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Geografia II

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SUMÁRIO 
VOLUME 2 
GEOGRAFIA I 
Aula 19 – A POLÍTICA SUBSTITUTIVA E A INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS-1930 ............................................................ 1 
Aula 20 – A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL E A DESCENTRALIZAÇÃO ATUAL ..................................................... 7 
Aula 21 – A ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA DAS SESMARIAS A LEI DE TERRAS (ATÉ 1930) ................ 13 
Aula 22 – A ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA PÓS-1930 E OS MOVIMENTOS SOCIAIS ............................ 22 
Aula 23 – A AGROPECUÁRIA I A CANA-DE-AÇÚCAR E O CAFÉ ........................................................................... 30 
Aula 24 – A AGROPECUÁRIA II- A SOJA, A LARANJA E O ALGODÃO ................................................................... 37 
Aula 25 – PECUARIA ................................................................................................................................................... 45 
Aula 26 – RECURSOS MINERAIS .............................................................................................................................. 52 
Aula 27 – FONTES DE ENERGIA I ............................................................................................................................. 61 
Aula 28 – FONTES DE ENERGIA II ............................................................................................................................ 73 
Aula 29 – SISTEMA DE TRANSPORTES ................................................................................................................... 83 
Aula 30 – FORMAÇÃO ÉTNICA - OS ÍNDIOS ONTEM E HOJE ................................................................................ 91 
Aula 31 – IMIGRAÇÃO BRASILEIRA ........................................................................................................................ 101 
Aula 32 – MIGRAÇÕES INTERNAS .......................................................................................................................... 112 
Aula 33 – O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO BRASILEIRO E A ESTRUTURA DEMOGRÁFICA E O TRABALHO .... 120 
Aula 34 – HIERARQUIA URBANA URBANIZAÇÃO DO BRASIL ............................................................................. 130 
Aula 35 – O MEIO AMBIENTE E AS CONFERENCIAS AMBIENTAIS ..................................................................... 141 
Aula 36 – OS PROBLEMAS ATMOSFÉRICOS E A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL ...................................... 153 
GEOGRAFIA II 
Aula 21 – O PLANERA TERRA - ORIGENS E MOVIMENTOS ................................................................................ 165 
Aula 22 – ESTRUTURA INTERNA DA TERRA ......................................................................................................... 180 
Aula 23 – ROCHAS E MINERAIS .............................................................................................................................. 191 
Aula 24 – DEPÓSITOS FÓSSEIS E ENERGIA I ....................................................................................................... 201 
Aula 25 – CLIMA I ...................................................................................................................................................... 213 
Aula 26 – CLIMA II ..................................................................................................................................................... 222 
Aula 27 – CLIMA E VEGETAÇÃO - QUESTÕES AMBIENTAIS ............................................................................... 236 
Aula 28 – ECOSSISTEMAS I ..................................................................................................................................... 255 
Aula 29 – RELEVO E AGENTES I ............................................................................................................................. 271 
Aula 30 – RELEVO E AGENTES II ............................................................................................................................ 279 
Aula 31 – PEDOGÊNESE - MODELADO ANTRÓPICO ........................................................................................... 292 
Aula 32 – RELEVO BRASILEIRO I ............................................................................................................................ 305 
Aula 33 – HIDROGRAFIA I ........................................................................................................................................ 322 
Aula 34 – HIDROGRAFIA II ....................................................................................................................................... 334 
Aula 35 – HIDROGRAFIA III ...................................................................................................................................... 343 
Aula 36 – HIDROGRAFIA IV ...................................................................................................................................... 353 
Aula 37 – HIDROGRAFIA V ....................................................................................................................................... 362 
Aula 38 – HIDROGRAFIA VI ...................................................................................................................................... 371 
Respostas e Comentários Exercícios de Fixação ...................................................................................................... 379 
 
 
 
 
 
 
Geografia I 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
A POLÍTICA SUBSTITUTIVA E A 
INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS - 1930 
Num primeiro momento, a depressão econômica teve efeito 
devastador no Brasil. O país tinha sua base econômica construída 
a partir da exportação de gêneros agrícolas. Com a crise, grande 
parte do volumoso estoque de café produzido no Brasil ficou sem 
mercado consumidor. O Brasil não conseguiu conter o desastre 
econômico que abalou a classe cafeicultora, e por consequência 
abalou as próprias estruturas políticas da República Velha, abrindo 
caminho para a Revolução de 1930, que levaria Getúlio Vargas ao 
poder. Vargas toma o poder por meio de um golpe de Estado 
contra o domínio da oligarquia agrária que comandara o país na 
primeira fase da República (1889-1930). 
Até 1920, o contexto econômico do país não estimulava 
significativamente o desenvolvimento industrial, mas a crise 
introduziu mudanças nesse quadro. O violento corte nas 
importações de bens de consumo criou uma conjuntura favorável 
ao investimento, por parte do empresariado, na indústria nacional. 
As indústrias brasileiras passaram a ocupar então boa parte do 
mercado, que antes era praticamente abastecido só por produtos 
importados. Foi a partir daí (dos anos 1930-1940) que a indústria 
transformou-se num setor importante da economia, alcançando 
taxas de crescimento superiores às do setor agrário. Por essa 
razão, afirma-se que o primeiro momento da industrialização 
brasileira baseou-se na substituição de importações. Além disso, 
o Estado passou a estimular os empresários industriais, que, em 
1931, já haviam se organizado em São Paulo, com a criação da 
FIESP. Logo no primeiro ano do Governo Vargas a economia 
diversificou-se tanto no setor industrial como no setor agrário. Ao 
lado das indústrias têxtil, alimentícia e de confecção, apareceram 
outros setores, como os de cimento, aço, materiais de transportes 
e extração mineral. 
A primeira metade da década de 1940, ainda no governo Vargas, 
foi decisiva para a criação de uma infraestrutura industrial, com a 
fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, da Companhia Vale 
do Rio Doce, da Companhia Nacional de Álcalis, da Fábrica 
Nacional de Motores e outras. No segundo governo de Vargas 
(1951-1954) foi criada a Petrobrás (1953). Todas as empresas 
tinham participação majoritária do capital estatal. 
 
Propaganda do sedanHudson, 1941, revista O Cruzeiro. 
A grande e decisiva arrancada industrial ocorreu a partir da década 
de 1950 com o chamado Plano de Metas no governo Juscelino 
Kubitschek (1956-1961). A eleição de JK representou o início do 
rompimento com a política nacionalista de Vargas. O novo modelo 
nacionalista defendido por JK, concentrava-se no estímulo da 
produção local, não levando em conta a origem dos capitais 
investidos, esse fato marca o início da internacionalização do 
parque industrial brasileiro. 
 
O Plano de Metas que tinha com objetivo "crescer cinquenta anos 
em cinco”. Desenvolver a indústria de base, investir na construção 
de estradas e de hidrelétricas e fazer crescer a extração de 
petróleo, tudo com o objetivo de arrancar o Brasil de seu 
subdesenvolvimento e transformá-lo num país industrializado. Os 
industriais brasileiros continuavam investindo nos setores 
tradicionais (tecido, móveis, alimentos, roupas e construção civil), e 
as multinacionais entravam no Brasil pela primeira vez, para a 
produção de bens de consumo. 
O plano teve tanto consequências positivas quanto negativas para 
o país. Por um lado, deu-se a modernização da indústria; por outro, 
o forte endividamento internacional por causa dos empréstimos, 
que fizeram possível a realização do plano e a dependência 
tecnológica. Isto sem falar no grande êxodo rural, porque, à medida 
em que os centros urbanos se desenvolviam, as características da 
vida rural não progrediam e reformas não eram implementadas. 
O Plano de Metas dividiu-se em 31 metas que privilegiavam 4 
setores da economia brasileira: energia, transporte, indústrias de 
base e alimentação. 
A DITADURA E O MILAGRE ECONÔMICO 
Durante a Ditadura Militar, a indústria doméstica continuava 
protegida da concorrência internacional pelas elevadas tarifas de 
importação. Entretanto, a estrutura produtiva passou a ser 
dominada por três agentes: o capital estatal (que predominava nos 
setores de infraestrutura e de bens de produção), o capital privado 
nacional (dominava o setor de produção de bens de consumo não 
duráveis, tais como têxteis, alimentos, calçados, etc) e o capital 
transnacional (que destacava-se principalmente no setor de bens 
de consumo duráveis, que se tornou o mais dinâmico da economia 
brasileira). 
A partir da segunda metade do século XX o setor automobilístico 
torna-se o setor industrial de maior destaque no cenário nacional, 
acompanhado de perto pelos eletrodomésticos. 
O “sucesso” deste modelo econômico teve como suporte: a visão 
autoritária do regime militar, a abertura do Estado às elites 
capitalistas, a exploração da mão-de-obra, a grande concentração 
de renda e o elevado endividamento externo. Já no fim da década 
de 1960, o país amplia seu parque industrial e vem à tona o 
chamado milagre econômico brasileiro (1968-1974), período no 
qual a economia brasileira crescia a taxas anuais de 9%, um 
 
 
 
 
 2 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
crescimento comparado somente ao japonês e ao alemão do 
período 1950 e 1960. 
 
