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SLIDE OFICIAL FORMATADO -Afecções do Trato reprodutivo

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Afecções do Sistema reprodutivo feminino e masculino
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIA
DISCIPLINA : CLÍNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA
PROF.DR. MARCELO CAMPOS RODRIGUES
Discentes:
Adryel Barros
Ana Leticia Alexandre 
Breno Oliveira
Francilio Brandão
Jaiane Costa
Sistema Genital Feminino
 Anatomia da Fêmea
Figura 1 - Representação esquemática dos órgãos genitais femininos dos animais domésticos
Sistema Genital Feminino
Transporte de Gametas
Fertilização
Crescimento e Desenvolvimento do Embrião
Produção de Gametas
Produção de Hormônios
Parto
 Glândulas mamárias
Cadelas 4 a 6 pares 
Gatas 4 a 5 pares
Vacas 2 pares
Égua 1 par
Ovelha 1 par
Cabra 1 par
Porcas 6 a 9 pares 
NEOPLASIA MAMÁRIA
Neoplasia mamária
Considerações Gerais
São o tipo de tumor mais comum nas fêmeas; são incomuns em cães machos.
Tumores mamários malignos: 35 a 50% caninos; e 90% felinos.
Os tumores mamários malignos afetam vasos linfáticos e sanguíneos para os linfonodos regionais e pulmões. Locais menos comuns incluem glândula adrenal, rins, coração, fígado, ossos, cérebro e pele 
Causa é desconhecida; entretanto, muitas neoplasias são hormônio-dependentes.
 A maioria pode ser evitada se a OSH for realizada antes de um ano de idade.
Tumor em cadela idosa
Tumor em cadela idosa
 Predisposição: Frequentemente em raças Poodle, Boston Terriers, Fox Terriers e raças esportivas (Pointers, Retrievers, Setters, Spaniels).
A maioria ocorre na meia-idade ou em animais mais velhos; raros em animais jovens.
A incidência de tumor mamário aumenta consideravelmente após os seis anos de idade
 Histórico: 
Exame de rotina: pequeno edema e/ou uma secreção anormal da mama; doença em estágio avançado: edema excessivo, dispneia ou claudicação secundária à metástase pulmonar ou óssea.
Neoplasia mamária
Tumor em cadela idosa
Tumor em cadela idosa
Exame Físico: Tamanho variável (de 2 a 3 mm a 8 cm); malignos são significativamente maiores; Local comum: glândulas mamárias caudais, múltiplas massas em uma ou nas duas cadeias mamárias, sendo em sua maioria móveis.
Aumento dos linfonodos axilares, inguinais sublombar (palpação); Claudicação ou edema do membro sugere metástase. 
Fraqueza, anorexia, perda de peso e/ou dor na região mamária e membros são comuns nos carcinomas inflamatórios.
 Diagnóstico: Radiografias torácicas (três posições) devem ser avaliadas para metástase pulmonar.
Tomografia computadorizada e Ressonância Magnética: avaliar de tumores invasivos e metástases.
Neoplasia mamária
Exame Físico em cadela
Tumor em gata idosa
Mamectomia parcial: excisão de uma massa e uma margem de tecido mamário  normal (> = 1 cm). Uso: para massa pequena (menor que 5 mm), encapsulada, não invasiva e periférica à glândula.
Mastectomia simples:  excisão de uma glândulainteira que contenha o tumor. Uso: quando acomete a região central daglândula ou a maior parte dela. 
Mastectomia regional: excisão da glândula acometida e das glândulas adjacentes. Uso: quando múltiplos tumores aparecem nas glândulas adjacentes na cadeia ou quando as massas se encontram entre duas glândulas.
Mastectomia unilateral: quando numerosos tumores são encontrados ao longo da cadeia.
Mastectomia bilateral: quando numerosas massas aparecem nas duas cadeias
Obs: Mastectomia unilateral em estádios é preferida
Neoplasia mamária
 Conduta Pré-operatória: determinar o estádio da doença e identificar outros problemas que podem alterar o prognóstico. 
