Buscar

QUESTÕES PENAL E PROCESSO PENAL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

@QUESBRANDOQUESTOES 
 
 
 
#SIMULADO 02/2019 
 
- D. PENAL: 01 A 15 
- D. PROCESSUAL PENAL: 16 A 30 
 
 
 
Free Hand
Free Hand
Free Hand
Rectangle
Rectangle
Rectangle
FreeText
QUESTÕES 
DIREITO PENAL
E PROCESSO
FreeText
QUESTÕES PENAL E PROCESSO PENAL
 
 
Direito Penal 
01) Do princípio da individualização da pena 
decorre a exigência de que a dosimetria obedeça 
ao perfil do sentenciado, não havendo correlação 
do referido princípio com a atividade legislativa 
incriminadora, isto é, com a feitura de normas 
penais incriminadoras. 
02) De acordo com o entendimento do STF, a 
aplicação do princípio da insignificância 
pressupõe a constatação de certos vetores para 
se caracterizar a atipicidade material do delito. 
Tais vetores incluem o reduzidíssimo grau de 
reprovabilidade do comportamento. 
03) No direito penal, o princípio da 
fragmentariedade informa que o direito penal é 
autônomo e cuida das condutas tidas por ilícitas 
penalmente, sendo aplicável a lei penal 
independentemente da solução do problema por 
outros ramos do direito. 
04) Manoel praticou conduta tipificada como 
crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse 
tipo penal foi formalmente revogado, mas a 
conduta de Manoel foi inserida em outro tipo 
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo 
crime praticado, pois não ocorreu a abolitio 
criminis com a edição da nova lei. 
05) No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada 
a teoria da atividade quando se fala do tempo do 
crime, ou seja, o crime é considerado praticado 
no momento da ação ou da omissão. 
06) Para definir o lugar do crime, o Código Penal 
brasileiro adota o princípio da ubiquidade. 
07) Considere que tenha sido cometido um 
homicídio a bordo de um navio petroleiro de uma 
empresa privada hondurenha ancorado no porto 
de Recife – PE. Nessa situação hipotética, nada 
poderá fazer a autoridade policial brasileira: 
navios e aeronaves são extensões do território 
do país de origem, não estando sujeitos às leis 
brasileiras. 
08) A fim de garantir o sustento de sua família, 
Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para 
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto 
expunha os produtos para venda em determinada 
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi 
surpreendido por policiais, que apreenderam a 
mercadoria e o conduziram coercitivamente até a 
delegacia. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue 
o item subsequente. 
Se a conduta de Pedro não se consumar em 
razão de circunstâncias alheias à sua vontade, 
ele responderá pelo crime tentado, para o que 
está prevista a pena correspondente ao crime 
consumado diminuída de um a dois terços. 
09) Na tentativa de entrar em território brasileiro 
com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um 
traficante disparou um tiro contra agente policial 
federal que estava em missão em unidade 
fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes 
prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega 
ferido ao hospital da região. 
Nessa situação hipotética, se o policial ferido não 
falecer em decorrência do tiro disparado pelo 
traficante, estar-se-á diante de homicídio tentado, 
que, no caso, terá como elementos 
caracterizadores: a conduta dolosa do traficante; 
o ingresso do traficante nos atos preparatórios; e 
a impossibilidade de se chegar à consumação do 
crime por circunstâncias alheias à vontade do 
traficante. 
10) Em um clube social, Paula, maior e capaz, 
provocou e humilhou injustamente Carlos, 
também maior e capaz, na frente de amigos. 
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua 
residência e, sem o consentimento de seu pai, 
pegou um revólver pertencente à corporação 
policial de que seu pai faz parte. Voltando ao 
clube depois de quarenta minutos, armado com o 
revólver, sob a influência de emoção extrema e 
na frente dos amigos, Carlos fez disparos da 
arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no 
local antes mesmo de ser socorrida. 
 Acerca dessa situação hipotética, julgue o 
próximo item. 
Carlos agiu sob o pálio da legítima defesa 
putativa. 
11) Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o 
emprego de arma de fogo, elevada quantia de 
Rectangle
 
dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma 
agência bancária. Um policial que presenciou o 
ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, 
embora tenha tentado fugir, foi preso pelo 
policial após breve perseguição. Nessa situação, 
Severino responderá por tentativa de roubo, pois 
não teve a posse mansa e pacífica do valor 
roubado. 
12) Será considerada atípica, por inexistência de 
ofensa à fé pública nacional, a conduta do 
estrangeiro que, para tentar sair irregularmente 
do Brasil, apresentar à Polícia Federal passaporte 
falso expedido por outro país. 
13) A omissão involuntária de despesas de 
campanha eleitoral quando da prestação de 
contas afasta a eventual incidência do crime de 
falsidade ideológica. 
14) Claus, servidor público de uma secretaria de 
fazenda, estava sozinho em seu departamento de 
trabalho, ao final do expediente, quando um 
cidadão dirigiu-se até ele, insistindo em efetuar 
pagamento em dinheiro referente a dívida que 
Claus verificou ser inexistente junto àquela 
secretaria. Aproveitando-se do equívoco, Claus 
recebeu e apropriou-se do valor, sem alertar o 
devedor de que o pagamento deveria ser 
efetuado em outro órgão. 
A conduta de Claus o sujeita a responder por 
peculato mediante erro de outrem. 
15) Em relação a crime de peculato doloso, é 
correto afirmar que não engloba o peculato de 
uso, que é atípico no direito brasileiro. 
Direito Processual Penal 
16) Denúncia anônima sobre fato grave de 
necessária repressão imediata é suficiente para 
embasar, por si só, a instauração de inquérito 
policial para rápida formulação de pedido de 
quebra de sigilo e de interceptação telefônica. 
17) No âmbito do inquérito policial, cuja natureza 
é inquisitiva, não se faz necessária a aplicação 
plena do princípio do contraditório, conforme a 
jurisprudência dominante. 
18) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que 
sabia ser produto de crime, José passou a portá-
lo municiado, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal. O comportamento 
suspeito de José levou-o a ser abordado em 
operação policial de rotina. Sem a autorização de 
porte de arma de fogo, José foi conduzido à 
delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. 
Tendo como referência essa situação hipotética, 
julgue o item seguinte. 
O inquérito instaurado contra José é 
procedimento de natureza administrativa, cuja 
finalidade é obter informações a respeito da 
autoria e da materialidade do delito. 
19) Caso tome conhecimento da existência de 
novas provas, a autoridade policial poderá 
determinar o arquivamento do inquérito e 
proceder a novas diligências. 
20) Ocorrendo o arquivamento do inquérito por 
falta de fundamentos para a denúncia, a 
autoridade policial poderá dar continuidade à 
investigação se tiver notícia de outras provas. 
21) No curso de um processo criminal, antes do 
interrogatório, foi noticiada a morte do réu no 
momento da oitiva das testemunhas de defesa e 
de acusação. Nessa situação, para que seja 
declarada extinta a punibilidade, a morte do réu 
não poderá ser demonstrada com base apenas 
na prova testemunhal. 
22) Mesmo que o acusado confesse o crime, esse 
ato não suprirá a necessidade do laudo pericial 
para comprovar a materialidade do crime. 
23) Para que a perícia verifique a natureza e a 
eficiência de uma arma utilizada por um 
Rectangle
 
