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Centro Universitário Estácio de Sergipe disciplina: citopatologia clínica docente: Ester seixas Citologia Hormonal DISCENTES: Édipo Renata Suzilaine Tatiana Rabelo Yrna Lorena Citologia Hormonal Avalia as condições endócrinas dos pacientes com o estudo morfológico das células; Funções: Função ovariana; Identifica a puberdade e menopausa; Estimar o tempo de ovulação; Função placentária; Anormalidades congênitas através das cromatinas sexuais. Na avaliação citológica: Cariopicnose (porcentagem de células com núcleos picnóticos); Eosinofilia (porcentagem de células maduras eosinófilas); Maturação (porcentagem de células parabasais, intermediarias e superficiais); Valor de maturação (calculado a partir do índice de maturação, onde parabasais x 0 + intermediarias x 0,5 + superficiais x 1); Índice de pregueamento celular (quantidade de células pregueadas); Índice de agrupamento celular ( quantidade de células agrupadas). CONSOLARO; MARIA-ENGLER, 2014 Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Escamosas Existem 3 grupos de céls. dentro do epitélio escamoso: SUPERFICIAIS INTERMEDIÁRIAS BASAIS E PARABASAIS é responsável em condições fisiológicas pela regeneração (replicação celular). diferentes estágios na maturação das células basais. Esse epitélio é influenciado pelos hormônios ovarianos, atingindo a sua máxima maturação sob a ação dos estrógenos. Por outro lado, a deficiência estrogênica, como ocorre na menopausa, leva a sua atrofia. A: células superficiais (setas); B: células intermediárias; C: células parabasais; D: células metaplásicas. (obj. 20x) Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Basais: Raramente são vistas nos esfregaços, exceto em casos de atrofia intensa ou ulceração da mucosa; Redondas ou ovais, com citoplasma escasso corando intensamente em verde ou azul; Núcleos são redondos, de localização central, com cromatina uniformemente distribuída, às vezes com um pequeno nucléolo; Descamam isoladamente ou representando pequenos agrupamentos. Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Parabasais: Predominam em condições fisiológicas associadas à deficiência estrogênica; Infância, lactação e menopausa (atrófico); Apresentam tamanho variado entre 15 e 25 micrômetros e são arredondadas; O citoplasma é geralmente basofílico (cianofílico); O núcleo é redondo ou oval, um pouco menor em relação ao das células basais e contém grânulos de cromatina ou cromocentros. C: células parabasais. (obj. 20x) Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Intermediárias: São as células mais comuns nos esfregaços no período pós-ovulatório do ciclo menstrual, durante a gravidez e na menopausa precoce; Seu predomínio é relacionado à ação da progesterona ou aos hormônios adrenocorticais; Citoplasma geralmente basofílico, poligonal, com tendência a pregueamento das suas bordas; O núcleo é vesicular, medindo cerca de 8 micrômetros, com cromatina delicada uniformemente distribuída e cromocentros visíveis; A abundância do citoplasma e o núcleo de tamanho menor diferenciam as células intermediárias das parabasais. Ectocérvice normal: células escamosas intermediárias basofílicas. Alguns polimorfonucleares. (obj. 20x) Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Intermediárias: Células Naviculares: Subtipo das células intermediárias e são um pouco menores, com abundante glicogênio citoplasmático, que pode corar amarelado ou acastanhado; As bordas citoplasmáticas são espessas e o núcleo é excêntrico; Essas células são mais comuns na gravidez na segunda metade do ciclo menstrual e na fase inicial da menopausa. Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Superficiais: São as mais comuns nos esfregaços no período ovulatório do ciclo menstrual; São aproximadamente do mesmo tamanho das células intermediárias, também são poligonais, porém o citoplasma é mais aplanado e transparente, geralmente eosinofílico (corado de rosa); Núcleo picnótico é caracterizado pela condensação da cromatina; A diferenciação entre uma célula superficial e uma intermediária se fundamenta na análise da estrutura nuclear. Ectocérvice normal: células escamosas superficiais com citoplasma eosinofílico ou basofílico. Um polimorfonuclear (seta). (obj. 20x) Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Endometriais: São vistas habitualmente