A construção da ponte Rio-Niterói (RJ), 1974, foi uma das obras 
que mais marcaram o período do milagre econômico. 
MILAGRE ECONÔMICO? 
Entre 1968 e 1974, a economia brasileira sofreria uma notável 
expansão, refletida no crescimento acelerado do PIB. O 
período, que ficou conhecido como ‘milagre brasileiro’ em 
alusão aos ‘milagres’ alemão e japonês, seria marcado por 
taxas de crescimento excepcionalmente elevadas, que foram 
mantidas, enquanto a inflação, ‘controlada e 
institucionalizada’, declinava, estabilizando-se em torno de 20 
a 25% ano ano [...] Em setembro de 1970, a Bolsa de Valores 
do Rio de Janeiro bateu o recorde de volume de transações 
em toda a sua história, negociando 24 milhões de cruzeiros 
num só dia, fato que se repetiria no ano seguinte. 
Emílio Garrastazu Médici. Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro. FGV/CPDOC. 
A partir de 1967, retomou-se o processo de desenvolvimento, 
graças à conjuntura favorável no plano internacional, que contava 
com um excesso de liquidez, ou seja, dólares à procura de 
aplicação. Aproveitando a situação, o ministro Delfim Netto lançou 
o plano de combate à inflação, assentado em duas bases: o 
endividamento externo para a obtenção da tecnologia estrangeira e 
a concentração da renda para criar um mercado consumidor. Esse 
plano garantiu um crescimento econômico, mas condenou o 
mercado a se desenvolver de uma forma distorcida, aumentando 
as desigualdades sociais. Outro lado negativo foi a perda da 
soberania nacional, em razão da dominação da nossa economia 
pelas multinacionais. 
 
Delfim Neto e o General Médici, 1971. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 19 – A Política Substitutiva e a Industrialização Pós-1930 
 
 
 
 
 
3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
O período que vai de 1956 a 1967 é considerado como a primeira fase da industrialização pesada no 
Brasil. 
Barjas Negri. Concentração e desconcentração industrial em São Paulo – 1880-1990. Campinas: Unicamp, 1996. 
 
Sobre as características da industrialização brasileira no período de 1956 a 1967, é correto afirmar 
que: 
a) houve uma associação entre investimentos no setor estatal e a entrada de capital estrangeiro, que 
propiciaram a instalação de plantas produtoras de bens de capital. 
b) a instituição do Plano de Metas, que teve como principal finalidade incrementar a incipiente 
industrialização do Rio de Janeiro e de São Paulo, marcou politicamente esse momento do processo. 
c) partiu do Estado Brasileiro, de caráter fortemente centralizador e nacionalista, a criação das 
condições para a nascente indústria têxtil que se instalava no país, por meio de diversos incentivos e 
isenções fiscais. 
d) ocorreu a implantação de multinacionais do setor automobilístico, que se concentraram em São 
Paulo, principalmente ao longo do eixo da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em direção a Ribeirão 
Preto. 
e) se trata de uma fase marcada pela política de “substituição de importações”, uma vez que se deu 
um incremento da indústria nacional, pela abundância de mão de obra. 
 
Questão 02 
Observe a tabela abaixo. 
 
Com base na tabela e nos conhecimentos de Geografia Industrial, assinale a alternativa correta. 
a) Na década de 70, a política de substituição de importações de petróleo levou à modernização 
tecnológica do setor petrolífero e ao consequente salto de produtividade expresso nos dados da 
tabela. 
b) Na década de 80, o retrocesso da indústria foi resultado da opção do governo de privilegiar as 
exportações de produtos agrícolas com o fim de obter divisas para o pagamento da dívida externa. 
c) Na década de 90, a produtividade cresceu mais rapidamente em função dos estímulos criados pelo 
controle da inflação, pela abertura da economia e também pela atração de investimento direto 
estrangeiro. 
d) A desconcentração espacial da indústria tem como contrapartida a redução do ritmo de inovação 
tecnológica, razão pela qual a produtividade só cresceu com força nas décadas de 70 e 90, quando 
aumentou o nível de concentração industrial em São Paulo. 
e) Na primeira década do séc. XXI, o fraco crescimento da produtividade resultou da privatização de 
empresas do setor produtivo estatal, medida que implicou a desativação dos centros de pesquisa 
científica dessas empresas. 
 
Questão 03 
Na(s) questões adiante escreva, no espaço apropriado, a soma dos itens corretos. 
A industrialização, no Brasil, provocou profundas transformações na organização do espaço. 
Baseando-se nessa afirmativa, pode-se dizer: 
(01) No período do governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil atingiu um estágio de desenvolvimento e 
independência econômica quepossibilitou a consolidação do seu parque industrial. 
(02) O período do "milagre econômico" caracterizou-se pela concentração industrial, pela produção de 
bens de consumo duráveis e pelo aprofundamento dos desníveis regionais. 
(04) O crescimento econômico brasileiro, nas décadas de 70/80 deste século, está associado ao 
crescimento da sua dívida externa. 
(08) Ao se industrializar, o Brasil conseguiu crescer economicamente e promover o seu desenvolvimento. 
(16) A indústria automobilística brasileira consolidou a formação do complexo industrial de São Paulo. 
Soma ( ) 
Anotações 
 
 
 
 
 
 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Questão 04 
O texto a seguir descreve alguns aspectos da implantação da indústria automobilística no Brasil. 
"(...) as montadoras estrangeiras, a começar pelas européias, aceitaram o convite e instalaram suas 
fábricas no Brasil, ao lado das empresas já em operação no país: a Fábrica Nacional de Motores 
(FNM), produzindo inicialmente alguns caminhões e a Vemag (automóveis e utilitários) (...), ambas de 
capital nacional. A Vemag foi comprada pela Volkswagen (...), a FNM foi comprada pela Alfa Romeo e 
posteriormente incorporada à Fiat." 
(adaptado de RETRATOS DO BRASIL, São Paulo, p.262) 
 
a) A partir de quando as grandes montadoras estrangeiras vieram para o Brasil e onde se instalaram? 
b) Quais as características da industrialização brasileira, a partir desse momento? 
 
Questão 05 
A política industrial do atual governo brasileiro visa a: 
a) proteger as indústrias tradicionais de baixa tecnologia, para garantir o atual nível de emprego 
industrial. 
b) proteger a indústria nacional contra a competição desleal de empresas estrangeiras mais eficientes. 
c) uma melhor distribuição geográfica do parque industrial que atualmente se concentra no Sudeste. 
d) amparar os setores industriais de alta tecnologia, garantindo-lhes reserva de mercado e apoio 
tecnológico. 
e) desenvolver maior eficiência produtiva e competitividade das empresas, desestimulando cartéis e 
monopólios. 
 
Questão 06 (Unesp) 
O período de 1969-1973 caracterizou-se pelo crescimento acelerado da economia brasileira, ou seja, 
as taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB) alcançaram cifras superiores a 10% ao ano. 
Este processo foi gerado por medidas político-econômicas implementadas pelos governos militares 
pós-64. Nesse período ocorreu o que se denominou de: 
a) "milagre brasileiro“. c) "Brasil ano 2000". e) "Diretas-já". 
b) "crescer 50 anos em 5". d) "Plano de Metas". 
 
Questão 07 
"Entre 1955 e 1960 houve um salto no processo de industrialização brasileira através da fase 
conhecida como PLANO DE METAS, onde o crescimento econômico esteve apoiado em um conjunto 
de investimentos e profundas modificações na estrutura industrial do País." 
O conjunto de investimentos e modificações a que se refere o texto consistiam, entre outros, 
a) na grande ampliação das centrais de energia termelétricas; na instalação e modernização de 
terminais marítimos e no crescimento de indústrias de bens de consumo duráveis, como a alimentícia 
e a eletroeletrônica. 
b) na recuperação de áreas urbanas junto às metrópoles; na criação de corredores de exportação e no 
sensível crescimento dos setores de indústria de base, como a do aço, cimento e química pesada. 
c) na crescente diversificação da pauta de exportações de produtos primários e na nacionalização de 
indústrias inicialmente ligadas ao capital internacional, como a química leve e a farmacêutica. 
d) na ampliação significativa da capacidade instalada de energia elétrica; no aumento do número e na 
modernização das rodovias e no crescimento do setor de bens de produção e da indústria 
automobilística. 
e) na criação e instalação de portos fluviais, na expansão da agroindústria, na descentralização da 
atividade industrial e no fortalecimento dos mecanismos de distribuição equilibrada da renda. 
 
Questão 08 
Em sua fase inicial, associada à substituição das importações, a industrialização brasileira ressentiu-se 
principalmente 
a) da falta de iniciativa estatal, uma vez que o Estado tinha interesse em manter a agroexportação do 
café. 
b) das dificuldades provocadas pela Grande Guerra que impossibilitavam a produção de bens, antes 
importados. 
c) da conjuntura internacional desfavorável, pois as grandes potências econômicas procuravam manter 
o monopólio industrial. 
d) da ausência de uma integração em nível de América Latina. 
e) da falta de integração do território, reflexo de uma organização espacial ligada à exportação de 
bens primários. 
 
Anotações 
 
Aula 19 – A Política Substitutiva e a Industrialização Pós-1930 
 
 
 
 
 
5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Levando-se em consideração que, historicamente, a implantação 
de indústrias siderúrgicas constituiu-se em fator fundamental no 
processo de industrialização: 
a) justifique a importância das indústrias siderúrgicas; 
b) explique como se deu a sua implantação no Brasil. 
 
Questão 02 
I- Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política de 
industrialização. As atenções voltavam-se para o setor agrário-
exportador. 
II- Um período importante para o desenvolvimento industrial 
ocorreu após 1929 com a crise da cafeicultura. 
III- Após 1950, o desenvolvimento foi realizado com grande 
participação de capitais estrangeiros, iniciando-se a 
internacionalização da economia do país. 
IV- Os governos militares, após 1964, interromperam o processo de 
internacionalização, diminuindo a dependência de capitais externos. 
Sobre as fases do processo de industrialização do Brasil, são 
corretas as afirmações: 
a) I, II, III e IV. d) I, II e IV. 
b) I, III e IV. e) I, II e III. 
c) II, III e IV. 
 
