadas historicamente. Desde
as décadas de 1950 e 1960, o meio tecnológico educacional foi exposto como um meio
gerador e uma ferramenta de aprendizagem. Foi na década de 70, que a tecnologia passou a
fazer parte do ensino como processo tecnológico.
O termo tecnologia educacional remete ao emprego de recursos tecnológicos como ferramenta
para aprimorar o ensino. É usar a tecnologia a favor da educação, promovendo mais
desenvolvimento sócio educativo e melhor acesso à informação.
Adaptar-se as novas formas de ensinar tem se tornado um desafio constante na vida dos
educadores que precisam estar em constante processo de aprendizado e atualização,
considerando que disputar com a tecnologia, torna o desafio maior ainda. Como compreender
que a tecnologia precisa ser um aliado e não um vilão da educação? Métodos educacionais
usam ferramentas tecnológicas para acelerar o aprendizado e tornar as aulas mais dinâmicas e
atrativas, como por exemplo, a Sala de aula invertida. Inverter a lógica da sala de aula já é por
si só um desafio constante. Enquanto no ensino tradicional, o transmissor que da mensagem é
o professor, para que o estudante faça os exercícios em casa, o método sugere que os alunos
absorvam o conteúdo em casa, em um ambiente virtual com a ajuda da tecnologia, e use a sala
de aula física para fazer os exercícios e interagir com colegas e professores.
A Sala de aula invertida, tradução do termo original em inglês flipped classroom, é
considerada uma grande inovação no processo de aprendizagem. Como o próprio nome
sugere, é o método de ensino através do qual a lógica da organização de uma sala de aula é de
fato invertida por completo, consistindo em disponibilizar material para que o aluno estude
em casa e vá até a instituição de ensino para fazer trabalhos e ter mais aprofundamento dos
temas propostos. Neste formato o estudante tem a possibilidade de consultar tanto material
disponibilizado ou sugerido pelo professor, em ambiente virtual, como vídeo aulas, ebooks,
slides e games educativos, por exemplo, como também ampliar seu conhecimento. Já com o
conteúdo absolvido em casa, em dias e horários administrados pelo próprio estudante, a sala
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 12
de aula passa de apenas um lugar onde o professor repassa conhecimento, para um lugar de
debate, reflexão, exercícios e maior interação entre os alunos e o educador. Dessa forma esta
ferramenta proporciona uma nova perspectiva, que coloca o aluno em posição de protagonista
ou detentor também do conhecimento, tornando-o também responsável pelo seu processo de
aprendizagem, ampliando e estimulando o trabalho em equipe entre educando e educador, e a
construção do conhecimento colaborativo.
Adotar novos modelos onde são mais ativos na sala de aula tem se tornado uma preocupação
cada vez maior no meio educacional, diversas características influenciam para este caminho,
sendo eles, por exemplo: perfil diferenciado do educando, tornando-o apto e disciplinado para
a característica de se tornar autodidata.
Neste artigo busco apresentar através de uma metodologia exploratória, inovadora, e de
constante evolução e crescimento, o modelo de sala de aula invertida com uso das
tecnologias, utilizando assim os meios tecnológicos e duas ferramentas como, por exemplo,
aplicativos para dinamização de práticas pedagógicas, com direta interação com o modelo
invertido. A combinação de tecnologias e metodologias ativas amplia e possibilita aos alunos
desenvolvimento de habilidades cognitivas, disciplina pedagógica e um maior conhecimento
sobre as possibilidades da cultura digital nos seus estudos.
Ter a possibilidade de acessar e estudar o conteúdo curricular e programático da escola tanto
em casa como ao ir à escola é um leque de infinitas formas de aprendizagem e fixação do
conhecimento e do saber. Tornando a escola um lugar para maior tempo e disposição para
tirar dúvidas, debater, expressar opiniões e realizar de diversas formas exercícios que irão
auxiliar de forma mais eficaz na detenção do conhecimento. Está é a rotina de um aluno em
uma Flipped Classroom ou Sala de Aula Invertida. Esta Metodologia que propõe aulas
menos expositivas e exaustivas onde automaticamente proporciona maior interesse e empenho
por parte do aluno, tornando-as mais produtivas e participativas, capazes de fazer o
entrosamento dos alunos no conteúdo utilizando de forma eficaz, direta e pontual o tempo e
conhecimento dos professores.
Permite ainda que o aluno tenha autonomia e autodisciplina para estudar e acessar a
informação onde e quando quiser, trazendo para a sala de aula embasamento e conhecimento
prévio do assunto a ser tratado.
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 13
Vamos descobrir juntos neste artigo, um pouco mais sobre a metodologia da sala de aula
invertida e como a tecnologia pode ajudar esse modelo a dar certo.
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/aula-invertida
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 14
2.0
Metodologias e a Tecnologia na Educação
Com a crise mundial que estamos vivendo nos últimos tempos e com o fechamento de todas
as escolas no nosso país e também no mundo, cerca de 1,5 bilhões de crianças ficaram sem
aula e assim fora das escolas e do cotidiano da vida escolar. Foram interrompidas as aulas
presenciais em pelo menos 160 países, segundo relatório do Banco Mundial apresentado pela
matéria do programa Sem Censura que foi ao ar no dia 14 de abril às 14h no canal Futura.
Com esta situação atípica, muitas escolas têm aproveitado a situação para desenvolver
metodologias novas e assim se adaptar ao novo formato de ensino mudando o quadro da
educaçãopara um modelo totalmente diferente do acostumado por todos, com uso de
tecnologias digitais novas e também se aprofundando nas que já existem.
Com a exigência do isolamento social, consequentemente houve a suspensão das aulas
presenciais para evitar o contágio e a disseminação pela covid-19, tornando assim a
tecnologia o principal meio de comunicação e vinculo entre alunos, professores, escola e
família, fazendo assim com que a tecnologia se tornasse o principal recurso didático dos
professores. A tecnologia tem sido o principal meio
para fazer com que aconteça o método pedagógicos a que todos já estão acostumados, porém
de uma forma diferente e inovadora, e principalmente neste momento, tem conectado pessoas,
aproximado as distâncias, possibilitando e facilitando a interação, mantendo as relações e a
rotina que antes todos estavam acostumados dentro do âmbito escolar onde aconteciam
fisicamente, agora no ambiente digital. A educação básica e o sistema educacional brasileiro
passam frequentemente por mudanças e adaptações, recentemente foram propostas muitas
mudanças de reforma na educação básica, onde o sistema educacional brasileiro tem buscado
se comprometer com a universalização do acesso ao ensino, trazendo conjuntos de orientações
entre outras. Entrar em sintonia com o mundo contemporâneo não é uma tarefa fácil, e para
isso se sugerem a revisão não apenas do conteúdo escola, ou do currículo aplicado por cada
instituição de ensino, existe um conjunto de fatores que precisam e necessitam de uma revisão
comportamental, onde devem ser revistas as práticas dos docentes como educadores e das
ferramentas utilizadas como meios pedagógicos e suas metodologias. É preciso ampliar e
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Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 15
modificar os objetivos educacionais e assim esperar que o conhecimento que o aluno adquiriu
e acumulou durante sua vida pedagógica sejam levadas para além da sua vida escolar, sendo
utilizada no dia a dia e em sua formação profissional. De um ponto de vista mais amplo
pode-se dizer que a educação básica vem sendo modificada para o que chamamos de ensino
por competências, com uso maior das tecnologias. Nessa nova metodologia de ensino fica
cada vez mais claro o questionamento do aluno ao docente e assim maior a expectativa do
aluno para com o que o professor tem a compartilhar, tornando dessa forma maior o cuidado,
tanto da escola, como do professor na preparação e tomada de decisões de que conteúdos
ensinar. É cada vez mais constante e comum ver por parte do aluno perguntas do tipo: por que
eu tenho que aprender isso?