até o 12º dia do ciclo menstrual; Pequenas; Descamam em agrupamentos celulares densos; Tridimensionais e duplo entorno; Tamanho e núcleo menor que as endocervicais; Núcleo arrendodado ou oval, pequenos, excêntricos e hipercromáticos; Citoplasma sofre variações cíclicas em resposta às hormonas durante o ciclo menstrual; Citoplasma microvacuolizado, degenerado ou escasso. Encontrar céls. endometriais em esfregaços cérvico-vaginais após o período de descamação, é considerado anormal, e em mulheres na menopausa torna-se um fator de atenção. CONSOLARO; MARIA-ENGLER, 2014, p. 11 Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Células Endocervicais: Céls. cilindricas alongadas ou arredondadas; São vistas como colunares e, quando achatadas assemelham-se a “Favo de Mel” ou paliçada; Citoplasma transparente e núcleo esférico; Na fase estrogênica: estrogénio promovem a secreção de um muco fino e aquoso; o citoplasma é mais denso e cianofílico e, o núcleo é elíptico; Na fase secretora (após ovulação): o citoplasma é distendido devido a quantidade de muco, claro e edemaciado. CONSOLARO; MARIA-ENGLER, 2014; LIMA, 2012. LIMA, 2012. As células glandulares endometriais se diferenciam das células endocervicais por seu menor tamanho, citoplasma mais escasso e limites citoplasmáticos menos definidos, regularidade do tamanho dos núcleos, distribuição mais grosseira da cromatina e esfoliação em conjuntos muito pequenos com frequente sobreposição nuclear Citologia Hormonal 1. Morfologia do epitélio cérvico-vaginal Citologia Hormonal 2. Ciclo Hormonal e citologia característica O ciclo menstrual é nada mais o ciclo do que um processo cíciclo decorrente da secreção alternadas de quatro principais hormônios: Estrógeno e progesterona (secretado principalmente nos ovários); Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – ( secretados pela hipófise). No início do ciclo quando a menstruação ocorre a liberação hipofisária de pequenas quantidades de FSH e LH que juntos provocaram o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. O crescimento destes folículos induz o aumento da produção de estrógeno, que é secretado em uma taxa crescente estimulando a proliferação endometrial e atingindo o seu pico aproximadamente na metade do ciclo . Citologia Hormonal 2. Ciclo Hormonal e citologia característica A alta concentração de estrógeno, inicialmente, reduz o pulso de LH e FSH que em seguida provoca um aumento súbito destes dois hormônios estimulando a ovulação (ruptura do folículo e liberação do óvulo). O elementos residuais do folículo rompido formará o desenvolvimento do corpo lúteo, este secretará o estrogênio e quantidades elevadas de progesterona com objetivo de manter a gestação, até que a placenta possa assumir esta função. Não havendo a fecundação os níveis de progesterona e estrogênio caem , provocando a diminuição da produção LH e FSH, de modo que o corpo lúteo regrida (fase luteínica), reduzindo por sua vez a produção de progesterona e estrogênio fazendo com que o endométrio descame, ocorrendo a menstruação e dando início ao um novo ciclo. Citologia Hormonal 2. Ciclo Hormonal e citologia característica Durante o ciclo menstrual, ocorre a fecundação. O embrião atinge o útero e, a placenta secreta o hormônio hCG, que impede a degeneração do corpo lúteo. Este tem a função de manter a produção de progesterona e estrógeno, que são hormônios essenciais para a manutenção da gestação. A produção ovariana destes hormônios inibea produção hipofisária de LH e FSH, impedindo o estímulo de novos folículos ovarianos durante todo o período da gestação. Assim há um bloqueio do ciclo menstrual. No final da gravidez o corpo lúteo se desintegra, diminui a quantidade de progesterona, provocando a contração do útero que facilita a expulsão de feto durante o parto. Após o parto um novo ciclo menstrual se inicia. Citologia Hormonal 3. Citologia característica na pré-menarca, gravidez e menopausa A Citologia no ciclo menstrual O que encontramos nos esfregaços durante os períodos do ciclo menstrual. 1-5 Dias de Menstruação: Principalmente células intermediárias; São encontrados Leucócitos e Hemácias; Células glandulares endometriais; Poucas vezes são encontradas células endocervicais. 