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URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS RESUMOS MATERIAL COMPLEMENTAR 2PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte I Para a avaliação da cinemática do trauma, é necessário identificar possíveis lesões e gravidade das vítimas; O trauma MATA! Vetor de transmissão: automóvel, arma de fogo; Avaliação primária – “HORA DE OURO”; “Hora de Ouro” – o socorrista permanece na cena “10 minutos de Platina”; Distribuição trimodal de mortes por trauma: 1° Pico: 1 hora - Lacerações: Cérebro, Aorta, Medula e Coração; 2° Pico: 2 a 3 horas - Epidural, Subdural, Hemopneumotórax, Fraturas Pélvicas, Fra- turas de Ossos Longos e Lesões Abdominais; 3° Pico: 2 a 4 semanas – Sepse. Fase pré-hospitalar: 1) Segurança do local (1° lugar é a vida do socorrista); 2) EPI’s; 3) Avaliação da cinemática (avaliar a cena); 4) Abordagem do paciente; 5) Estabelecendo prioridades. Avaliação XABCDE - Adultos e Crianças (mesma sequência). 3PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte II Avaliação primária no Trauma: X De acordo com as Diretrizes do PHTLS (9 edição) – XABCDE DO TRAUMA; A primeira conduta ao paciente na avaliação inicial ao trauma é conter as hemorragias exsanguintantes graves; (X) O agravo que MAIS MATA no trauma: choque hemorrágico; O agravo que MATA MAIS RÁPIDO: vias aéreas; A Obstrução das Vias Aéreas (OVA) causa hipóxia. Dessa maneira, há uma diminuição do nível de consciência, provocando queda da base da língua, consequentemente o paciente vem a óbito. A hemácia é importante: responsável pelo transporte de oxigênio no sangue; Considerar perdas sanguíneas externas e internas. Estimar a perda sanguínea - Classificação: Lesão Arterial: Crítica. O sangue “jorra”; Lesão Venosa: médio, um pouco menos acelerado; o sangue “escorre”; Lesão Capilar: menor. Lesão mais superficial. Controle da Hemorragia: Pressão direta (socorrista usando luva irá comprimir a lesão com a mão); Curativo compressivo (utilizar gaze estéril dentro da ferida e outras gazes por cima para comprimir a lesão); Agente hemostático tópico (se disponível no local); Torniquete. USO DO TORNIQUETE: Quando usar? A prioridade é a VIDA do paciente, e não a do membro; Utilizar depois de várias outras tentativas para controlar a hemorragia para não atingir os órgãos alvos (cérebro, coração e pulmão); O torniquete utilizado sem comprometimento ao membro terá permanência de 2h30; Escrever o horário de inserção; Não relaxar; Uso prolongado compromete o membro e poderá ser amputado devido à isquemia; Risco iminente de morte. 4PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte III Avaliação primária no Trauma: A Assegurar a permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna cervical; Responsividade verbal do paciente; Todos os doentes traumatizados devem receber oxigênio suplementar; A via aérea e a ventilação são prioridades; Técnicas de manutenção das vias aéreas: “Chin-Lift”: Elevação do queixo; Uso de aspirador de ponta rígida; “Jaw Thrust”: tração da mandíbula. Com proteção da coluna cervical nas manobras Cânula orofaríngea (Guedel); Fatores relacionados a maior risco de problemas nas vias aéreas: Ferimentos penetrantes no pescoço (hematomas cervicais); Fratura de laringe/traqueia; Queimaduras de vias aéreas; Rebaixamento do nível de consciência; Queda da base da língua; Corpos estranhos (conteúdo gástrico, prótese dentária, sangue); Trauma de face (hemorragias, aumento de secreções orofaríngeas e avulsões dentárias). Vias Aéreas: Via Aérea Avançada: todo dispositivo de oxigenoterapia que invade o paciente. Exemplo: tubo endotraqueal, máscara laríngea. Via Aérea Definitiva: dispositivo colocado na traqueia com o “cuff” (bolsa de ar) insuflado conectado à fonte de O2 externa. O paciente não corre risco de broncoaspiração; Proporciona segurança; Exemplo: tubo orotraqueal. (não podem ser usados em pacientes conscientes, pois induziria vômitos e provavelmente uma aspiração); 5PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Indicações: » Apneia (sem movimento respiratório); » Impossibilidade de manter uma via adequada por outros métodos; » Proteção das vias aéreas contra aspirações; » Comprometimento iminente ou potencial das vias aéreas; » Glasgow < 9. Alteração na Função Neurológica (D): (necessidade de proteger a V.A pelo risco de aspiração, sangue, vômitos ou convulsões persistentes); » Trauma Raquimedular; » Necessidade de via aérea adequada antes de afastar lesão cervical. Intubação Orotraqueal: Método mais rápido e frequente. Apresenta menos complicações; Estabilização cervical; Indicado em paciente com apneia. Intubação Nasotraqueal: Exige que o doente apresente ventilação espontânea; Indicações: fratura de coluna cervical e impossibilidade de raios x de coluna cervical; Contraindicação: apneia; Fraturas faciais, do seio frontal, da base do crânio e da placa cribiforme. » Sinais dessas lesões: fratura de nariz, equimose periorbitária bilateral, sinal de Battle (equimose retroauricular) e extravasamento de líquido cefalorraquidiano (rinorreia ou otorreia). Via Aérea Cirúrgica: Quando V.A estiver obstruída por edema de glote, fratura de laringe ou hemorragia orofaríngea grave, lesões faciais extensas e/ou quando o tubo endotraqueal não puder ser posicionado entre as cordas vocais. Tipos: Cricotireoidostomia: é preferível, porque ela é mais fácil de ser realizada, apresenta menor hemorragia e requer menos tempo para sua execução do que uma traqueostomia de emergência. Cricotireoidostomia por Punção: inserção do cateter sobre agulha pela membrana cricotireóidea em situações emergenciais. Cricotireoidostomia cirúrgica: incisão na pele que se estende pela membrana cricotireóidea para abertura e inserção de um tubo endotraqueal. Traqueostomia: orifício criado cirurgicamente na traqueia. Avaliação e frequente reavaliação da permeabilidade da via aérea e da efetividade da ventilação são fundamentais. 6PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte IV Avaliação primária no Trauma: B Toracocentese de alívio no adulto: 5° espaço intercostal (EIC), linha hemiaxilar anterior. Toracocentese de alívio na criança: 2° espaço intercostal (EIC), linha hemiaxilar anterior. Fratura de costela: Fratura simples: queixa comum: dor e falta de ar (limita o movimento respiratório pela dor); Lesão torácica mais comum; Pode estar associada à lesão de fígado e de baço (perfuração). Tórax instável Duas ou mais costelas adjacentes fraturadas em mais de um local; Respiração paradoxal (assincronia na respiração; o movimento do pulmão é um, e o movimento do tórax é outro); Força suficiente para causar contusão pulmonar. Contusão pulmonar Lesão do pulmão por uma “pancada”; Taquipneia, roncos, sibilos, retração da musculatura intercostal e uso da musculatura acessória; Pode haver enfisema subcutâneo (gases/ar dentro da cavidade). Pneumotórax Simples Trauma contuso de tórax/pulmão (o tórax não está expandido. O pulmão está comprimido por uma contusão). Pneumotórax Hipertensivo “Válvula unidirecional” (área de escape que aumenta a pressão no pulmão); Dispneia, hipotensão, desvio da traqueia contralateral (devido à compressão dos órgãos no mediastino), ausência MV (murmúrios vesiculares), estase jugular (veia jugular aumentada), timpanismo à percussão; 7PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS É uma possível causa para PCR (parada cardiorrespiratória). Mata! Tratamento: descompressão imediata seguido da drenagem. Pneumotórax Aberto Solução de continuidade entre meio interno/externo; tem a mesma pressão intratorácica e atmosférica; Hipóxia; paciente pode ter PCR! Tratamento: curativo 3 pontas e drenagem torácica.Hemotórax Sangue na cavidade torácica; Hemotórax Maciço: Acúmulo de + 1.500 ml de sangue; Causas: lesão de vasos da base/coração/ferimentos penetrantes (arma de fogo); trauma contuso; Sinais de choque hipovolêmico, MV ausente, macices; Tratamento: drenagem tórax 5º EIC e reposição volêmica – RL (ringer lactato), sangue. Tamponamento Cardíaco Sangue no pericárdio (película que envolve o coração). Tríade de Beck Elevação PVC – Pressão Venosa Central (estase jugular); Hipotensão arterial; Abafamento de bulhas cardíacas (não consegue auscultar). Diagnóstico: punção Marfan; janela pericárdica, FAST; Tratamento: pericardiocentese (janela pericárdica), pericardiotomia via toracotomia. Outras Lesões Rotura (rotação) de aorta; Rotura da árvore traqueobrônquica; Asfixia traumática; Rotura diafragmática. 8PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte V Avaliação Primária do Trauma: C Sinais de Choque Hipovolêmico: Temperatura de pele: fria, úmida, pegajosa; Coloração da pele: pálida, cianose; Pressão arterial: normal ou diminuída; Nível de consciência: alterado; Enchimento capilar: > 2 segundos; Frequência cardíaca: aumentada. Hemorragias: 6 P’S Pele: cor, temperatura, umidade e enchimento capilar (2’’); Pulso: presença, regularidade e qualidade – pulso bilateral; Peito: ausculta cardíaca – bulhas cardíacas normofonéticas; ‘’Pança’’ – abdômen. Buscar equimoses sugestivas de lesão em órgãos da região. Inspeção e palpação; Pelve: inspeção e palpação apenas uma vez e pelo socorrista mais experiente; Pernas e braços: ossos longos – Alinhar o membro em posição anatômica para diminuir dor e presença de sangramento. Classifi cação do choque hemorrágico: choque hipovolêmico derivado da perda de sangue. CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV Perda (ml) Até 750 70-1500 1500-2000 > 2000 Perda (%) Até 15 15-30 30-40 > 40 FC <100 >100 >120 > 140 PA Normal Normal Diminuída Diminuída Pr. Pulso Normal ou aumentada Diminuída Diminuída Diminuída 9PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV FR 14-20 20-30 30-40 > 35 Diurese (ml/h) > 30 20-30 5-15 Desprezível SNC Levemen- te ansioso Moderadamen- te ansioso Ansioso confuso Confuso, letárgico Reposição volêmica: O soro Ringer com Lactato (SRL) é a solução isotônica de escolha; 3 litros de SRL a cada 1 litro de sangue perdido; Menor sobrecarga clorídrica, evitando o desenvolvimento de acidose hiperclorêmica; A SRL facilita o transporte rápido do paciente à Unidade de Referência. 10PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação Primária do Trauma (X, A, B, C, D, E) – Parte VI Avaliação primária no trauma: D Avaliação da função cerebral: Determinar o nível de consciência; Inferir o potencial de hipóxia; Escala de Coma de Glasgow (P). Glasgow < 9: intubação; Pupilas: tamanho e reação; RNC (Rebaixamento do Nível de Consciência): diminuição da oxigenação, provável lesão cerebral ou choque hipovolêmico; Diagnóstico de exclusão: hipoglicemia, álcool e/ou outras drogas. 11PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Fraturas de Base de Crânio: Otorragia Rinorragia Sinal de Battle (hematoma junto à hipófise mastóidea) Sinal de guaxinim (equimose periorbitária) Avaliação primária no trauma: E Despir totalmente o paciente; Avaliação minuciosa; Cobrir o paciente: prevenir hipotermia; Cobertores, fluidos e ambiente aquecidos. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente. 12PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Lesão Cerebral Traumática – Parte I Classifi cação do TCE: Leve: 13-15; Moderado: 9-12; Grave: < 9 Epidemiologia: 1 TCE (Trauma Crânio Encefálico) a cada 15 segundos; 1 óbito a cada 5 minutos; 1 sequela a cada 5 minutos; 50% a 60% das mortes por trauma ocorrem em decorrência de TCE; É mais comum em adultos jovens (mais expostos); Muitos pacientes ficam com incapacitação permanente (perdem função motora, ficam paraplégicos ou até mesmo tetraplégicos). Processos Fisiológicos do Cérebro Manter a perfusão tecidual do cérebro. Autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral (FSC); Pressão de perfusão cerebral (PPC); Pressão intracraniana (PIC). A hiperventilação reduz a PIC, ao passo que reduz o nível de CO2 livre no cérebro, o que leva à vasoconstrição e redução do volume intravascular, portanto reduz a PIC. 13PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ANATOMIA DO CRÂNIO: composto por diversos ossos: Espaço epidural - entre a dura-máter e o crânio; Dura-máter - cobertura de proteção; Espaço subdural - entre a dura-máter e a aracnoide; Membrana Aracnoide - entre a dura-máter e a pia-máter; Espaço subaracnoide é uma área cheia de líquido cefalorraquidiano (LCR); Pia-máter é uma camada meníngea aderente ao cérebro. Lesão Cerebral Primária Trauma direto no encéfalo, associado a lesões vasculares e de membranas ocorridos no momento da agressão. Lesões Focais (Hemorragias); Lesões Difusas (Contusão e Concussão); Hematomas Intracranianos (comprimem o cérebro). Intervalo Lúcido: o paciente pode permanecer consciente até o hematoma expandir-se a ponto de comprimir estruturas cerebrais. Pode ser rapidamente fatal. 14PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Lesão Cerebral Secundária: Processos contínuos de lesão, desencadeados pela lesão primária, incluindo os se- guintes mecanismos: Efeito de massa: aumento PIC e movimentação mecânica do cérebro, causando herniação e aumento da morbimortalidade se não tratado; Hipóxia: oxigenação inadequada em consequência da insuficiência ventilatória ou circulatória; Hipotensão e FSC inadequada: pode causar insuficiência de oxigenação e substrato (ATP) para o cérebro. O foco na conduta terapêutica deve ser em identificar, limitar ou interromper o mecanismo de lesão. 15PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Lesão Cerebral Traumática – Parte II Existem dois tipos de Escala de Coma de Glasgow: Glasgow e Glasgow P (atual); Não existe paciente com classificação de Glasgow em 0! O crânio não se expande. HERNIAÇÃO UNCAL: o cérebro é dividido em dois lobos: o lobo vai para o outro lado pela compressão. Características Clínicas: Midríase ou lentidão à resposta pupilar ipsilateral; Fraqueza contralateral; Decorticação ou descerebração; Tríade de Cushing (hipertensão, bradicardia e padrões ventilatórios anormais ou apneia). Anisocoria A pressão no III Par Craniano acarreta em midríase e perda do trato motor do lado da herniação e consequente fraqueza corporal no lado oposto à lesão. Classifi cação da LCT: FECHADO: não há penetração da dura-máter. Geralmente decorrente de acidentes automobilísticos, agressões e quedas. ABERTO: há penetração da dura-máter. Geralmente decorrente de arma branca e arma de fogo. Morfologia: Lesão em couro cabeludo: perda significativa de sangue; desluvamento. Fratura de crânio: afundamento ou linear; risco de aumento da PIC e meningite; avaliação neurocirúrgica; fratura de base de crânio. 16PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS A suspeita de fratura de base de crânio é contraindicação absoluta para sondagem nasal, por risco de falso trajeto. Tratamentos e Cuidados: ABCDE do trauma (fase pré-hospitalar); Minimizar a lesão cerebral secundária; Administrar oxigênio; Ventilação controlada; Objetivo: PaCO2 de 25 a 30 mmHg; Observar mudança no padrão ventilatório, frequência e profundidade. Prioridades: Manter a pressão arterial (sistólica > 90 mmHg); Posicionamento do leito – cabeceira elevada a 30º, melhorando o retorno venoso; Temperatura entre: 35,9ºC a 37,8ºC; Consultar o neurocirurgião; Manitol (0,25 mg a 1 g/kg); usar se houver sinais de herniação. 17PRODUTO ÚNICO- URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Trauma Raquimedular – Parte I Epidemiologia Adultos jovens (55% entre pessoas de 16 a 30 anos); 81% são do sexo masculino (exposição); A grande mobilidade da coluna cervical é responsável por cerca de 60% dos casos; 5 a 10% são relacionados com lesão da medula no momento do trauma, na manipulação da vítima ou na condução desta, terminando em tetraplegia; Não retirar a imobilização precocemente; Não retardar o transporte à UR (unidade de referência). Anatomia da coluna vertebral 33 vértebras: 7 cervicais; 12 torácicas; 5 lombares; 5 sacrais; Cóccix. Excluir lesões de medula é mais simples em paciente lúcidos e orientados pela ausência de dor; Em pacientes inconscientes, exames radiológicos adequados deverão ser realizados; Toda vítima inconsciente é portadora de TRM até que se prove o contrário; 18PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Qualquer lesão acima da clavícula deve ser investigada para possível lesão de coluna cervical; Lesões acima de T1 (C1 a C7) resultam em tetraplegia; abaixo de T1, resultam em paraplegia. Causas Acidentes automobilísticos, mergulho em águas rasas, queda, ato de violência. O socorrista que compreende a biomecânica do trauma suspeitará de lesões inaparentes prevenindo as lesões secundárias. Mecanismos do trauma raquimedular Hiperflexão; (para baixo) Hiperextensão; (para cima) Carga Axial; (de cima) Carga Lateral; Rotação; Distração; Ferimento Penetrante. SINAIS E SINTOMAS: PACIENTE CONSCIENTE Dor no pescoço ou nas costas; Dor à mobilização cervical ou dorsal; Deformidade da coluna; Paralisia/Parestesia dos Membros Superiores e Membros Inferiores; Choque neurogênico; Respiração abdominal; Priapismo (ereção involuntária). SINAIS E SINTOMAS: PACIENTE INCONSCIENTE Flacidez de esfíncter anal; Resposta a estímulo doloroso somente acima da clavícula; Hipotensão com bradicardia ou somente bradicardia; Priapismo; Respiração diafragmática. 19PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Trauma Raquimedular – Parte II Trauma cervical: indicação de imobilização Impacto violento na cabeça, pescoço ou tronco (espancamento, desabamentos); Aceleração e desaceleração repentina, inclinação lateral do pescoço ou tronco (colisões, atropelamentos e explosões); Quedas (idosos); Ejeção de veículos ou dispositivos de transporte (bicicletas, skates). Acidentes em águas rasas; Danos significativos no capacete; Pacientes com alteração do nível de consciência (embriaguez, TCE). Objetivos da imobilização Propiciar estabilidade das regiões afetadas; Impedir lesões vasculares; Impedir lesões neurológicas. Avaliação neurológica Lesão completa: ausência de função motora ou sensitiva abaixo do nível de lesão; Lesão incompleta: preservação de qualquer função motora ou sensitiva abaixo do nível de lesão; a preservação sacral pode ser a única função residual. DETALHES SOBRE A AVALIAÇÃO/ATENDIMENTO: Ventilação inadequada; Comprometimento da avaliação abdominal; Dor mais intensa em outro sítio (amputação, queimaduras); Embriaguez ou perda de consciência; Vítima deambulando no local; Choque neurogênico (associado à lesão de coluna cervical/torácica alta; hipotensão com bradicardia): 20PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Choque Neurogênico Subtipo do Distributivo; Inadequação entre demanda tecidual e oferta local de oxigênio; Alterações do tônus e/ou da permeabilidade vascular. Características Hipotensão com bradicardia; Vasodilatação periférica generalizada; TRM – extremidades quentes acima da lesão e frias abaixo e diversas alterações sensitivo-motoras; Pode ser necessário o uso de marca-passo cardíaco temporário se não houver resposta às drogas; Responde a corticosteroides em altas doses. Tratamento ABCDE do trauma; Oxigenoterapia; AVP (acesso venoso periférico) e infusão de cristaloides; Imobilização COMPLETA do paciente; Transporte rápido para o centro de trauma mais próximo; Nada pode retardar o tratamento definitivo. Imobilização padrão 1) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA. 2) Mover a cabeça para uma posição neutra e alinhada (exceto se contraindicado). 3) Examinar o pescoço e aplicar um colar cervical adequado e eficaz. 4) Posicionar o paciente no dispositivo (prancha curta, longa). 5) Imobilizar o tronco (atar os tirantes). 6) Avaliar a necessidade de acolchoar cabeça (adulto) ou tórax (criança). 7) Imobilizar a cabeça no dispositivo de contenção lateral e tirantes. 8) Imobilizar o quadril. 9) Imobilizar as pernas. 10) Reavaliar (XBACDE). 21PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS IMV: Método S.T.A.R.T e Método C.R.A.M.P. IMV – Incidente com múltiplas vítimas Catástrofes ou Desastres: podendo ser naturais ou provocados. Exemplos: tsunami, maremoto, vulcão, atentados; As necessidades de atendimento excedem os recursos disponíveis; (pode precisar de ajuda extra); Exige medidas extraordinárias e coordenadas para manter o serviço básico às vítimas; Sempre necessitando de ajuda externa para atender às demandas existentes; Desequilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades; Podem ser atendidas pela estrutura local ou regional. Comando, comunicação e controle Públicas ou externas Organização do atedimento Institucionais (ou internas): SAMU Bombeiro Empresas privadas de resgates Central de Regulação Outros recursos de apoio Emergência Plano de contingên- cia para atendimento a múltiplas vítimas Com a integração de vários sistemas e órgãos podem-se criar estratégias para prevenção e recuperação dos danos materiais, sociais, econômicos e ambientais causados pelos desastres. 22PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Triagem Avaliação rápida das condições clinicas das vítimas para estabelecer prioridades de tratamento médico em, no máximo, 90 segundos; Necessita o maior apoio possível para atendimento. Verificar as unidades à disposição e encaminhamento; Método de S.T.A.R.T. - Mais utilizado para triagem no APH. Identificamos por meio de cores considerando-se a gravidade e possibilidade de sobrevida; S.T.A.R.T. - (Simple Triage And Rapid Treatment). MÉTODO START PRIORIDADE!!! Paciente Verde Consegue andar. Paciente Amarelo Paciente Urgente; FR < 30 IPM; Não anda, mas tem preenchimento capilar < 2; Não anda, mas responde a ordens simples. Paciente Vermelho Risco imediato de morte; Só respira após manobras (posição das vias aéreas); Não anda e tem preenchimento capilar > 2’; Não anda e não responde a ordens simples. Paciente Cinza Paciente não consegue andar, não respira após manobras; Paciente considerado irrecuperável. 23PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS MÉTODO C.R.A.M.P. Escore de Prioridade Ao término do exame geral, a soma da pontuação de cada um dos estágios do método define o escore de prioridades de atendimento; Quanto menor a pontuação, maior a prioridade e mais grave é o estado de saúde do paciente; CRAMP: de 0 a 5 – paciente crítico! CRAMP em ambiente hospitalar. 24PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Insufi ciência Cardíaca – Parte I É a incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente por meio de elevadas pressões de enchimento. Características Dispneia; Estertores crepitantes; Edema periférico; Baixa capacidade de exercício; Disfunção renal; Fadiga. A IC pode ser: Insuficiência cardíaca esquerda (ICE): mais comum; a dispneia é o principal sintoma; Insuficiência cardíaca direita (ICD): geralmente secundária à ICE; pode ser ocasionada por doenças pulmonares; Insuficiência cardíaca congestiva ou global (ICC): Pode ser IC aguda ou IC crônica (mais prevalente) - (64%); Pode IC Sistólica (mais prevalente) - (70%) ou IC Diastólica; IC de baixo débito (mais comum) e IC de alto débito. 25PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Classificação funcional da IC Classe I: sem limitações Classe II: discreta limitação à atividade física Classe III: limitação significativa da atividade física Classe IV: inabilidade em realizar qualquer atividade física sem desconforto Sistema nervoso autônomo (noradrenalina) Taquicardia; Aumento da contratilidade miocárdica; Vasoconstrição periférica: arteriolar e venular; Redistribuição do débito do VE. Retenção de sódio e água Eleva a água no interstício e faz com que o paciente apresente edemas em membros inferiores; Retenção de sódio aumenta a pressão arterial. Remodelamento Diagnóstico Cardiomegalia (exames de imagem); Sopro de regurgitação tricúspide; Aumenta na inspiração; Ritmo de galope; Hipertensão venosa sistêmica; Hepatomegalia (aumento do fígado); Refluxo hepatojugular; Esplenomegalia (aumento do baço); Edema periférico; Hidrotórax (presença de água no tórax); Ascites (presença de água na cavidade abdominal); Derrame pericárdico; Anasarca (edema generalizado); 26PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Respiração de Cheyne-Stokes (paciente não mantém um padrão respiratório normal); Febre; Caquexia cardíaca; Avaliação laboratorial básica: hemograma, glicemia, Cr, Na, K, EAS; Peptídeo natiurético cerebral (BNP); Excelente marcador de disfunção do VE e IC: diagnóstico e prognóstico (gravidade); Radiografia de tórax em PA e Perfil; Eletrocardiograma; Ecocardiograma com doppler. 27PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Insufi ciência Cardíaca – Parte II Objetivos do tratamento Reduzir a progressão; Melhorar os sintomas; Melhorar a qualidade de vida; Reduzir a mortalidade; Prevenir a morte súbita; Reduzir o remodelamento miocárdico. Tratamento não farmacológico Identificar etiologia; Eliminação/correção de fatores agravantes. Modificações no estilo de vida: Dieta Ingestão de álcool Atividade física Atividade sexual Atividades laborativas Vacinação: gripe e pneumonia Estágio I: Intervenção Terapêutica Alto risco de desenvolver IC; Condições clínicas associadas à IC; Pacientes não apresentam alteração do pericárdio, miocárdio ou de valvas cardíacas; Fatores etiológicos: HAS, coronariopatia, DM, histórico de cardiotoxidade, tratamento por droga ou abuso de álcool, histórico pessoal de febre reumática, história familiar de cardiomiopatia. Estágio II Já desenvolveram cardiopatia estrutural associada à IC; Não exibiram sinais ou sintomas da doença; Alterações: hipertrofia ventricular esquerda ou fibrose, dilatação ventricular esquerda ou hipocontratilidade, e valvulopatia. 28PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Estágio III Sintomas prévios ou presentes de IC associados com cardiopatia estrutural subjacente: Dispneia ou fadiga por disfunção VE sistólica; Assintomáticos sob tratamento para prevenção da IC. Estágio IV: Intervenção especializada e cuidados paliativos Cardiopatia estrutural Sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clínica máxima. Hospitalizados por IC ou que não podem receber alta; Hospitalizados esperando transplante; Em casa sob tratamento de suporte intravenoso ou sob circulação assistida; Em unidade especial para manejo da IC. 29PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Parada Cardiorrespiratória e RCP: Suporte Básico de Vida – Parte I PCR: interrupção súbita da atividade mecânica cardíaca e pulmonar. Falência cardiopulmonar aguda com baixo fluxo sanguíneo cerebral. Objetivos Identificar a PCR (parada cardiorrespiratória); Iniciar a cadeia de sobrevivência; Executar compressões de alta qualidade; Iniciar uso precoce do DEA (desfibrilador externo automático); Administrar ventilações apropriadas; Praticar RCP em equipe. Epidemiologia 1° lugar: doenças cardiovasculares; 2º lugar: neoplasias; 3º lugar: trauma; 4º lugar: doenças respiratórias. SINAIS CLÍNICOS DA PCR Inconsciência; Ausência de movimentos respiratórios; Ausência de pulso (carotídeo e femoral). PRIORIDADES 1) RCP básico; 2) Desfibrilação precoce. Quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral. A cada 1 minuto sem fazer nada, 10% de chance a menos de sobrevida; 5 minutos: lesões irreversíveis - Órgãos vitais: pulmão, cérebro e coração; 10 minutos: morte. 30PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Conjunto de ações que devem ser realizadas numa vítima em PCR, com o objetivo de manter suas funções vitais, em especial para sustentar a oxigenação e perfusão de órgãos vitais. 31PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Avaliação inicial CABD PRIMÁRIO C – Circulation – Circulação A – Airway –Ar –Vias aéreas B – Breathing – Boa Respiração D – Desfi brilation – Desfi brilação Abordagem inicial Local seguro; Responsividade (verbal e tátil): tocar no ombro da vítima e chamar, pois esta pode ser deficiente auditivo; Se inconsciente (vítima não responde) – Pedir Ajuda! “Ei! Você! Ligue para o SAMU 192 e traga um DEA”; Checar pulso (carotídeo) e respiração simultaneamente (observar se há expansão torácica): não menos que 5 segundos e não mais que 10 segundos; Iniciar RCP! INICIAR COMPRESSÕES TORÁCICAS IMEDIATAMENTE Trocar quem realiza a compressão a cada 2 minutos (5 ciclos) com o 2° socorrista. Compressões Torácicas Superfície firme e plana; Afastar ou remover as roupas. Posicionamento das mãos do socorrista na linha intermamilar do tórax da vítima no osso esterno (entre a fúrcula esternal e o apêndice xifoide); entrelaçar as mãos, afastando os dedos das costelas; Cotovelos travados, fazendo um ângulo de 90° com o tórax da vítima; Profundidade: 5-6 cm; Frequência: de 100 a 120 compressões por minuto; Relação: 30 compressões e 2 ventilações (30:2); FORTE E RÁPIDO Permitir que o tórax retorne completamente após cada compressão; Minimizar as interrupções nas compressões. 32PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Abertura das vias aéreas Manobra de inclinação da cabeça + elevação do queixo (hiperextensão) 30 compressões x 2 ventilações 10-12 ventilações/minuto Duração da ventilação: 1 segundo; quantidade de ar presente na cavidade bucal. Verificação da eficiência; esperar o retorno completo do tórax para realizar a segunda ventilação; Elevação do tórax na ventilação: se não houver elevação do tórax, o ar está escapando. Posicionar a máscara adequadamente para uma correta vedação. 33PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Parada Cardiorrespiratória e RCP: Suporte Básico de Vida – Parte II DEA: DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO Aparelho capaz de aplicar uma corrente elétrica determinada no coração, com o objetivo de cessar o ritmo anormal e restabelecer as funções normais (elétricas e mecânicas); Apenas é necessário um kit de eletrodos; O DEA analisará o ritmo cardíaco e indicará o choque apenas nos ritmos: Taquicardia Ventricular (TV) e Fibrilação Ventricular (FV). Passo a passo para o uso do DEA Ligar o DEA; Colar as pás na posição correta no tórax da vítima (vem a figura nas pás do DEA indicando o local para posicionar) e encaixar os eletrodos no DEA; O DEA irá analisar o ritmo cardíaco. Nesse momento, interromper as compressões cardíacas e esperar o DEA “falar”; “Choque indicado, pressione o botão para aplicar o choque. Retorne com as compressões.” Ritmo TV ou FV; “Choque não indicado. Ritmo Assistolia ou Atividade Elétrica sem Pulso (AESP). Continue as compressões; O DEA irá analisar novamente o ritmo após 2 minutos, que é equivalente ao ciclo de 30:2. 34PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Condições especiais no uso do DEA Crianças menores de 1 ano (instalado anteroposterior); Tórax peludo (tenta-se diminuir a quantidade de pelos no local onde o aparelho será instalado); Tórax molhado (cuidado de secar o local onde as pás ficarãocolocadas); Emplastro medicamentoso (se for removível, tira-se e usa-se o DEA; se não removíveis, instala-se o DEA ao lado ou o mais próximo); Desfibriladores/marca-passos implantados (coloca-se um pouco abaixo, e não acima do desfibrilador). Quando parar? Quando o paciente reanima; Quando o suporte avançado chega; Quando a equipe entra em exaustão; Se o ambiente se tornar de risco; Quando há mudança de prioridade. Quando não começar? Rigor mortis; Decomposição; Evisceração extensa do cérebro ou coração; Carbonização; Degola. O uso do DEA precocemente deve ser priorizado tão logo estiver disponível e pronto para uso. Vigilância e prevenção é o diferencial da cadeia de PCR Intra-hospitalar. 35PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Parada Cardiorrespiratória e RCP: Suporte Básico de Vida – Parte III RCP em crianças Avaliação Inicial Usar 1 ou 2 mãos; 1 socorrista: 30x2; 2 socorristas: 15x2 (devido à rápida hipóxia na criança); Profundidade: 5 cm. Iniciar compressões com FC > 60 bpm com sinais de perfusão inadequada. RCP em lactentes Avaliação Inicial A responsividade é “bater” na planta dos pés do lactente. A avaliação do pulso na criança é feita no pulso braquial! Usar 2 dedos; 1 socorrista: 30x2; 2 socorristas: 15x2; Profundidade: 4 cm. Iniciar compressões com FC > 60 bpm com sinais de perfusão inadequada. Ventilação em bebê Deve ser pautada em se observar o nariz e a boca. COMPRESSÕES EM NEONATOS - ABAIXO DE 28 DIAS: Muda-se o CAB para ABC, por conta da permeabilidade da via aérea que é prejudicada e esse paciente geralmente irá parar por hipóxia; Neonatos: são usados dois dedos a depender da estrutura da criança, e a relação é de 3x1. 36PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Infarto Agudo do Miocárdio – Parte I É a necrose das células miocárdicas devido à oferta inadequada de oxigênio ao mús- culo cardíaco. É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e du- ração sufi ciente para não ser compensado pelas reservas orgânicas, levando à isquemia e, por consequência, à necrose. Fisiopatologia Aumento dos marcadores cardíacos, principalmente Troponina T. Inotrópicos Positivos São medicamentos que aumentam a força contrátil do coração, por isso são usados para insuficiência cardíaca sistólica. Angina Angina instável resulta de obstrução aguda de uma artéria coronária sem infarto do miocárdio. Baixo PRELÚDIO DE IAM. IAM Necrose miocárdica resultante de OBSTRUÇÃO AGUDA de uma artéria coronariana. Síndromes Coronarianas Agudas: IAMCSST IAMSSST Angina Instável Sintomas de isquemia Alterações ECG (segmento ST e BRE) Ondas Q patológicas Imagens de nova lesão Evidências de trombo intracoronário 37PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Pode se estender ao VD e átrios Localização Ventrículo Esquerdo (VE) Obstrução coronária D Artéria circunflexa E Características Infarto INFEROPOSTERIOR: algum grau de disfunção de VD (Ventrículo Direito) (Aumento da PV Jugular Hipotensão/Choque). Infarto ANTEROPOSTERIOR: pior prognóstico. Infarto POSTEROINFERIOR: Coronária D, Circunflexa E. 38PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Infarto Agudo do Miocárdio – Parte II Extensão Transmural Acomete toda a espessura do miocárdio, do epicárdio ao endocárdio. Ondas Q anormais no ECG. Não Transmural ou Subendocárdico Não se estendem à parede ventricular e provocam alterações em ST - T. Tipos IAMCSST Necrose miocárdica Supradesnivelamento do segmento ST Marcadores elevados IAMSSST Necrose miocárdica Sem supradesnivelamento do segmento ST Marcadores elevados SINAIS E SINTOMAS: Mesmos sintomas Sinais e Sintomas - Antes do Evento Sintomas prodrômicos: angina instável; falta de ar e fadiga. Sinais e Sintomas - Durante o Evento Dor subesternal, visceral e profunda que irradia para o dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direito e ombros. Grave e de longa duração. Dispneia , diaforese, náuseas e vômitos. Alguns pacientes desenvolvem síncope. As mulheres têm mais probabilidade de desenvolver desconforto atípico. 39PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Em pacientes com Episódios Isquêmicos Graves, pode ocorrer: Inquietação Edema pulmonar Choque Arritmia Pele pálida, fria e diaforética Cianose central e periférica Diagnóstico ECG periódico Marcadores cardíacos periódicos Angiografia coronária imediata – IAMCSST Angiografia coronária tardia - IAMSSST Angiografi a Coronária É um método para estudo do coração e das coronárias, sem realizar cirurgia. Marcadores cardíacos Enzimas cardíacas (CPK-MB) e conteúdos celulares Conteúdos celulares: troponina I, troponina T, mioglobina. Liberados na corrente sanguínea após necrose das células miocárdicas. Prognóstico Está relacionado diretamente à escala de Killip-Kimball: Ausculta cardíaca Ausculta pulmonar Sinais de choque Tratamento Reperfusão imediata da artéria obstruída (fibrinólise ou angioplastia primária) Anticoagulação com enoxaparina Antiagregantes plaquetários (AAS e clopidogrel) Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) – captopril ou enalapril Estatinas - sinvastatinas 40PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Alterações da Consciência: Síncope Perda da consciência transitória e abrupta associada com a inabilidade de manter um tônus postural; Sinônimos Bradicardia atrial; Síncope neurogênica; Desfalecimento; Síncope psicogênica; Desmaio benigno; Síncope vasodepressora; Desmaio simples. Fatores predisponentes: psicogênicos Medo. Ansiedade. Estresse emocional. Recebimento de más notícias. Dor, repentina e inesperada. Imagem de sangue ou cirurgia ou instrumentos odontológicos. Não psicogênicos Sentar-se em posição ereta ou ficar de pé. Fome em função de dieta ou refeição não realizada. Exaustão. Condição física inadequada. Ambiente quente, úmido, lotado. Sexo masculino. Idade entre 16 e 35 anos. 41PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Prevenção Questionário + Sedação + Posicionamento Alívio da Ansiedade Manifestações Clínicas Pré - Síncope Síncope Pós - Síncope Recuperação INICIAIS Calor Palidez Sudorese Náusea Taquicardia Respiração irre- gular, superfi cial, Pulso fi liforme (fi no e rápido) Palidez, Náusea, Fraqueza Sudorese Confusão ou de- sorientação TARDIOS Dilatação da pupila Bocejo Hiperpneia Extremidades frias Hipotensão Bradicardia Distúrbios visuais Tontura Perda de consciência Obstrução parcial ou total das VAS Apneia Bradicardia Incontinência fecal PA normaliza FC normaliza A tendência para o paciente desmaiar outra vez pode persistir por horas se o paciente assumir uma posição sentada ou ficar em pé muito rápido. 42PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Tratamento Pré - Síncope Síncope Pós - Síncope Recuperação •1-Posição •2-C-A-B •3-Trata defi nitivo 1.Ver consciência 2.Chamar ajuda 3.Posição supina 4.C-A-B 5.Tratamento defi nitivo (O2, SSVV, afrouxar as roupas Amônia-odor noci- vo, estimula respirar Atropina, IV ou IM Suspender o tratamento •Escolta para paciente •Repouso por 24h •Oferecer bebida açu- carada se a causa for jejum prolongado RECONHECER O PROBLEMA (FALTA DE RESPOSTA AO ESTÍMULO SENSORIAL) INTERROMPER O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO ATIVAR A EQUIPE DE EMERGÊNCIA NO CONSULTÓRIO P – COLOCAR O PACIENTE EM POSIÇÃO SUPINA COM OS PÉS ELEVADOS C.A.B! VERIFICAR RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA E PULSO CAROTÍDEO ATÉ 10 SEGUNDOS SEM PULSO: INICIAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS IMEDIATAMENTE COM PULSO: ABERTURA DAS VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO ATIVAR O SERVIÇO MÉDICO SE A RECUPERAÇÃO NÃO FOR IMEDIATA D – FORNECER TRATAMENTO DEFINITIVO QUANDO NECESSÁRIO 43PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Perda da Consciência Perda súbita ou transitória da consciência em que o indivíduo acorda espontaneamente. 1º Lugar em atendimento nas emergências. 1ª Mais relatada no consultório odontológico Anoxia: falta de oxigênio; Coma: sono profundo; Consciência: estar informado, ciente; Desmaio: perda da consciência transitória e repentina; Hipóxia: baixo conteúdo de oxigênio. Fatores Predisponentes Estresse; Condição física dificultada; Administração ou ingestão de medicamentos. Causas MAIS COMUM COMUM MENOS COMUM RARA Síncope Administração/ ingestão de me- dicamento Hipotensão ortostática Epilepsia Hipoglicemia Reação alérgica aguda IAM AVC Hiperglicemia Hiperventilação Prevenção: Questionário, Sedação e Posicionamento Manifestações Clínicas Não responde quando estimulado (tátil e verbal); Perda dos reflexos protetores; Sintomas da pré-síncope. 44PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Fisiopatologia Metabolismo cerebral reduzido em função da nutrição inadequada de sangue ou O2 ao cérebro; Metabolismo cerebral reduzido em função das deficiências metabólicas gerais ou locais; Efeitos diretos ou reflexos na região do SNC que controla consciência e equilíbrio; Mecanismos físicos afetando os níveis de consciência com seus respectivos mecanismos de ação. Ações do Socorrista Verifi cação da consciência Interrupção do procedimento odontológico Busca por ajuda P - posição da vítima C - verifi car a circulação. A - verifi car e abrir as vias aéreas B – ventilação de resgate D - tratamento defi nitivo 45PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Hipotensão Postural / Ortostática Mais comum no consultório odontológico; É a queda de pelo menos 20 mmHg na PA (sistólica) 10 mmHg na PA (diastólica), dentro de 3 minutos em posição ortostática quando comparada com a pressão arterial na posição sentada ou supina. É a queda da pressão quando o paciente muda sua postura, dentro de 3 minutos. Principais fatores Predisponentes Administração e injeção de fármacos; (medo e ansiedade) Período prolongado de decúbito. Paciente deitado