Tal atitude coloca em questão o que está sendo ensinado e como está sendo administrado o
tempo em sala de aula além de como isso pode refletir na forma de ensino/aprendizado -
deixando claro que o projeto escolar pode e deve preparar o educador de forma mais objetiva
e sucinta para atender os anseios e questionamentos dos alunos. Deste modo entramos nas
metodologias de ensino e nas tecnologias e temos que procurar entender de que forma
satisfatória elas podem ser usadas de forma conjunta para auxiliar e guiar o aluno tanto dentro
como fora de sala de aula. A abordagem ampla da tecnologia na escola pode não levar de
forma rápida ao resultado esperado, ao menos não tão rápido como se faz necessário no
momento que estamos vivendo, levantando a questão que é basicamente, como se posicionar
frente à tecnologia sem conhecer seu real sentido?
Desde o início de tudo que estamos vivendo nos últimos meses, diversos noticiários e
reportagens televisionadas ou por matérias exploradas nos diversos meios de comunicação
tem levantado a questão da Medida Provisória que prevê uma mudança no ensino médio
brasileiro. Levando inclusive centenas de estudantes a ocuparem suas escolas como forma de
protesto contra o que foi proposto. Porém o que precisamos saber é, o aluno está preparado
para tal mudança? O sistema educacional brasileiro e suas diretrizes e bases estão aptos a tal
mudança?
Um sistema educacional que está acostumado a ter o método pedagógico tradicional tanto nas
escolas públicas como nas escolas particulares onde a figura central é o professor e uma sala
de aula está pronta para um método como a Sala de Aula Invertida? Como fazer para
desmistificar essa imagem que o aluno tem da figura do professor como sendo o centro do
UNISANTASetembro de 2020
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 16
conhecimento e cultura?
No Brasil já existem algumas escolas que adotam outras propostas de ensino, que são
diferentes do tradicional que todos nós conhecemos, umas não aplicam provas como forma de
medir o conhecimento do aluno, outras não dividem seus alunos por séries e ainda tem
aquelas que estimulam o aluno a trabalhar seu lado criativo e cooperativo para alcançar suas
metas dentro do ambiente pedagógico e escolar.
Podemos ver de forma breve a seguir que temos teóricos que embasam essas e outras formas
pedagógicas como metodologias eficazes no meio escolar.
2.1.1 Construtivismo
Jean Piaget, Vygotsy, Bruner e Ausubel foram alguns dos teóricos do Construtivismo.
Eles descreviam diferentes estágios que uma pessoa poderia passar no processo de construção
do conhecimento, como desenvolver a inteligência humana e de como se tornar uma pessoa
autônoma, ou seja, dona do seu próprio conhecimento, tornando-se dessa maneira um
indivíduo independente e pensante.
Como o próprio nome propõe, esse método defende que o conhecimento é construído pela
própria pessoa, sendo assim construído e edificado pelo indivíduo, fazendo do mesmo
detentor do seu próprio conhecimento, não recebido por meio do professor ou educador.
Porém não é dispensável a presença e colaboração de um educador, ou seja, não quer dizer
que nas escolas construtivistas não haja professores.
O Construtivismo afirma que o
conhecimento é resultado da construção
pessoal do aluno; o professor é um
importante mediador do processo
ensino-aprendizagem. A aprendizagem não
pode ser entendida como resultado do
desenvolvimento do aluno, mas sim como o
próprio desenvolvimento do aluno (Fossile,
2010)
A grande diferença é que ele deve apenas dar ao educando um norte, por assim dizer, lhe
apresentar as várias ferramentas possíveis que podem ser utilizadas na construção do seu
conhecimento. O mais importante é que ele oriente seus alunos para uma aprendizagem com
autonomia.
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 17
Visto que cada estudante é uma pessoa diferente da outra, com seu próprio tempo para
aprender as coisas.
A sala de aula deve ser enriquecida com atividades que englobem discussão,
reflexão e tomada de decisões; os alunos são os responsáveis pela defesa, pela
justificativa e pelas ideias (Fossile, 2010).
Nas escolas construtivistas, então, temos muitos trabalhos em grupo e os alunos são
diariamente avaliados em diversas situações onde precisam pensar e achar possíveis soluções.
Assim o construtivismo acredita formar pessoas capazes de inventar coisas novas e de
direcionar um olhar mais crítico a tudo. E claro também é possível reprovar nessas escolas,
vendo que os alunos estão em constante avaliação e sob um olhar mais critico e evolutivo de
forma individual.
Assim podemos dizer que o construtivismo nos ampara e nos dá o suporte necessário para a
aplicação das tecnologias e da sala de aula invertida nos dias atuais, nos mostrando que é
possível uma aprendizagem de forma ampla, autônoma e independente da parte do aluno,
tendo seu professor como uma figura que desenvolve o papel de participador e não total
detentor, na construção do conhecimento e do saber.
2.1.2 Montessori
É o resultado de pesquisas científicas e estudos desenvolvidos pela médica e pedagoga
Maria Montessori, caracterizado principalmente por dar ênfase na autonomia, certa liberdade
com limites e respeitopelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e
psicológicas da criança, podendo dar destaque a alguns pontos mais importantes.
Um dos pilares fundamentais como já citado acima é a autonomia.
Esta pedagogia acredita em uma educação afetiva baseada nos aprendizados da criança,
trazendo a característica de que se você for flexível com a criança, ela aprenderá a ser
paciente, do mesmo modo que elogiando o que a criança faz ou algo que a mesma executa, a
estimulará a conquistar autoconfiança.
É uma perspectiva educacional desenvolvida por Maria Montessori, a partir da observação do
comportamento de crianças em ambientes estruturados e não estruturados. Seu objetivo é
ajudar o desenvolvimento da vida da criança, de forma integral e profunda.
UNISANTASetembro de 2020
Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 18
Pesquisas e levantamentos feitos pelo site Lar Montessori
https://larmontessori.com/o-metodo/, onde desenvolveram um mapa montessoriano,
existem cerca de 35 escolas no Brasil que utilizam o método. A maioria delas se concentra na
região Sul-Sudeste, principalmente no eixo Rio - São Paulo.
Destacando o desenvolvimento infantil durante a fase da primeira infância e
com aplicação universal, este método parte do princípio de que todas as crianças têm a
capacidade de aprender através de um processo que deve ser desenvolvido espontaneamente a
partir das experiências efetuadas no ambiente em que convivem.
A ação pedagógica do Construtivismo tem princípios bastante semelhantes ao Montessori.
Portanto vemos que enquanto o Construtivismo é um movimento que surgiu de uma posição
compartilhada por tendências de pesquisa psicológica e educativa com foco em como a
inteligência é construída, Montessori é um sistema Educacional desenvolvido a partir das
cuidadosas pesquisas realizadas pela Dra. Maria Montessori, o eixo principal nessa
metodologia é que o ensino deve ser ativo, sua desenvolvedora, entendia que as crianças
devem buscar seu próprio aprendizado, trazendo o professor apenas para auxiliar na
eliminação dos obstáculos, ou seja servindo apenas como um guia no processo de aprendizado
e descoberta. Bem como esse deveria ser o papel de todos os adultos, ajudar as crianças a se
desenvolverem como pessoas criativas, confiantes e independentes.
Mesmo tendo diferentes faixas de idade dos alunos dentro de uma mesma classe, eles são
incentivados e trabalham muito em grupo. São importantes as experiências por meio dos
sentidos, com jogos e outros materiais pedagógicos para facilitar que os estudantes entendam
o conteúdo.
Uma de suas citações diz que “o conhecimento se estabelece na criança como um sistema
complexo de idéias, construído ativamente pela própria criança durante uma série de
processos psíquicos que representam uma formação interna, um crescimento psíquico“, e
outras encontradas em vários dos livros que publicou ao longo de sua vida, confirmam que
suas observações anteciparam as dos teóricos construtivistas, inclusive de Piaget, que foi seu
aluno.
