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Desenvolvimento (RN ao Adolescente)

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DESENVOLVIMENTO
Criança e Adolescente. Teorias. Fases. Marcos.
Cognitivo, Emocional e Social
:
Lorena Lima, M7
pré-natal (da concepção ao
nascimento);
primeira infância (do nascimento
aos 3 anos de idade);
segunda infância (de 3 a 6 anos);
terceira infância (de 6 a 11 anos);
adolescência (de 11 a 18 anos);
 Desenvolvimento — é uma alteração
e expansão gradual; avanço a partir
dos estágios menos para os mais
avançados de complexidade; o
surgimento e a expansão das
capacidades do indivíduo por meio do
crescimento, amadurecimento e
aprendizado.
 Papalia, Olds e Feldman (2006)
descrevem as fases da infância e
adolescência da seguinte forma:
 Um marco do desenvolvimento é um
conjunto de habilidades e de
competências específicas a cada
estágio do desenvolvimento que as
crianças precisam alcançar ou
dominar para desempenharem
funções de modo efetivo dentro de seu
ambiente.
 A personalidade e as habilidades
cognitivas desenvolvem-se em grande
parte como o crescimento biológico —
novas aquisições somam-se a
habilidades previamente dominadas.
Muitos aspectos dependem do
crescimento e do amadurecimento
físicos.¹
PRINCIPAIS TEORIAS
Desenvolvimento Psicossexual
(Freud)
 De acordo com Freud, todo
comportamento humano é energizado
por forças psicodinâmicas, e essa
energia psíquica é dividida entre três
componentes da personalidade: o id, o
ego e o superego.¹
Estágio Oral (até 1 ano)-
Durante a lactância, a principal
fonte de procura de prazer está
nas atividades orais, como
succionar, morder, mastigar e
vocalizar.
Estágio anal (1 a 3 anos)- O
interesse durante o segundo ano
de vida se concentra na região
anal à medida que os músculos do
esfíncter se desenvolvem e as
crianças são capazes de segurar
ou expelir material fecal quando
querem.
Estágio fálico (3 a 6 anos)-
Durante o estágio fálico, a
genitália torna-se uma área
interessante e sensível do corpo.
As crianças reconhecem
diferenças entre os sexos e
tornam-se curiosas sobre essas
diferenças. 
 O id é a mente inconsciente, é inato,
instinto. O id obedece ao prazer de
satisfazer as necessidades
imediatamente. O ego é a mente
consciente, serve ao princípio da
realidade. Funciona como o eu
consciente, capaz de controlar o
pensamento irracional do id e
encontrar meios reais de satisfazer
seus instintos. Já o superego, é a
consciência, funciona como o árbitro
moral e representa o ideal. É o
mecanismo que impede que indivíduos
expressem instintos indesejáveis que
poderiam ameaçar a ordem social.
 Freud considera os instintos sexuais
importante no desenvolvimento da
personalidade, assim ele usa o termo
psicossexual para descrever qualquer
desejo sexual, que se faz presente
desde a infância, mas com
determinadas regiões em cada fase do
desenvolvimento:
:
Lorena Lima, M7
 Freud comparou o desenvolvimento
psicossexual a um exército que avança
deixando em cada fase algumas
tropas. Todavia para que esse exército
não se enfraqueça é fundamental que
esse número não seja elevado (fixação
num estágio). Sempre que prazer for
frustrado ou exagerado, numa
determinada fase. pode ocorrer a
fixação. Por outro lado, como foi dito,
forma como cada fase foi vivenciada é
determinante no comportamento
futuro do individuo.¹
Período de latência (6 a 12
anos)-Durante esse período, as
crianças elaboram sobre traços e
habilidades previamente
adquiridos. A energia física e a
energia psíquica são canalizadas
para a aquisição de conhecimento
e brincadeira vigorosa.
Estágio genital (12 ou mais anos
de vida)- O último estágio
importante tem início na
puberdade com o
amadurecimento do sistema
reprodutivo e a produção de
hormônios sexuais. Os órgãos
genitais tornam-se a principal
fonte de tensões e prazeres
sexuais, porém as energias
também são investidas na
formação de amizades e no
preparo para o casamento.
