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DEPRESSÃO PBL SP1 - UCXVI


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“Meu Mundo” 
–
 
 
 
Os transtornos depressivos são caracterizados por humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações 
cognitivas e somáticas que afetam a funcionalidade do indivíduo, eles são um grupo de doenças que se 
diferenciam entre si pela intensidade e duração dos sintomas. 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 
 
Os transtornos depressivos incluem transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo 
maior (incluindo episódio depressivo maior), transtorno depressivo persistente (distimia), transtorno disfórico 
pré-menstrual, transtorno depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno depressivo devido a 
outra condição médica, outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não especificado. 
 
A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de 
alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. 
O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida. 
 
O transtorno depressivo maior representa a condição clássica desse grupo de transtornos. 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 
 
A depressão é aproximadamente duas vezes mais comum em mulheres, e a incidência aumenta com a idade em 
ambos os sexos. Estudos feitos com gêmeos indicaram que a suscetibilidade à depressão maior de início precoce 
(antes dos 25 anos de idade) é basicamente de origem genética. Acontecimentos negativos podem precipitar e 
contribuir para a depressão, mas fatores genéticos influenciam a sensibilidade dos indivíduos aos eventos 
estressantes. Na maioria dos casos, fatores biológicos e psicossociais estão envolvidos na precipitação e no 
desdobramento dos episódios depressivos. Os fatores estressantes mais decisivos parecem ser os que envolvem 
a morte de um parente, uma agressão e problemas conjugais ou afetivos graves. 
 
Embora as evidências de transmissão genética não sejam tão fortes quanto no transtorno bipolar, os gêmeos 
monozigotos têm taxa de concordância maior (46%) do que os dizigotos (20%), com poucas evidências favoráveis 
a qualquer efeito do ambiente familiar compartilhado. 
As síndromes e reações depressivas surgem com muita frequência após perdas significativas: de uma pessoa 
querida, de um emprego, de um local de moradia, de uma situação socioeconômica ou de algo puramente 
simbólico. Os transtornos depressivos podem surgir secundariamente a causas orgânicas, como disfunções 
hormonais, nesses casos deve-se buscar o tratamento da causa base. 
 
As alterações neuroendócrinas que refletem os sinais e sintomas neurovegetativos da depressão incluem: 
(1) aumento da secreção de cortisol e hormônio liberador de corticotrofina (CRH), 
(2) aumento do tamanho da suprarrenal, 
(3) menor resposta inibitória dos glicocorticoides à dexametasona e 
“Meu Mundo” 
 
(4) resposta atenuada no nível circulante do hormônio estimulante da tireoide (TSH) à infusão de hormônio 
liberador da tireotrofina (TRH). 
O tratamento antidepressivo normaliza essas alterações. 
A depressão maior também está associada a alterações nas citocinas pró-inflamatórias e neurotrofinas. 
 
As variações diurnas da gravidade dos sintomas e as alterações no ritmo circadiano de vários fatores 
neuroquímicos e neuro-humorais sugerem que as diferenças biológicas podem ser secundárias a defeito primário 
na regulação do ritmo biológico. Os pacientes com depressão maior apresentam achados compatíveis com 
redução do sono com movimentos oculares rápidos (REM) (latência do REM), aumento da densidade do REM e, 
em alguns indivíduos, redução do estágio IV do sono de ondas lentas delta. 
 
Embora os antidepressivos inibam a recaptação de neurotransmissores em questão de horas, seus efeitos 
terapêuticos normalmente surgem após várias semanas, envolvendo alterações adaptativas dos sistemas de 
segundo mensageiro e fatores de transcrição como possíveis mecanismos de ação. 
 
KASPER, Dennis L; HAUSER, Stephen L; JAMESON, J Larry; FAUCI, Anthony S; LONGO, Dan L; LOSCALZO, Joseph. Medicina interna de Harrison. 19ª Ed. 
Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2017. 
 
 
Os transtornos depressivos crônicos e persistentes ocorrem em cerca de 2% da população geral. 
 
A prevalência de 12 meses do transtorno depressivo maior nos Estados Unidos é de aproximadamente 7%, com 
acentuadas diferenças por faixa etária, sendo que a prevalência em indivíduos de 18 a 29 anos é três vezes maior 
do que a prevalência em indivíduos acima dos 60 anos. 
Pessoas do sexo feminino experimentam índices 1,5 a 3 vezes mais altos do que as do masculino, começando no 
início da adolescência. 
 
A prevalência de 12 meses nos Estados Unidos é de aproximadamente 0,5% para transtorno depressivo 
persistente e de 1,5% para transtorno depressivo maior crônico. 
 