Questão 03 
Sobre a industrialização e urbanização no Brasil, julgue as 
afirmativas adiante: 
I. É pertinente afirmar que a urbanização brasileira não é 
decorrente da industrialização, uma vez que isso não gera 
emprego em número suficiente para o grande volume do êxodo 
rural que ela provoca. 
II. Pelo fato de a indústria brasileira ser do tipo tardia, ela se 
caracteriza por importar tecnologia e máquinas dos países centrais 
e por ser poupadora de mão-de-obra. 
III. A tecnologia importada pelo Brasil tem agravado o problema do 
desemprego, uma vez que o declínio das taxas de natalidade é 
menos acentuado do que nos países onde ela foi elaborada. 
Assinale: 
a) se for correta apenas a afirmativa I. 
b) se forem corretas apenas as afirmativas I e II. 
c) se forem corretas apenas as afirmativas I e III. 
d) se forem corretas apenas as afirmativas II e III. 
e) se forem corretas as afirmativas I, II e III. 
 
Questão 04 
"O desenvolvimento da rede de transporte é um fator fundamental 
para o crescimento industrial". 
Analisando a organização do espaço brasileiro, tendo em vista seu 
processo de industrialização, é correto afirmar, EXCETO: 
a) Em 1930 não existia integração econômica entre as diversas 
regiões. 
b) A industrialização procedeu-se, gerando uma maior 
concentração espacial. 
c) O Sudeste foi favorecido pela construção de vias de transporte 
e, conseqüentemente, pelo crescimento industrial. 
d) A construção da rede rodoviária favoreceu a reprodução interna 
do modelo de dominação e exploração. 
e) A Amazônia permanece numa posição periférica, contando 
apenas com a presença de indústrias nacionais tradicionais. 
Questão 05 
Considerando a estrutura industrial brasileira no que se refere à 
origem do capital, é correto afirmar que: 
a) desde a origem da industrialização brasileira, a indústria de 
capital privado nacional sempre foi, numericamente, superior às 
demais 
b) na atualidade, as indústrias de capital privado nacional são um 
setor forte e predominante no sistema econômico 
c) somente após 1964, as empresas estatais passaram a uma fase 
de enfraquecimento 
d) asmultinacionais, com sede no exterior, começaram a penetrar 
mais intensamente no Brasil após a 2ª Guerra Mundial 
 
Questão 06 
Sobre o processo brasileiro de industrialização, fala-se que, 
embora seja bastante avançado e tenha grande significado na 
América Latina, ele é classificado como tardio e que sua origem 
substitutiva de importados deixou lacunas na sua implantação. 
Justifique o emprego do adjetivo TARDIO para o nosso processo 
de industrialização e esclareça de que lacunas trata a questão. 
 
Questão 07 
Considere o texto apresentado abaixo: 
Substituição de importados ainda patina 
"O Brasil ainda patina na tentativa de impulsionar seu processo de 
substituição de importações. Com a valorização do dólar, que 
tornou mais caros os produtos estrangeiros, era esperada uma 
forte retomada nos projetos de fornecimento local para 
multinacionais. Mas alguns setores não conseguiram oferecer 
produtos com preços competitivos e o nível de tecnologia exigido". 
(Fonte: "Folha de São Paulo", 19/03/2000, p.10-2.) 
 
Com base nessa notícia e em seus conhecimentos sobre o 
processo de industrialização no Brasil, é correto afirmar que 
a) a preponderância do setor agropecuário na economia nacional 
vem impedindo um maior desenvolvimento tecnológico do setor 
industrial e o crescimento da substituição de importações. 
b) o período atual caracteriza-se pela fase da substituição de 
importações, como resposta às políticas de proteção industrial 
adotadas pelos governos militares. 
c) o processo de substituição das importações, iniciado na década 
de 1930 pelo governo de Getúlio Vargas, só recentemente tem 
recebido maior atenção das empresas multinacionais. 
d) a internacionalização da economia, intensificada pelo governo 
Collor em 1990, não implicou uma modernização de todos os 
setores da indústria nacional. 
e) os efeitos do processo de globalização na economia brasileira 
têm permanecido restritos ao desenvolvimento tecnológico da 
indústria nacional. 
 
Questão 08 
Considere os textos a seguir, para responder a esta questão. 
I. "No período de 1930 a 1956, os grandes investimentos foram 
direcionados ao setor de base (siderurgia, petroquímica e extração 
mineral), com grande intervenção do Estado." 
II. Embora a indústria, desde o início do século, estivesse 
concentrada no eixo São Paulo - Rio de Janeiro, até 1930 a 
organização espacial se caracterizava pelas atividades econômicas 
dispersas e regionalmente quase autônomas." 
III. "O sucesso do Plano de Metas foi acompanhado por um 
significativo aumento da inflação e da dívida externa, pelo 
afastamento da capital federal do centro econômico e populacional 
do país e pela efetiva implantação do rodoviarismo." 
 
 
 
 
 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
IV. "A política do Plano de Metas acentuou a concentração do 
parque industrial na região sudeste, intensificando ainda mais as 
migrações internas e provocando o crescimento caótico dos 
grandes centros urbanos." 
(Adap. Sene & Moreira, 1998) 
 
Referem-se à industrialização brasileira os textos 
a) I e III somente. d) II, III e IV somente. 
b) II e III somente. e) I, II, III e IV. 
c) I, III e IV somente. 
 
Questão 09 
A partir da década de 1970, dois fatos importantes ocorreram 
simultaneamente: início da diminuição da concentração industrial 
no Sudeste e o processo de desconcentração industrial no Brasil. 
Dentre os motivos que podem explicar esses fatos citam-se 
a) o esgotamento dos recursos minerais no Sudeste e o aumento 
das necessidades de exportação geradas pela entrada do Brasil na 
ALADI. 
b) a forte atuação do Estado criando incentivos fiscais para que 
indústrias do Sudeste se instalassem em outras regiões e o 
desenvolvimento em âmbito nacional de infra-estrutura de 
transportes e comunicações. 
c) o aumento das necessidades de combustíveis fósseis como o 
carvão e o petróleo, inexistentes no Sudeste e a formação do 
Mercosul que representa maiores exportações para o País. 
d) o declínio acentuado dos fluxos migratórios em direção ao 
Sudeste e a descoberta de importantes recursos minerais em 
vários pontos do País, como o caso de Carajás. 
e) a limitação do espaço do Sudeste para a instalação de novos 
parques industriais e a elevação generalizada dos padrões de 
renda e consumo da população brasileira. 
 
Questão 10 
Sobre a industrialização brasileira, é correto afirmar que: 
a) difundiu-se de modo homogêneo no território brasileiro. 
b) caracteriza-se por ausentar-se do eixo centro-sul. 
c) é resultado de uma política nacionalista de desenvolvimento 
econômico. 
d) constitui base da política de desenvolvimento econômico 
implementada no país. 
e) gera o maior número de empregos nos principais centros 
urbanos do país. 
 
Questão 11 
Observe o mapa abaixo: 
 
Temos, acima, a representação do espaço geográfico industrial 
brasileiro. O que se pode perceber, com a leitura do mapa, é: 
a) a dinâmica homogênea da industrialização brasileira. 
b) o peso que a Zona Franca de Manaus possui graças ao fato de 
ela, sozinha, ser equivalente a toda produção industrial do centro-
sul do país. 
c) a herança histórica da concentração industrial ocorrida na região 
Sudeste do país. 
d) o elevado processo de devastação de áreas naturais para a 
construção de zonas industriais. 
e) que o Rio Grande do Sul é a Unidade Federativa mais 
industrializada do país. 
 
Questão 12 
Sobre a indústria brasileira, sua concentração e desconcentração 
espacial, a alternativa correta é: 
a) A industrialização brasileira foi tardia, ao longo do século XIX, 
concentrando-se na região Sudeste do Brasil, reproduzindo as 
desigualdades regionais sociais e econômicas. 
b) No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a 
preocupação estatal foi com a indústria de base, com enfoque na 
produção de energia e setor de transportes; já no governo de 
Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior. 
c) A industrialização como substituição de importações, com capital 
estatal abundante e mão-de-obra barata, acontece no Brasil 
através da indústria de bens de consumo duráveis e com destaque 
para o setor têxtil e produção de alimentos. 
d) A partir de 1950, como parte do planejamento estatal do governo 
federal, inicia-se a desconcentração industrial, acentuada depois 
de 1990, pela crescente abertura econômica e desenvolvimento 
técnico- científico. 
e) Com a desconcentração industrial, o Sudeste brasileiro, 
principalmente São Paulo, passou por grandes mudanças 
espaciais e sociais, deixando de ser a área de maior concentração 
industrial, posto ocupado hoje pelo Nordeste brasileiro. 
 