traficante, esta deverá ser apreendida por meio 
de mandado expedido por autoridade judiciária: a 
autoridade policial não poderá atuar de ofício 
para tal finalidade. 
24) Na falta de perito oficial para realizar perícia 
demandada em determinado IP, é suficiente que a 
autoridade policial nomeie, para tal
fim, uma 
pessoa idônea com nível superior completo, 
preferencialmente na área técnica relacionada 
com a natureza do exame. 
25) São ilícitas as provas obtidas com violação a 
normas constitucionais ou legais, bem como 
aquelas que derivem das ilícitas. 
26) Os agentes de polícia podem decidir, 
discricionariamente, acerca da conveniência ou 
não de efetivar a prisão em flagrante. 
27) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao 
juiz competente e em até 24 (vinte e quatro) horas 
após a realização da prisão, será encaminhado 
ao juiz competente o auto de prisão em flagrante. 
28) Lavrado o auto de prisão em flagrante por 
crime de estupro, a autoridade policial poderá 
conceder ao preso liberdade provisória mediante 
fiança. 
29) Cessará o estado de flagrância se recursar-se 
o acusado a assinar o auto de prisão. 
30) A falta de testemunhas da infração não 
impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, 
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo 
pelo menos duas pessoas que hajam 
testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
. 
 
GABARITO 
1 E 16 E 
2 C 17 C 
3 E 18 C 
4 C 19 E 
5 C 20 C 
6 C 21 C 
7 E 22 C 
8 C 23 E 
9 E 24 E 
10 E 25 C 
11 E 26 E 
12 E 27 C 
13 C 28 E 
14 C 29 E 
15 C 30 C 
 
 
Rectangle
 
Direito Penal 
01) Do princípio da individualização da pena 
decorre a exigência de que a dosimetria obedeça 
ao perfil do sentenciado, não havendo correlação 
do referido princípio com a atividade legislativa 
incriminadora, isto é, com a feitura de normas 
penais incriminadoras. 
Comentário: 
O princípio da individualização da pena possui três 
fases: 
A Legislativa: atua estabelecendo penas mínimas e 
máximas e a cominação de punições proporcionais à 
gravidade dos crimes. (Fase Abstrata) 
A Judicial: por meio da análise, pelo juiz, do caso 
concreto. (Fase Concreta) 
A Administrativa: é a fase da execução da pena. 
Gabarito: Errado. 
02) De acordo com o entendimento do STF, a 
aplicação do princípio da insignificância 
pressupõe a constatação de certos vetores para 
se caracterizar a atipicidade material do delito. 
Tais vetores incluem o reduzidíssimo grau de 
reprovabilidade do comportamento. 
Comentário: 
Requisitos Objetivos para aplicação do princípio 
de acordo com o STF: 
* Mínima Ofensividade da Conduta; 
* Ausência de periculosidade social da Ação; 
* Reduzido grau de reprovabilidade do 
comportamento; 
* Inexpressividade da lesão jurídica. 
Gabarito: Correto. 
03) No direito penal, o princípio da 
fragmentariedade informa que o direito penal é 
autônomo e cuida das condutas tidas por ilícitas 
penalmente, sendo aplicável a lei penal 
independentemente da solução do problema por 
outros ramos do direito. 
Comentário: 
O princípio da fragmentariedade informa que 
fatos ilícitos nem sempre serão considerados 
infração penal, apenas aqueles que afetam bens 
jurídicos extremamente relevantes. 
Gabarito: Errado. 
04) Manoel praticou conduta tipificada como 
crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse 
tipo penal foi formalmente revogado, mas a 
conduta de Manoel foi inserida em outro tipo 
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo 
crime praticado, pois não ocorreu a abolitio 
criminis com a edição da nova lei. 
Comentário: 
I. O princípio da continuidade normativa típica 
ocorre quando uma norma penal é revogada, mas 
a mesma conduta continua sendo crime no tipo 
penal revogador, ou seja, a infração penal 
continua tipificada em outro dispositivo, ainda 
que topologicamente ou normativamente diverso 
do originário. 
II. Não houve abolitio criminis da conduta 
prevista no art. 214 c/co art. 224 do Código Penal. 
O art. 224 do Estatuto Repressor foi revogado 
para dar lugar a um novo tipo penal tipificado 
como estupro de vulnerável. 
(STJ - HC: 204416 SP 2011/0087921-8, Relator: 
Ministro GILSON DIPP, Data de Julgamento: 
17/05/2012, T5 - QUINTA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 24/05/2012) 
Gabarito: Correto. 
05) No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada 
a teoria da atividade quando se fala do tempo do 
crime, ou seja, o crime é considerado praticado 
no momento da ação ou da omissão. 
Comentário: 
CP 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o momento do resultado. 
Gabarito: Correto. 
 