A prevalência de 12 meses do transtorno disfórico pré-menstrual está entre 1,8 e 5,8% das mulheres que 
menstruam. 
 
Em uma população adulta representativa dos Estados Unidos, a prevalência durante a vida de um transtorno 
depressivo induzido por substância/medicamento é de 0,26%. 
 
Entre os anos de 2005 e 2015, a depressão teve um aumento de 18%, atingindo mais de 300 milhões de pessoas 
em todo o mundo, 
No ano de 2017 a depressão alcançou o marco de ser a doença que mais causa prejuízos sociais e econômicos 
na população ativa, superando as doenças cardiovasculares e o câncer os anos de trabalho perdido por doença. 
 
Transtorno Depressivo Maior pode aumentar em até duas vezes a incidência de Infarto do miocárdio, acidente 
vascular cerebral e diabetes. 
A depressão ainda leva ao aumento da mortalidade na diabetes tipo II (2,3 vezes), insuficiência cardíaca 
congestiva com fração de ejeção normal (8 vezes) e em doenças coronarianas (2,6 vezes). 
Nos casos mais graves a depressão pode levar ao suicídio. 
Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo esta a segunda principal causa de morte entre 
pessoas com idade entre 15 e 29 anos. 
Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade dos afetados no mundo 
(em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. 
Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma 
social associado aos transtornos mentais. 
Outra barreira ao atendimento eficaz é a avaliação imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas 
com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são 
muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada. 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 
 
Os transtornos depressivos são caracterizados por diferentes intensidades dos seguintes sintomas, sendo que 
nem todos eles precisam estrar presentes em um mesmo paciente: tristeza, choro fácil e/ou frequente; apatia; 
indiferença afetiva; anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida); fadiga; hipobulia 
(diminuição da vontade; “não tenho pique para mais nada.”); insônia ou hipersomnia; perda ou aumento do 
apetite; diminuição da libido; ideação negativa; desejo de desaparecer, dormir para sempre; ideação, planos ou 
atos suicidas; déficit de atenção e concentração; sentimento de autoestima diminuída; lentificação psicomotora 
até o estupor; delírio de ruína ou miséria; negação dos órgãos, delírio de inexistência de si e/ou do mundo; 
alucinações, geralmente auditivas, com conteúdos depressivos. 
 
Transtorno disruptivo da desregulação do humor: sua apresentação clínica deve ser cuidadosamente distinguida 
das apresentações de outras condições relacionadas,em particular o transtorno bipolar na infância. 
A característica central do transtorno disruptivo da desregulação do humor é a irritabilidade crônica grave. 
Essa irritabilidade grave apresenta duas manifestações clínicas proeminentes, sendo a primeira as frequentes 
explosões de raiva. Essas explosões tipicamente ocorrem em resposta à frustração e podem ser verbais ou 
comportamentais. 
A segunda manifestação de irritabilidade grave consiste em humor persistentemente irritável ou zangado que 
está presente entre as explosões de raiva. 
 
Transtorno depressivo maior: A característica essencial de um episódio depressivo maior é um período de pelo 
menos duas semanas durante as quais há um humor depressivo ou perda de interesse ou prazer em quase todas 
as atividades. 
Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável em vez de triste. O indivíduo também deve experimentar 
pelo menos quatro sintomas adicionais, extraídos de uma lista que inclui mudanças no apetite ou peso, no sono 
e na atividade psicomotora; diminuição de energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldade para pensar, 
concentrar-se ou tomar decisões; ou pensamentos recorrentes de morte ou ideação suicida, planos ou tentativas 
de suicídio. A fim de contabilizar para um episódio depressivo maior, um sintoma deve ser recente ou então ter 
claramente piorado em comparação com o estado pré-episódico da pessoa. Os sintomas devem persistir na 
maior parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos duas semanas consecutivas. O episódio deve ser 
acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do indivíduo. Para alguns indivíduos com episódios mais leves, o funcionamento 
pode parecer normal, mas exige um esforço acentuadamente aumentado. 
 
Transtorno distímico: Depressão leve e duradoura, e início insidioso. Mais comum em mulheres. Pode coexistir 
com outros transtornos psiquiátricos, como abuso de substâncias e transtornos de personalidade. Geralmente 
tem início da vida adulta e os sintomas devem estar presentes por pelo menos dois anos. Os sintomas mais 
comuns incluem diminuição da autoestima, fadiga, falta de apetite, problemas com o sono, mau humor crônico, 
irritabilidade, falta de concentração e dificuldade para tomar decisões. Não é incapacitante, mas compromete o 
desempenho e o relacionamento interpessoal e traz sofrimento considerável. 
 