Para finalizar, abaixo, pontuamos resumidamente, algumas dessas diferenças entre o Sistema
Montessori e o Construtivismo:
UNISANTASetembro de 2020
https://larmontessori.com/o-metodo/
https://www.meimeiescola.com.br/e1t/c/*Vg4Xnl6XhqqtW4NYNwp2lll410/*W8v8YL779n8NHW4ZZGQ226Qq1d0/5/f18dQhb0Sq5w8Y9Wz-W77KjBB85fh_3W234zgW1DpWzkW1H9ZKH1pn8fKW5q9kQw8CSDcKW3J4LK766PBbzW63kqZ365lzrpW8tBGCX8y14b0W1ph2_t8rDwK1VWyBQ-3fqHK7W8Bv2Pl3JBnwdN8rC2zsQB-h5W3L4LRC8mFFZSW5wL96L1sL3M0W3Mybvy27Cp3jW8mSJJQ2mxKvpW625bx16Gj8TSW6bVy-525cnVbW7NrMZs3ndm6jN1TbTj-HcSz3W7yVCh87P1-wWN33FK-yqPkxDVnjZC81H8Wj3W2fqXnq1VB_pFW8TYQ0V4R2v5KW54_0wM2Mz7dNW5Mn3w51hBnr1W14hVVJ8g_sy6W33lNw72tknfqW4c00GC303hp0W8Tp2962Rs9HKW6ygpm_1HmKDxW5Y5w1m59qPHbN1S29t3p-vzzW2p8_TT7-l2GvW3d0zvx4p7yDTW2zz8dX3GtThCW8nDYWJ5wdBzsW341Vmg8rQzDzW2-JXXg4QDcJ_W1vt1lQ4Yv5vxW7ZxXg12-znsmW7ZJcrQ3YPgBrW8GztdV88JW1rVcYJKQ7dJ18nW1HhBRT4dVPV60
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Universidade Santa Cecília – UNISANTA
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 19
 Montessori Construtivismo
A primeira classificação se
concentra em atributos sensoriais.
A primeira classificação de objetos se concentra
no significado e organização
Os auxílios manipulativos são
auto-corretivos.
Os auxílios manipulativos não são auto-corretivos.
A criança precisa do professor para a correção.
Materiais Montessorianos auto-corretivos também
são adotados, sendo o “Material Dourado” um
exemplo.
Incentiva “experimentação e erros”
utilizando os recursos auto -
corretivos.
Os professores tentam não avaliar de forma a
apontar respostas erradas.
O professor é figura colaborativa
na construção da dinâmica social
na sala, estimulando a graça e a
cortesia.
Considera que a eliminação do conflito pode ser
oposto ao esperado para o guia interno da criança e
o desenvolvimento da sua capacidade de
considerar diferentes pontos de vista.
As crianças têm certa liberdade
dentro de limites.
O professor é um companheiro que tenta formar
uma relação pessoal e de igualdade com as
crianças.
FONTE: Blog MeiMei Escola
Dessa forma tendo visto de forma prática e ampla, tanto a metodologia do Construtivismo
como a Montessoriana, nos mostra que o aluno pode e deve ser estimulado a desenvolver sua
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https://www.meimeiescola.com.br/e1t/c/*Vg4Xnl6XhqqtW4NYNwp2lll410/*W6W0jxk6_WdCMN5K9CYD_yBRl0/5/f18dQhb0Sq5F8Y9-xjW77KjBB85fh_3W234zgW1DpWzkW1H9ZKH4tV_-KW2K4V9Y8--HBkW8-hrMB4KSqSbW24Zr2D1L9wgVW1M27cD1wbLKyW2kN7Zc2-fhmDW25YX5Y6Dzhc3W6JtKGV21_SbRW1tyGqV1Wl_fYW1ksGJh1R4_lXW1V5BV86tJ-vnN1M7jMCtYdBFW3v7CBP3Wlz2MW5RXcQ25BWVshW2Rxr-s7wVyPCW6rZL_28sYvvlW5tGkrs99TJLMW5RlSdT5xNCj8W8mGgzn313F_QW8c8Lhc5y92gtW38kg933J3HvnVMDpvr36zCvgW3VP9Rt43MFdJW3zbx015lPLBXMKHrMSHFLL6W8svxDs5QYvGJW8CwW_x3Sn1FZW3brprM11rkQ8W8mFfzz5KwftVW8cR1Hn17RNcHW3tjr2v1BgLjvW6sJW7s73QsnmW1d5pgb50W6D5W236nPc1T_KxRW1-62hj1PZrSyN2WwVlt10N9FW5xftyw6zd0xpW5LtScr50YKVpW78r9Cb5CKtMJW2JTwCl4xq8PDM9Xfws7s2GRV1Kxvw2TJvf2103
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 20
autonomia e independência na busca pelo conhecimento e aprendizado. Podendo ter em suas
mãos a responsabilidade de buscar as ferramentas necessárias para a sua autoconstrução.
Tendo em vista que a sala de aula invertida e suas ferramentas tecnológicas dependem de
forma direta dessa autonomia e independência do aluno, como da sua busca direta por
conhecimento e por ferramentas que lhe auxiliem de forma direta e pontual no seu
crescimento no processo de formação do saber e até mesmo do seu caráter pessoal, sabendo
que cada criança é um ser único e todas são diferentes.
2.1.3 Freiriana – Paulo Freire
Entendemos que o aluno é alguém que vai além de um deposito de conteúdo ou
conhecimento. Para os defensores do ensino tradicional é a predominância da palavra do
professor, na transmissão verbal dos conhecimentos e através dos livros que a criança se
desenvolve e forma seu conhecimento. O educador deve ser o mestre superior na tarefa de
direcionar, punir, treinar, vigiar, organizar conteúdos, avaliar e julgar o conhecimento e
comportamento que garanta à aprendizagem, dessa forma, a educação formal promove ao
aluno, uma opressão e alienação. Permitindo assim uma apreensão do conhecimento,
valorização do trabalho individual e cidadãos passivos e obedientes, não cabeças pensantes e
autônomas. Nessa perspectiva, Freire (1979) refere-se que.
“O educador, que aliena a ignorância, se mantém sempre em posições fixas,
invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que
não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como
processo de busca”. ( FREIRE,1979,p 03)
Existem muitas escolas ou instituições de ensino no Brasil que adotam a metodologia de
Freire, essas escolas costumam considerar os aspectos sociais, humanos e culturais de cada
aluno para então desenvolver os métodos a serem aplicados em seus alunos considerando até
o meio social em que cada aluno particularmente vive. O ponto principal é o conhecimento
que pode transformar as pessoas e que consequentemente, podem transformar o mundo. Ou
seja, a transformação é extremamente importante neste método. É preciso que o professor
escute o aluno para ajudá-lo a criar confiança e atingir a própria libertação, ao contrário da
escola tradicional em que o professor deposita o conhecimento em cima do aluno sem
considerar sua perspectiva e nem seu desenvolvimento particular.
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 21
A aplicação da tecnologia na educação para Freire deveria ser a prática voltada a relação
social unida à relação pratica tecnológica, já que todo uso de tecnologia está, inicialmente,
embutido como um meio gerador de aprendizagem. É Indispensável que se faça a tecnologia
como ferramenta necessária as bases das práticas tecnológicas, buscando incluí-las como
parte do processo de ensino justificando seu emprego. Freire advoga que o pleno
entendimento da tecnologia humaniza os homens e os torna aptos a transformar o mundo, o
que é correto afirmar de fato. É certo dizer que Freire nunca foi contra a tecnologia, foi por
assim dizer defensor da socialização de conhecimentos da Informática e da inclusão digital,
quando foi Secretário de Educação do Município de São Paulo. Não tinha nada para criticar
sobre computadores, apenas queria saber a serviço de quem os mesmos seriam inseridos nas
escolas e na educação. Tinha um olhar crítico sobre a novidade, Freire pensa no educador
como alguém que media a formação do educando para a vida, um membro ativo da
comunidade na qual se insere, e ainda agente crítico e autônomo, por isso tanto se fala do
fazer pedagógico.
Trazendo para junto da metodologia de Freire a presença das novas tecnologias no contexto
escolar e a necessidade do seu uso pedagógico como auxiliador nos processos de ensino e
aprendizagem, entre outros fatores, aparece como uma das causas das novas exigências no
conceito escolar. Dessa forma já na formação inicial torna-se o momento preferencial para a
introdução dessa ferramenta como complemento no conhecimento pedagógico e prático,
relacionado à tecnologia.