 Reduzir a inflamação: usar compressas quentes e antibióticos por vários dias antes da cirurgia.
 Todo o abdome ventral e o tórax caudal devem ser raspados
 Posicionamento: decúbito dorsal com os membros torácicos fixados cranialmente e membros pélvicos fixados caudalmente em uma posição relaxada. 
Neoplasia mamária
Neoplasia mamária
 Técnica cirúrgica
A: Para a mastectomia caudal, fazer uma incisão elíptica ao redor das glândulas a serem excisadas.
 B: Fazer uma incisão no tecido subcutâneo para expor a fáscia abdominal. Elevar a ponta cranial do segmento e separar o tecido subcutâneo da fáscia deslizando uma tesoura afiada ao longo da fáscia abdominal. 
C: Ligar e dividir os vasos epigástricos superficiais caudais próximos ao anel inguinal. 
D: Avançar as bordas da pele para o centro do defeito com sutura móvel e suturas hipodérmicas. 
E: Aproximar as bordas da pele com suturas de aproximação
Pós-operatório:
Usar bandagem abdominal, analgésicos e manter a ferida seca
Reavaliados quanto à reincidência local e metástase a cada três a quatro meses
 Prognóstico: Os fatores prognóstico significativos são o tamanho do tumor, a extensão da cirurgia e a graduação histológica. 
Ex: favorável Cães com tumor benigno com cirurgia 
 Ex: Cães com tumor maligno variado e depende de diversos fatores, incluindo o tipo e o estádio do tumor, status da OSH e a presença de metástase.
Neoplasia mamária
 Considerações Gerais
 A maioria dos animais acometidos é de meia-idade ou mais velhos; (0,4% em cães, e 0,29% em gatos).
A maioria dos achados é acidental na necrópsia ou durante a exploração abdominal; geralmente em estágio avançado. 
Os tumores malignos mais comuns de cadelas e gatas são o leiomiossarcoma e o adenocarcinoma endometrial, respectivamente.
Podem ser sólidos ou císticos, sésseis ou polipoides, e podem obliterar o lúmen uterino; podem se projetar para dentro do lúmen uterino ou causar uma protuberância externamente à parede uterina.
Neoplasia Uterina 
Imagem intraoperatória de um Yorkshire Terrier de 6 anos de idades com leimioma uterino e piometra.
Tumores uterinos obstrução da cérvix piometra
 Sinais clínicos: secreção vaginal purulenta, pirexia, anorexia, vômitos, polidipsia e/ou poliúria, distensão abdominal, disúria, hematúria, dispneia e/ou perda da consciência.
Diagnóstico por imagem: radiografia e a ultrassonografia podem revelar uma massa na região uterina; Vaginocospia; TC e RM.
Tratamento cirúrgico: OSH - tratamento de escolha para os tumores uterinos.
Neoplasia Uterina 
Técnica cirúrgica:
Realiza-se uma celiotomia mediana ventral. Explora-se o abdome para evidências de metástases ou outras anormalidades. Faz-se uma biópsia ou retirada de estruturas anormais. Realiza-se, por fim, a OSH, removendo a cérvix se ela estiver a cerca de 1 a 2 centímetros do tumor. 
 Prognóstico:
Favorável Tumores benignos assintomáticos sem tratamento cirúrgico é favorável, desde que o tumor não aumente de tamanho e comprima o trato gastrointestinal ou urinário.
Após a OSH
 Excelente tumores benignos 
Bom tumores malignos sem evidências de metástases ou infiltração local 
Neoplasia Uterina 
PIOMETRA
Definição: inflamação supurativa e degenerativa do endométrio caracterizada pelo acúmulo de exsudato nas glândulas endometriais e lúmen uterino.
Sintomatologia: descarga vaginal mucopurulenta ou serossanguinolenta, dor abdominal, prostração, anorexia, poliuria, polidipsia, êmese, desidratação, hipertermia e choque (casos mais graves)
A piometra tem duas formas de apresentação:
Fechada
Que não apresenta secreção liberada pela vulva.
