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Preparo Para Inlay, Onlay e facetas em Ceramica UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA ODONTOLOGIA REABILITAÇÃO ORAL II ÍNDICE: • 03 - Restauração Inlay e Onlay • 05 - Qual é a diferença entre inlay e onlay • 07 - Materiais para confecção do Inlay e Onlay: Técnica semi-indireta;Inlay e Onlay em Metal • 11 - Vantagens e Indicações; • 13 - Contra-Indicações e Desvantagens; • 14 - Características gerais de um preparo para Inlay; Características finais de um preparo de Inlay • 19 - Características gerais de um preparo para Onlay; Características finais de um preparo de Onlay • 25 - Preparo de Facetas em Ceramica • 27 - Comparação com facetas de resinas compostas • 28 - Técnicas de preparação dentária • 30 - Descrição da técnica de Preparo • 33 - Wax-up e Mock-up • 37 - Provisórios • 40 – Bibliografia Recomendada Restauração Inlay e Onlay: • Inlay e Onlay, também chamadas de restaurações protéticas, são pequenos fragmentos em cerâmica que substituem a restauração convencional. • As restaurações Onlay, cobrem as cúspides dos dentes, já as Inlay, são confeccionadas dentro do limite do dente, sem envolver cúspides. Restauração Inlay e Onlay • Também conhecida como restauração em bloco, é confeccionada manualmente sobre modelos ou digitalmente por softwares específicos, proporcionando blocos precisos que são encaixados e colados diretamente sobre o dente, com cores e anatomia semelhante à estrutura dentária em tratamento Qual é a diferença entre inlay e onlay? • Inlay: É o bloco restaurador localizado entre as paredes dos dentes. Por ser de menor extensão, é menos utilizada devido às ótimas propriedades da restauração em resina composta para oferecer estética e durabilidade razoável para cavidades de pequena extensão. • Trazem como vantagens a resistência ao amarelamento e deformação ao longo dos anos comparadas às versões tradicionais em resina ou amálgama de prata. Qual é a diferença entre inlay e onlay? • Onlay: Mais utilizada da que a técnica inlay, é indicada para restaurar dentes com perdas de paredes dentárias ou na recuperação de toda a estrutura dentária em contato com dentes opostos durante a oclusão e mastigação. Versátil, pode ser indicada desde a substituição de restaurações dentárias antigas, recuperação de dentes fraturados a até mesmo tratamento preventivo de desgastes dentários pelo bruxismo. Materiais para confecção do Inlay e Onlay • Porcelana - é a técnica ideal para qualquer situação: resultados estéticos elevados e muita durabilidade. Confeccionada manualmente em laboratório ou através de fresagem computadorizada de blocos cerâmicos já prontos, é ideal para recuperar perdas dentárias extensas e tratamentos combinados com lentes de contato dental e facetas de porcelana. • Zircônia - é um material bastante utilizado na confecção de próteses dentárias fixas, pinos protéticos, dentaduras fixas do tipo protocolo e até mesmo implantes dentários. Mais rígido e durável que a porcelana odontológica (cerâmica), tem como desvantagem resultados estéticos limitados e indicações restritas a dentes posteriores. • Resina composta – É feita pela técnica semi indireta e a vantagem desta técnica comparada à restauração dentária convencional está na maior durabilidade do tratamento, um resultado do uso de resinas mais reforçadas. Os resultados estéticos, elevados, são comparáveis à técnica com porcelana Técnica semi-indireta Inlay e Onlay em Metal • São os blocos confeccionados com ligas metálicas, uma forma com estética deplorável mas que traz elevada durabilidade, resistência e prevenção a fraturas dentárias. Em desuso, este tipo de material foi importante para estabelecer as bases científicas do tratamento. Vantagens e Indicações; Mais fácil de reproduzir os contatos interproximais; Minimiza a contração de polimerização a apenas uma fina camada do cimento resinoso usado para a fixação; O material restaurador apresenta melhores