Questão 13 
O período comumente denominado de “anos dourados” marcaram 
uma etapa da recente história brasileira associada ao 
desenvolvimentismo (abertura de rodovias, expansão da rede 
hidrelétrica, implantação da indústria automobilística, 
descentralização da capital) e à atmosfera cultural marcada pelo 
surgimento da Bossa Nova. A que governo tal período está 
associado: 
a) Juscelino Kubstchek 
b) João Goulart 
c) Getúlio Vargas 
d) Eurico Gaspar Dutra 
e) Jânio da Silva Quadros 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL E A 
DESCENTRALIZAÇÃO ATUAL 
A década de 1980 ficou conhecida como a década perdida e foi 
caracterizada pela recessão, inflação e desemprego, gerados por 
uma economia estagnada após o segundo choque do petróleo de 
1979. Nesse contexto, vários setores da sociedade apontavam o 
fim do Regime Militar, como “saída” para a crise, mas os problemas 
continuaram (como a inflação elevada) com os governos civis no 
poder, fato que comprometeu a nossa industrialização. 
A grave crise econômica iniciada em 1988 e a globalização da 
economia mundial foram os pontos de partida para o surgimento de 
um novo modelo econômico, que promoveua intensificação dos 
fluxos internacionais de capitais nos mercados financeiros e 
abertura das economias nacionais ao comércio global. 
Os governos de Fernando Collor de Melo (1990-1992) e Itamar 
Franco (1992-1994) iniciaram essa abertura. Em 1991 iniciou-se o 
Programa Nacional de Desestatização, com grande participação de 
capitais provenientes dos Estados Unidos, Espanha e Portugal. 
Em junho de 1994, a moeda brasileira passou a ser o real. A 
mudança da moeda era parte de um plano econômico maior, que 
tinha como objetivo central o combate a inflação e a estabilização 
da economia brasileira. A ilusão da moeda forte e do consumo fácil 
fez com que o país entrasse as cegas na modernidade. 
A verdade é que do século XX para o século XXI, o 
desenvolvimento industrial-tecnológico, colocou o Brasil entre as 
maiores economias no Mundo, sendo considerado um dos 
mercados emergentes nesse início de século. Entretanto, grande 
parte da população ainda encontra-se excluída do mercado 
consumidor dos produtos industriais e o abismo entre os ricos e 
pobres tem se acentuado ainda mais. 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL 
POR REGIÕES 
Até por volta da segunda metade do século XX o Brasil não 
possuía um mercado nacional consolidado muito menos um 
espaço geográfico de fato integrado. Na verdade, o país mais se 
assemelha a um “arquipélago” com a existência de verdadeiras 
“ilhas” de economia primárias voltada para a exportação. A partir 
da década de 50, pela primeira vez na história, o Brasil deixa de 
ser um país essencialmente agrário e a industrialização passou a 
comandar a economia nacional. 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS 
 
CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL 
Quanto à distribuição espacial da indústria, o que se verifica é uma 
grande concentração de estabelecimentos na região Sudeste. A 
concentração industrial na região, sobretudo, no Estado de São 
Paulo, deve-se a fatores históricos que já conhecemos. Esses 
fatores (a lavoura de café, entre outros) orientaram o surgimento 
da atividade industrial nessa região. Mas um outro fator também 
explica essa concentração espacial – é a interdependência que se 
estabelece entre as várias empresas industriais. Por exemplo, a 
indústria automobilística está ligada às metalúrgicas, às indústrias 
de autopeças, de tintas, de vidros etc. 
Além disso, a concentração industrial é acompanhada pela 
concentração das demais atividades econômicas e extra-
econômicas. Assim, a indústria, o comércio e o sistema bancário e 
financeiro dependem uns dos outros. 
Por outro lado, a concentração das atividades econômicas gera um 
grande número de empregos, atraindo população de outras regiões 
e criando grandes centros populacionais, que necessitam de 
serviços, incluindo-se escolas, centros culturais e profissionais. Por 
isso, as grandes metrópoles são também os núcleos culturais mais 
desenvolvidos do país. 
DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL 
O debate sobre o processo de desconcentração espacial da 
indústria nos últimas duas décadas tem início nos trabalhos 
pioneiros de Diniz (1993) e Diniz e Crocco (1996), que apontam 
para um movimento de desconcentração ocorrido entre as décadas 
de setenta e noventa. Segundo esses autores, teria havido perdas 
na participação das Regiões Metropolitanas de São Paulo e do Rio 
de Janeiro ao longo daquele período. Em contrapartida, teria 
ocorrido aumento nos estados do Sul e de Minas Gerais, assim 
como no interior de São Paulo, surgindo uma espécie de polígono 
que ia do centro de Minas Gerais ao nordeste do Rio Grande do 
Sul. Assim, as transformações ocorridas fariam com que o 
processo de desconcentração ficasse restrito às cidades 
localizadas no interior de tal polígono. 
Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem 
passando por um processo de descentralização industrial, 
chamada por alguns autores de desindustrialização, que vem 
ocorrendo intrarregionalmente e também entre as regiões. 
Dentro da Região Sudeste há uma tendência de saída do ABCD 
Paulista, buscando menores custos de produção do interior 
paulista, no Vale do Paraíba, ao longo da Rodovia Fernão Dias, 
que liga São Paulo à Belo Horizonte. Estas áreas oferecem, além 
de incentivos fiscais, menores custos de mão-de-obra, transportes 
menos congestionados e por tratarem-se de cidades-médias, 
melhor qualidade de vida, o que é vital quando trata-se de 
tecnopolos. 
A desconcentração industrial entre as regiões vem determinando o 
crescimento de cidades-médias dotadas de boa infraestrutura e 
com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente 
universidades. Além disso, percebe-se um movimento de indústrias 
tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados 
e vestuários para o Nordeste, atraídas sobretudo, pela mão-de-
obra extremamente barata. 
Com base em técnicas de estatística multivariada e indicadores 
sintéticos e de dados das mesorregiões do país, Saboia, Kubrusly 
e Barros (2008) confirmam que, em meados da década de 2000, 
os desequilíbrios regionais permaneciam elevados, beneficiando as 
regiões Sul e Sudeste. Foram, entretanto, encontrados resultados 
favoráveis em algumas mesorregiões do Norte, do Nordeste e do 
Centro-Oeste, o que confirmaria o ponto de vista de alguns autores 
 
 
 
 
 8 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
aqui resenhados no sentido de uma extrapolação do processo de 
desconcentração para fora do polígono original de Diniz e Crocco 
em anos recentes. Há casos de desenvolvimento em regiões no 
entorno das capitais e outros em que se trata de políticas explícitas 
de atração de investimentos industriais para o interior. 
TECNOPÓLOS BRASILEIROS 
Os “tecnopolos” são parques empresariais e científicos 
especializados no desenvolvimento da alta tecnologia e da 
chamada Tecnologia de Ponta (química fina, robótica, informática, 
eletrônica, raio laser etc). As regiões de Campinas (favorecida pela 
presença da Unicamp), de São José dos Campos (onde está 
localizado o Instituto Tecnológico da Aeronáutica – ITA) e São 
Carlos (que abriga a UFSCar e um campus da USP) são alguns 
dos centros industriais que ostentam a tecnologia mais avançada 
do país. 
MAIORIA DAS INDÚSTRIAS INOVADORES ESTÁ EM SÃO 
PAULO 
A ideia de que a economia paulista perde importância para as 
de outros estados está sendo matizada pelos resultados da 
pesquisa Performance Econômica das Regiões Brasileiras 
(Perb), capitaneada pelo professor Aurílio Caiado, da 
Universidade de Sorocaba. Os resultados mostram que a saída 
de indústrias restringiu-se ao município de São Paulo e seu 
entorno. Se em 1985 a capital abrigava 15% de toda a indústria 
de transformação do país, o índice em 2005 caiu para 6,1%. A 
pesquisa mostra que a perda de indústrias na capital paulista 
nem de longe é sinônimo de decadência, pois a cidade 
consolida-se como o grande polo brasileiro de empresas que 
investem em inovação, aquelas cujos produtos têm mais valor 
agregado. 
Revista pesquisa Fapesp, n.157, mar.2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 20 – A Concentração Industrial e a Descentralização Atual 
 
 
 
 
 
9 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
As migrações internas no Brasil na década de 1990 mantiveram algumas tendências observadas 
durante a década de 1980, ou seja: 
I. queda do movimento interno migratório em direção à região Sudeste e, particularmente, às 
metrópoles; 
II. diminuição do crescimento populacional do município de São Paulo, que nas décadas anteriores 
destacou-se como o principal pólo de atração da população; 
III. permanência do vetor migratório em direção à Amazônia. 
(Adas Melhem. "Panorama Geográfico do Brasil". São Paulo: Moderna, 1998. p. 535.) 
 
Dentre os fatores que explicam essas tendências pode-se citar a 
a) crescenteconcentração fundiária e o incentivo à exploração madeireira na região Norte. 
b) desconcentração industrial e a busca de novas fronteiras agropecuárias. 
c) crise econômica da década de 1980 e o agravamento da seca no sertão nordestino. 
d) mecanização da agricultura e programas governamentais de assentamentos rurais. 
e) decadência industrial no Estado de São Paulo e abertura de novas estradas na Amazônia. 
 
Questão 02 
No último quartel do século XX, particularmente na década de 90, uma nova forma de organização 
empresarial tem agregado os centros de formação de pessoal de alto nível às unidades de produção e 
de serviços, empregando os mais modernos recursos de microeletrônica. Em tais centros estão se 
implantando atividades de alta tecnologia, como em Campinas e São José dos Campos, na região 
Sudeste do Brasil. 
Qual a denominação dada a esses centros? 
a) centros megalopolitanos 
b) centros-acrópoles 
c) regiões metropolitanas 
d) tecnopólos 
e) edifícios empresariais urbanos 
 
Questão 03 
"As indústrias localizadas em Cubatão são extremamente poluidoras. Em qualquer lugar em que 
estivesem instaladas, a poluição seria um sério problema. Entretanto, em Cubatão, é um desastre 
ambiental, devido aos fatores geográficos." 
(Adaptado de D.J. Hogan - "POPULAÇÃO, POBREZA E POLUIÇÃO EM CUBATÃO, São Paulo") 
 
Tendo em vista o texto anterior, responda: 
a) Que tipo de indústria foi instalado em Cubatão? 
b) Quais são os fatores geográficos responsáveis pelo agravamento da poluição nessa cidade, e como 
eles contribuem para esse agravamento? 
 