Aberta
Secreção vaginal liberada pela vulva: mucopurulenta, sanguinopurulenta e purulenta.
 FISIOPATOLOGIA
 FISIOPATOLOGIA
Diagnóstico
Predisposição: Algumas raças são mais predispostas: 
Diagnóstico
Anamnese
Histórico clínico
Sinais clínicos
Ultrassonografia: observa-se cornos uterinos aumentados de tamanho com presença de conteúdo hipoecoico.
Radiografia: observa-se aumento de volume em topografia uterina.
Diagnostico diferencial: deve ser feito vaginites, gestação, metrite pós parto, mucometra, hemometra e maceração fetal. 
Diagnóstico
Tratamento
Tratamento de Eleição : tratamento cirúrgico por se tratar de uma emergência clinica cirúrgica, onde será feita a OH.
Obs: antes de dacirurgia deve-se estabilizar o paciente, instituir fluidoterapia no transoperatório de pós operatótio;
Prognóstico : desfavorável para reprodução. O prognóstico após a cirurgia é favorável caso a contaminação abdominal seja evitada, o choque e a sepse sejam controlados e o dano renal revertido com fluidoterapia e eliminação dos antígenos bacterianos.
Cirurgia
Posicionar o animal em decúbito dorsal para uma celiotomia mediana ventral. Todo o abdome ventral deve ser raspado e preparado assepticamente para a cirurgia. 
Exponha o abdome através de uma incisão na linha média ventral iniciando 2 a 3 cm caudal à cartilagem xifoide e se estendendo até o púbis. 
Explore o abdome e localize o útero distendido. Observe se há evidência de peritonite (i.e., inflamação da serosa, aumento do fluido abdominal e formação de petéquias). 
Colete fluido abdominal para cultura, esvazie a bexiga com cistocentese e colete uma amostra de urina para cultura e análise caso isso não tenha sido feito anteriormente. 
Cirurgia
Cuidadosamente exteriorize o útero sem a aplicação de pressão ou tração excessiva. Um útero preenchido com líquido geralmente é friável; por isso, levante em vez de puxar o útero para fora do abdome.
Isole o útero do abdome com tampões de laparotomia ou toalhas estéreis. Posicione as pinças e ligaduras como foi previamente descrito para OSH, exceto que a cérvix pode ser retirada junto com os ovários, cornos uterinos e o corpo uterino. Ligue os pedículos com fios de suturas absorvíveis monofilamento e transeccione na junção da cérvix com a vagina. 
Cirurgia
 Em contraposição, utilize um dispositivo de selagem de vaso bipolar nos pedículos do ovário e do ligamento amplo (Fig. 27- 28). Lave completamente o coto vaginal, mas não suture a extremidade do corte. Colete amostra do conteúdo uterino para cultura se contaminar o campo cirúrgico. Remova as placas de laparotomia e substitua os instrumentos, luvas e os panos de campo contaminados. Lave o abdome e feche a incisão de forma rotineira, a menos que haja peritonite . Submeta o trato para avaliação patológica.
PROLAPSO VAGINAL
Definição: protusão do epitelio vaginal para o lúmen da vagina e através dos lábios vulvares.
Ocorre devido à presença de edema vaginal decorrente de ação estrogêncica nas fases de proestro e estro. 
O tecido exteriorizado entre os lábios vulvares normalmente é traumatizado por abrasões, lambidas ou ressecamento. O trauma resulta em ulceração e sangramento.
Diagnóstico
Histórico: histórico de cio ou parto recente com massa exetriozando-se pela vulva.
Exame Físico: Uma massa pode ser vista saindo entre os lábios vulvares, ou o períneo pode apresentar um aumento de volume. O prolapso agudo e o prolapso sem protrusão são caracterizados por uma superfície mucosa brilhante, edemaciada e rosa-pálido. O prolapso crônico tem a aparência de couro (seca e dura), rugosa e algumas vezes ulcerada ou fissurada.