por muito tempo; Reflexos posturais inadequados; (mexe bruscamente) Gravidez em estágio avançado. (vire a gestante para o lado esquerdo para descomprimir a veia cava inferior do lado direito) Prevenção História médica + Exame físico + Modificações no plano de tratamento odontológico (diminuir o tempo da sessão) Critérios Clínicos da Hipotensão postural Sintomas surgem quando o paciente se levanta Pressão arterial sistólica diminui pelo menos 20 mmhg Pressão arterial diastólica diminui pelo menos 10 mmhg Considerações no tratamento Odontológico Precauções básicas diminuirão a probabilidade de episódios de hipotensão ortostática. Pedir ao paciente que se levante devagar, não dar as costas ao paciente até que este se levante; Vagarosamente, reposicione o paciente verticalmente; Podemos orientar que o auxiliar ajude o paciente. Manifestações Clínicas Os sinais e sintomas prodrômicos da síncope vasodepressora (tontura, palidez, visão turva, náusea e diaforese (transpiração excessiva) são raramente notados. 46PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Pacientes podem perder a consciência rapidamente, ou podem se sentir levemente tontos, ou ainda apresentar visão turva, mas não chegar a perder a consciência. Se a perda da consciência perdurar por 10 segundos ou mais, o paciente pode apresentar movimentos convulsivos menores secundários à hipóxia (diminuição de oxigênio)/anoxia (ausência total de oxigênio) cerebral. A consciência retorna rapidamente, uma vez que o paciente é colocado novamente em posição supina. AÇÕES DO CIRURGIÃO-DENTISTA Verifi cação da consciência. Devemos nos comunicar com o paciente para verifi car a consciência do paciente Ativação da equipe de emergência Posição da vítima. Retornar o paciente para a posição de decúbito dorsal c>a>b (circulação-vias aéreas-respiração) D (tratamento defi nitivo) Administração de O2. Monitoramento dos sinais vitais Tratamento subsequente - Recuperação tardia Liberação do paciente 47PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Difi culdade Respiratória – OVACE – Parte I O objeto cai na faringe. Se deglutido, passa para o esôfago ou é expelido após a tosse, de forma que a incidência real de obstrução das vias aéreas ou aspiração de corpo estranho para traqueia, brônquios e pulmões é baixa. Incidência: 90% das mortes causadas na pediatria é com idade abaixo de 5 anos. 65% destas mortes ocorrem em bebês com menos de 1 ano. Prevenção Instrumentos e técnicas utilizados para prevenir aspiração e deglutição de objetos Dique de borracha Anteparo com gaze Posição da cadeira (posicionar de lado com a cabeça mais para baixo que o tronco e com a parte superior do corpo pendendo para o lado da cadeira) Auxiliar de saúde bucal Sucção Fórceps de intubação de Magill (o dentista se posiciona na cabeça do paciente, identifica o corpo estranho e pinça) Fórceps de língua (tem serrilhados que permitem que a língua seja agarrada firmemente, puxada para fora da boca, sem causar lesão iatrogênica) Ligadura (fio dental amarrado) Observar sempre a elevação do tórax para identifi car se há sinais de respiração ou não. Manejo dos objetos visíveis Com a auxiliar presente Sem a auxiliar Colocar o paciente em posição supi- na ou posição de Trendelenburg. Instruir o paciente para se dei- tar sobre o braço da cadei- ra com a cabeça para baixo. Utilizar fórceps de intubação de Ma- gill ou aparelho de sucção para re- mover o corpo estranho. Encorajar o paciente a tossir. 48PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Manejo de objetos deglutidos Consultar o radiologista; Obter radiografias apropriadas para determinar a localização do objeto; Iniciar consulta médica com o especialista apropriado; Apenas se o objeto for expelido ou removido o paciente poderá ser liberado do consultório. Complicações Mais de 90% dos objetos estranhos que são deglutidos passam pelo esôfago- estô- mago-intestino, através do TGI sem complicações. Avaliação da obstrução completa das VA FASE 1 1 A 3 MINUTOS FASE 2 2 A 5 MINUTOS FASE < 4 A 5 MINUTOS Estado de consciência; sinal universal do engas- go; luta; respiração pa- radoxal sem movimento de ar ou voz; aumento na pressão arterial e na FC. Perda de consciência; diminuição da respira- ção, pressão arterial e frequência cardíaca. Coma; ausência de sinais vitais, dilata- ção das pupilas. 49PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Difi culdade Respiratória – OVACE – Parte II Reconhecimento: a obstrução aguda das vias aéreas superiores no paciente cons- ciente ocorre mais frequentemente enquanto o indivíduo está comendo. Causas Pedaços grandes e mal mastigados de alimentos; Níveis elevados de álcool no sangue; Risos ou fala durante a mastigação; Uso de prótese total superior ou inferior. Sinal Universal do Engasgo A vítima agarra o pescoço demonstrando o sinal universal de aflição no caso de obs- trução das vias aéreas por corpo estranho. Sinais e sintomas obstrução parcial das VAS COM BOM FLUXO DE AR Tosses forçadas; Chiado entre as tosses; Capacidade de respirar. 50PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS COM POUCA TROCA GASOSA Tosse fraca e ineficaz; Som “cantado” durante a inspiração; Respiração paradoxal; Ausência de voz ou alteração na voz; Possível cianose; Possível letargia; Possível desorientação. Sinais e sintomas da obstrução total das VAS Incapacidade de falar; Incapacidade de respirar; Incapacidade de tossir; Sinal universal de engasgo. Manobras básicas das vias aéreas O paciente que perde a consciência deve ser colocado na posição supina com os pés ligeiramente elevados; Manobra tríplice: técnica da inclinação da cabeça e elevação do mento; Ver, ouvir e sentir: essa técnica permite avaliar a respiração vendo a expansão do tórax, ouvindo o som da respiração e sentindo a passagem do ar. Procedimentos Posição supina com os pés ligeiramenteelevados; C- Se inconsciente, cheque o pulso por não mais que 10 segundos. Se o pulso estiver ausente, inicie as compressões cardíacas. Se o pulso estiver presente, continue para o próximo passo; Manobra Tríplice; 4 A + B (vias aéreas e respiração). 51PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Vias Respiratória de Emergência Procedimentos invasivos: traqueostomia e cricotireoidestomia PROCEDIMENTOS NÃO INVASIVOS: Golpes nas costas; Compressão abdominal (a manobra de Heimlich é a primeira escolha para o alívio da obstrução das vias aéreas em adultos e crianças acima de 1 ano de idade); Compressão torácica (compressão torácica na vítima gestante ou obesa inconsciente). 52PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Síndrome de Hiperventilação É uma ventilação em excesso em relação àquela necessária para manter níveis normais de PaO2 de oxigênio e PaCO2 no sangue. Produzida por um aumento na frequência ou na profundidade das respirações ou, ainda, por uma combinação dos dois. Prevenção QUESTIONÁRIO HISTÓRIA MÉDICA AVALIAÇÃO FÍSICA Mãos frias e pegajosas (úmidas); Tremor nas mãos; Testa molhada; Reclama de abafamento. SINAIS VITAIS PA aumenta; FC aumenta; FR aumenta. TERAPIA ODONTOLÓGICA Protocolo de redução de estresse; Reeducação do paciente ansioso na direção da diminuição de sua ansiedade. Tratamento Vítima hiperventilado, formando um “copo” com as mãos na frente da boca e do nariz com o intuito de aumentar a tensão arterial de gás carbônico (PaCO2). 53PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Convulsão Alteração temporária na função cerebral, caracterizada clinicamente por um início abrupto dos sintomas motores, sensoriais ou psíquicos; Emergência letal: quando uma convulsão sucede a outra; quando o episódio convulsivo se torna contínuo. Prevenção Causas não epiléticas Causas epiléticas Evitar overdose de anestésico local. Fazer avaliação adequada na se- leção do anestésicos. O uso de técnica apropriada de administra- ção auxiliam e previnem a reação tóxica. Objetivo é determinar a tendência de evo- lução de uma convulsão aguda duran- te o tratamento odontológico. Equipe preparada para tratar qual- quer paciente com convulsão. Minimizar qualquer complicação clínica asso- ciada (p. ex., danos ao tecido mole e fratura). Causas mais frequentes para convulsão em consultório odontológico Convulsão em um paciente epilético; Hipoglicemia; Hipóxia secundária à síncope; Overdose de anestésico local; Crises Convulsivas Tônico-Clônicas Generalizadas. Tratamento nas convulsões tônico-clônicas grande mal FASE PRODRÔMICA FASE ICTAL FASE PÓS-ICTAL (conclusiva) Reconhecimento da aura Interrupção do trata- mento odontológico Ativação da equipe de emer- gência do consultório P Posicionar o paciente em supina com os pés elevados Considerar ativação da equipe de serviço de emergência médica C A B Avaliar e realizar con- forme necessidade o su- porte básico de vida D Atendimento defi nitivo: pro- teger o paciente de danos P Posicionar o paciente de su- pino com os pés elevados C A B Avaliar e realizar o suporte básico de vida, conforme necessidade D Tratamento defi nitivo Administrar O2; Monitorar si- nais vitais Confortar o pacien- te e permitir sua recuperação Liberar o paciente (casa, hos- pital, para o médico) 54PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Reações de Hipersensibilidade Tipo I – Alergias Reações Anafi láticas A maioria das mortes de anafilaxia ocorre nos primeiros 30 minutos após a exposição antigênica; No caso do rápido desenvolvimento da reação anafilática, os sintomas podem ocorrer dentro de um tempo muito curto; Em reações anafiláticas particularmente graves, os sintomas respiratórios e cardiovasculares podem ser os únicos sinais presentes; Com perda da consciência durante a reação anafilática, esta pode ser chamada de choque anafilático. Manifestações Clínicas das Reações Alérgicas Cutâneas REAÇÃO SINTOMAS SINAIS URTICÁRIA Prurido, formigamento e calor, rubor, urticária Urticária, eritema difuso ANGIOEDEMA Extremidade sem prurido, ede- ma perioral e periorbitário Edema duro, frequentemente Assimétrico Manifestações Clínicas das Reações Alérgicas Respiratórias REAÇÕES SINTOMAS SINAIS Rinite Congestão nasal, cocei- ra no nariz, espirros Edema da muco- sa nasal, rinorreia Edema de laringe Dispneia, rouquidão, fe- chamento da garganta Estridor laríngeo, edema de glote e supraglótico Broncospasmo Tosse, chiado, aperto re- trosternal, dispneia Tosse, chiado (brônquios), taquipneia, difi culdade respiratória, cianose 55PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Tratamento De especial preocupação para o cirurgião-dentista são os sinais e sintomas da alergia imediata, que variam de lesões cutâneas leves a angioedema, até a anafilaxia generalizada. A velocidade com que aparecem os sintomas de alergia e a velocidade em que eles progridem determinam o modo de tratamento da reação. O preparo, o pronto reconhecimento e o tratamento adequado e agressivo são partes essenciais para o sucesso no controle da reação anafilática. Tratamento da Reação Alérgica Cutânea de Início Rápido A adrenalina pode ser administrada a cada 5 a 20 minutos, conforme necessário, até um total de três doses. Se o acesso venoso estiver disponível, o cirurgião-dentista deve administrar 1 ml de 1:10.000 (0,1 mg) por via intravenosa lentamente, durante 3 a 5 minutos. O paciente deve ser observado em relação ao efeito terapêutico desejado ou ao desenvolvimento de complicações. Doses adicionais de 0,1 mg (1 ml) podem ser administradas dentro de um período de 15 a 30 minutos até a dose máxima de 5 ml. 56PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Reações de Sobredosagem dos Medicamentos Overdose: é uma condição que resulta da exposição a quantidades tóxicas de uma substância que não causaria efeitos adversos se utilizada na quantidade apropriada. Alergia: é uma resposta de hipersensibilidade a um alérgeno ao qual o indivíduo já foi previamente exposto e ao qual o indivíduo já produziu anticorpos. Fatores predisponentes Relacionados ao paciente Idade (abaixo de 6 e acima de 65 anos); Peso corporal (menor); Processos patológicos (doenças hepáticas, doença cardíaca congestiva); Genética; Atitude e ambiente (ansiedade diminui o limiar de convulsão); Gênero (risco de gravidez). Relacionado ao medicamento Dose (maior); Via de administração (IV); Vascularização do sítio de injeção (alta); Vasoconstritor presente (diminui o risco). Prevenção A técnica cuidadosa de injeção; Conhecimento da anatomia da área a ser anestesiada; O uso de uma seringa com aspiração; Agulhas de calibre não inferior a 27G; Aspiração em pelo menos dois planos antes da injeção; Administração lenta do anestésico local. 57PRODUTO ÚNICO - URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Manifestações Clínicas Níveis sanguíneos de mínimo a moderado Confuso, falante, apreensivo e excitado; Fala pode ficar arrastada; Gagueira generalizada; Espasmos musculares e tremores (face e extremidades); Nistagmo, aumento da PA, FC, FR; Cefaleia, vertigem e tontura; Distúrbios visuais e auditivos; Formigamento na língua e tecidos periorais; Calafrios, sonolência e desorientação; Perda da consciência eventualmente. Níveis sanguíneos moderados a altos Convulsões tônico-clônicas generalizadas, seguidas de: Depressão generalizada do Sistema Nervoso Central Depressão da pressão sanguínea, da FC e da FR Cefaleia, vertigem, tontura Visão turva, e sem foco Zumbido no ouvido Dormência na língua ou tecidos periorais Hiperemia e calafrios Sonolência Desorientação Perda da consciência MATERIAL COMPLEMENTAR BONS ESTUDOS!
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