Rectangle
 
06) Para definir o lugar do crime, o Código Penal 
brasileiro adota o princípio da ubiquidade. 
Comentário: 
CP 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em 
parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. 
Gabarito: Correto. 
07) Considere que tenha sido cometido um 
homicídio a bordo de um navio petroleiro de uma 
empresa privada hondurenha ancorado no porto 
de Recife – PE. Nessa situação hipotética, nada 
poderá fazer a autoridade policial brasileira: 
navios e aeronaves são extensões do território 
do país de origem, não estando sujeitos às leis 
brasileiras. 
Comentário: 
CP 
Art. 5º § 2º - É também aplicável a lei brasileira 
aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no 
território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
Gabarito: Errado. 
08) A fim de garantir o sustento de sua família, 
Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para 
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto 
expunha os produtos para venda em determinada 
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi 
surpreendido por policiais, que apreenderam a 
mercadoria e o conduziram coercitivamente até a 
delegacia. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue 
o item subsequente. 
Se a conduta de Pedro não se consumar em 
razão de circunstâncias alheias à sua vontade, 
ele responderá pelo crime tentado, para o que 
está prevista a pena correspondente ao crime 
consumado diminuída de um a dois terços. 
Comentário: 
CP 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao 
crime consumado, diminuída de um a dois 
terços. 
Gabarito: Correto. 
09) Na tentativa de entrar em território brasileiro 
com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um 
traficante disparou um tiro contra agente policial 
federal que estava em missão em unidade 
fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes 
prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega 
ferido ao hospital da região. 
Nessa situação hipotética, 
se o policial ferido não falecer em decorrência do 
tiro disparado pelo traficante, estar-se-á diante de 
homicídio tentado, que, no caso, terá como 
elementos caracterizadores: a conduta dolosa do 
traficante; o ingresso do traficante nos atos 
preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à 
consumação do crime por circunstâncias alheias 
à vontade do traficante. 
Comentário: 
CP 
O homicídio tentado terá como elementos 
caracterizadores: a conduta dolosa do traficante; o 
ingresso do traficante nos atos executórios; e a 
impossibilidade de se chegar à consumação do 
crime por circunstâncias alheias à vontade do 
traficante. 
Gabarito: Errado. 
 
10) Em um clube social, Paula, maior e capaz, 
provocou e humilhou injustamente Carlos, 
também maior e capaz, na frente de amigos. 
Rectangle
 
Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua 
residência e, sem o consentimento de seu pai, 
pegou um revólver pertencente à corporação 
policial de que seu pai faz parte. Voltando ao 
clube depois de quarenta minutos, armado com o 
revólver, sob a influência de emoção extrema e 
na frente dos amigos, Carlos fez disparos da 
arma contra
a cabeça de Paula, que faleceu no 
local antes mesmo de ser socorrida. 
 Acerca dessa situação hipotética, julgue o 
próximo item. 
Carlos agiu sob o pálio da legítima defesa 
putativa. 
Comentário: 
Legitima defesa putativa trata-se da reação 
promovida contra agressão imaginária, que, 
pelas circunstâncias fáticas, autorizam supor a 
hipótese de erro justificável. Constitui 
descriminante putativa. Para o Código Penal, cuida-
se de erro de tipo (art. 20, § 1.º), porém, a maior 
parte da doutrina a considera erro de proibição 
indireto (art. 21), pois o agente atua com dolo, 
mesmo quando imagina defender-se da agressão 
fictícia. (Nucci) 
Gabarito: Errado. 
11) Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o 
emprego de arma de fogo, elevada quantia de 
dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma 
agência bancária. Um policial que presenciou o 
ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, 
embora tenha tentado fugir, foi preso pelo 
policial após breve perseguição. Nessa situação, 
Severino responderá por tentativa de roubo, pois 
não teve a posse mansa e pacífica do valor 
roubado. 
Comentário: 
Súmula 582 do STJ 
Consuma-se o crime de roubo com a inversão da 
posse do bem mediante emprego de violência ou 
grave ameaça, ainda que por breve tempo e em 
seguida à perseguição imediata ao agente e 
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível 
a posse mansa e pacífica ou desvigiada. 
Gabarito: Errado. 
12) Será considerada atípica, por inexistência de 
ofensa à fé pública nacional, a conduta do 
estrangeiro que, para tentar sair irregularmente 
do Brasil, apresentar à Polícia Federal passaporte 
falso expedido por outro país. 
Comentário: 
1. É típica a conduta de uso de documento 
falso, consistente em passaporte expedido pela 
República do Uruguai, apresentado à Polícia 
Federal por ocasião de abordagem realizada em 
aeroporto, mediante tentativa de saída irregular 
do país e burla ao controle aeroportuário de 
fronteiras. 
2. O art. 297 do Código Penal não distingue 
procedência do documento, se emitido por 
autoridade nacional ou estrangeira. 
(AREsp 1109338 SP) 
Gabarito: Errado. 
13) A omissão involuntária de despesas de 
campanha eleitoral quando da prestação de 
contas afasta a eventual incidência do crime de 
falsidade ideológica. 
Comentário: 
Falsidade ideológica 
 Art. 299 - Omitir, em documento público ou 
particular, declaração que dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da 
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre 
fato juridicamente relevante: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, 
se o documento é público, e reclusão de um a três 
anos, e multa, se o documento é particular. 
Gabarito: Correto. 
 
14) Claus, servidor público de uma secretaria de 
fazenda, estava sozinho em seu departamento de 
trabalho, ao final do expediente, quando um 
cidadão dirigiu-se até ele, insistindo em efetuar 
pagamento em dinheiro referente a dívida que 
Claus verificou ser inexistente junto àquela 
secretaria. Aproveitando-se do equívoco, Claus 
Rectangle
 
recebeu e apropriou-se do valor, sem alertar o 
devedor de que o pagamento deveria ser 
efetuado em outro órgão. 
A conduta de Claus o sujeita a responder por 
peculato mediante erro de outrem. 
Comentário: 
Peculato mediante erro de outrem 
 Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, 
recebeu por erro de outrem: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Gabarito: Correto. 
15) Em relação a crime de peculato doloso, é 
correto afirmar que não engloba o peculato de 
uso, que é atípico no direito brasileiro. 
Comentário: 
Questão Polêmica, pessoal!! ESSA É DA BANCA 
CESPE!!! 
Existem muitas controvérsias em relação ao assunto. 
Realmente, o peculato no CPP/41, não engloba o 
peculato de uso, porém, existe uma divergência em 
ele ser ou não ser atípico. 
A doutrina majoritária o considera sendo um fato 
atípico, entretanto o Art. 1º do Decreto-Lei 201/67 
no seu inciso II estabelece que não é um fato 
atípico, pois prevê a tipicidade do peculato de uso 
praticado pelo chefe executivo municipal. 
O posicionamento da BANCA CESPE foi que o 
peculato de uso é atípico no direito brasileiro. 
Gabarito: Correto. 
 