Diagnóstico diferencial: neoplasias de vulva e vagina.
Tratamento
Se a protrusão não for circunferencial, o prolapso vaginal regredirá espontaneamente quando a influência do estrogênio diminuir. 
Conduta pré operatótia: limpeza e hidratação do tecido exteriorizado, recolocação da mucosa evertida.
Tratamento cirúrgico: quando não há interesse reprodutivo realização de OSH para resolução ou prevenção do quadro. 
A OSH é recomendada para evitar reincidência e danos à mucosa evertida. 
Cirurgia
Realize uma OSH (remoção dos ovários e útero da cadela ou gata) e faça uma biópsia da massa para excluir neoplasia. Se for necessário, proceda a uma episiotomia para permitir que seja feita a biópsia. Reintroduza a massa exteriorizada na vagina ou vestíbulo. Lave, lubrifique e reduza o tecido prolapsado através de manipulação digital. Mantenha a redução colocando (pontos largos) duas ou três suturas de colchoeiro horizontais (p. ex., fio 2-0 de náilon ou polipropileno) entre os lábios vulvares. 
Cirurgia
Se a ressecção de tecido necrosado ou extensamente traumatizado for necessária, coloque o paciente na posição perineal e realize a episiotomia para expor a massa. Coloque e mantenha um cateter uretral durante o procedimento. Em fases, faça uma incisão na base do tecido edemaciado. Controle a hemorragia com pressão, ligaduras e eletrocoagulação. Aproxime as bordas da mucosa adjacente com suturas de aproximação descontínua ou contínua. O edema deve se reduzir em cinco a sete dias após a OSH. 
PROGNÓSTICO
 O prognóstico é favorável após a OSH; por outro lado, a reincidência no estro seguinte e a dificuldade de concepção são comuns. O edema irá se reduzir quando os níveis de estrogênio diminuírem no final do estro.
 Os filhotes podem apresentar uma predisposição para essa condição.
PROLAPSO UTERINO
Definição: O prolapso uterino (eversão uterina) é a eversão e protrusão de uma porção do útero pela cérvix para dentro da vagina durante ou próximo ao parto.
Sintomatologia: anorexia, apatia, letargia, dor, ressecamento da mucosa, edema, trauma e necrose.
Características e Fisiopatologia 
É similar ao prolapso/hiperplasia vaginal associado ao estro; contudo, o prolapso uterino está associado ao parto e envolve toda a circunferência vaginal.
Um ou os dois cornos uterinos podem sofrer o prolapso e localizar-se na vagina cranial ou serem evertidos através da vulva. O prolapso uterino normalmente ocorre em partos laboriosos. 
O tecido evertido tem a forma de uma rosquinha e perde a cor devido à congestão venosa, trauma e debris. O prolapso uterino pode romper o ligamento largo e a artéria uterina. A hemorragia pode levar ao choque hipovolêmico, a não ser que seja controlada rapidamente.
Diagnóstico
Histórico- O prolapso uterino está associado à força excessiva durante o parto. Uma massa de mucosa geralmente é percebida saindo pela vulva. Outros sinais podem incluir agitação, postura anormal, dor, inchaço perineal, lambeduras e disúria. 
Exame Físico - O prolapso uterino é diagnosticado durante o exame físico pelo exame digital da vagina ou pela visualização. Um aumento de volume perineal pode se formar. A mucosa evertida pode exteriorizar-se pela vulva ou ser digitalmente palpada dentro da vagina.
 A vaginoscopia pode ser usada para confirmar o diagnóstico.
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Os objetivos do tratamento são reposicionar o útero e prevenir a infecção. As opções de tratamento incluem redução manual, redução manual com imediata OSH, redução durante a celiotomia e amputação da massa. 
