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Bruna Oliveira – 144 Aula de André Rezende 2021.1 + cardiopapers Bloqueio de Ramos O potencial de ação não é uniforme em todas as áreas do coração. • Nos Nós de condução, a fase 0 não é uma linha de base, o que propicia o automatismo celular. É um pontecial mais curto e de menor intensidade No ECG, não vê nada referente a despolarização dos nó SA, só fica registrado graficamente quando atinge os átrios (onda P). Mesma coisa acontece quando passa pelo nó AV, feixe de Hiss e pelo sistema Hiss-purkinje, só vê quando chega nos ventrículos (QRS). Maior onda R é registrada habitualmente em DII, pois é para onde aponta a resultante dos vetores de despolarização ventricular. Anatomia do sistema His-Purkinje: • Ramo direito é mais fino e se ramifica depois • Ramo esquerdo se divide em 2 (sistema bi fascicular) Ativação normal (simplificada): • Estímulo do nó AV → feixe de His → ramo D e ramo E • 1º vetor → esquerda para direita (apontando para frente) → R de V1 (se aproximando) e Q de D1 e V6 (se distanciando) • 2º vetor → parede livre dos ventrículos → aponta para esquerda e para trás → S de V1 (se distanciando) e R de V6, D2 e D1 • 3º vetor → porção basal do VE → aponta para cima → ondas S nas derivações mais inferiores e um pouco na esquerda • Vetor resultante vai apontar para uma região próxima a D2 (60°) Duração normal do QRS – 120ms ou < 3 quadradinhos. Se QRS > 120 ms → BLOQUEIO DE RAMOS Eixo normal do vai de -30 a + 90° • < - 30° → desvio do eixo para a esquerda • > 90° → desvio do eixo para direita Bruna Oliveira – 144 Aula de André Rezende 2021.1 + cardiopapers Como diferenciar se é BRE ou BRD → OLHE PARA V1 • Complexo QRS negativo em V1 → BRE • Complexo QRS positivo em V1 → BRD Sempre que diagnosticar BR, verificar se há cardiopatia estrutural (valvopatia, hipertrofia, dilatação etc) Hemibloqueios. Bloqueio de Ramo Direito Pode ser um bloqueio de fato ou apenas um retardo na condução, fazendo com que o QRS fique mais alargados 1º vetor perde um pouco da força, mas fica nas mesmas direções 2º vetor → 2º R em V1 e deflexão negativa e mais lenta em D1 e V6 3º vetor → praticamente não se altera Repolarização ventricular (onda T) contrária a ativação mais lenta. Ex: se ativação lenta for positiva em V1, a onda T será negativa. Normalmente o eixo se mantém. Pode acontecer mesmo sem cardiopatia estrutural (ramo direito é mais sensível) e não tem prognóstico ruim. Mais frequente que o BRE. Critérios: • QRS > 0,12s • V1 – padrão trifásico (rSR’) com segunda onda R bem maior que a primeira • Derivações esquerdas (D1, v5 e v6) com onda S com padrão mais lento (onda S lentificada), representando a ativação lenta final do VD. • Onda T oposta a deflexão terminal do QRS Bloqueio de Ramo Esquerdo Ativação ventricular anormal 1º vetor → não existe mais, onda Q de D1, V5 e V6 desaparece. 1ª ativação representa o VD em D3, v1 e v2. 2º vetor → Como a ativação do VD foi muito antes da ativação do VE, o segundo vetor já não tem mais a competição do VD puxando pra o outro lado, ai ele fica bem maior. Onda R mais lenta e com entalhe (ativação não uniforme) na porção superior (padrão tipo torre) em D1 e v6. Onda S mais lenta. O eixo tende a ser mais horizontalizado A onda T também fica oposta ao QRS na ativação lenta Critérios: • QRS > 0,12s • Onda R monofásica, entalhada em torre em D1, v5 e v6 Bruna Oliveira – 144 Aula de André Rezende 2021.1 + cardiopapers • Ausência de onda q em D1, v5 e v6 • Onda T oposta a polaridade do QRS Bloqueios divisionais Ativação do ramo esquerdo não vai estar totalmente prejudica e não vai haver um retardo significativo da contração ventricular, então, o QRS não tem duração > 0,12s Bloqueio da divisão anterossuperior esquerda É mais comum pois é mais fino, mais longo e mais afetado pelo estresse ventricular. Pensar nesse caso quando o QRS estiver desviado para a esquerda (mas há outros casos que pode haver esse desvio e não ser BDASE), para ter certeza ver se DII e DIII estão negativos e o S de DIII for maior que o S de DII, pensar em BDAS. 1º vetor → um pouco mais para frente e para direita. Em D3, há uma onda R e na D1 tem uma onda Q. 2º vetor → de baixo para cima e para esquerda. Deflexão negativa em D3 (mais negativo que D2). Em D1, deflexão positiva. Eixo elétrico desviado para esquerda. Complexo negativo a partir de D2. Diametralmente oposto a D3. Critérios: • QRS < 0,12s e > 0,10s • SAQRS desviado para a esquerda (-45° a 60°) • Complexo qR em D1 e rS em D2 e D3 (Q1S3 – onda Q pequena em D1 e S grande em D3) Bloqueio da divisão póstero-inferior (BDPI) Raro. Geralmente para causar alteração tem que ter alguma outra alteração junto. 1º vetor: aponta para esquerda e para cima. Deflexão positiva ® em D1, e negativa (Q) em D2 e D3. 2º vetor: aponta para baixo e para direira. Onda R em D2 e D3 (D3 tem maior amplitude). Onda S em D1 Desviaria o eixo para a direita. Geralmente isobifásico em D1 ou com uma predominância do S. Critérios: • QRS < 0,12s • SAQRS desviado para a direita (80 a 110°) • Complexo rS em D1 e qR em D2 e D3 (S1Q3) Bloqueio da divisão ântero-medial (BDAM) não se sabe se existe. Associação de distúrbios BRD + BDAS → associação mais comum e elas não interferem uma na outra • Presente na cardiopatia chagásica. • V1 padrão rSR’ e onda T oposta ao Rs e onda S lenta BRD + BDASE = DOENÇA DE CHAGAS Bruna Oliveira – 144 Aula de André Rezende 2021.1 + cardiopapers • A única coisa que muda é o eixo → acima de -30° BRD + BDPI → a única coisa que muda é o eixo (desvia para direita) • Pode acontecer na miocardiopatia chagásica, mas muito menos frequente Se tiver BRE com eixo desviado para esquerda (BRE + BDAS ?). Isso acontece porque o BRE é na verdade um retardo troncular e a DAS não deixa passar quase nada. Bloqueio trifascicular (BRE mascarado) • Em D1 há uma morfologia típica de BRE e em V2 típica de BRD. • Comprometimento do ramo esquerdo e direito, mas com mais critérios para BRE • Intervalo PR mais longo → ativação atrioventricular e interventricular retardada. • Miocardiopatia grave e avançada, com chance de morte subida devido a bloqueio AV total.
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