propriedades em comparação com as resinas diretas. Reforçam a estrutura dentária remanescente; Quase sempre dispensa o uso de pinos. Indicações: Restaurações amplas em dentes posteriores; Istmo oclusal maior que a metade da distância intercúspidea ou quando o preparo envolver uma ou mais cúspides; Quando uma restauração estética seja necessária e uma coroa total não seja desejada. Exigir estética; Refazer restaurações extensas; Fraturas extensas; Lesões de cárie extensas. Contra-Indicações e Desvantagens Desvantagens: • Preparo mais invasivo; • Precisam do laboratório de prótese; • Requer provisório e moldagem; Contra-Indicações: • Paredes muito finas; mesmo fazendo recobrimento com Onlay é melhor fazer coroa total. • Dentes jovens; câmara pulpar ampla • Dente com coroa clinica curta; não tem como preparar para receber o material. • Hábitos parafuncionais é uma Limitação, deve instalar uma placa miorrelaxante. Características gerais de um preparo para Inlay • Profundidade oclusal de 1.5 a 2mm ideal Material cerâmico apresenta elevada rigidez e grande friabilidade, necessitando de volume. (se não o material forma microtrincas e fratura mesmo) Essa profundidade se consegue com a broca que se utiliza, ponta diamantada tronco cônica com extremidade arredondada 2131 ou 3131. • Pontas diamantadas: esféricas 1012 e 1014, 4138G e 2135G, rompimento de contato 2200, de preparo típicos 3131 e 2131, de acabamento 4137F, 4138F e 2135F • As que mais utiliza em Inlay? 2131, 3131 e as serie F de acabamento 4138F e 2135F • Paredes expulsivas e ângulos internos arredondados (dados pela própria broca) Eliminação de retenções internas com RC ou CIV- evita preparos agressivos e destrutivos. (preserva estrutura dental e já proporciona a proteção do complexo dentina pulpar) ou seja consigo paredes expulsivas preparando diretamente o remanescente ou o material de reforço. • Expulsividadedas paredes do preparo de aproximadamente 10º a broca 2131 e 3131 faz isso istmo de aproximadamente 2mm (abertura sentido vestíbulo-lingual) mas geralmente quem determina é a cárie. • Ângulo Cavo superficial em 90º e sem bisel em margem deixaria a cerâmica fina e friável com risco de fratura. • Após a confecção do preparo com pontas de maior granulação, realiza- se seu refinamento com pontas de formato idêntico, porém de granulação fina e extrafina (corrigir defeitos do preparo, remover irregularidades e aumentar a lisura superficial das paredes). Concluído o preparo, procede-se à moldagem! Características finais de um preparo de Inlay • Profundidade oclusal 1,5 s 2,0mm • Ângulos internos arredondados • Paredes circundantes expulsivas 10º • Distância âxio proximal 1,5mm (parede cervical) Características gerais de um preparo para Onlay • Os preparos para Onlay apresentam características idênticas às dos preparos para Inlay, com a diferença que se procede ao recobrimento de uma ou mais cúspides. • As pontas empregadas sempre devem apresentar dimensões compatíveis com a função que estão desempenhando. Assim, pontas mais longas (3227) são usadas no preparo das paredes vestibular e lingual/palatal das caixas proximais e pontas mais curtas (3127 e 313 1) são utilizadas na regularização das paredes da caixa oclusal. A cúspide é reduzida com a mesma ponta já empregada no preparo da caixa oclusal, de forma a propiciar volume e espessuras adequados ao material restaurador (desgaste de 2 mm). • Vista por lingual do preparo tipo onlay concluído. Observe a redução das cúspides em comparação com a parede vestibular. • Vista proximal do preparo. Note o arredondamento dos ângulos internos, a explusividade e a redução do torno de 2mm e 1 mm das cúspides e da parede lingual com término chanfro, respectivamente. • Principais características que um preparo tipo onlay deve apresentar Características finais de um preparo de Onlay • Redução oclusal 2.0mm (ponta de cúspide) • Profundidadeoclusal 1,5 a 2,0mm • Paredes circundantes expulsivas 10º • Ângulos