6-12 Fase Folicular: Uma prevalência de células intermediárias; Aumento das células superficiais; Podem haver células endometriais; Poucas células endocervicais. Citologia Hormonal 3. Citologia característica na pré-menarca, gravidez e menopausa 12-13 Fase pré-ovulatória : Mais células escamosas; Glandulares endocervicais com citoplasma basófilo e núcleo- central; Esfregaço limpo. 14-15 Período Ovulatório: Grande número de células superficiais; Maturidade celular. 16-18 Fase luteínica inicial: Vários Lactobacilos; Aumento das células intermediárias em pequenos agrupamentos; Epitélio perde espessura. Esfregaço do meio do ciclo (fase ovulatória): células escamosas superficiais eosinofílicas, fundo limpo. (obj. 10x) Esfregaço da fase luteínica com células escamosas basofílicas com citoplasma dobrado. (obj. 2,5x) Citologia Hormonal 3. Citologia característica na pré-menarca, gravidez e menopausa 19-28 Fase luteínica: Predomínio de células intermediárias e escassas superficiais; Lactobacilos. Citologia na Gravidez -1 trimestre : as células são superficiais e exsudado inflamatório; 2/3 trimestre – navicular/citolítico. Citologia na Infância: Como na infância existe uma inatividade do hipotálamo e hipófise, os ovários não são estimulados. Assim sendo, o epitélio vaginal mostra-se atrofiado. Citologia na menopausa: Maturação celular; Aumento da quantidade das células basais; Redução das células intermediárias e superficiais. Fase luteínica com lactobacilos abundantes e citólise Citologia Hormonal 3. Citologia característica na pré-menarca, gravidez e menopausa EPITÉLIO ATRÓFICO: epitélio atrófico é consequência da baixa ou ausência de estrógeno e hormônios relacionados. Não ocorrendo maturação das células do epitélio escamoso, o predomínio torna se de células parabasais e basais. Epitélio atrófico de superfície Citologia Hormonal 4. Atrofia Caracterização: Predomínio de células escamosas parabasais resultante da não produção de estrógenos. Ocorrência: Infância Pós-parto imediato; Lactação; Pós menopausa; Cirurgia de remoção de ovários, radio e quimioterapia. Amostra cervical com agrupamento de células parabasais. Papanicolau, 400x. Citologia Hormonal 4. Atrofia Esfregaço na gravidez: Predomínio de células intermediárias, frequentemente naviculares (2º mês de gestação); Citoplasma com bordas espessas, dobradas e núcleos excêntricos; Contêm glicogênio em abundância Estão associadas aos elevados níveis de progesterona. Células escamosas do tipo naviculares Citologia Hormonal 4. Atrofia Esfregaço no Pós-parto e lactação: Aumento de células parabasais contendo abundante nitrogênio; Redução de células intermediárias e superficiais; Células de reações inflamatórias podem estar presentes. Padrão citológico na lactação com predomínio de células parabasais ricas em glicogênio. Papanicolau, 100x. Mucosa vaginal de mulher em lactação. Nota-se o predomínio de células parabasais com citoplasma denso, bordas bem definidas e células de reações inflamatórias ao fundo Papanicolau, 100x. Citologia Hormonal 4. Atrofia Esfregaço na menopausa: Redução de níveis séricos de estrogênio; Células intermediárias em alternância com células parabasais (menopausa precoce); Predomínio de células parabasais; Acompanha secura na mucosa e infecções locais; Comumente apresenta alterações inflamatórias; Relação núcleo citoplasma alta, com aspecto borrado; Presenta frequente de núcleos desnudos; Citologia Hormonal 4. Atrofia Esfregaço na menopausa: Preparações que correspondem à menopausa inicial (A e B). A maior parte das células é intermediária, moderadamente agrupada, com citoplasmas basófilos. No fundo, observam-se alguns eritrócitos e neutrófilos. As duas lâminas correspondem à menopausa tardia (C e D). Existe predomínio de células parabasais sobre um fundo com leve reação inflamatória. (C) Observam-se, isoladas, células intermediárias e células raras superficiais. Em (D), há células parabasais com citoplasma eosinófilo e denso A B C D Referências Bibliográficas Site visitado dia 27/09/2021 às 20h: https://pathologika.com/citologia/citologia-cervico-vaginal/ Site visitado dia 27/09/2021 às 21h: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/9811/3/Citopat%20aula%203.pdf Atlas de citopatologia ginecológica/ Daisy Nunes de Oliveira Lima – Brasília: Ministério da Saúde; CEPESC: Rio de Janeiro, 2012. Site visitado dia 28/09/2021 às 21h: Citopatologia do colo uterino - atlas digital (iarc.fr) Obrigado!
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