2.1.4 Democrático e Comportamentalista
Democracia ato de tornar acessível a todas as pessoas, classes e popularização, a
democratização da escola um ato de contribuir para a democratização da sociedade. Uma
escola democrática se baseia principalmente na democracia participativa, dando direito e voz
ativa de participação a todos de forma igualitária. Escolas democráticas são aquelas que têm
como base a liberdade, ou melhor, por assim dizer, a tão falada e famosa liberdade de
expressão. Os alunos podem e devem escolher que atividades eles preferem fazer de acordo
com o que gostam e onde querem e desejam chegar no processo de aprendizado. Pode-se
dizer que a escola democrática é um caminho a ser trilhado e traçado em busca de uma escola
de qualidade para todos, sendo capaz de preencher todos os requisitos e parâmetros de uma
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 22
escola inclusiva na prática e não somente na teoria, que respeita a diversidade e a opinião de
sua comunidade. A Democracia educacional traça seu próprio caminho em busca de uma
educação de qualidade juntamente com toda a comunidade escolar, que é a peça principal e
fundamental da engrenagem de uma educação de qualidade. A democratização no Brasil teve
inicio a partir da Constituição Imperial de 1824, onde foi apresentado no art. 179, § 32, o
direito a “instrução primaria acessível e gratuita a todos os cidadãos. Logo após em 1827, a lei
de 15 de Outubro postulou em seu artigo. O maior desafio vivenciado até os dias atuais ainda
é superar o sistema tradicional de ensinar e de aprender, tendo como um propósito urgente de
efetivar a incansável busca por uma escola de qualidade e acessível a todos. Refletindo nessa
democracia educacional princípios de uma educação para todos, respeitando a diversidade do
nosso país.
Ainda podemos dizer que a democracia educacional é uma forma de Pedagogia Libertária,
onde existe uma vivência em grupo ou ainda uma autogestão, em que os alunos buscam
encontrar suas próprias bases que lhes sejam satisfatórias e lhes tragam o resultado esperado
de sua própria “instituição”. Podemos definir três grupos ativos de entendimento da educação
em sociedade, seriam elas: educação como redenção, educação como reprodução e por fim
educação como transformação. Assim temos uma pedagogia que segue a tendência filosófica
e política da educação como ferramenta transformadora da sociedade.
Não podemos deixar de esclarecer que a Pedagogia Libertária não é a mesma que a Pedagogia
Libertadora, ambas são distinta e cabe a cada uma delas o seu papel exclusivo, podemos ver
que a Pedagogia Libertadora tem o seu papel na problematização da experiência social em
grupos de discussão onde seus conteúdos são extraídos do cotidiano do aluno como indivíduo
solo. Já a Pedagogia Libertária tem seu papel fundamental na vivência em grupo, exatamente
o contrario da citada anteriormente, dando ênfase nas lutas sociais e comunitárias.
Partimos do princípio então que a Pedagogia Libertadora e a metodologia do
Comportamentalismo têm sua ligação, temos o filosofo John Dewey (1859-1952) que nos
dizia que o objetivo de educar uma criança era visar seu crescimento físico, emocional e
intelectual, fixando assim a ideia de que um aluno tinha melhor resultado quando realizava
tarefas associadas ao conteúdo que fora ensinado. Dewey fazia críticas severas à educação
tradicional, principalmente ao intelectualismo e a memorização, o propósito da educação não
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 23
é formar crianças modelos e nem orientar para uma ação futura, mais sim dar a ela a
ferramentanecessária para que a mesma possa decidir por si só os seus próprios problemas e
conflitos. Assim podemos dizer que de certa forma Dewey nos dava uma base para que
pudéssemos utilizar de forma independente as ferramentas tecnológicas, pois ele nos mostrava
que o aluno pode ser pensado como protagonista de seu processo de educação de forma direta
e segura, além de que ele entendia que o aluno pode ser detentor do seu próprio
desenvolvimento integral.
Para Dewey o conhecimento era construído de forma coletiva por meio de compartilhamento
de experiências e praticas, não somente de teorias. Atividades cognitivas eram tão importantes
quanto o desenvolvimento de habilidades manuais e criativas. Suas principais obras: A escola
e a sociedade (1899) e Democracia e educação (1916) nos mostra de forma muito clara todas
essas características defendidas por Dewey e seu movimento libertador pela renovação do
ensino que alcançou diversos países inclusive o Brasil.
Assim encerro a apresentação de algumas das maiores referencias que nos dão embasamento
para estimular, provocar e fazer refletir sobre como é possível desenvolver práticas
pedagógicas inovadoras dentro e fora da sala de aula, assim como as ferramentas tecnológicas
e a sala de aula invertida.
3.0
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida
Quando falamos em Tecnologia e Educação logo podemos falar em metodologias ativas que
são processos de aprendizagem em que os alunos participam de forma ativa e direta da
construção do conhecimento e do saber. No geral do ponto de vista educacional, as
expectativas quanto às novas tecnologias e a responsabilidade depositada nesse novo contexto
e níveis de exigência vemos que o responsável por este resultado é, entre outros feitos, da
globalização que deixa de lado os limites geográficos que conhecemos, para a ampliação dos
horizontes e a possibilidade de uma conectividade virtual e instantânea, possibilitando e
tornando possível inúmeros processos de ensino aprendizagem.
Para atestar esta realidade que antes era tão longínqua e hoje temos como algo tão presente,
Pretto (2006, p. 1) afirma que: “A globalização produzida pelo uso das novas tecnologias tem
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 24
introduzido significativos desafios para a educação e para todo o sistema educacional em
função das possibilidades de articulação que são oferecidas pelos meios tecnológicos de
informação e comunicação”.
Com a chegada da informatização diversas mudanças ocorreram na forma como interagimos
com o mundo, modificando vários ou muitos dos aspectos que tínhamos como costumes
como, por exemplo, as relações políticas, econômicas e sociais.
Tendo em vista que a educação é parte essencial para o funcionamento da sociedade, essa
também apresentou grande evolução ou pelo menos tem passado por grandes mudanças,
principalmente em se tratando da utilização das metodologias ativas de aprendizagem.
Foram muitos anos de estagnação e primitivismo na área da educação, anos e até séculos de
ensino por assim dizer primata ou sem muitas formas evolutivas de forma significativa,
chegou à hora de presenciarmos grande evolução e investimentos nas formas de aprendizado,
gerando assim impactos positivos não somente para o professor mais também para o aluno
que é na verdade a figura central e principal desse meio.
O que conhecemos e estamos acostumados a lidar por todo esse tempo tem sido o modelo
tradicional e mais conhecido praticado até os dias atuais que é aquele em que o aluno
acompanha a matéria expressada e instruída pelo professor por meio de aulas expositivas,
com avaliações e trabalhos. Esta é a forma como conhecemos a educação e o modo ensino
aprendizagem onde temos o docente como protagonista e total detentor da educação.
A metodologia ativa nos traz exatamente o contrário disso tudo que conhecemos e estamos
acostumados a lidar, o aluno é personagem principal e o maior responsável pelo seu processo
de aprendizado potencializando assim sua autonomia e caráter crítico. Não é apenas para o
aluno que essa metodologia traz vantagens e fortalecimento, para o professor é uma forma de
incentivo em desenvolver suas capacidades acadêmicas e constante busca e absorção de
conteúdos de maneira a ter em seu contato direto alunos críticos e participativos ativamente.
As metodologias ativas surgiram exatamente com a intenção e o papel de aperfeiçoar o
ensino, e desenvolver processos de aprendizagem em que os alunos participam ativamente da
construção do conhecimento.
Funcionando de forma diferente do aprendizado tradicional, pois o conhecimento deixa de ser
transmitido e passa a ser obtido de maneira mais ativa pelo aluno – justamente como o nome
sugere.
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 25
Com isso as práticas pedagógicas são beneficiadas e todo processo educativo é melhorado,
partindo da constatação de que esse maior protagonismo por parte do estudante colabora para
que ele aprenda mais rápido e também melhor, claro que isso não significa que toda a
bagagem dos professores não vale mais nada, muito pelo contrário, as metodologias ativas
precisam do professor como mediador e guia em todo seu processo de execução.