internos arredondados • Distancia âxio proximal 1,5mm Preparo de Facetas em Ceramica • Facetas são pequenas peças protéticas, bem finas, que cobre a parte da frente dos dentes anteriores. Apontamos como principais indicações para a sua utilização as seguintes situações: descolorações dentárias, defeitos no esmalte, diastemas, dentes mal posicionados, problemas oclusais, restaurações inestéticas, descolorações dentárias provocadas pela idade, desgastes fisiológicos na dentição, dentes fracturados, dentes em que seja contraindicado o branqueamento, agenesia do incisivo lateral em que se pretenda dar a forma deste dente ao canino, erosão e atrição dentária, disfarce de pequenas porções da raiz que estejam expostas e reparação de restaurações cerâmicas ou metalocerâmicas fracturadas. Preparo de Facetas em Ceramica Comparação com facetas de resinas compostas Existem atualmente diferentes formas de confeção de facetas estéticas, dividas em dois grandes grupos, as facetas diretas e as facetas indiretas. As facetas indiretas podem ser confecionadas com materiais cerâmicos e/ou resinas compostas, enquanto que as diretas se restringem às resinas compostas. Existem algumas diferenças quando comparados estes dois materiais, em relação às suas características clínicas Técnicas de preparação dentária • A conservação máxima possível do dente é um requisito para este tipo de restauração. Ainda assim é necessário criar espaços através de desgastes, com vista a obter uma espessura homogénea da cerâmica, promovendo melhorias na resistência mecânica e propriedades óticas da restauração. • A preparação dentária do dente a ser restaurado com as facetas cerâmicas, pode ser realizada através de diferentes alternativas, de acordo com a complexidade do caso. Sendo que a espessura do esmalte na face vestibular é variável entre o terço gengival, médio e incisal, correspondendo a cerca de 0,3 a 0,5mm, 0,6 a 1mm e 1 a 2,1mm respetivamente, é indispensável que durante a preparação estes valores sejam contemplados. Descrição da técnica de Preparo • Para o início da preparação dentária, são necessárias duas brocas com diferentes diâmetros, para que seja possível obter um corte ideal da superfície dentária. A primeira broca com uma diferença entre o diâmetro total e o diâmetro da ponta igual a 1.4mm, que quando utilizada paralelamente ou com uma pequena inclinação em relação ao longo eixo do dente, vai provocar um desgaste de 0.7mm. Esta broca será utilizada para realizar um desgaste único, horizontal, entre o terço médio e incisal. A segunda broca com uma diferença entre o diâmetro total e o diâmetro da ponta igual a 1mm, que quando utilizada paralelamente ou com uma pequena inclinação ao longo eixo do dente, vai provocar um desgaste de 0.5mm. Esta broca será utilizada para realizar um desgaste único, festonado, entre o terço médio e cervical do dente. • Confecção de sulco de orientação marginal cervical com ponta diamantada esférica 1014, com inclinação de 45 graus, penetrando aproximadamente 1/4 do diâmetro da ponta ativa. O objetivo desta etapa é criar um esboço do futuro término cervical. • Confecção de três sulcos horizontais com ponta diamantada 4141. Os sulcos criados terão profundidade aproximada de 0,3 mm. Deve-se trabalhar com a broca nas três inclinações da face vestibular (terços cervical, médio e incisal). Em casos de dentes mais escurecidos, deve-se utilizar a ponta diamantada 4142 (sulcos de 0,5 m de profundidade). Descrição da técnica de Preparo • Redução da face vestibular através da união dos sulcos de orientação com ponta diamantada 2135, em 3 inclinações: terços cervical, médio e incisal. À medida que a tinta for desaparecendo, percebe-se que chegou na profundidade desejada. As margens proximais devem ser estendidas até o ponto de contato, sem rompê-lo, de forma que se tenha um término interproximal. Na presença de diastemas, o envelopamento proximal é recomendado. • Redução incisal de 1,0 a 1,5 mm