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1
OAB 2ª FASE 2011.2
Direito de Família 
Alimentos
Profª Fernanda Pimentel 
Conceito 
•
Em sentido amplo: Tudo aquilo que é necessário à
sobrevivência individual – sustento, habitação,vestuário,
tratamento, saúde etc.
– Hoje: sobrevivência digna (CRFB, Art. 1°, III).
• Podem ser considerados:
– Naturais – sustento, vestuário e habitação;
– Civis ou côngruos – Educação, instrução, assistência.
2
Origem 
•
Origem:
– Lei
– Vontade – Doação ou testamento.
– Indenizatórios – afetos à responsabilidade civil, v.g.,
artigo 948 do CCB;
– Judiciais – Fixados por sentença.
Base legal 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros
pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para
viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à
subsistência, quando a situação de necessidade resultar de
culpa de quem os pleiteia.
3
Pressupostos 
Trinômio: Necessidade x Possibilidade x Proporcionalidade
Art. 1.694, § 1º: Os alimentos devem ser fixados na
proporção das necessidades do reclamante e dos recursos
da pessoa obrigada.
Jurisprudência 
Direito civil e processual civil. Família. Alimentos. Recurso especial.
Revisão de alimentos. Pedido de majoração. Reconvenção. Pedido de redução.
Elementos condicionantes. Mudança na situação financeira do alimentante ou
da alimentanda. Princípio da proporcionalidade. Atualização monetária. Salário
mínimo. Pendência da partilha. Patrimônio comum do casal sob a posse e
administração do alimentante. Peculiaridade essencial a garantir a revisão de
alimentos enquanto a situação perdurar. - A pensão alimentícia pode ser
fixada em número de salários mínimos, questão pacífica no âmbito da ação de
alimentos propriamente dita, bem assim na ação revisional que tem em seu
bojo a finalidade precípua de revisar o valor fixado a título de verba
alimentar. .... Resp 1.046.296-MG, j. 17/03/2009,
Rel. Min. Nancy Andrighi. Informativo nº 387
4
Base legal 
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não
tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à
própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-
los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais
e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação
nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos
descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes,
aos irmãos, assim germanos como unilaterais
Qual o limite da prestação alimentar aos filhos e netos?
– Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos
menores: I - dirigir-lhes a criação e educação;
– STJ, Súmula: 358 O cancelamento de pensão alimentícia de
filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial,
mediante contraditório, ainda que nos próprios autos
5
Jurisprudência 
PENSÃO ALIMENTÍCIA. MAIORIDADE. FILHO.
Trata-se de remessa pela Terceira Turma de recurso em ação
revisional de alimentos em que a controvérsia cinge-se em
saber se, atingida a maioridade, cessa
automaticamente ou não o dever de alimentar do pai
em relação ao filho. Prosseguindo o julgamento, a Seção, por
maioria, proveu o recurso, entendendo que, com a maioridade do
filho, a pensão alimentícia não pode cessar automaticamente. O pai
terá de fazer o procedimento judicial para exonerar-se ou não da
obrigação de dar pensão ao filho. Explicitou-se que completar a
maioridade de 18 anos não significa que o filho não irá depender do
pai.
REsp 442.502-SP
Jurisprudência 
Direito civil e processo civil. Ação de alimentos proposta pelos
pais idosos em face de um dos filhos. Chamamento da outra
filha para integrar a lide. Definição da natureza solidária da
obrigação de prestar alimentos à luz do Estatuto do Idoso.
A doutrina é uníssona, sob o prisma do Código Civil, em
afirmar que o dever de prestar alimentos recíprocos entre pais
e filhos não tem natureza solidária, porque é conjunta.