O professor nunca será dispensável e nunca deixaremos de precisar da inteligência e
experiência acumulada pelos grandes mestres em anos de estudo e prática.
De certo modo isto faz com que o pedagogo se empenhe em sempre estar se em constante
evolução e preparação para ser um profissional da educação capaz de corresponder às
expectativas quanto a sua atuação na área educacional e ao atendimento às solicitudes atuais
da sociedade.
O desenvolvimento tecnológico impõe, pois, situações que exigem atualizações constantes de
conhecimento e modo de agir no mundo, não sendo diferente para o professor que precisa e
deve mais do que nunca viver em constante estado de aprendizado. Assim, compreender que
os cursos de formação inicial disponíveis atualmente levantam a questão norteadora de
verificar como e de que forma o uso das tecnologias educativas está sendo evidenciadas nos
dias atuais.
Quais são as práticas de ensino-aprendizagem mais comuns nas metodologias ativas de
aprendizagem? Neste artigo iremos tratar de uma das principias dessas metodologias, que é a
sala de aula invertida.
Vivenciávamos até certo tempo à preocupação em deixar o celular fora da sala de aula, agora
com a cultura digital cada vez mais presente no cotidiano escolar, já tem se tornado uma das
competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. Visando compreender, utilizar e
criar tecnologias digitais para melhorar a comunicação, o acesso e a produção de
conhecimento, além da resolução de problemas, exercício da autonomia e protagonismo do
estudante.
É cada vez mais frequente e normal o uso de smartphones, tablets e computadores que
começam a ganhar cada vez mais importância e espaço significativo dentro da escola, que
percebe ferramentas como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e
o pensamento computacional como meio riquíssimo e facilitadores da aprendizagem em sala
de aula.
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http://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-base-nacional-comum-curricular/
http://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-base-nacional-comum-curricular/
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
http://fundacaotelefonicavivo.org.br/inovacaoeducativa/
https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
http://fundacaotelefonicavivo.org.br/acervo/um-guia-para-construcao-do-pensamento-computacional/
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 26
De todas as ferramentas da metodologia ativa, vamos falar da sala de aula invertida, também
conhecida como flipped classroom, é uma das grandes inovações quando se trata de
metodologia ativa, por ter uma grande inovaçãono processo de aprendizagem, como o
próprio nome sugere é o método de ensino no qual a lógica de uma sala de aula é de fato e em
prática invertida por completo.
3.1.1 O que é a Sala de Aula Invertida?
Este não é um assunto novo, muito pelo contrário, no tópico anterior conseguimos ver que
muitos teóricos já nos mostravam muito sobre essas metodologias ativas, como por exemplo,
pedir que o aluno se prepare em casa para o conteúdo a ser explorado em sala.
E a Sala de Aula Invertida é exatamente isso, a busca do aluno pelo material necessário e
digamos que o guia que ele irá utilizar para que possa aprender e compreender o que será
discutido em sala de aula.
A sala de Aula invertida é conhecida nos dias de hoje como flipped classroom e é considerada
como uma inovação no meio escolar e educacional, como o nome mesmo já nos diz é um
método totalmente inverso ao que conhecemos, e que de fato é totalmente invertido.
Como já podemos ver o método tradicional é composto por uma sala de aula onde temos o
professor como expositor do conhecimento, conteúdo e de ideias e por alunos enfileirados em
suas carteiras e mesas ouvindo e tomando nota do que está sendo exposto pelo professor,
restando assim pouquíssimo tempo para que o aluno exponha sua opinião, ideia e tire suas
dúvidas sobre determinado conteúdo tratado naquela aula.
A Sala de Aula invertida nos traz como principal característica a otimização desse tempo para
que em sala o aluno possa ter uma maior interação com o professor e maior disponibilidade
para atividades prática. A sala de aula invertida é simplesmente disponibilizar o material
didático ou ferramenta para que o aluno estude em casa e assim possa otimizar melhor o seu
tempo na escola, podendo desenvolver com maior facilidade atividades de forma
personalizada e individual com o professor, e assim se aprofundar melhor no tema tratado.
Esta não é uma experiência nova, pois no ensino superior é uma prática bastante utilizada por
professores e alunos, tendo como objetivo central uma educação mais rica e detalhada, tendo
o estudo prévio como aliado num maior aprofundamento no assunto em ambiente
universitário. Ou seja, o conteúdo é apresentado para o estudante fora do ambiente escolar,
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 27
deixando para o professor o papel de incentivar e aguçar a pesquisa e possibilitar as
discussões mediando assim à construção do conhecimento. A sala de aula invertida não é um
ensino a distancia apesar de ser muito confundida, ela consiste em instruções ao aluno para
que o mesmo chegue informado em sala e assim saiba debater e expor de forma concreta seus
pensamentos e dúvidas.
Muitos teóricos como podemos ver nos mostrava já a importância e necessidade em focar
mais na prática de conteúdo e na resolução de problemas trazendo o aluno como figura central
do aprendizado e conhecimento.
O termo “aula invertida” (em inglês: Flipped Classroom) é uma modalidade de blended
learning ou como conhecemos ensino hibrido pesquisada desde os anos 90, porem só ganhou
forma em 2007 nos Estados Unidos da América com os professores Jonathan Bergman, Karl
Fisch e Aaron Sams como seus maiores percussores, trazendo a lógica de sala de aula
invertida fazendo a inversão da sala de aula tradicional e sua organização, fazendo assim o
uso das tecnologias de informação e comunicação, as chamadas “TICs” fazendo com o que os
alunos explorem novos recursos interativos tornando o professor mediador e a tecnologia
como suporte para que os alunos tenham aproveitamento e interação máximos tanto com
professor, como conteúdo explorado.
Por fim temos como conceito básico “a inversão da sala de aula, fazer em casa o que era feito
em aula, por exemplo, assistir palestras e, em aula, o trabalho que era feito em casa, ou seja,
resolver problemas” (BERGMANN; SAMS, 2012).
Podemos ver um breve gráfico adaptado por Bergmann e Sams onde temos a comparação
clara de otimização do tempo de uma sala de aula tradicional para uma sala de aula invertida.
Sala de Aula Tradicional Sala de Aula Invertida
Atividade Tempo Atividade Tempo
Motivação 5 minutos Motivação 5 minutos
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 28
Revisão/Correção de
trabalho de casa
20 minutos
Discussão sobre o
vídeo 10 minutos
Exposição oral/
leitura sobre novo
conteúdo 30-45 minutos
Práticas orientadas em
grupo ou
individualmente 75 minutos
Práticas orientadas
em grupo ou
individualmente 20-35 minutos
Fonte: Adaptado de Bergmann e Sams (2012b, p. 15).
O replanejamento das atividades muda os papéis do professor e do aluno: o professor dispõe
de mais tempo em aula e passa a ser um guia/tutor, para fornecer sugestões de especialista,
deixando de ser o sábio no palco para ser um orientador; já os alunos assumem maior
responsabilidade sobre o seu próprio aprendizado, precisam ver os vídeos e fazer perguntas
sobre os conteúdos (BERGMANN; SAMS, 2012b; BERGMANN; OVERMYER; WILIE,
2013).
3.1.2 De onde veio?
Como vimos não é uma pratica recente, Trevelin, Pereira e Neto (2013), Texeira (2013) e
Valente (2014) nos falam que desde os anos 90 já existiam estudos referentes a isso.
● Em 1997 um estudioso chamado Erik Mazur iniciou pesquisas na Universidade de
Harvard, em torno do método de ensino de introdução que consistia no estudo prévio
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 29
de materiais, instigando alunos a discutirem questões conceituais em classe e que
resultou no livro publicado pelo mesmo de nome Peer Instruction: a User’s Manual.
● Em 1999 Gregor Novark defendeu o Just-in-Time Teaching, método desenvolvido
onde requer que o aluno assuma total responsabilidade em se preparar para a aula,
realizando algumas tarefas antes, como leitura e pesquisa.
● Nos anos 2000 foi apresentado por J. Wesley Baker o conceito de Flipped Classroom
na 11th International Conference on College Teaching and Learning ocorrida em
Jacksonville, Florida,
● No ano de 2004 Salmann Khan gravous vídeos a pedido da prima e assim fundou a
Khan Academy, disponibilizando vídeo aulas e assim popularizando a idéia
fundamental para a sala de aula invertida.