 É o período em torno do qual questões
controversas do complexo de Édipo e
do complexo de Electra, inveja do pênis
e ansiedade de castração, se
concentram.
Desenvolvimento Psicossocial
(Erikson)
 É a teoria mais amplamente aceita e
a proferida. Embora construída sobre a
teoria de Freud, é conhecida como
desenvolvimento psicossocial e
enfatiza a personalidade saudável em
oposição a uma abordagem
patológica.¹
 
:
Lorena Lima, M7
Iniciativa versus culpa (3 a 6
anos): Corresponde ao estagio
fálico de Freud, aqui a criança
explora o mundo com todos os
seus poderes (imaginação) e
desenvolvem uma consciência,
uma voz interna que as repreende
e guia. Podem realizar atividade
conflitantes com as dos genitores
e isso as faz sentir com que suas
atividades são ruins e surge a
sensação de culpa. Mas as
crianças devem ser encorajadas a
ter iniciativa sem adentrar o direito
do outro. Os frutos são a
determinação e direcionamento.
Engenhosidade versus
inferioridade (6 a 12 anos):
Corresponde ao período de
latência, aqui as crianças querem
se engajar em tarefas e atividades
que possam realizar até o fim;
precisam e querem realizações
verdadeiras. Aprendem a competir
e cooperar com outras pessoas e
aprendem as regras. Sentimentos
de inadequação e inferioridade
podem se desenvolver se for
esperado muito das crianças ou se
elas acreditarem que não
conseguem alcançar os padrões
estabelecidos.
Identidade versus confusão de
papéis (12 a 18 anos de vida):
Corresponde ao período genital, há
muitas mudanças físicas que
geram insegurança da criança em
relação a si própria e como os
outros a veem. Os adolescente
lutam para se enquadrar na
sociedade, aos modismos e ao que
querem ser.¹
Confiança versus desconfiança
(até 1 ano de vida): A confiança é
o atributo essencial para o início do
desenvolvimento da
personalidade, que irá existir em
relação ao cuidadores
principalmente. Assim, os cuidados
à criança são fundamentais, caso
as necessidades do menor não
sejam adequados surge a
desconfiança. O bom
desenvolvimento dessa fase leva a
fé e otimismo, a capacidade de
confiar em si mesmo e nos outros.
Autonomia versus vergonha e
dúvida (1 a 3 anos): Corresponde
a fase anal de Freud, e está
relacionado a crescente
capacidade da criança em
controlar seu corpo e o ambiente.
Demonstram capacidade de
tomar decisões, fazer coisas por si
só, caminhar, escalar, manipular,
aprendem de imitar os outros.
Quando são desencorajadas ou
impedidas de agir sozinhas, surge a
dúvida, ou vergonha por serem
dependentes dos outros em áreas
que já são capazes. O fruto do
desenvolvimento da autonomia é a 
força e o autocontrole.
 Cada estágio psicossocial tem dois
componentes — os aspectos
favoráveis e os aspectos
desfavoráveis do conflito central —, e
o progresso até o estágio seguinte
depende da resolução desse conflito. 
 Nenhum conflito central é
completamente dominado, e sim
permanece um problema recorrente
por toda a vida. Nenhuma situação na
vida é completamente segura. Cada
situação nova apresenta um conflito
em uma nova forma.
 A abordagem de Erikson em relação
ao desenvolvimento da personalidade
por toda a vida consiste em oito
estágios; no entanto, apenas os cinco
primeiros relacionados com a infância:
:
Lorena Lima, M7
O raciocínio também é transdutivo
— como dois eventos ocorrem
juntos, um causa o outro, ou o
conhecimento de uma
característica é transferido para
um outra (p.ex., toda mulher com
barriga grande tem bebê).
Operações concretas (7 a 11
anos): Nesta idade, o pensamento
torna-se cada vez mais lógico e
coerente.. Elas desenvolvem um
novo conceito de permanência —
conservação, ou seja, elas se dão
conta de que fatores físicos (como
volume, peso e número)
permanecem os mesmos embora
os aspectos externos tenham
mudado. Não têm a capacidade de
lidar com abstração, solucionam
problemas de maneira sistemática
e concreta com base no que
conseguem perceber. O raciocínio
é indutivo. As crianças
conseguem considerar pontos de
vista diferentes dos delas. O
raciocínio torna-se socializado.