Transtorno Disfórico Pré-menstrual: As características essenciais do transtorno disfórico pré-menstrual são a 
expressão de labilidade do humor, irritabilidade, disforia e sintomas de ansiedade que ocorrem repetidamente 
durante a fase pré-menstrual do ciclo e remitem por volta do início da menstruação ou logo depois. 
Esses sintomas podem ser acompanhados de sintomas comportamentais e físicos. 
Devem ter ocorrido na maioria dos ciclos menstruais durante o último ano e ter um efeito adverso no trabalho 
ou no funcionamento social. 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
> 
 
Os critérios diagnósticos para a depressão maior segundo o DSM-V são: 
 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e 
representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor 
deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 
 
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição médica. 
 
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., 
sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). 
(Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, 
quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso 
corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. 
(Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente 
sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias 
(não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo 
ou observação feita por outras pessoas). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano 
específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
 
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. 
 
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por outro transtorno psicótico. 
 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. 
 
Episódios maníacos com humor irritável ou episódios mistos. Episódios depressivos maiores com humor irritável 
proeminente podem ser difíceis de distinguir de episódios maníacos com humor irritável ou de episódios mistos. 
Essa distinção requer uma criteriosa avaliação clínica da presença de sintomas maníacos. 
 
Transtorno do humor devido a outra condição médica. Episódio depressivo maior é o diagnóstico apropriado se 
a perturbação do humor não for considerada, com base na história individual, no exame físico e em achados 
laboratoriais, consequência fisiopatológica direta de uma condição médica específica (p. ex., esclerose múltipla, 
AVC, hipotireoidismo). 
 
Transtorno depressivo ou bipolar induzido por substância/medicamento. Este transtorno é distinguido do 
transtorno depressivo maior pelo fato de que uma substância (p. ex., uma droga de abuso, um medicamento, 
uma toxina) parece estar etiologicamente relacionada à perturbação do humor. Por exemplo, o humor 
depressivo que ocorre apenas no contexto da abstinência de cocaína seria diagnosticado como transtorno 
depressivo induzido por cocaína. 
 
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. A distratibilidade e a baixa tolerância à frustração podem 
ocorrer tanto em um transtorno de déficit de atenção/hiperatividade quanto em um episódio depressivo maior; 
caso sejam satisfeitos os critérios para ambos, o TDAH pode ser diagnosticado em conjunto com transtorno de 
humor. Entretanto, o clínico deve ter cautela para não superdiagnosticar um episódio depressivo maior nas 
crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade cuja perturbação no humor se caracteriza mais por 
irritabilidade do que por tristeza ou perda de interesse. 
 
Transtorno de adaptação com humor deprimido. Um episódio depressivo maior que ocorre em resposta a um 
estressor psicossocial é diferenciado do transtorno de adaptação com humor deprimido pelo fato de que no 
transtorno de adaptação não são satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior. 
 
Tristeza. Por fim, períodos de tristeza são aspectos inerentes à experiência humana. Esses períodos não devem 
ser diagnosticados como um episódio depressivo maior, a menos que sejam satisfeitos os critérios de gravidade 
(i.e., cinco dos nove sintomas), duração (i.e., na maior parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos duas 
semanas) e sofrimento ou prejuízo clinicamentesignificativos. O diagnóstico de outro transtorno depressivo 
especificado pode aplicar-se a apresentações de humor deprimido com prejuízo clinicamente significativo que 
não satisfazem os critérios de duração ou gravidade. 
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 
 
Não existem exames laboratoriais ou complementares que possam dar o diagnóstico de Depressão. 
Os exames – sangue, urina, tomografia, ressonância magnética, eletroencefalograma, etc – são necessários para 
diferenciar a Depressão de outras doenças. 
 
Não existe nenhum exame que consiga confirmar a depressão. Entretanto, exames laboratoriais podem ajudar a 
determinar se a depressão é causada por uma doença hormonal ou outro distúrbio físico. 
Por exemplo, geralmente são feitos exames de sangue para detectar uma doença de tireoide, anemia 
ou deficiência de vitaminas. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-tireoide
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-vitaminas
O hipotireoidismo causa sintomas comuns à depressão como cansaço, alteração do sono, ganho de peso, 
desânimo, fraqueza, entre outros. 
É possível que sejam feitos exames para detectar o uso de drogas no caso de pessoas mais jovens. 
Um exame neurológico completo é feito para detectar a doença de Parkinson, que causa alguns dos mesmos 
sintomas. 
No caso de pessoas com distúrbios do sono graves, talvez seja necessário fazer exames (polissonografia) para 
diferenciar os distúrbios do sono da depressão. 
 