● Tivemos ainda em 2006 e 2007, professores como Jonathan Bergman e Aaron Sams
que encontraram um software que tornava possível a captura de tela, screencast, que
fazia gravações de apresentações em Power point.
Temos então um termo bastante interessante em se tratando de Tecnologias e a Sala de aula
invertida. Podemos ter como um grande aliado, desde que aplicado e utilizado de forma
correta e pensada com todo cuidado.
Não é de hoje que temos a tecnologia presente em nossas vidas pessoais, profissionais e
educacionais e sempre de alguma maneira, aliada à educação. Se formos um pouco mais
longe conseguimos nos lembrar de varias outras ferramentas que já utilizávamos como
material de ensino e aprendizado, como por exemplo, o ábaco, criado há mais de cinco mil
anos (e que até hoje é utilizado) para auxiliar nas contagens matemáticas. Com a chegada de
outras ferramentas e com o desenvolvimento da inteligência humana essas ferramentas foram
se refinando e foram a partir delas que foram surgindo ferramentas novas e assim com a
chegada da era audiovisual os recursos foram se tornando cada vez maiores e mais acessíveis
e disponíveis, um exemplo mais recente e conhecido é o rádio, depois temos a televisão e
retroprojetores como complementares as aulas tradicionais.
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 30
Depois já na década de 70, com a popularização cada vez maior dos computadores, começou
um movimento mundial para inclusão da informática na educação. O matemático Seymour
Papert, nascido na África do Sul em 1928, foi dos primeiros educadores a reconhecer o
impacto transformadorda nova tecnologia como ferramenta educacional. Ele foi um profeta
da tecnologia, pois ele já previa muito antes de todos que as crianças usariam os
computadores como ferramenta de ensino e aprendizado, inclusive levando esses mesmo
computadores para dentro das salas de aula. Então no meio dos anos 90, mergulhamos de vez
na era da informação e da internet, ampliando ainda mais as possibilidades de
ensino-aprendizagem.
Nos dias atuais são infinitas as formas e ferramentas que temos a disposição do ensino e
aprendizagem, são diversos os recursos tecnológicos que podem ser adicionados às aulas
convencionais num esforço para melhorar a aprendizagem. Animações, jogos, vídeo aulas,
plataformas de aprendizagem, laboratório virtual, realidade aumentada, redes sociais,
aplicativos, editores de texto e vídeo são alguns exemplos.
Hoje os escritos nos cadernos e os trabalhos impressos podem dividir espaço
com programação, filmagem, animação, fotografia, produção de vídeo e podcast entre outras
soluções.
É nítido e cada vez mais comum o entendimento de que o uso de recursos tecnológicos não
somente melhora como amplia a qualidade do ensino-aprendizagem, deixando de forma clara
a infinidade de possibilidades para aquisição do conhecimento, fazendo a escola e o professor
cada vez mais próximos da realidade dos alunos de hoje.
Nos dias atuais então vemos por fim uma evolução das tecnologias e juntamente com essa
evolução nos deparamos com o também desenvolvimento da internet revelando um novo
conceito educativo, onde o acesso à informação e ao conhecimento é cada vez mais
democrático, aberto e inclusivo. É comum ver nos dias atuais muitos debates e discussões em
torno dessas “tão” novas formas de aprender e de ensinar em todo o mundo. A preocupação
de primeiro momento é justamente a adoção de novas estratégias de ensino, tudo precisa ser
pensado e organizado de forma cautelosa e precisa. O recurso às tecnologias tem por objetivo,
inicialmente, adaptar o processo de ensino e aprendizagem ao aluno, conforme as
características dele e, num segundo momento, conseguir que o aprendiz desenvolva as novas
competências requeridas pela sociedade da informação (GOMES; SERRANO, 2014, p. 136).
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http://www.pucrs.br/ciencias/viali/doutorado/ptic/aulas/aula_2/187071.pdf
http://fundacaotelefonicavivo.org.br/empreendedorismo/quem-sao-os-grandes-pensadores-sobre-inovacao-em-educacao/
http://porvir.org/especiais/tecnologia/#recursos
http://fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/conheca-plataformas-que-fazem-programacao-de-computadores-ser-uma-brincadeira-para-criancas/
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 31
Ao responder a pergunta sobre por que adaptar as práticas de ensino ao cenário atual,
Schlünzen Júnior (2015) afirma que é porque o cenário mudou e os jovens altamente digitais
não precisam mais ir à escola para acessar informação — o acesso pode ser informal, em
qualquer lugar. Para tanto, o autor acrescenta que é preciso, usando tecnologias, construir uma
cultura de inovação na educação, de transição da lógica de distribuição de informação para a
de construção e interação na qual o papel do professor é ser mediador, dentro de uma proposta
curricular de alta estimativa, isto é, voltada para a capacidade de resolução de problemas.
Schlünzen Júnior (2015), Moran (2014) e outros destacam como tendências do futuro o
emprego de metodologias ativas, de aprendizagem com base em projetos e em problemas, de
modelos híbridos de ensino, como a sala de aula invertida, segundo sugere Schlünzen Júnior
(2015). De acordo com Lopes (2015, p. 6), o jeito de aprender mudou. Falta mudar o jeito de
ensinar.
Podemos ver de forma rápida e sucinta uma imagem que nos mostra de forma mais clara
como funciona a sala de aula invertida e no próximo tópico vamos entender melhor como e de
que forma essa metodologia deve ser aplicada e como ela funciona de maneira prática.
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 32
4.0
As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida: Objetivo Geral
No modo geral a sala de aula invertida consiste em disponibilizar material para que o aluno
estude em casa e vá até a instituição de ensino para fazer trabalhos e ter mais aprofundamento
no tema. O objetivo é sempre o mesmo promover uma educação mais rica, unindo o estudo
prévio e a imersão no assunto a ser tratado, ou conteúdo a ser abordado. Segundo Bergmann e
Sams (2016), como não existe um modelo único de inversão, em aula o professor pode guiar
atividades práticas diferentes ou possibilitar que alunos trabalhem em tarefas diferentes
simultaneamente; que trabalhem em grupos ou individualmente ou ainda que sejam avaliados,
quando se sentem preparados.
Adotar as ferramentas tecnológicas e o ensino assincrônico, que caracterizam a sala
de aula invertida, com uma abordagem voltada para os alunos, para decidir o que
lecionar, tende a criar um ambiente estimulante para a curiosidade. Não se precisa
mais perder tempo reapresentando conceitos já bem conhecidos, que apenas devem
ser relembrados, nem usar o valioso tempo em sala de aula para transmitir novo
conteúdo (BERGMANN; SAMS, p. 45).
A sala de aula invertida ainda é um modelo que se diferencia do modelo chamado de estudo
hibrido onde o conceito é um pouco diferente mesmo que por vezes tenham muita
semelhança. A sala de aula invertida é nada mais nada menos que introduções para que o
aluno chegue informado na sala de aula e saiba debater sobre tópicos presencialmente. Na sala
de aula o professor vai manter sua postura e seu dever fundamental na preparação do material
de estudo seguindo o currículo e grade de ensino enquanto que após as aulas, os alunos
podem receber outros tipos de questões para responder eletronicamente, denominadas puzzles
(quebra-cabeças), relacionadas ao conteúdo trabalhado em aula, mas que apresentam uma
questão intrigante que envolva um contexto diferente. Existem muitas teorias psicogenéticas
acerca desse assunto, vemos que Piaget, Vygotsky e Wallon mostram que o conhecimento se
dá a partir da ação do sujeito no mundo (LA TAILLE et. al., 1992). E segundo Abbad e
Borges-Andrade (2014), as pessoas aprendem constantemente, no dia a dia, por meio de
estratégias de busca, da ajuda de outros indivíduos e de materiais escritos (aprendizagem
informal) e também em ambientes estruturados intencionalmente para esse fim (aprendizagem
formal). Os autores ainda acrescentam que, para criar ambientes propícios ao aprendizado, é
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preciso lançar mão de princípios e tecnologias que facilitem a aprendizagem, a memorização
ou a retenção e a transferência positiva para o trabalho. Moran (2015, p. 18) ainda ressalta e
observa que esses teóricos e outros, há muito tempo, atentam para a importância de se superar
a educação bancária e tradicional e de se focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o,
motivando-o e dialogando com ele.