com ponta diamantada 2135, com leve inclinação para palatina. Descrição da técnica de Preparo Wax-up e Mock-up • Casos em que a destruição dentária é elevada ou as modificações da anatomia dentária são acentuadas, o recurso ao wax- up e ao mock-up é fundamental, tornando- se mesmo uma ferramenta imprescindível ao dispor do dentista para realizar este tipo de tratamentos. Estas técnicas mais recentes de diagnóstico e auxiliares para a preparação dentária no tratamento de pacientes que pretendam fazer a reabilitação com facetas de ceramicas, são elaboradas em dois passos. O primeiro passo consiste na realização do “wax-up”, ou seja, o enceramento de diagnóstico, e a segunda etapa diz respeito ao “mock-up”. Wax-up • A primeira fase passa então pela realização do enceramento de diagnóstico ou “waxup”, cuja finalidade é determinar o objetivo preliminar da restauração final. É realizado sobre um modelo de gesso preliminar do paciente, em que é acrescentada cera sobre os dentes a modificar, de forma a obter um modelo encerado que represente o volume e anatomia pretendidas nas facetas de ceramica. Mock-up • O “mock-up” é uma técnica muito eficiente para prever/visualizar o aspeto final da restauração, uma vez que permite a visualização intraoral, numa forma tridimensional da restauração final. É uma técnica mais eficiente, uma vez que outras que resultam da manipulação de imagens, usam “software” bidimensional. Mock-up O “mock-up” é um duplicado do modelo encerado, ou seja, um duplicado do “wax-up”, fabricado em metil metacrilato. Pode ser confecionado direta ou indiretamente, ou seja, em boca ou através de um laboratório de prótese. O objetivo, para além da visualização “in vivo” de alguns parâmetros contemplados no resultado final da restauração, é avaliar t ambém a fonação do paciente.Ao fim de alguns dias ou até mesmo semanas de uso, o paciente irá dizer se aceita ou nã o este aspeto final para a restauração. Provisórios • Na reabilitação oral com facetas de ceramicas, o objetivo principal das restaurações provisórias é manter a função e estética da restauração final. Por este motivo, deve integrar parte do tratamento, sendo que possibilitam estabelecer com maior facilidade e rigor a comunicação com o laboratório e com o paciente. Provisórios • Para a fabricação dos provisórios de forma direta, pode recorrer aos mesmos meios usados para realizar o “mock-up”. Para tal, é inserido uma resina acrílica autopolimerizável num molde do “wax-up”, feito em silicone, e seguidamente aplicado aos dentes preparados. Entre várias alternativas, o método tradicional usado para a confecção dos provisórios é realizado num só passo, em que é misturada e inserida a resina acrílica na chave de silicone e seguidamente pressionada contra os dentes a serem preparados, aguardando algum tempo para que ocorra a sua polimerização. Depois da sua polimerização, estes devem ser cimentados com cimentos provisórios. Os dentes preparados devem ser condicionados no centro com ácido e posteriormente deve ser aplicado o adesivo e polimerizado. Por último, deve ser colocado o cimento na face interna das facetas provisórias que devem ser inseridas nos dentes preparados. Depois de removidos os excessos, deve ser realizada a fotopolimerização durante 30s. Provisórios Bibliografia: • Pegoraro, Luiz Fernando, et al. Prótese Fixa: bases para o planejamento em reabilitação oral. Artes Médicas Editora, 2013. • Dentistica Saúde e Estetica Ewerton Nocchi da Conceicao 2 Ed • Aula Onlay-Inlay _ Passei Direto • Restauração Indireta Onlay: Seleção do Sistema Cerâmico e Cimentação com Cimento Auto-adesivo – relato de caso clínico • Facetas Cerâmicas – Uma Alternativa Segura e Previsível: Universidade Fernando Pessoa – Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2013-Eduardo Luís Falcão Cruz • https://www.youtube.com/watch?v=MqmDcgMM8vA&t=323s• https://www.youtube.com/watch?v=ewust32F2i0
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