https://www.anm.org.br/depressao/#:~:text=Apesar%20de%20toda%20a%20evolu%C3%A7%C3%A3o,a%20Depress%C3%A3o%20de%20outras%20
doen%C3%A7as. 
 
https://www.tireoide.org.br/doencas-tireoidianas-e-depressao/ 
> 
 
Apoio + Psicoterapia + Medicamentos, principalmente antidepressivos 
 
O tratamento deve integrar a farmacoterapia com a intervenção psicoterápica. 
Os antidepressivos produzem, em geral, uma melhora de 60 a 70% dos sintomas depressivos em um mês. 
Em termos de eficácia, parece não haver diferença significativa entre as várias drogas disponíveis. 
No entanto, alguns critérios orientam o tratamento antidepressivo: 
- Se existe uma história familiar ou história anterior de resposta positiva a determinada droga, esta deve ser 
tentada em primeiro lugar; 
- Se não houver história prévia, deve-se utilizar como primeira escolha um Inibidor Seletivo da Recaptação da 
Serotonina (ISRS) ou tricíclico e monitorar por 2-3 semanas. A resposta geralmente aparece dentro de quatro 
semanas; 
- Os efeitos colaterais são a principal variável relacionada à não adesão dos pacientes, portanto deve-se estar 
atento ao perfil de efeitos indesejáveis; 
- Após quatro semanas, se o antidepressivo não tiver o efeito desejado, uma mudança de classe de antidepressivo 
e/ou potencialização da terapia podem ser experimentados; 
- L-triiodotironina (T3), carbonato de lítio e l-triptofano podem ser utilizados para potencializar o efeito 
antidepressivo; 
- Nos casos de depressão em idosos, a mirtazapina pode ser uma boa escolha devido ao padrão reduzido de 
efeitos colaterais. Também possui ação sedativa; 
- A retirada do antidepressivo deve ser gradual, ao longo de uma a duas semanas, dependendo da meia-vida do 
composto; 
- A Eletroconvulsoterapia (ECT) fica reservada aos casos de transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos 
e refratário ao uso de antidepressivos. 
 
 
Uma abordagem racional para a seleção do antidepressivo envolve combinar preferências e história clínica do 
paciente com o perfil de efeitos metabólicos e colaterais do medicamento. 
O histórico de uma boa resposta pessoal ou familiar a um antidepressivo muitas vezes sugere que o mesmo 
medicamento seja experimentado em primeiro lugar. 
Em indivíduos com ideação suicida, deve-se ter particular atenção ao escolher um medicamento com baixa 
toxicidade em função do perigo de overdose. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-do-c%C3%A9rebro,-da-medula-espinhal-e-dos-nervos/exame-neurol%C3%B3gico
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-do-movimento/doen%C3%A7a-de-parkinson-dp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/dist%C3%BArbios-do-sono/ins%C3%B4nia-e-sonol%C3%AAncia-excessiva-durante-o-dia-eds#v8305371_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/dist%C3%BArbios-do-sono/ins%C3%B4nia-e-sonol%C3%AAncia-excessiva-durante-o-dia-eds
https://www.anm.org.br/depressao/#:~:text=Apesar%20de%20toda%20a%20evolu%C3%A7%C3%A3o,a%20Depress%C3%A3o%20de%20outras%20doen%C3%A7as
https://www.anm.org.br/depressao/#:~:text=Apesar%20de%20toda%20a%20evolu%C3%A7%C3%A3o,a%20Depress%C3%A3o%20de%20outras%20doen%C3%A7as
https://www.tireoide.org.br/doencas-tireoidianas-e-depressao/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/depress%C3%A3o#v27731291_pt
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KASPER, Dennis L; HAUSER, Stephen L; JAMESON, J Larry; FAUCI, Anthony S; LONGO, Dan L; LOSCALZO, Joseph. Medicina interna de Harrison. 19ª Ed. 
Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2017. 
 
 
A equipe de saúde deve ter alta sensibilidade na suspeição de um comportamento suicida, baseados nos 
principais fatores de risco, sendo necessário, portanto, avaliar os seguintes aspectos: 
• Estado mental atual 
• Diagnósticos prévios 
• Uso de medicamentos 
• Uso de álcool e outras drogas 
• Pensamentos sobre morte e suicídio 
• Plano suicida atual (como se chegou a esse plano, como se planeja realizar e quando o ato será realizado) 
• Apoio social (família, amigos, escola, instituições religiosas, grupos comunitários) 
É conveniente lembrar que perguntar sobre pensamentos de suicídio não estimula ninguém ao ato, e é obrigação 
de todo profissional de saúde para que o sujeito possa falar abertamente sobre o assunto. 
 