De contra partida o autor Teixeira (2013, p. 22) enfatiza que, apesar de a sala de aula invertida
não se apresentar como um modelo de ensino-aprendizagem novo, a evolução das tecnologias
digitais possibilita que se recorra a uma multiplicidade de recursos para planejar e implantar o
modelo, promovendo a integração das tecnologias digitais na aprendizagem. Segundo Valente
(2014) a sala de aula invertida é uma abordagem pedagógica que encontra fundamentação em
teorias e concepções sobre a aprendizagem que indicam que os resultados educacionais
podem ser mais promissores do que o processo de ensino tradicional baseado em aulas
expositiva. (VALENTE, 2014, p. 17). Associado ao modelo flipped classroom o ensino
aprendizado ocorre na medida em que, no espaço pré-classe, é possível fornecer atividades
que o aluno desenvolva formas de aprendizado moldado a sua própria necessidade de formaindividual e pessoal e sozinho, ou seja, oferecendo estímulos com o emprego de recursos
tecnológicos, tais como o uso de gamificação ou de outros materiais vídeo gráficos. Esse
aprendizado remete a adoção de estratégias didáticas de personalização para o aprendizado,
uma das possibilidades a serem promovidas pelo modelo flipped classroom, já que o uso de
materiais, como vídeos, associado a essa abordagem pode promover estratégias de
diferenciação e individualização do processo de aprendizagem. O objetivo primordial é que,
tendo maior tempo de aula livre, pode se previr maior exposição de conteúdos fora da sala de
aula, sendo no espaço letivo que os alunos construirão a sua aprendizagem quando
confrontados com novos desafios e atividades. Ao longo de toda essa pesquisa e como já
mencionado, este modelo tem como ferramenta principal as tecnologias digitais que podem
promover a interação social e cultural. A figura abaixo ilustra as atividades a serem propostas
nos momentos citados e que demonstram a necessidade de planificar e estruturar, de forma
diversa, os tempos letivos para a implementação do modelo numa abordagem de sala de aula
invertida (BERGMANN; SAMS, 2012b). Antes da aula, os alunos adquirem conhecimentos e
com a informação básica.
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Fonte: https://nte.ufsm.br/images/PDF_Capacitacao/2016/RECURSO_EDUCACIONAL/Ebook_FC.pdf
Objetivamente então quando levantado a questão da sala de aula invertida, também conhecida
como flipped classroom, se trata de uma grande ferramenta no processo de aprendizagem, é o
método de ensino que através da lógica da organização de uma sala de aula é de fato invertida
por completo. Por isso então a importância em se familiarizar cada vez mais com essa forma
de ensino que vem mudando cada vez mais a forma como as pessoas se relacionam entre si
em um ambiente de aprendizado trazendo diversos benefícios para o aluno, onde a cada dia
surgem novas forma mais eficientes de se trabalhar o processo de ensino, formas de
proporcionar ambientes, processos e estruturas mais adequadas para que o aluno percorra uma
trilha de aprendizagem de forma engajada e motivadora. O conceito de sala de aula invertida
reflete perfeitamente bem este aspecto. A forma como o aluno absorve o conteúdo através do
meio virtual e ao chegar na sala presencial ele já esta com o assunto a ser desenvolvido, dessa
forma, a sala de aula presencial se torna o local de interação professor-aluno, para tirar
 dúvidas e construir atividades em grupo, por exemplo. Dessa forma os alunos que realizavam
todo o processo de aprendizado e conhecimento de conteúdo dentro da sala de aula, agora
começam a fazê-lo dentro de suas casas ou em qualquer outro lugar que tenha acesso à
Internet por meio do ensino online, e depois coloca em prática esse conhecimento na sala de
aula, justificando o nome sala de aula invertida, além de os alunos tomarem conhecimento do
conteúdo através do ensino online, os mesmos utilizam a sala de aula física para fazer
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https://nte.ufsm.br/images/PDF_Capacitacao/2016/RECURSO_EDUCACIONAL/Ebook_FC.pdf
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 35
exercícios, provas e trabalhos em grupo. É como se a flipped classroom fosse o encontro
perfeito entre o EAD e o presencial.
O ensino-aprendizado é, e deve ser resultante de um processo interativo. O EAD traz o
principio de interatividade à tona cada vez mais de forma eficiente. A sala de aula invertida,
por sua vez, proporciona essa interatividade. Tendo em vista que se vale de todos os recursos,
funcionalidades e benefícios do ensino online e da aprendizagem móvel, esse incentiva tanto
na modalidade presencial quanto virtual. Por muito tempo nos apropriamos de um sistema
educacional tradicional, que até então foi o nosso único meio de ensino aprendizado. Tudo
que era visto de forma linear, agora passa a ser compreendido de maneira virtual, interativa e
dinâmica.
No processo o aluno tem toda a autonomia necessária para adquirir novos conhecimentos e
habilidades de forma individual quando for mais conveniente. E tudo isso só é possível graças
ao uso da tecnologia, é o próprio aluno que decide quando, como e onde eles irão aprender
como na sala de aula invertida o tempo de aula presencial é mais curto que o tradicional, e
dessa forma deve ser mais bem aproveitado. É usado unicamente para a coleta de dados e
informações relevantes ao aprendizado, assim como para colaboração e aplicação desse
aprendizado como o tempo de aula é otimizado, os alunos possuem conhecimento prévio da
lição por meio do material fornecido com antecedência pelo professor e acessado pelo aluno
online por meio de alguma ferramenta de estudo tecnológica com isso, a aula pode ser
dedicada a aprofundar o tema e a desenvolver os assuntos mais importantes.
Atualmente o método de ensino a distancia está em alta em todo o mundo dessa forma a sala
de aula invertida tem ganhado os holofotes como um novo método de ensino e aprendizagem.
E aos poucos o estudo tradicional tem dado lugar a essa forma de ensino que abre muitas
outras fronteiras de forma infinita e dando a chance aos alunos de se tornarem exploradores
do conhecimento. A experiência de tal metodologia aponta diversas potencialidades como ser
uma metodologia dinâmica e flexível comparado com uma aula tradicional. Entretanto, o uso
de tal metodologia requer maturidade e mudança na percepção da cultura de aprendizagem a
fim de alcançar um aprendizado invertido bem sucedido. A aprendizagem invertida
desempenha o papel mais importante na criação de oportunidades para interações entre o
professor e o aluno, bem como entre os próprios alunos.
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 36
Como consequência dessa nova fase que estamos vivenciando, o professor deve estar sempre
atento em como facilitar o estudo de aprendizagem individualizada em seu aprendizado
invertido o uso dessa metodologia é um grande desafio para os professores, pois pulamos de
um ensino tradicional e consolidado de muitas década, para as aulas online que devem ser
cuidadosamente preparadas através de uma separação prévia de material didático pedagógico
e deve-se monitorar constantemente as atividades em sala de aula para aplicar métodos de
ensino orientado para os alunos.
A metodologia da sala de aula invertida é um trabalho coletivo que possibilita aos discentes
desenvolver a argumentação. Através da discussão de diferentes opiniões para se atingir um
objetivo em comum, exalta-se o “diálogo de múltiplos saberes” contribuindo para a
construção e compartilhamento do conhecimento (ARAÚJO et al., 2015).