A OSH deve ser realizada se o tecido estiver desvitalizado e irredutível, ou se os vasos do ligamento largo estiverem rompidos. A laparotomia pode ser necessária para facilitar a redução manual através de pressão cranial sobre o ligamento largo ou o útero. 
PROGNÓSTICO
O prolapso uterino completo não regredirá espontaneamente. A sobrevivência após a redução manual bem-sucedida do prolapso uterino é comum, mas infertilidade e distocia podem ocorrer nos cruzamentos subsequentes. 
O prognóstico após a OSH é favorável se o choque e a hemorragia forem tratados apropriadamente.
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO TRATO GENITAL MASCULINO
1. Aparelho Genital Masculino
Escroto
Testículos
Sistema	de	condução espermatozóides
Epidídimos
e	maturação	de
Ductos deferentes
Uretra
Pênis
Prepúcio
Glândulas Anexas
(POPESKO, 1997)
(KÖNIG, LIEBICH 2004)
(KÖNIG, LIEBICH 2004)
Hiperplasia prostatica
Aumento benigno da próstata .
Estimulação por hormônios androgênicos.
Muito comum em cães.
95% dos cães a partir dos nove anos.
Considerações Gerais 
Pode ocorrer devido a relação anormal de androgênios e estrogênio.
Aumento muito grande pode gerar constipação, tenesmo, alteração na forma das fezes ou disúria.
Existindo a hiperplasia glandular ou complexa
Diagnóstico e Tratamento
Exames:
-Palpação retal
-Hemograma e bioquímico normais
-Biopsia
-Radiografia
-Ultrassonografia
Tratamento
-Orquiectomia
-Terapia antiandrogênica ou estrogênica
Ex: Finasteride
Anorquismo e Monorquismo
Anorquismo
- Quando os testículos não se formam
-Ausência congênitade ambos os testículos
-Raro
Monorquismo
- Animal nasce com somente um testículo na bolsa escrotal
-Geralmente o testículo esquerdo ausente.
-Transmite para a próxima geração.
Diagnóstico
-Palpação da bolsa escrotal e região inguinal
-Celiotomia exploratória
Criptorquidismo
Quando um ou dois testículos se formam, mas um ou ambos podem não estar na bolsa escrotal.
Congênito 
Migração pode ocorrer até os seis meses de idade.
Testículo ectópico
-Pré-escrotal
-Inguinal
-Abdominal
Testículo ectópico 
-susceptibilidade a torções e neoplasias como sertolioma.
Tratamento
-Orquiectomia bilateral
Fimose
Condição em que o pênis fica retido na cavidade prepucial.
Podendo ocorrer por alteração de desenvolvimento, como consequência de traumatismo, secundário à neoplasia peniana ou prepucial ou celulite prepucial
Sinais Clínicos
 Gotejamento de urina, que se acumula no prepúcio, geralmente em animais jovens, ou incapacidade de copular. 
 ➢ Fimose → balanopostite e ulceração
DiagnÓstico 
 Sinais clínicos;
 Exame físico. 
O diagnóstico diferencial inclui hipoplasia peniana, persistência do frênulo e hermafroditismo
Tratamento
Ampliação cirúrgica do orifício prepucial e correção do distúrbio primário 
➢Estenose do orifício prepucial 
➢Prognóstico: bom
 ✓Novo procedimento 
✓Recidiva do tumor
Tratamento cirúrgico da acropostite-fimose em touro. Em (A), delimitação da área do óstio prepucial a ser incisada empregando-se pinças de Kocher. Em (B), liberação do folheto prepucial interno (FPI) do óstio prepucial. Em (C), incisão longitudinal no FPI em forma de pétalas para compatibilidade de diâmetros. Em (D) emprego do dispositivo de látex, no FPI e na pele do óstio prepucial - OP (seta). Em (E), notar esquema evidenciando a sutura captonada em padrão Donatti e os fios introduzidos na “luz” do dispositivo para facilitar a remoção.