Rectangle
 
Direito Processual Penal 
16) Denúncia anônima sobre fato grave de 
necessária repressão imediata é suficiente para 
embasar, por si só, a instauração de inquérito 
policial para rápida formulação de pedido de 
quebra de sigilo e de interceptação telefônica. 
Comentário: 
4. A jurisprudência desta Corte tem prestigiado a 
utilização de notícia anônima como elemento 
desencadeador de procedimentos preliminares 
de averiguação, repelindo-a, contudo, como 
fundamento propulsor à imediata instauração de 
inquérito policial ou à autorização de medida de 
interceptação telefônica. 
5. Com efeito, uma forma de ponderar e tornar 
harmônicos valores constitucionais de tamanha 
envergadura, a saber, a proteção contra o 
anonimato e a supremacia do interesse e 
segurança pública, é admitir a denúncia anônima 
em tema de persecução penal, desde que com 
reservas, ou seja, tomadas medidas efetivas e 
prévias pelos órgãos de investigação no sentido 
de se colherem elementos e informações que 
confirmem a plausibilidade das acusações. 
STJ. 6ª Turma. HC 204.778/SP, Rel. Min. Og 
Fernandes, julgado em 04/10/2012. 
Gabarito: Errado. 
17) No âmbito do inquérito policial, cuja natureza 
é inquisitiva, não se faz necessária a aplicação 
plena do princípio do contraditório, conforme a 
jurisprudência dominante. 
Comentário: 
 “[O inquérito policial] É um procedimento 
preparatório da ação penal, de caráter 
administrativo, conduzido pela polícia judiciária e 
voltado à colheita preliminar de provas para apurar a 
prática de uma infração penal e sua autoria.” (Nucci). 
Uma das características do IP é sua natureza 
inquisitiva. 
Gabarito: Correto. 
 
18) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que 
sabia ser produto de crime, José passou a portá-
lo municiado, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal. O comportamento 
suspeito de José levou-o a ser abordado em 
operação policial de rotina. Sem a autorização de 
porte de arma de fogo, José foi conduzido à 
delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. 
Tendo como referência essa situação hipotética, 
julgue o item seguinte. 
O inquérito instaurado contra José é 
procedimento de natureza administrativa, cuja 
finalidade é obter informações a respeito da 
autoria e da materialidade do delito. 
Comentário: 
 “[O inquérito policial] É um procedimento 
preparatório da ação penal, de caráter 
administrativo, conduzido pela polícia judiciária e 
voltado à colheita preliminar de provas para 
apurar a prática de uma infração penal e sua 
autoria.” (Nucci). 
Gabarito: Correto. 
19) Caso tome conhecimento da existência de 
novas provas, a autoridade policial poderá 
determinar o arquivamento do inquérito e 
proceder a novas diligências. 
Comentário: 
CPP, Art. 17. A autoridade policial não poderá 
mandar arquivar autos de inquérito. 
Gabarito: Errado. 
20) Ocorrendo o arquivamento do inquérito por 
falta de fundamentos para a denúncia, a 
autoridade policial poderá dar continuidade à 
investigação se tiver notícia de outras provas. 
Comentário: 
CPP, Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento 
do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de 
base para a denúncia, a autoridade policial poderá 
proceder a novas pesquisas, se de outras provas 
tiver notícia. 
Gabarito: Correto. 
Rectangle
 