6
Jurisprudência 
A Lei 10.741/2003, atribuiu natureza solidária à obrigação
de prestar alimentos quando os credores forem idosos, que por
força da sua natureza especial prevalece sobre as disposições
específicas do Código Civil
O Estatuto do Idoso, cumprindo política pública (art. 3º),
assegura celeridade no processo, impedindo intervenção de
outros eventuais devedores de alimentos. A solidariedade
da obrigação alimentar de vida ao idoso lhe garante a
opção entre os prestadores (art. 12). Recurso especial não
conhecido. Resp 775.565/SP
Base legal 
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro
lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o
encargo, serão chamados a concorrer os de grau
imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar
alimentos, todas devem concorrer na proporção dos
respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas,
poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
7
Base legal – CPC 
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar,
no mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou
de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do
mesmo fundamento de fato ou de direito;
ALIMENTOS. OBRIGAÇÃO COMPLEMENTAR. AVÓS.
A jurisprudência da Quarta Turma deste Superior Tribunal entende ser
subsidiária à dos pais a responsabilidade dos avós em prestar
alimentos. Contudo deve ser averiguada concomitantemente com a dos
pais, ou seja, há que ser aferida se está ou não sendo prestada pelos
pais e, mesmo que esteja, se é bastante ou não para atender as
necessidades do alimentando. Se for prestada e suficiente, não há que
se falar em complementação pelos avós. Se é prestada, mas não atende
satisfatoriamente as necessidades do menor, mas já atinge o limite da
suportabilidade dos pais, aí sim devem ser chamados os avós para
completar. Assim, a Turma conheceu do recurso, deu-lhe parcial
provimento para reconhecer a possibilidade jurídica do pedido de
alimentação complementar e determinou que o Tribunal a quo examine o
mérito do pedido provisório de pensionamento.
Informativo 315, REsp 373.004/RJ
Jurisprudência 
8
Base legal
Art. 1.707. Pode o credor não exercer, 
porém lhe é vedado renunciar o direito a 
alimentos, sendo o respectivo crédito 
insuscetível de cessão, compensação ou 
penhora.
Características da obrigação alimentar
• Obrigação portável (portàble)
• Atual – Atender às necessidades atuais e 
futuras
• Impenhorável 
• Irrepetível 
• Incompensável 
• Intransmissível 
• Irrenunciável 
9
Súmula 277 do STJ
Julgada procedente a investigação de
paternidade, os alimentos são devidos a
partir da citação.
Enunciados CJF
Enunciado 263 - O artigo 1707 do Código
Civil não impede seja reconhecida válida e
eficaz a renúncia manifestada por ocasião
do divórcio ( direto e indireto ) ou da
dissolução da união estável. A
irrenunciabilidade do direito a alimentos
somente é admitida enquanto subsistir
vínculo de Direito de Família.
10
Súmula 336 do STJ
A mulher que renunciou aos alimentos na
separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido,
comprovada a necessidade econômica
superveniente.
Súmula 309 do STJ
O débito alimentar que autoriza a prisão
civil do alimentante é o que compreende
as três prestações anteriores ao
ajuizamento da execução e as que se
vencerem no curso do processo.
Interpretação restritiva: Persiste a natureza alimentar
APENAS em relação às três últimas parcelas;
11
Jurisprudência 
Recurso de habeas corpus. Execução de alimentos. Acordo
não homologado. Contrariedade aos interesses do menor. 1.
Corretamente não homologado pelo Juízo o acordo celebrado
entre o devedor e a genitora, porque contrário aos
interesses do menor. 2. "O débito alimentarque autoriza a
prisão civil do alimentante é o que compreende as três
prestações anteriores à citação e as que vencerem no
curso do processo" (Súmula nº 309/STJ). 3. Recurso
ordinário provido, em parte. RHC 18306 / SC
Jurisprudência 
ALIMENTOS. NOVO VALOR. RETROAÇÃO.
CITAÇÃO. A Turma reiterou que, na ação de alimentos,
alterado o encargo, seu novo valor retroagirá à data da
citação, ressalvadas as parcelas quitadas, que são
irrepetíveis. Precedentes citados: REsp 209.098-RJ, DJ
21/2/2005; REsp 778.307-SP, DJ 1º/12/2005; REsp 40.436-
RJ, DJ 1º/8/1994, e REsp 660.479-MS, DJ 8/4/2005.