Operações formais (11 a 15
anos): O pensamento operacional
formal caracteriza-se por
adaptabilidade e flexibilidade. Os
adolescentes podem pensar em
termos abstratos, usar símbolos
abstratos e estabelecer conclusõeslógicas a partir de um conjunto de
observações.Embora possam
confundir o ideal com o praticável,
conseguem lidar com a maioria
das contradições no mundo e
resolvê-las.¹
Sensório-motor (até 2 anos): As
crianças evoluem desde
comportamentos repetitivos
simples até comportamento
imitativo. A resolução de
problemas é primariamente por
tentativa e erro. Tornam-se
conscientes de que os objetos têm
permanência — que um objeto
existe embora não esteja mais
visível. Perto do fim do período
sensório-motor, as crianças
começam a usar a linguagem e o
pensamento representacional.
Pré-operacional (2 a 7 anos): A
característica predominante é o
egocentrismo, que, nesse sentido,
não significa presunção, e sim a
incapacidade de se colocar no
lugar de outra pessoa. O raciocínio
pré-operacional é concreto e
tangível. As crianças não
conseguem arrazoar além do
observável e não possuem a
habilidade de deduzir ou
generalizar. No estágio tardio
desse período, seu arrazoamento é
intuitivo (p.ex., as estrelas têm de ir
para a cama assim como elas vão).
Desenvolvimento Cognitivo (Piaget)
 Com o desenvolvimento cognitivo, as
crianças adquirem a habilidade de
raciocinar de modo abstrato, pensar
de maneira lógica e organizar funções
ou desempenhos intelectuais
alcançando estruturas de ordem cada
vez mais elevadas. A linguagem, os
conceitos morais e o desenvolvimento
espiritual emergem à medida que as
habilidades cognitivas avançam.
 Jean Piaget (1969), um psicólogo
suíço, desenvolveu uma teoria de
estágios para a melhor compreensão
do modo pelo qual uma criança pensa.
De acordo com Piaget, a inteligência
possibilita aos indivíduos fazerem
adaptações ao ambiente de modo a
aumentar a probabilidade de
sobrevivência.¹
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150478/epub/OEBPS/Text/B9788535288674000036.xhtml?favre=brett#bib0140
:
Lorena Lima, M7
 A maturação neurológica explica a
consolidação do sono em blocos de 5
ou 6 h, com breves períodos de vigília
para a alimentação. No cognitivo, os
lactentes se habituam ao que é
conhecido, respondendo menos a
estímulos repetidos e aumentando a
sua atenção a novos estímulos.
 O período pré-natal e o primeiro ano
de vida fornecem uma plataforma
para crescimento e desenvolvimento
notáveis, definindo a trajetória de vida
de uma criança. A plasticidade neural,
a capacidade do cérebro ser moldado
pelas experiências, tanto positivas
como negativas, está em seu pico.
 O volume cerebral total duplica no
primeiro ano de vida e aumenta mais
15% durante o segundo ano. A
mielinização do córtex começa entre o
sétimo e oitavo mês da gestação e
continua até a adolescência e
juventude. Ocorre da região posterior
para a anterior, viabilizando a
maturação progressiva das vias
sensoriais, motoras e finalmente das
vias associativas.
 Todos os parâmetros de crescimento
devem ser traçados, utilizando as
tabelas da Organização Mundial da
Saúde, que mostram como as crianças
desde o nascimento até 72 meses de
vida “devem” crescer em
circunstâncias ideais (utilizados na
caderneta da criança na parte de
desenvolvimento).
 O crescimento e desenvolvimento
seguem tendências que se prologam
da vida intrauterina para fora, tendo
direções ou gradientes regulares que
refletem o amadurecimento das
funções neuromusculares. A primeira
tendência é cefalocaudal, em que os
bebês alcançam o controle da cabeça
antes do tronco e membros, usam os
olhos antes das mãos, depois as mãos
antes dos pés, similar ao que ocorre
intrauterino em que a região cefálica
se desenvolve primeiro que os brotos
dos membros. A segunda é
proximaldistal, da linha média para as
periferias, já que em lactentes o
controle do ombro precede o domínio
das mãos e por último dos dedos. O
SNC se desenvolve mais rapidamente
que o periférico.