21) No curso de um processo criminal, antes do 
interrogatório, foi noticiada a morte do réu no 
momento da oitiva das testemunhas de defesa e 
de acusação. Nessa situação, para que
seja 
declarada extinta a punibilidade, a morte do réu 
não poderá ser demonstrada com base apenas 
na prova testemunhal. 
Comentário: 
CPP, Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz 
somente à vista da certidão de óbito, e depois de 
ouvido o Ministério Público, declarará extinta a 
punibilidade. 
Gabarito: Correto. 
22) Mesmo que o acusado confesse o crime, esse 
ato não suprirá a necessidade do laudo pericial 
para comprovar a materialidade do crime. 
Comentário: 
CPP, Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, 
será indispensável o exame de corpo de delito, direto 
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado. 
Gabarito: Correto. 
23) Para que a perícia verifique a natureza e a 
eficiência de uma arma utilizada por um 
traficante, esta deverá ser apreendida por meio 
de mandado expedido por autoridade judiciária: a 
autoridade policial não poderá atuar de ofício 
para tal finalidade. 
Comentário: 
CPP, Art. 6º, CPP. Logo que tiver conhecimento da 
prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá: 
 I - dirigir-se ao local, providenciando para que 
não se alterem o estado e conservação das coisas, 
até a chegada dos peritos criminais; 
 II - apreender os objetos que tiverem relação 
com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
 III - colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
 IV - ouvir o ofendido; 
 V - ouvir o indiciado, com observância, no que 
for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, 
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado 
por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a 
leitura; 
 VI - proceder a reconhecimento de pessoas e 
coisas e a acareações; 
 VII - determinar, se for caso, que se proceda a 
exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias; 
 VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo 
processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar 
aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o 
ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo 
antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer 
outros elementos que contribuírem para a apreciação 
do seu temperamento e caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, 
respectivas idades e se possuem alguma deficiência 
e o nome e o contato de eventual responsável pelos 
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
Gabarito: Errado. 
24) Na falta de perito oficial para realizar perícia 
demandada em determinado IP, é suficiente que a 
autoridade policial nomeie, para tal fim, uma 
pessoa idônea com nível superior completo, 
preferencialmente na área técnica relacionada 
com a natureza do exame. 
Comentário: 
CPP, Art. 159. O exame de corpo de delito e outras 
perícias serão realizados por perito oficial, portador 
de diploma de curso superior. 
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será 
realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior 
preferencialmente na área específica, dentre as que 
tiverem habilitação técnica relacionada com a 
natureza do exame. 
Gabarito: Errado. 
Rectangle
 
25) São ilícitas as provas obtidas com violação a 
normas constitucionais ou legais, bem como 
aquelas que derivem das ilícitas. 
Comentário: 
CPP, Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser 
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, 
assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. 
§ 1º São também inadmissíveis as provas 
derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e 
outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas 
por uma fonte independente das primeiras. 
Gabarito: Correto. 
26) Os agentes de polícia podem decidir, 
discricionariamente, acerca da conveniência ou 
não de efetivar a prisão em flagrante. 
Comentário: 
CPP, Art. 301. Qualquer do povo poderá e as 
autoridades policiais e seus agentes deverão 
prender quem quer que seja encontrado em flagrante 
delito. 
Gabarito: Errado. 
27) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao 
juiz competente e em até 24 (vinte e quatro) horas 
após a realização da prisão, será encaminhado 
ao juiz competente o auto de prisão em flagrante. 
Comentário: 
CPP, Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o 
local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério 
Público e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada. 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a 
realização da prisão, será encaminhado ao juiz 
competente o auto de prisão em flagrante e, caso 
o autuado não informe o nome de seu advogado, 
cópia integral para a Defensoria Pública. 
Gabarito: Correto. 
 
28) Lavrado o auto de prisão em flagrante por 
crime de estupro, a autoridade policial poderá 
conceder ao preso liberdade provisória mediante 
fiança. 
Comentário: 
CPP, Art. 322. A autoridade policial somente 
poderá conceder fiança nos casos de infração cuja 
pena privativa de liberdade máxima não seja 
superior a 4 (quatro) anos. 
Gabarito: Errado. 
29) Cessará o estado de flagrância se recursar-se 
o acusado a assinar o auto de prisão. 
Comentário: 
CPP, Art. 304. § 3º Quando o acusado se recusar a 
assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de 
prisão em flagrante será assinado por duas 
testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na 
presença deste. 
Gabarito: Errado. 
30) A falta de testemunhas da infração não 
impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, 
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo 
pelo menos duas pessoas que hajam 
testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
Comentário: 
CPP, Art. 304. § 2º A falta de testemunhas da 
infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, 
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que 
hajam testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
Gabarito: Correto. 
Rectangle

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando