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Espécies de Responsabilidade Civil

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@Elisastudies._ 
 
• RESPONSABILIDADE PENAL: 
Tem quase o mesmo fundamento da 
responsabilidade civil, o que as difere são as 
condições em que elas surgem, porque uma é 
mais exigente do que a outra quanto ao 
aperfeiçoamento dos requisitos, assim entende 
Aguiar Dias. No caso da responsabilidade 
penal, o agente infringe uma norma de direito 
público. Neste caso, o interesse lesado é a 
sociedade. 
• RESPONSABILIDADE CIVIL: 
Entretanto, na responsabilidade civil, o interesse 
tutelado é o privado, cabendo ao prejudicado 
requerer a reparação caso entenda necessário. 
É possível que o agente, ao infringir uma norma 
civil, transgrida também a lei penal tornando-se 
ao mesmo tempo, obrigado civil e penalmente. 
A responsabilidade penal distingue ainda da 
responsabilidade civil, pois esta é pessoal, 
intransferível, ou seja, o réu responde com a 
privação da sua liberdade. Enquanto a 
responsabilidade civil é patrimonial de modo 
que, se a pessoa não possuir bens, a vítima 
permanecerá sem ser ressarcida. 
Na esfera civil, porém, é um pouco diferente e 
existem exceções, o que a torna menos rigorosa 
que o processo penal. Na responsabilidade civil 
não se trata de réu, mas de vítima. Outra 
exigência é a tipicidade, que é um dos requisitos 
genéricos do crime. 
• RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E 
EXTRACONTRATUAL 
Ocorre pela presença de um contrato existente 
entre as partes envolvidas, agente e vítima. 
Assim, o contratado ao unir os quatro elementos 
da responsabilidade civil (ação ou omissão, 
somados à culpa ou dolo, nexo e o consequente 
dano) em relação ao contratante, em razão do 
vínculo jurídico que lhes cerca, incorrerá na 
chamada Responsabilidade Civil Contratual. 
Na Responsabilidade Civil Extracontratual, 
também conhecida como aquiliana, o agente 
não tem vínculo contratual com a vítima, mas, tem 
vínculo legal, uma vez que, por conta do 
descumprimento de um dever legal, o agente por 
ação ou omissão, com nexo de causalidade e 
culpa ou dolo, causará à vítima um dano. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Desse modo, pode-se verificar que a única 
diferença entre as duas figuras de 
responsabilidade civil encontra-se no fato de a 
primeira existir em razão de um contrato que 
vincula as partes e, a segunda surge a partir do 
descumprimento de um dever legal. 
• RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA: 
A Responsabilidade civil objetiva é aquela em 
que a lei dispensa a produção de prova a 
respeito da culpa (ainda necessário se provar 
a Conduta humana, Nexo-causal e o Dano). 
Porém, na origem é normal que se tenha um ato 
culposo, sendo que a lei apenas estabelecerá 
não ser necessária a produção de prova 
acerca dessa culpa. Desta forma, é errado 
dizer que responsabilidade objetiva é 
aquela em que não há culpa, já que pode até 
haver culpa ou dolo, mas mesmo se não houver, 
há a responsabilidade. 
Na objetiva, reconhece-se no agente um dever 
prévio de cuidado, que impõe que a 
danificação lhe seja imputada, a despeito de 
qualquer cogitação de sua culpa: é 
responsável, a priori, porque não observou 
aquele dever de cuidado que lhe era imanente. 
EX.: a responsabilidade do Estado. O Estado é 
“pago” (por intermédio dos impostos) pelos 
cidadãos para garantir a boa prestação de 
serviços públicos, e o dever de bem prestar se 
considera inobservado quando, dos serviços 
estatais, venha algum dano. O mesmo se dá com 
os fornecedores, na seara consumerista. São 
responsáveis objetivamente pelos danos que os 
consumidores padecerem, porque, além de o 
consumidor ser vulnerável, aquele que se coloca 
no mercado para auferir bônus precisa suportar 
os ônus do que essa atividade acarreta. 
Na prática, a responsabilidade objetiva é 
aquela em que não há necessidade de 
discussão do elemento culpa. 
 
da Responsabilidade Civil 
• SÃO EXEMPLOS DE RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA: 
− A responsabilidade civil nas relações de 
consumo é, em regra, objetiva, a única 
exceção é aquela dos profissionais liberais 
(art. 14, § 4º, CDC); 
− A responsabilidade civil decorrente de 
abuso de direito (art. 187 do CC) 
independe de culpa e fundamenta-se 
somente no critério objetivo finalístico; 
− Responsabilidade por fato de terceiro (art. 
933 do CC); 
− Responsabilidade pelo fato do animal (art. 
936 do CC); 
− Responsabilidade pela ruína de edifício ou 
construção (art. 937 do CC); 
Responsabilidade da pessoa que agiu em 
estado de necessidade (artigos 929 e 930 - 
independentemente da excludente de ilicitude, 
o dano causado em estado de necessidade 
pode gerar o dever de indenizar). 
OBS: tratando-se de risco integral, por vezes 
nem o caso fortuito e a força maior são capazes 
de afastar a resp. Civil, como nos casos de 
danos ao meio ambiente e do seguro 
obrigatório de veículos automotores. 
Já a Responsabilidade civil subjetiva é o tipo 
mais comum, e residual. Utiliza-se da culpa do 
agente para mensurar a responsabilidade, 
compreende o dolo e a culpa em sentido estrito 
(imprudência, negligência e imperícia). 
Resumo: 
Na RESPONSABILIDADE OBJETIVA , o dever 
de reparação do agente advém de uma 
presunção legal que o torna responsável 
pelo dano, mesmo que não tenha 
desejado causar o resultado. Basta que 
exista uma lesão a um bem juridicamente 
protegido e que esta seja decorrente de 
uma atividade do agente para que ele 
tenha o dever de indenizar o dano. 
Já na RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, o 
agente só responde pelo prejuízo 
causado por sua conduta se agiu com 
dolo ou culpa, isto é, se teve a intenção 
de causar o resultado ou se atuou com 
imprudência, negligência ou imperícia.

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