Questão 04 
Qual das alternativas a seguir apresenta o grupo de setores industriais com maior difusão espacial na 
seção Oeste representada no mapa adiante? 
 
a) Gráfico e de madeira. 
b) Mecânico e de ouro. 
c) Químico e de borracha. 
d) Alimentar e de vestuário. 
e) Têxtil e de transporte. 
Anotações 
 
 
 
 
 
 10 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Questão 05 
A modernização do Brasil, resultante do crescimento da economia urbano-industrial, produz uma 
divisão territorial do trabalho que: 
a) torna a indústria dependente da agricultura. 
b) determina maior autonomia regional à Amazônia e ao Nordeste. 
c) diminui as desigualdades econômicas regionais. 
d) reduz o êxodo rural. 
e) subordina progressivamente o campo à cidade. 
 
Questão 06 
Identifique a alternativa que combina de forma adequada as regiões numeradas de 2 a 5 no mapa com 
as categorias a seguir: 
 
I - área tradicional com atividade agrária a industrial em decadência. 
II- periferia mais integrada ao centro industrial e financeiro. 
III- domínio da economia primária. 
IV- zona pioneira agrícola e mineral. 
a) I - 3, II - 2, III - 4, IV - 5. d) I - 2, II - 3, III - 5, IV - 4. 
b) I - 4, II - 2, III - 5, IV - 3. e) I - 3, II - 2, III - 5, IV - 4. 
c) I - 2, II - 3, III - 4, IV - 5. 
 
Questão 07 
Considere o mapa a seguir. 
 
Os algarismos I e II representados no mapa do Estado de São Paulo correspondem, respectivamente, 
aos eixos da industrialização que se expandiu para as regiões 
a) do Vale do Paraíba e Sorocaba (vias Dutra e Castelo Branco), onde predominam indústrias bélicas, 
têxteis e agroindústrias. 
b) de Sorocaba e Campinas-Ribeirão Preto (vias Castelo Branco e Anhangüera-Bandeirantes), com 
indústrias diversificadas e agroindústrias. 
c) do ABCD-Baixada Santista e Campinas (vias Anchieta-Imigrantes e Bandeirantes), com centros 
poliindustriais. 
d) do Vale do Paraíba e ABCD-Baixada Santista (vias Dutra e Imigrantes), com predomínio das 
montadoras de automóveis, autopeças, indústrias metalúrgicas e químicas. 
e) do ABCD-Baixada Santista e Sorocaba (vias Anchieta-Imigrantes e Castelo Branco), com destaque 
para as indústrias metalúrgicas, automobilísticas, siderúrgicas, de móveis e têxteis. 
 
Questão 08 
Sobre a zona franca de Manaus podemos afirmar corretamente que: 
a) seu parque industrial é dominado principalmente por modernas indústrias têxteis e alimentícias. 
b) seu projeto industrial tem como base a proteção tarifária e, em sua estrutura dominam os capitais 
internacionais. 
c) sua produção se destina basicamente a atender à demanda do mercado consumidor regional. 
d) mesmo caracterizando-se como um pólo industrial, a zona franca não chegou a promover um 
processo de expansão urbana. 
e) domina a utilização de matérias-primas regionais atendendo às necessidades do mercado 
consumidor. 
 
Anotações 
 
Aula 20 – A Concentração Industrial e a Descentralização Atual 
 
 
 
 
 
11 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Sobre a industrialização e urbanização no Brasil, julgue as 
afirmativas adiante: 
I. É pertinente afirmar que a urbanização brasileira não é 
decorrente da industrialização, uma vez que isso não gera 
emprego em número suficiente para o grande volume do êxodo 
rural que ela provoca. 
II. Pelo fato de a indústria brasileira ser do tipo tardia, ela se 
caracteriza por importar tecnologia e máquinas dos países centrais 
e por ser poupadora de mão-de-obra. 
III. A tecnologia importada pelo Brasil tem agravado o problema do 
desemprego, uma vez que o declínio das taxas de natalidade é 
menos acentuado do que nos países onde ela foi elaborada. 
Assinale: 
a) se for correta apenas a afirmativa I. 
b) se forem corretas apenas as afirmativas I e II. 
c) se forem corretas apenas as afirmativas I e III. 
d) se forem corretas apenas as afirmativas II e III. 
e) se forem corretas as afirmativas I, II e III. 
 
Questão 02 
"O desenvolvimento da rede de transporte é um fator fundamental 
para o crescimento industrial". 
Analisando a organização do espaço brasileiro, tendo em vista seu 
processo de industrialização, é correto afirmar, EXCETO: 
a) Em 1930 não existia integração econômica entre as diversas 
regiões. 
b) A industrialização procedeu-se, gerando uma maior 
concentração espacial. 
c) O Sudeste foi favorecido pela construção de vias de transporte 
e, conseqüentemente, pelo crescimento industrial. 
d) A construção da rede rodoviária favoreceu a reprodução interna 
do modelo de dominação e exploração. 
e) A Amazônia permanece numa posição periférica, contando 
apenas com a presença de indústrias nacionais tradicionais. 
 
Questão 03 
A indústria brasileira tem passado, nos últimos anos, por um 
processo de modernização que permitiu ao país elevar 
significativamente a produtividade média do trabalhador. 
A esse respeito, só NÃO podemos afirmar que a elevação da 
produtividade: 
a) baseia-se na introdução crescente e sistemática de novas 
técnicas de produção. 
b) baseia-se na queda constante dos salários pagos, uma vez que 
as máquinas substituem os trabalhadores qualificados. 
c) baseia-se na diminuição do tempo médio de produção e nos 
ganhos de qualidade nos produtos, processos e serviços. 
d) reforça o desemprego tecnológico, pois muitos trabalhadores 
perdem seus postos quando se incorporam novas tecnologias às 
linhas de produção. 
e) poderá reforçar as desigualdades de renda e oportunidades nos 
centros urbanos, uma vez que serão necessários trabalhadores 
cada vez mais qualificados e em menor número. 
 
Questão 04 
Ao contrário do que presenciamos, no momento nos anos 40 o 
Estado brasileiro teve importante papel no processo de 
industrialização. A sua principal intervenção foi na indústria... 
a) automotiva. d) alimentícia. 
b) de bens de consumo. e) de base 
c) têxtil. 
 
Questão 05 
Após a Segunda Guerra Mundial a industrialização do Brasil 
ganhou mais impulso. Vários fatores contribuíram para a sua 
concentração em São Paulo e vizinhanças, tais como: 
I - o desenvolvimento da lavoura cafeeira. 
II - a presença da mão-de-obra do imigrante. 
III - a existência de um bom mercado consumidor. 
IV - a expansão da exploração mineral. 
Assinale: 
a) se somente III e IV estiverem corretas. 
b) se somente II, III e IV estiverem corretas. 
c) se I, II,III e IV estiverem corretas. 
d) se I, II, III e IV estiverem incorretas. 
e) se somente I, II e III estiverem corretas. 
 
Questão 06 
Considerando a estrutura industrial brasileira no que se refere à 
origem do capital, é correto afirmar que: 
a) desde a origem da industrialização brasileira, a indústria de 
capital privado nacional sempre foi, numericamente, superior às 
demais 
b) na atualidade, as indústrias de capital privado nacional são um 
setor forte e predominante no sistema econômico 
c) somente após 1964, as empresas estatais passaram a uma fase 
de enfraquecimento 
d) as multinacionais, com sede no exterior, começaram a penetrar 
mais intensamente no Brasil após a 2ª Guerra Mundial 
 
Questão 07 
Considere a tabela e as afirmações apresentadas a seguir. 
 
Fontes: Anfavea e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (São Paulo) 
 
I. O aumento da produção de automóveis está associado à 
crescente exportação para os países do Oriente Médio e Sudeste 
da Ásia. 
II. A redução do número de trabalhadores na indústria 
automobilística deve-se à robotização de algumas atividades. 
III. O fechamento de unidades produtivas em estados do Sudeste 
influenciou a redução da mão-de-obra empregada na indústria 
automobilística. 
IV. A relação de automóveis/número de empregos indica que 
houve aumento da produtividade por trabalhador. 
A leitura da tabela e seus conhecimentos sobre o processo de 
industrialização brasileiro permitem afirmar que estão corretas 
SOMENTE 
a) I e II d) II e IV 
b) I e III e) III e IV 
c) II e III 
 
 
 
 
 12 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Questão 08 
A tendência à desindustrialização dos grandes centros urbanos 
tem traçado novos rumos para o desenvolvimento regional. 
Indústrias tradicionais do Sul e Sudeste se transferem para o 
Nordeste buscando compensações. 
Assinale a opção que representa um fator de atração para as 
indústrias do Sul e do Sudeste. 
a) Mão-de-obra especializada. 
b) Maiores benefícios fiscais por parte dos governos estaduais 
nordestinos. 
c) Proximidades dos maiores centros consumidores do país. 
d) Existência de pólos industriais com infra-estrutura econômica e 
tecnologia. 
e) Concentração de empresas fornecedoras de matérias-primas, 
equipamentos e peças. 
 