• Como perguntar? (Você se sente triste? Você sente que ninguém se preocupa com você? Você sente que a 
vida não vale mais a pena?) 
• Quando perguntar? Quando a pessoa se sente compreendida e confortável para falar sobre seus sentimentos. 
• O que perguntar? 
Investigar se existe um plano definido para cometer suicídio. 
Investigar se a pessoa tem os meios para o ato. 
Descobrir se a pessoa fixou uma data. 
 
 
 
 
Baixo risco 
Se o indivíduo teve alguns pensamentos suicidas de forma não recorrente, mas não fez nenhum plano. 
O que fazer? 
A conduta, neste caso, é trabalhar os sentimentos suicidas, conversando com do paciente para diminuir a 
confusão emocional. Focalizar em aspectos positivos da sua personalidade e em problemas já enfrentados e 
resolvidos pode restabelecer a confiança. Caso não haja melhora, encaminhar o paciente a um profissional da 
saúde mental e reforçar apoio familiar. 
 
Médio risco 
Se o indivíduo tem pensamentos e planos, mas não tem planos de cometer suicídio imediatamente. O que fazer? 
Com estes pacientes é necessário trabalhar alternativas ao suicídio na solução dos problemas enfrentados. Na 
grande maioria destes casos, a internação psiquiátrica é indicada. Caso esta não seja uma opção viável no 
momento, estabelecer um acordo com o paciente, em que ele prometa não tentar suicídio sem antes informar 
a equipe de saúde e nem faça nenhuma tentativa por um prazo estipulado são estratégias que ajudam a ganhar 
tempo. Comunicar a família, de preferência com autorização do paciente, sobre o risco e explicar medidas de 
prevenção (estar por perto, esconder armas e venenos, etc.), é de extrema importância. 
 
Alto risco 
Seo indivíduo tem um plano, possui os meios para concretizar, e planeja fazê-lo imediatamente. O que fazer? 
Esta é uma situação de emergência. Além do apoio, é função do médico informar a família e realizar a internação 
psiquiátrica imediata. Caso isto não seja possível no local de atuação, uma ambulância deve ser chamada e o 
paciente imediatamente encaminhado para um serviço de referência. Caso a tentativa de convencimento do 
paciente a uma internação voluntária não seja bem sucedida, a internação involuntária será necessária. 
 
D’Oliveira CF, Botega NJ. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 
Ciulla L, et al. Suicídio: avaliação de risco e manejo. In: Cataldo Neto A, Gauer GJC, Furtado NR, editors. Psiquiatria para estudantes de medicina. Porto 
Alegre: EdiPUCRS; 2013. p. 236-246. 
 
STELLITA-LINS, Carlos ; FORTES, S. L. C. L. ; MACHADO, H. S. V. ; PAIVA, M. B. P. ; ROCHA, H. A. ; MINOZZO, F. ; TEIXEIRA, D. S. ; CARAN, L. G. ; LIMA, L. . 
Avaliação do Risco de Suicídio e sua Prevenção Coleção Guia de Referência Rápida, Versão profissional. Série F. Comunicação e Educação em Saúde. 
2016. 
 
 
O luto – reação natural e esperada à perda de um ente querido – é vivido tanto individualmente como no 
contexto familiar, e uma perda pode influenciar o funcionamento e a dinâmica de uma família, uma vez que, a 
família vista como um sistema integrado de relações é alterada para sempre e os seus membros são obrigados a 
se reorganizar. Portanto, pode haver características do sistema familiar a afetar o processo de luto, assim como 
cada indivíduo difere na expressão do seu próprio luto. 
A vivência do luto pode ser potencializada ou prejudicada de acordo com a abertura para a comunicação e o nível 
de coesão entre os membros da família, por isso, um bom funcionamento familiar durante a fase de prestação 
de cuidados ao doente e principalmente no luto é importante para o bem-estar psicológico dos seus membros. 
 
O processo de luto, como tem vindo a ser entendido, é um processo pessoal. Mas a morte de alguém provoca 
quase sempre a existência simultânea de diversos processos, pois a pessoa que morreu teria diferentes relações: 
amorosas, familiares, de amizade, de simples convívio diário no local de trabalho. Um processo de luto nunca 
decorre, de uma forma geral, sozinho ou afastado dos outros processos. 
 
A dinâmica familiar no processo de luto: revisão sistemática da literatura. Mayra Delalibera; Joana Presa; Alexandra Coelho; António Barbosa; Maria 
Helena Pereira Franco.