Entende-se assim que o professor precisa planejar com bastante antecedência todo o material
e garantir o acesso às ferramentas necessárias para evitar furos na transmissão do
conhecimento. Assim, saber como usar a tecnologia a seu favor é uma das ideias mais
marcantes dessa metodologia. Essas novas formas de ensinar têm trazido novos desafios que
levam os educadores a viverem em constante aprendizado e faz os educadores a estar em
constante disputa com a tecnologia, o que torna o desafio maior ainda. Então por que não
entender que a tecnologia precisa ser um aliado e não um vilão da educação?A busca por
métodos educacionais que usam ferramentas tecnológicas para acelerar o aprendizado e tornar
as aulas mais dinâmicas e atrativas, como a Sala de Aula Invertida é algo cada dia mais
presente no meio educacional, trata-se de inverter a lógica da sala de aula, por quanto que no
ensino tradicional, o professor transmite a mensagem para que o estudante faça os exercícios
em casa, o método sugere que os alunos absorvam o conteúdo em casa, em ambiente virtual
com a ajuda da tecnologia, e use a sala de aula física para fazer os exercícios e interagir com
colegase professores, possibilitando os estudantes a realizarem consultas em materiais
disponibilizados ou sugeridos pelo professor, em ambiente virtual, como vídeo aulas, ebooks,
slides e games educativos, por exemplo. E, com o conteúdo absolvido em casa, em dias e
horários estipulados pelo próprio estudante, a sala de aula passa a ser um lugar de debate,
reflexão, exercícios e maior interação entre os alunos.
Esta é uma ferramenta que coloca os alunos em uma posição de protagonistas do seu processo
de aprendizagem, ampliando e estimulando o trabalho em equipe e a construção do
conhecimento colaborativo.
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http://blog.lyceum.com.br/importancia-do-acervo-academico-digital/
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5.0
Tecnologia como uma aliada na Educação
São infinitas as possibilidades e as maneiras como os alunos podem fazer o uso de tais
ferramentas, como por exemplo, vídeo aulas, games, slides, ebooks, aplicativos ou qualquer
outro material complementar que possa potencializar o processo de aprendizagem de forma
dinâmica e inovadora, sempre com a supervisão de um tutor para ajudar em dúvidas que possa
ocorrer. Um ponto crucial que precisa de atenção é que os alunos que participam de uma sala
de aula invertida possuem fáceis acesso a qualquer tópico do ensino aprendizado online e isso
já demarca um diferencial muito importante.
Poderão também criar o seu próprio material de estudo, adaptando a sua própria maneira e
fazendo assim que as ferramentas de ensino online sejam utilizadas de forma direta a
aprendizagem daquele aluno de forma especifica e direta, podendo ainda compartilhá-lo com
o grupo, colocando em prática, assim, a ferramenta colaborativa parte fundamental da sala de
aula invertida. Com um leque muito maior de opções de materiais e acesso infinitamente
maior do aluno, o professor tem mais oportunidades de enriquecer os momentos de produção
colaborativa.
O aluno visto como figura individualizada, sem dúvidas, possui um processo de aprendizagem
diferente, cada um deles possui um ritmo diferente para compreender determinados assuntos.
Deste modo, aqui é possível que ele participe de grupos colaborativos online que mais
atendam suas necessidades, além de caminhar à maneira que mais se adéqua a ele. Indo além,
com a tecnologia o professor tem maior visão e alcance das dificuldades do aluno e pode usar
o momento da aula presencial para ajudá-lo, assim, é possível até aliar a flipped classroom
à aprendizagem adaptativa.
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https://www.edools.com/aprendizagem-adaptativa/
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 38
Conforme o professor consegue visualizar de forma mais clara e objetiva a melhora no
desempenho do aluno, consegue entender que é um resultado dessa soma de vantagens. Com
o controle do conteúdo de estudo, ferramenta e momento de estudo, ter mais materiais, ter seu
ritmo respeitado e interagir com os colegas, os alunos podem render mais, aprender mais. E,
com isso, melhorar seus desempenhos em um processo de aprendizagem. Por essa razão, a
flipped classroom impacta positivamente no cenário educacional e pode revolucionar a
educação do futuro. As tecnologias de hoje estão redefinindo as aulas de amanhã, a educação
a distância age ajudando nessa transformação, por isso países e organizações estão cada vez
mais se aproximando desse modelo de ensino.
À medida que o alcance a mais alunos que sejam possibilitados a terem acesso a
computadores e dispositivos móveis conectados à internet, mais oportunidades educativas e
interativas se abrem para professores e alunos. Essa modalidade representa uma forte
influência na geração de conhecimento no país e no mundo, com perspectivas interessantes e
positivas. Espera-se que uma maior democratização do ensino a distância aconteça com o
passar do tempo, bem como uma maior interação entre as diversas culturas quanto aos
conhecimentos gerados.
Ferramentas como Fóruns, chats, museus e laboratórios virtuais estimulam o contato e
favorecem de forma positiva as práticas de sala de aula invertida e amplia o acesso ao ensino
e aprendizado de qualidade por um custo muito baixo ou mesmo nulo o que torna tudo muito
mais atrativo e interessante em se tratando de educação de qualidade. Ainda no ensino
aprendizado, o modelo de sala de aula invertida começa a ser muito popular, devido à forma
como propõe uma reorganização da instrução aluno a aluno, bem como gerencia e organiza de
forma mais eficiente o tempo em sala de aula.
Mudar o que está sendo feito há tantas décadas exigirá uma mudança de postura não só de
professores, mas também dos alunos e isso de certa forma assusta mesmo, pois está se
depositando no aluno maior responsabilidade e assim terão também maiores cobranças de
retorno. Agora veremos nos próximos anos, mudanças maiores que devem ser marcados por
um crescimento do compartilhamento de conteúdos, especificamente em relação ao EAD.
Moran (2014, 2015) considera a sala de aula invertida um dos modelos mais interessantes
para misturar tecnologia com metodologia de ensino, pois concentra, no virtual, o que é
informação básica, e, na sala de aula, atividades criativas e supervisionadas, uma combinação
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As Tecnologias e a Sala de Aula Invertida 39
de aprendizagem por desafios, projetos, problemas reais e jogos. Fundamentado nessa
informação na figura abaixo podemos ver essa mistura, a integração entre sala de aula
invertida, metodologias e tecnologias, sendo o aluno a parte central do processo.
Fonte: https://nte.ufsm.br/images/PDF_Capacitacao/2016/RECURSO_EDUCACIONAL/Ebook_FC.pdf
Mesmo que pareça simples, a organização didática e a preparação da sala de aula invertida, o
planejamento das atividades, a seleção das tecnologias e como serão utilizadas essas
ferramentas, devem ser ajustadas de forma a serem pensadas no público alvo e assim serem
ajustadas ao mesmo, pois se não houver o cuidado minucioso a cada detalhe e etapa da
formação da sala de aula invertida, com certeza não terá o rendimento esperado de cada aluno.
Abaixo o modelo de padrão lógico que se pode oferecer ao aluno para uma construção
necessária dos saberes e a execução de tarefas práticas em sala de aula bem como a
verificação de suas aprendizagens após a intervenção prática observada de perto pelo
professor.
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https://nte.ufsm.br/images/PDF_Capacitacao/2016/RECURSO_EDUCACIONAL/Ebook_FC.pdf
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Antes da Aula Durante a Aula Depois da Aula
O professor organiza as
aulas e ferramentas digitais,
ou de materiais educativos a
serem usadas pelos alunos e
compreenderem os
conceitos e os conteúdos.
O professor organiza as
atividades práticas para que os
alunos desenvolvam respostas
de maneira individual ou
coletiva, priorisando a
criatividade, discussão,
experimentação e ensino.
Os alunos recebem testes
abertos, fechados ou mistos
para a verificação das suas
aprendizagens através das
metodologias utilizadas.
Olhando agora de forma mais ampla e com um maior conhecimento sobre o assunto e as
diversas vantagens encontradas na sala de aula invertida, podemos ver algumas dicas para
implementar este método educacional. Cabe ao professor desenvolver o método da melhor
forma possível para que o conteúdo renda, podendo inverter todas as aulas, intercalá-las com
aulas normais ou “flippar” apenas uma no semestre.
No modo geral pensar na sala de aula invertida traz a ideia de que o ensino tradicional seja
extinto, quando na verdade não é bem assim, o que acontece é a junção dos dois métodos em
prol de um desenvolvimento pleno e satisfatório do aluno, adotar o método de sala de aula
invertida significa centralizar o aluno como figura principal do ensino aprendizado papel esse
que antes era direcionado apenas para o professor. Produzir

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