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NEOPLASIA PROSTÁTICA
Definição: Os tumores prostáticos podem se originar do tecido epitelial (carcinomas), do tecido muscular liso (leiomiossarcomas) ou de estruturas vasculares(hemangiossarcomas).
Predisposição: acomete tanto machos inteiros e castrados, não sendo muito raros em gatos.
Sinais clinicas : perda de peso; claudicação ou fraqueza nos membros pélvicos; disquezia, retenção de urina ou incontinência; estrangúria; disúria; piúria; polidpsia; hematúria; edema dos membros posteriores; dor abdominal, pélvica ou lombar
Tipos de Tumores Prostático
Adenocarcinoma
Carcinoma de célula transicional
Carcinomas indiferenciados
Carcinoma de célula escamosa
Leiomiossarcoma
Hemangiossarcoma
Próstata
Única glândula sexual acessória presente no sistema reprodutivo do cão;
Localizada caudalmente a bexiga na área do colo vesical e uretra proximal
Diagnóstico
Exame Físico;
Histórico clínico;
Sinais clínicos;
Ultrassonografia: definir as massas prostáticas como císticas ou sólidas;
Radiografia: radiografias abdominais devem ser avaliadas quanto ao tamanho e à mineralização prostática;
Alterações Laboratoriais: Hemograma, perfil bioquímico sérico, urinálise, cultura da urina. 
RX do abdômen caudal de um cão com neoplasia prostática
Seta pretas indicam proliferação do periósteo(indicativa de metátese);
Seta branca indica Prostatomegalia;
Seta branca larga mostra o deslogamento ventral do cólon
Tratamento
Os protocolos de quimioterapia não são bem-sucedidos;
radioterapia pode ser usada para diminuir o tamanho da próstata, mas não melhora os tempos de sobrevida;
Prognóstico : O prognóstico é desfavorável devido à metástase, à reincidência e à baixa qualidade de vida associada à incontinência urinária.
Cirurgia
O paciente é posicionado em decúbito dorsal para uma celiotomia mediana;
Todo o abdome ventral e a região inguinal devem ser raspados e preparados assepticamente para a cirurgia; 
Prostatectomia pode auxiliar na resolução do processo, caso o tumor seja diagnosticado precocemente;
os tumores em estádio avançado quando se estabelece o diagnóstico, torna-se impossível a preservação da inervação do trígono. 
PÓS-OPERATÓRIOS
Analgésicos;
Fluidoterapia;
Bexiga deve ser descomprimida e a urina desviada por quatro a cinco dias com cateter urinário;
Os pacientes devem ser monitorados verificar vazamento de urina, incontinência ou infecção.
Neoplasia testicular e escrotal
Definição: são tumores de células intersticiais (tumor das células de Leydig) e de células de Sertoli (Sertolioma), sendo os mais comuns são os tumores de mastócitos (TM) ou os melanomas; 
Os tumores testiculares interferem na função do testículo, invadindo ou comprimindo os túbulos seminíferos ou produzindo excessivamente estrogênio ou testosterona;
 Neoplasmas testiculares em cães
A- Tumor de células intersticiais de Leydig, caracterizado por nódulo delimitado, levemente amarelado, intercalado com múltiplas áreas vermelhas (hemorrágicas).
 B- Seminoma, caracterizado por nódulo esbranquiçado, delimitado e discretamente firme à palpação.
Diagnóstico
Histórico: geralmente acometem cães com mais de dez anos de idade e em cães criptorquídicos ocorrer mais precocemente;
Exame Físico: Avaliação da pele da bolsa escrotal quanto a inflamações, nódulos, massas e ulceração e espessura uniforme. Testículos devem ser avaliados a simetria, firmeza, irregularidade, aderências escrotais e sensibilidade. Observar anormalidades endócrinas ( alterações na pelagem, infertilidade, letargia, feminização);
Diagnóstico por Imagem: radiografia dos testículos intra-abdominais para visualizar massa no abdome caudal e ultrassonografia pode delinear a neoplasia escrotal e testicular.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
A excisão do tumor resulta na possibilidade de um prognóstico favorável;
A remoção dos dois testículos é recomendada para as neoplasias testiculares;
Os testículos devem ser submetidos a exames histológicos;
A ablação escrotal e castração são recomendadas no tratamento de tumores escrotais e tumores testiculares com aderências escrotais.