FASES DO DESENVOLVIMENTO
0- 2 MESES
 No lactente nascido a termo, a
mielinização está presente no tronco
cerebral dorsal, a substância branca
cerebelar adquire mielina por volta do
primeiro mês de vida e está bem
mielinizada aos 3 meses de idade. 
 No desenvolvimento motor, os
braços ficam pendentes ao lado do
corpo, o movimentos dos membros
consistem basicamente em
contrações descontroladas, com
abertura e fechamento das mãos
aparentemente sem propósito. O
sorriso ocorre involuntariamente. O
olhar, os giros da cabeça e a sucção
são mais bem controlados
 Sendo esse desenvolvimento bilaterial
e simétrico, cada lado desenvolve igual
ao outro. A terceira tendência é a
diferenciação, em que o
desenvolvimento sai de padrões gerais
e amplos para operações mais
elaboradas e refinadas. Todas as
áreas de desenvolvimento (física,
cognitiva, social e emocional)
procedem nessa direção.
:
Lorena Lima, M7
 Aos 4 meses de idade, os lactentes
estão cada vez mais interessados no
mundo, durante a amamentação não
se concentram apenas na mãe. Ao
explorarem seu corpo, balbuciarem,
tocarem, perceberam o que já são
capazes de fazer sozinho sinaliza o
início do desenvolvimento da
personalidade. Também
emocionalmente esses bebês
interagem de forma mais sofisticada,
as expressões faciais agora estão
dentro de contextos e não como
reflexos. Eles sabem interagir frente a
frente com adulto, demonstrar
emocionais, é o desenvolvimento da
comunicação.²
2 - 6 MESES
Resposta ativa ao contato social. •
Segura objetos. 
Emite sons. 
De bruços, levanta a cabeça,
apoiando-se nos antebraços.³
Busca ativa de objetos.
Leva objetos a boca. 
Localiza o som. 
Muda de posição ativamente
(rola).³
 Essa fase é marcada pelo
desaparecimento dos reflexos
primitivos que antes limitavam o
movimento da criança, agora ela
realiza os movimentos
conscientemente. A redução do reflexo
da garra inicial possibilita que o bebê
segure e solte objetos
voluntariamente. O aumento do
controle de flexão do tronco possibilita
o rolamento intencional. Como podem
manter a cabeça firme enquanto
sentadas, o lactentes podem olhar
através dos objetos em vez de apenas
olhar para esses, abrindo uma nova
gama visual. Podem começar a se
alimentar com uma colher. Ao mesmo
tempo, a maturação do sistema visual
possibilita uma percepção maior da
profundidade.²
 De 2 a 4 meses: 
De 4 a 6 meses: 
Moro
Preensão plantar e palmar
Babinski
Tônico assimétrico
Sucção
Marcha
Vocalização
Esperneio alternadamente
Sorriso social
Abre as mãos.³
 A mielinização das vias sensoriais e
motoras, antes do nascimento na
medula espinhal e após o
nascimento no córtex cerebral,
talvez explique o aparecimento e o
desaparecimento dos reflexos
primitivos, um sinal de organização
neurológica e de saúde. O
desaparecimento, em determinado
momento, de reflexos desnecessários
é sinal de que as vias motoras no
córtex foram parcialmente
mielinizadas, permitindo a passagem
para o comportamento voluntário.²
 Para crianças menores de 1 mês
todos os reflexos primitivos se fazem
presentes:
 De 1 mês a 2 meses espera-se que a
criança tenha:
:
Lorena Lima, M7
12 - 18 MESES
Brinca de esconde-achou.
Transfere objetos de uma mão
para outra. 
Duplica sílabas. 
Senta-se sem apoio.
Imita gestos. 
Faz pinça. 
Produz “jargão”. 