Questão 09 
A região de Campinas tem apresentado um intenso crescimento 
industrial que se destaca no contexto nacional pelo: 
a) desenvolvimento da indústria de ponta, estimulado pelos 
tecnopólos criados a partir de uma integração entre comunidade 
acadêmica e empresariado. 
b) desenvolvimento da agroindústria açucareira decorrente da 
grande produção local dos canaviais. 
c) desenvolvimento de indústrias tradicionais que utilizam muita 
mão-de-obra e predominantemente associadas ao beneficiamento 
de matéria-prima local. 
d) grande domínio de capitais nacionais, sendo uma das poucas 
áreas do país onde as empresas transnacionais não atuam. 
e) predomínio da indústria de calçados, responsável pela maior 
parte da oferta de empregos na região. 
 
Questão 10 
Recentemente tem-se dado grande destaque à instalação de 
várias indústrias no Nordeste brasileiro, muitas das quais de capital 
estrangeiro: indústrias de bens de consumo (vestuário e calçados) 
no Ceará, montadoras de veículos na Bahia, indústrias variadas 
que criam algumas centenas de empregos diretos e possibilitam 
muitos outros empregos indiretos. 
Essa preferência do capital externo pelo Nordeste brasileiro deve-
se, entre outros motivos, 
a) ao fim das políticas de incentivos fiscais instituídas na época da 
SUDENE e à densa rede rodo-ferroviária da Região. 
b) à redução das diferenças regionais, graças ao processo de 
democratização do Estado e à existência de sindicatos de 
trabalhadores fortes e atuantes. 
c) à existência de mecanismo de atração, como isenção de 
impostos, subsídios e incentivos fiscais, e à presença de mão-de-
obra abundante e pouco organizada do ponto de vista sindical. 
d) ao atual momento econômico, que tem possibilitado a volta 
maciça dos migrantes nordestinos, com novos hábitos de 
consumo, e à presença de ambulantes matérias-primas. 
e) ao novo papel do Estado, cada vez mais distanciado do 
mercado, e à melhoria generalizada da qualidade da mão-de-obra 
nordestina. 
 
Questão 11 
A produção de aço, no Brasil, aumentou rapidamente após a 
Segunda Guerra Mundial e, em 1995, atingiu, aproximadamente, 
25 milhões de toneladas. A estratégia de implementação do setor 
siderúrgico baseou-se na construção de grandes usinas 
espacialmente concentradas na Região Sudeste. 
A alternativa que explica essa concentração do setor siderúrgico é: 
a) A articulação entre a proximidade das matérias primas, os 
centros de consumo e os terminais de exportação. 
b) A integração entre as áreas produtoras de carvão, as fontes de 
energia e os corredores de exportação. 
c) A ligação entre a mão-de-obra qualificada, os centros de 
pesquisa e a transferência de tecnologia. 
d) A união entre a proximidade dos portos, a absorção de mão-de-
obra e o acesso aos terminais rodo-ferroviários. 
e) A relação entre a distância das áreas fornecedoras de matérias 
primas, os custos de transportes e o acesso aos mercados 
consumidores. 
 
Questão 12 (Uel) 
 
 
As hachuras, no mapa, representam áreas de 
a) baixa densidade demográfica. 
b) degradação das florestas tropicais. 
c) alto índice pluviométrico. 
d) influência das regiões metropolitanas. 
e) concentração industrial. 
 
Questão 13 
"Fábio de Souza, 19, teve mais sorte que seu pai. Na década de 
80, Antônio de Souza se cansou da vida dura de pequeno 
agricultor em Sobral, no Ceará, e migrou para São Paulo. 
Analfabeto, Antônio não prosperou e teve de voltar para o Ceará. 
Seu filho não vai precisar se esforçar tanto para buscar emprego 
numa fábrica. A indústria está chegando ao sertão." 
("Folha de S. Paulo" 19/09/99.) 
 
As histórias de Antônio e Fábio de Souza mostram duas fases da 
organização da atividade industrial no território brasileiro. São elas, 
respectivamente, a: 
a) centralização industrial na região sudeste e a dispersão da 
atividade industrial para regiões de custos mais baixos. 
b) descentralização do parque industrial sulista e o aumento da 
industrialização nordestina. 
c) concentração industrial em São Paulo e a transferência da 
indústria de alta tecnologia para o nordeste. 
d) concentração da indústria de base no sudeste e a dispersão da 
indústria da construção civil. 
e) dispersão da atividade industrial, durante o milagre brasileiro, e 
a centralização de unidades produtivas no período Collor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Fernandes Epitácio 
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A ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA: DAS 
SESMARIAS A LEI DE TERRAS (ATÉ 1930) 
INTRODUÇÃO 
O Brasil está entre os países mais desiguais do mundo. Os 
reflexos desses problemas sociais contribuíram para que Edmar 
Bacha (1975) denominasse o Brasil como Belíndia, ou seja, uma 
apologia entre a pequena e rica Bélgica com a pobreza e 
imensidão da Índia. Em geral, por todo o território brasileiro é 
possível identificar grandes disparidades sociais, dentre elas na 
distribuição de renda e de terras, nos índices educacionais, de 
saúde, entre muitos outros. No entanto, muitas dessas 
disparidades constatadas no país não são conjunturais, mas 
decorrentes de um encadeamento de ações que vem ocorrendo 
desde o surgimento do Brasil. No que se refere à questão fundiária, 
foco desse trabalho, nota-se uma distribuição da posse da terra 
altamente concentradora desde a formação da propriedade. 
O HISTÓRICO FUNDIÁRIO 
As raízes dos problemas fundiários no Brasil são reflexos da 
construção histórica da formação da propriedade. Essa 
herança provem da própria dinâmica de funcionamento da 
colônia e das leis vigentes nesse período, as quais 
introduziram as disparidadesna distribuição de terras e, 
posteriormente, na concepção mercadológica da terra (FURTADO, 
1989). Assim, para analisar a concentração de terras, a 
produção e até mesmo a produtividade agrícola nos dias 
atuais, é preciso levar em consideração a perspectiva histórica 
da questão agrária no Brasil. Segundo Asselin (1991), quando os 
portugueses chegaram em terras brasileiras, o país perdeu sua 
autonomia e iniciou-se o processo de grilagem. A partir de 
1500 as terras brasileiras passaram ao domínio público do 
Reino de Portugal de modo que, quando começa a 
colonização portuguesa no Brasil com a constituição das 
capitanias hereditárias e concessões de Sesmarias, inicia-se o 
processo de formação da propriedade privada no Brasil. Aliado a 
política adotada de transferência de propriedade do domínio 
público para o privado, o período Sesmarial (1530 a 1850) 
caracterizou-se pela concessão de grandes extensões de terras 
aos pleiteadores de propriedades no novo território de 
colonização português (SILVA, 1997). 
A partir da concepção acima se pode afirmar que, sob domínio 
português, todo o território brasileiro foi, por ora, originalmente 
público por direitos de conquista. Depois, as terras passaram ao 
domínio do império e da República. A transferência de terras 
públicas à iniciativa privada se deu através de 
concessões de Sesmarias, comercialização, trocas e 
legitimação de posses no decorrer da história. Através dessa 
perspectiva, segue a regra de que toda propriedade particular sem 
título legal é pública ou devoluta. 
O início da formação das propriedades no Brasil começa ocorrer de 
fato a partir de 1530, quando é instituída a colonização de 
exploração baseada na monocultura de cana-de-açúcar, 
denominada plantation. Esse modo-de-produção era uma 
combinação entre monocultivos, latifúndios (grandes extensões 
de terras) e mercado exportador (MORISSAWA, 2001). 
Como afirma Silva (1997), quando se concedia uma capitania a um 
determinado donatário, ele possuía o direito sobre a posse da 
terra, porém não era lhe concedido à emissão de propriedade, 
que se mantinha sobre o domínio da Coroa portuguesa. Além 
disso, os donatários poderiam conceder Sesmarias a 
benfeitores, que passavam a desfrutar de direitos exploratórios 
e produtivos nas terras recebidas. O intuito da metrópole era, 
através dessas concessões, ocupar o território e explorá-lo 
com fins econômicos, garantindo-se o cultivo sobre pena de 
perda do domínio das terras por desobrigação das condições 
legais impostas pela Coroa. Por essa razão, o processo de 
concessões de terras era amplamente privilegiado. 
O período sesmarial estendeu-se até o início do século XIX, 
quando em julho de 1822, extingue-se o regime sesmarial 
até que fosse regulamentada uma lei de legitimação de 
terras no Brasil. Logo, a partir dessa data inicia-se um novo 
período na história da formação de propriedade no Brasil que se 
estende até 1850, quando surge a chamada Lei de Terras. Esses 
quase trinta anos entre a derrubada do regime sesmarial e a 
instituição de uma nova Lei ficaram conhecidos como “Império 
de posses” ou “fase áurea do posseiro”, pois não havendo 
nenhum tipo de normatização e regulamentação de terras, a 
posse tornou-se a única forma de aquisição de terras. Nesse 
período aumenta-se paulatinamente o número de posseiros, de 
grandes propriedades e também marca a formação das 
oligarquias rurais no Brasil. Por outro lado, essas posses não 
poderiam, conforme o cumprimento da norma vigente, serem 
legalizadas (SILVA, 1997). 
Após esse vácuo legislativo e a fim de buscar novas soluções para 
os problemas fundiários do Império brasileiro, promulga-se então, 
em 18 de setembro de 1850, a Lei n° 601 Euzébio de Queiroz, 
também conhecida como Lei de Terras. A Lei 601, antes de tudo, 
previa a delimitação da propriedade no Brasil e a forma de 
concessão de novas propriedades a partir dessa data. Por um 
lado, a lei previa a legitimação das sesmarias concedidas que 
não haviam caído em comisso, a legitimação de outras posses 
(ocorridas essencialmente no período compreendido entre 1822 e 
1850) e a demarcação das terras devolutas. Por outro lado, foi 
uma forma de se estimular a entrada de imigrantes no Brasil, 
já que previa o fim do trabalho escravo, sendo necessária a 
transição para o trabalho livre. Logo, essa transição seria 
financiada pela venda de terras devolutas da Coroa. Embora 
as medidas não tivessem uma correlação intimamente 
dependente, houve então, uma vinculação entre a questão da 
regulamentação da propriedade privada e a imigração. O que se 
pode concluir diante da Lei de Terras é que essa foi uma espécie 
de divisor de águas em relação à territorialização do Brasil, 
tanto na legitimação da propriedade privada e do latifúndio 
como na demarcação de terras devolutas no país. 
Desse modo, toda e qualquer propriedade no Brasil deve ter 
como marco inicial a regulamentação da propriedade expedida 
em 1850 ou comprada da Coroa portuguesa, caso contrário é 
terra devoluta, ou seja, passível de dessa propriação. (SILVA, 
1996). 
No período subsequente entre a proclamação da República, 
em 1889 até 1964(estatuto da terra), o problema da legitimação 
de posses foi posto em plano secundário. Inclusive, em 1891, é 
instituída uma lei que aprovava a emissão de propriedade por 
parte dos estados e não mais como função da União. Isso 
demonstra não só o desinteresse sobre o caso, como também a 
omissão da Federação em relação à estrutura fundiária da 
nação. Ainda que, do ponto de vista legal, esse período não 
 