(STJ, AgRg no Ag 982.233-PR – Inf. 360)
12
Alimentos gravídicos – Lei 11.804/08 
Disciplina o direito a alimentos gravídicos e a forma como ele
será exercido e dá outras providências. O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei disciplina o direito de alimentos da mulher
gestante e a forma como será exercido.
Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os
valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de
gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto,
inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos
e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a
juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.
Art. 2°, § único. Os alimentos de que trata este artigo
referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo
futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá
ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de
ambos.
Art. 6o Convencido da existência de indícios da paternidade, o
juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o
nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte
autora e as possibilidades da parte ré.
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos
gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor
do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. ....
13
Art. 7o O réu será citado para apresentar resposta em 5
(cinco) dias.
Art. 11. Aplicam-se supletivamente nos processos regulados
por esta Lei as disposições das Leis nos 5.478, de 25 de julho
de 1968, e 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
Processo Civil.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Brasília, 5 de novembro de 2008; 187o da Independência
e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Jurisprudência 
• ALIMENTOS GRAVIDICOS NASCIMENTO COM VIDA - CONVERSAO
EM PENSAO ALIMENTICIA - BINOMIO NECESSIDADE -
POSSIBILIDADE LEI N. 11804, DE 2008 AGRAVO DE INSTRUMENTO
- AÇÃO DE ALIMENTOS MULHER GESTANTE - DECISÃO QUE FIXOU
ALIMENTOS GRAVÍDICOS EM 01 SALÁRIO MÍNIMO - ARGUIÇÃO DE
PERDA DE OBJETO QUE SE REJEITA - Após o nascimento com vida,
os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em
favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. ...
14
• ... Observância do binômio necessidade-possibilidade, bem como do
princípio da razoabilidade, na atual fase dos autos. - Ausência de
provas a justificar a reforma da decisão - Possibilidade de o
agravante demonstrar, ao longo da demanda, situação diversa da
atualmente apontada, o que ensejará a redução do quantum arbitrado.
- Manifesta improcedência do recurso de agravo de instrumento. -
Aplicação do disposto no art. 557, caput, do CPC. - NEGADO
SEGUIMENTO AO RECURSO.
TJ/RJ - AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 2009.002.42469
Base legal: Lei 5478/68
Art. 1º. A ação de alimentos é de rito especial, independente de prévia 
distribuição e de anterior concessão do benefício de gratuidade.
§ 1º A distribuição será determinada posteriormente por ofício do 
juízo, inclusive para o fim de registro do feito.
§ 2º A parte que não estiver em condições de pagar as custas do 
processo, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, gozará do 
benefício da gratuidade, por simples afirmativa dessas condições perante 
o juiz, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.
§ 3º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa 
condição, nos termos desta lei.
§ 4º A impugnação do direito à gratuidade não suspende o curso do 
processo de alimentos e será feita em autos apartados.
15
Base legal: Lei 5478/68
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos
provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.
x
CPC , Art. 852. É lícito pedir alimentos provisionais:
I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que
estejam separados os cônjuges;
II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial;
III - nos demais casos expressos em lei.
.
Base legal: Lei 5478/68
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o
credor expressamente declarar que deles não necessita.
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios
pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão
universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja
entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos
bens comuns, administrados pelo devedor.
16
Base legal
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier
mudança na situação financeira de quem os
supre, ou na de quem os recebe, poderá o
interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou
majoração do encargo.
Lei 5478/68, Art. 15. A decisão judicial sobre
alimentos não transita em julgado e pode a
qualquer tempo ser revista, em face da
modificação da situação financeira dos
interessados.
Atenção: LEI Nº 12.415, DE 9 DE JUNHO DE 2011
Acrescenta parágrafo único ao art. 130 da Lei
no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), para determinar
que alimentos provisórios sejam fixados
cautelarmente em favor da criança ou
adolescente cujo agressor seja afastado da
moradia comum por determinação judicial.

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