O paciente é posicionaldo em decúbito dorsal para a castração pré-escrotal ou uma laparotomia exploratória;
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Testículo criptorquídico nodular e neoplásico com torção testicular;
Cordão espermático torcido;
PROGNÓSTICO
A cirurgia é curativa para a maioria dos tumores testiculares;
 O prognóstico para os tumores de célula intersticial, tumores da célula de Sertoli sem metástase ou mielotoxicidade e seminomas sem sinais de hiperestrogenismo é favorável;
HIPOSPáDIAS
Definição: é uma anomalia de desenvolvimento em machos na qual a uretra se abre ventral e caudalmente em relação ao orifício normal.
Sintomatologia: assaduras na área do períneo, abertura uretral errônea, constantes infecções urinárias, infecção da pele da área acometida , desenvolvimento anormal do pênis, prepúcio, escroto, presença de incontinência urinária, dificuldade no coito e urina armazenada no prepúcio
Diagnóstico
Histórico- Pequenos defeitos e aqueles que ocorrem na glande podem não causar problemas; Aberturas uretrais maiores e mais caudais causam acúmulo de urina dentro do prepúcio e dermatite em consequência do contato com a urina;
Exame Físico - identificar irritação da pele ou inflamação do prepúcio; a abertura prepucial pode estar incompletamente formada e o escroto dividido;
Diagnóstico diferencial- inclui o pseudo-hermafrodita, o hermafrodita verdadeiro, fístula ou trauma uretral, persistência do frênulo peniano e hipoplasia peniana.
Orifício uretral externo de acordo com a classificação das hipospádias
 (1) abertura anatômica normal; 
(2) tipo glandular; 
(3) peniana;
 (4) escrotal; 
(5) perineal;
 (6) anal.
Cão sem raça definida com apresentação de hipospádia tipo perineal
 Seta branca mostra o pênis vestigial; 
Setas vermelhas indicam testículos na área inguinal;
 Seta amarela aponta para uma pequena abertura localizada ventralmente ao ânus que se trata do meato uretral
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
As aberturas uretrais anormais próximas à extremidade do pênis podem não necessitar de cirurgia; 
Reconstrução do prepúcioé necessária em pacientes com uma formação incompleta do orifício prepucial e hipospadia na glande;
O fechamento do orifício prepucial ao seu tamanho normal previne a constante exposição peniana;
TÉCNICA CIRÚRGICA
Reconstrução do Prepúcio;
Reconstrução Uretral;
Amputação Peniana Parcial
Reconstrução do Prepúcio
A reconstrução prepucial para estreitar o orifício é feita através de uma incisão na junção mucocutânea (linha pontilhada) e da reaproximação da mucosa e da pele em camadas separadas, começando em uma localização mais cranial.
Amputação Peniana Parcial
Utilizada para Neoplasia, trauma ou anomalias congênitas penianas podem ser tratados por amputação peniana parcial e uretrostomia escrotal. 
A, Fazer uma incisão elíptica ao redor da base do escroto e do prepúcio e remover os testículos.
B, Separar o pênis da parede abdominal externa até o ponto caudal mais próximo ao osso peniano.
 C, Amputar o pênis distal e aproximar a túnica albugínea sobre o tecido cavernoso.
 D e E, fazer uma incisão na uretra, na região escrotal, e suturar a mucosa uretral na pele.
PROGNÓSTICO
A hipospadia não é uma condição que traga riscos à vida; 
Exposição do pênis e a dermatite induzida pela urina causam desconforto;
 A cirurgia geralmente permite manter uma melhor estética para o animal, reduzindo também a dermatite induzida pela urina.
Obrigado!
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