 
 
 
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seja significativo para análise sobre a formação da propriedade, 
vale ressaltar os anseios de setores das camadas populares em se 
procurar formas de desconcentração de terras e a tentativa de 
João Goulart, em 1964, de se realizar as reformas de base. Uma 
delas seria a reforma agrária como saída à concentração de 
terras e ao desemprego exacerbado, contudo, meses depois, 
Jango seria deposto pelo Golpe Militar. Assim, inicia-se o 
período de ditadura militar que se segue até 1984 (SILVA, 1997; 
MORISSAWA, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 21 – A Estrutura Fundiária Brasileira das Sesmarias a Leia de Terras (até 1930) 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA 
 
(Adaptado de SILVA, J. G. "A Nova dinâmica da agricultura brasileira". Rio de Janeiro: Campus, 1996.) 
 
Nos momentos II e III, registra-se parte do processo de modernização da agricultura brasileira. 
Exemplifique duas conseqüências desse processo nos referidos momentos. 
Duas dentre as conseqüências: 
- alterações na organização da produção 
- intensificação das relações assalariadas de trabalho 
- aumento da concentração empresarial da produção 
- aumento da dependência do setor agrícola em relação ao setor industrial 
 
Questão 02 
-"Os próprios gaúchos e sulinos, pouco mais tarde, refariam o caminho em sentido inverso, entrando 
pelo miolo do País, avançando para o ___(I) ___ e para o ___(II)___, e espalhando progresso e 
riqueza até a beirada da floresta e, até mesmo, lá, do lado de cima, nos confins de Roraima. De certo 
modo, pode-se dizer que essa ida-e-vinda, esse continental vaivém, resume a história do Brasil no 
século, a história do nosso tempo de vida". 
 Fonte:"O Estado de S. Paulo", 8/10/2000. 
 
Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas no texto e o tema analisado. 
 
 
Questão 03 
No Brasil, a divisão territorial do trabalho, fruto do crescimento da economia industrial, foi responsável, 
entre outras coisas, pelo(a) 
a) dependência gradativa do campo em relação à cidade. 
b) restrição das desigualdades regionais. 
c) crescimento da exportação de bens de consumo. 
d) elevação da taxa de crescimento vegetativo. 
 
Questão 04 
Considere os gráficos a seguir sobre a estrutura fundiária do Brasil. 
 
LEGENDA: 
1 - Menos de 10 ha 
2 - De 10 a menos de 100 ha 
Anotações 
 
 
 
 
 
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3 - De 100 a menos de 1.000 ha 
4 - Mais de 1.000 ha 
(Adas, Melhem, 1998.) 
 
A partir da análise dos gráficos e de seus conhecimentos sobre o assunto, é possível afirmar que 
ocorreu 
a) um processo de fragmentação das propriedades com mais de 1.000 ha, entre 1970 e 1980, 
diminuindo a concentração fundiária no Brasil. 
b) uma diminuição do número de imóveis entre 100 e menos de 1.000 ha, mas com aumento da área 
ocupada, caracterizando uma fragmentação dessas propriedades. 
c) um processo de concentração fundiária entre 1970 e 1992, em especial com o aumento da área 
ocupada pelos estabelecimentos com mais de 1.000 ha. 
d) uma redução significativa das propriedades entre 10 ha e menos de 100 ha e um aumento daquelas 
com menos de 10 ha, como resultado dos assentamentos rurais. 
e) um processo de modernização da agricultura brasileira, caracterizado pelo aumento do tamanho 
das propriedades com mais de 1.000 ha, responsáveis pela maior parte da produção agrícola para 
consumo alimentar no País. 
 
Questão 05 
 
 
Assinale a alternativa que completa corretamente a legenda do mapa. 
a) I - Paisagem natural pouco modificada; 
 II - Região de alta densidade demográfica; 
 III - Área de agropecuária mais desenvolvida. 
 
b) I - Região de economia agroindustrial; 
 II - Região menos urbanizada; 
 III - Paisagem natural pouco modificada. 
 
c) I - Região de baixa densidade demográfica; 
 II - Paisagem natural pouco modificada; 
 III - Área de agropecuária menos desenvolvida. 
 
d) I - Área de agropecuária pouco modernizada; 
 II - Região de economia agroindustrial; 
 III - Região menos urbanizada. 
 
e) I – Paisagem natural pouco modificada 
 II - Área de agropecuária pouco modernizada 
 III - Área de agropecuária mais modernizada; 
 
Questão 06 
Ações voltadas exclusivamente para o desenvolvimento agrícola lograram invejável modernização da 
base tecnoprodutiva no Centro-Sul do país, mas sem um desenvolvimento rural correspondente. 
Dimensões tecnológicas e econômicas do processo foram privilegiadas. A organização sindical dos 
trabalhadores sem terra e a dos pequenos produtores - para citar apenas dois casos - foi relegada. O 
resultado sinaliza um antagonismo entre o econômico, o social e o ambiental. 
Fonte: Revista "Globo Rural", junho de 2001. Tendências: O poder local na globalização. 
 
O texto trata das transformações no campo brasileiro, principalmente a partir da década de 1970. As 
afirmações do texto exemplificam: 
Anotações 
 
Aula 21 – A Estrutura Fundiária Brasileira das Sesmarias a Leia de Terras (até 1930) 
 
 
 
 
 
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a) A formação de uma "indústria da seca" no sertão nordestino, baseada na incorporação de 
tecnologias modernas pelos agricultores sertanejos, que viabilizam a produção agrícola em áreas de 
clima semi-árido. 
b) A expansão da mecanização da produção agrícola, paralela ao crescimento e pauperização da 
categoria dos trabalhadores rurais temporários, como os bóias-frias na cultura da cana-de-açúcar. 
c) A criação de reservas ecológicas nos Estados do Acre e Amazonas, destinadas à preservação de 
árvores nativas, com a conseqüente proibição das atividades tradicionais de extração por populações 
de seringueiros e castanheiros. 
d) O aumento da mão-de-obra na atividade agrícola, como conseqüência da expansão de modernas 
empresas rurais de caráter familiar, como no caso da produção integrada de porcos e aves no interior 
paulista. 
e) O baixo nível de tecnologia ainda presente nas culturas de exportação, como a soja, e o modelo de 
expansão das áreas de pecuária intensiva para o interior do país, baseado em pequenas unidades de 
criação familiar. 
 
Questão 07 
A área assinalada no mapa pode ser definida como: 
 
a) pouquíssimo povoada, com reduzida ocupação produtiva do solo. 
b) pouco povoada, com economia mais ou menos estagnada. 
c) de agropecuária tradicional, mas com algumas grandes cidades. 
d) de acentuada industrialização e urbanização. 
e) de agropecuária moderna, com cidades de porte médio e agroindústrias. 
 
Questão 08 
Só produzir alimentos não é o bastante para acabar com a fome. O importante - sobretudo nos países 
e nas regiões onde a população rural é grande e tem taxas de crescimento demográfico elevadas - é 
que se consiga uma integração orgânica entre o combate à fome e a produção de alimentos por parte 
dos pobres que vivem no campo. 
(Abramovay, R. "Folha de S. Paulo" 18/06/95.) 
 
O texto pode ser utilizado como argumento a favor: 
a) do desenvolvimento industrial. 
b) do controle da natalidade. 
c) da reforma agrária. 
d) da distribuição de cestas básicas. 
e) da exportação de produtos agrícolas. 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
"(...) Grandes, médios, pequenos e microprodutores capitalizados, 
organizados em cooperativas das mais diversas categorias (...) 
compõem as classes produtoras incorporadas à agricultura 
moderna. Aí se enquadram como setores produtivos os 
hortifrutigranjeiros, a floricultura, os cultivos raros intensivos em 
capital e tecnologia de ponta que caracterizam os cinturões verdes 
das grandes cidades. Aí se enquadram igualmente diversas 
modalidades de agricultura biológica ou agricultura natural, em 
relação às quais multiplicam-se investigações científicas e 
experimentos de campo que estimulam sua expansão, como setor 
altamente inovador da agricultura moderna. (...)" 
Maria do Carmo Corrêa Galvão, "O Ensino de Geografia frente às transformações 
globais", 1996. 
 
O texto apresenta a face do campo brasileiro, das atividades 
modernas e qualificadas, que convive com arcaicas estruturas 
produtivas. Em relação à atual situação do campo brasileiro, é 
correto afirmar que: 
a) o modelo agrário-exportador de base colonial foi substituído por 
um modelo de alta tecnologia voltado para o mercado interno. 
b) a agricultura moderna reflete a mudança do padrão alimentar da 
população, aumentando a produção de grãos, como o feijão e o 
milho, e de raízes e tubérculos como a mandioca e a batata. 
c) o espaço agrícola sofreu transformações com a aplicação de 
novas técnicas e o aumento da produtividade que viabilizaram a 
formação do complexo agroindustrial. 
d) o complexo agroindustrial, o padrão mais moderno de 
agricultura no país, vem perdendo importância com o surgimento 
dos produtos alimentares transgênicos. 
e) os espaços agrícolas modernos concentram-se nas fronteiras 
agrícolas do Centro-Oeste, enquanto as formas tradicionais de 
produção agropecuária localizam-se no Centro-Sul. 
 
Questão 02 
 
 
A foto revela alguns aspectos do Movimento dos Sem-Terra no 
Brasil. Esse Movimento consiste numa organização 
a) com base social camponesa, com dimensão nacional, que se 
utiliza das ocupações, sobretudo de latifúndios, como arma de luta 
para pressionar o poder público a realizar reformas na estrutura 
agrária do país. 
b) constituída de bóias-frias, cujo objetivo central são ocupações 
de terras produtivas localizadas na periferia dasgrandes cidades 
do Sudeste do país. 
c) formada por trabalhadores desempregados do campo e da 
cidade, que por serem militantes do Partido dos Trabalhadores 
defendem uma reforma agrária nos latifúndios improdutivos na 
Região Sul do país. 
d) revolucionária, uma vez que lutam pela socialização dos meios 
de produção e por um governo baseado na ditadura do 
proletariado. 
e) composta por trabalhadores rurais, que defendem uma reforma 
agrária em todo o país nos mesmos moldes da defendida pela 
União Democrática Ruralista. 
 
Questão 03 
As opções a seguir descrevem corretamente características de 
elementos presentes na estrutura agrária brasileira, EXCETO: 
a) AGRICULTURA ITINERANTE ' feita em pequenas 
propriedades, descapitalizada, baixa fertilidade do solo, baixa 
produtividade, com uso de queimadas e ocupação de novas áreas. 
b) AGRICULTURA INTENSIVA ' modernas técnicas de preparo do 
solo, de cultivo e de colheita, elevados índices de produtividade e 
bom grau de capitalização. 
c) PLANTATIONS ' pequenas e médias propriedades policultoras, 
cuja produção alimentar é destinada ao abastecimento dos centros 
urbanos mais próximos. 
d) POSSEIROS ' invasores de terras improdutivas, que atualmente 
estão organizados no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem 
Terra (MST). 
 
Questão 04 
São situações marcantes na transformação dos espaços agrários 
brasileiros, EXCETO: 
a) a preocupação constante em garantir a sustentabilidade dos 
solos, preparando-os para as gerações futuras. 
b) a modernização na forma de máquinas e insumos, aumentando 
a produtividade dos espaços. 
c) o aparecimento, no campo, de diversas atividades econômicas 
não rurais. 
d) a expressiva liberação de mão-de-obra, apesar do aumento de 
produção agrícola. 
 
Questão 05 
Responder à questão com base nas afirmativas. 
A realidade rural brasileira apresenta acentuadas contradições, 
como, por exemplo: 
I. A expansão das fronteiras agrícolas através do capitalismo 
investidor, pelo qual grandes grupos industriais tornam-se 
proprietários rurais. 
II. Grandes áreas agrícolas reduzidas a monoculturas 
exportadoras, como no interior de São Paulo, onde os extensos 
laranjais fornecem matéria-prima para sucos destinados à 
exportação. 
III. A substituição do sistema de colonato pelo trabalho temporário 
de bóias-frias. 
IV. O aumento de subsídios governamentais para o pequeno 
produtor, objetivando o abastecimento interno e a conseqüente 
baixa dos preços ao consumidor. 
Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da 
alternativa 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) I e III 
d) II e IV 
e) III e IV 
Aula 21 – A Estrutura Fundiária Brasileira das Sesmarias a Leia de Terras (até 1930) 
 
 
 
 
 
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Questão 06 
Observe o gráfico para responder à questão. 
 
A leitura do gráfico permite afirmar que 
a) o Brasil depende cada vez menos do setor agropecuário. 
b) nesta década aumentou a participação dos estados nordestinos 
na produção agropecuária. 
c) a produção agropecuária brasileira está muito concentrada. 
d) tem aumentado o valor da produção agropecuária graças às 
crescentes exportações. 
e) as maiores produções agropecuárias situam-se em estados 
interioranos. 
 
Questão 07 
Considerando a estrutura fundiária brasileira e de acordo com a 
tabela a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
Fonte: INCRA, 1996. Extraído de ADAS, M. e ADAS, S. "Panorama geográfico do 
Brasil". São Paulo: Moderna, 1999. p. 404. 
 
a) O percentual de estabelecimentos com área inferior a 100 
hectares indica uma fraca concentração fundiária. 
b) Os estabelecimentos superiores a 1.000 hectares representam 
um percentual elevado da área total dos estabelecimentos, 
igualando-se às propriedades de até 100 hectares. 
c) A tabela expressa o que se entende por modernização 
conservadora da agricultura brasileira, caracterizada pelos 
latifúndios e pela concentração da propriedade rural. 
d) Na média, a distribuição de terras no Brasil, tanto em número de 
estabelecimentos quanto em área ocupada está em situação de 
equilíbrio, isto é, há uma correta divisão de terra entre os 
brasileiros. 
e) O número de estabelecimentos com mais de 1.000 hectares 
representa apenas 1,4% do total, o que indica uma fraca 
concentração fundiária. 
 
Questão 08 
TEXTO I 
"No contexto maior da economia colonial, a produção para o 
mercado interno - gado e alimentos - apresentava um forte caráter 
de subordinação face à grande produção de exportação. (...) 
Enquanto os compradores compareciam a um mercado de preços 
tabelados, os produtores de alimentos são obrigados a comprar os 
gêneros de que necessitam - escravos, ferros, tachos, armas - em 
um mercado livre, quase sempre com preços estabelecidos na 
base do exclusivo colonial, sem qualquer concorrência." 
(SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. In: LINHARES, M. Yedda (org.). "História 
geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus, 2000.) 
 
TEXTO II 
"A luta pelos alimentos como direito e pela comida sadia é das 
menos obscurantistas que pode haver, reflete o direito à vida e à 
escolha do que comer e ser informado sobre o que está comendo. 
É uma luta dos direitos do consumidor contra a lógica voraz dos 
grandes consórcios alimentícios, dentre os quais se destaca o 
Monsanto - que ocupa vários cargos no governo Bush, tal sua 
força e voracidade." 
(SADER, Emir. In: "Época", março de 2001.) 
 
O primeiro texto procura contextualizar a produção para o 
abastecimento interno no Brasil Colônia, enquanto o segundo 
refere-se à invasão de uma propriedade do Monsanto, produtor 
internacional de alimentos, por ambientalistas e pelo MST, durante 
o Fórum Social Mundial contra a globalização, realizado em Porto 
Alegre. 
A alternativa que aproxima os dois textos por apontar uma 
semelhança entre o processo brasileiro de produção de alimentos, 
no passado e no presente, é: 
a) A produção agrícola se mantém subordinada a interesses 
externos. 
b) O Estado deixa para agricultores de subsistência a tarefa da 
produção alimentar. 
c) As políticas públicas para o setor agrário provocam preços altos 
dos produtos exportados. 
d) As ações do Estado priorizam a produção alimentícia através de 
consórcios internacionais. 
 
Questão 09 
"Aprendemos que somos 'um dom de Deus e da Natureza' porque 
nossa terra desconhece catástrofes naturais (...) e que aqui, 'em se 
plantando, tudo dá'. 
(...) Aprendemos também que nossa história foi escrita sem 
derramamento de sangue, (...) que a grandeza do território foi um 
feito de bravura heróica do Bandeirante, da nobreza de caráter 
moral do Pacificador, Caxias, e da agudeza fina do Barão do Rio 
Branco; e que, forçados pelos inimigos a entrar em guerras, jamais 
passamos por derrotas militares. (...) Não tememos a guerra, mas 
desejamos a paz. (...) somos um povo bom, pacífico e ordeiro, 
convencidos de que 'não existe pecado abaixo do Equador'. (...) 
Em suma, essa representação permite que uma sociedade que 
tolera a existência de milhões de crianças sem infância e que, 
desde seu surgimento, pratica o "apartheid" social possa ter de si 
mesma a imagem positiva de sua unidade fraterna." 
(Adaptado de CHAUÍ, Marilena. "Brasil-mito fundador e sociedade autoritária". São 
Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.) 
 
"aqui, em se plantando, tudo dá" 
 
A construção do mito de satisfação das necessidades alimentares, 
evidenciada neste fragmento do texto, contradiz a seguinte 
afirmativa: 
a) As terras férteis resultam da ação de agrotóxicos. 
b) Os melhores solos destinam-se aos cultivos para exportação. 
c) Os avanços tecnológicos direcionam-se às propriedades 
improdutivas. 
 
 
 
 
 20 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
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d) Os diversos tipos climáticos dificultam a variedade de cultivos 
agrícolas 
 
Questão 10 
 
 
(Adaptado de SANTOS, Milton e SILVEIRA, Maria Laura. "O Brasil: território

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