Anda com apoio.³
 Com a conquista da posição sentada,
as crianças de 6 a 12 meses de idade
adquirem maior mobilidade e novas
habilidades para explorar o mundo a
seu redor, e demonstram avanços na
compreensão e comunicação
cognitiva, com novas tensões ao redor
de temas como apego e separação.²
De 6 a 9 meses: 
De 9 a 12 meses: 
 A complexidade da brincadeira de um
bebê, quantos esquemas diferentes
são exercidos, é um indicador útil do
desenvolvimento cognitivo nessa
idade. O prazer, a persistência e a
energia investida sugere que há um
pulso intrínseco para o domínio de
habilidade, que a cada conquista gera
naquela criança mais confiança. Aos 9
meses eles aprendem a permanência
do objeto, que mesmo que "escondido"
atrás do examinador, eles irão
continuar a busca.²
 Emocionalmente, essas podem sentir
ansiedade por pessoas estranhas que
se aproximam, a separação dos pais
também causa desconforto. A birra
também pode aparecer pelo desejo de
autonomia da criança em contraste ao
domíniodos pais.
 A comunicação não verbal vem desde
os 7 meses, aos 9 eles entendem que
as emoções podem ser
compartilhadas, surgem as palavras
balbuciadas multissilábicas (“ba-da-
ma”).²
6 - 12 MESES
Mostra o que quer. 
Coloca blocos na caneca. 
Diz uma palavra. 
Anda sem apoio.
Usa colher ou garfo para se
alimentar. 
Constrói torres de dois cubos.
Fala três palavras. 
Anda para trás.³
 A recente descoberta da atividade de
caminhar pela criança pequena
permite sua separação e
independência. Com 18 meses, a
emergência do pensamento simbólico
e da linguagem causa uma
reorganização do comportamento,
com implicações em muitos domínios
do desenvolvimento.²
De 12 a 15 meses: 
De 15 a 18 meses: 
O aprendizado segue os preceitos do
estágio sensório-motor de Piaget. Os
objetos que são usados como
brinquedo também apresentam maior
probabilidade de serem usados para
os seus propósitos apropriados (pentes
para o cabelo, copos para beber). O
jogo de faz de conta (simbólico)
centraliza-se no próprio corpo da
criança (fingir que está bebendo em
um copo vazio).²
 Emocionalmente, próximo ao marco
de desenvolvimento da marcha inicial,
os bebês podem estar mais irritados.
Assim que começam a andar o humor
muda, eles se tornam "excitados" pela
nova habilidade. Usando os pais como
referencial ele se afasta e volta
orgulhoso de suas conquistas, o bebê
ilustra o estágio de autonomia e
separação de Erickson. Todas as
crianças experimentarão um tipo de
pirraça, refletindo sua incapacidade
em esperar pela gratificação.
 A linguagem se torna polissilábica,
com 12 anos já respondem
apropriadamente o sim e não, com 15
meses usa 4 a 6 palavra
espontaneamente. ²
:
Lorena Lima, M7
2 - 5 ANOS (PRÉ-ESCOLAR)
Tira roupa. 
Constrói torre de três cubos. 
Aponta duas figuras. 
Chuta a bola³
 Na faixa de 18 a 24 meses, vamos
observar os seguintes
comportamentos:
Com aproximadamente 18 meses de
idade, várias alterações cognitivas
coalescem, marcando a conclusão do
período sensório-motor. A
permanência do objeto está
firmemente estabelecida; as crianças
pequenas antecipam aonde um objeto
chegará, mesmo quando o objeto não
estava visível ao ser movido.
 Esse estágio, frequentemente descrito
como “restabelecimento de laços”,
pode ser uma reação à crescente
percepção da possibilidade de uma
separação.A ansiedade de separação
se manifestará no momento de
dormir. Muitas crianças usam um
cobertor ou um brinquedo de pelúcia
como um objeto de transição, que
funciona como a presença simbólica
da mãe/pai ausentes.
 Após a percepção de que as palavras
podem dar significado a coisas, o
vocabulário de uma criança salta de
10 a 15 palavras aos 18 meses para
entre 50 e 100 aos 2 anos.Nesse
estágio, as crianças pequenas
compreendem ordens em duas etapas,
como “Me dê a bola e depois pegue os
seus sapatos.” A linguagem também
proporciona à criança pequena um
sentido de controle de seu ambiente
como em “boa noite” ou “tchau”. ²
18 - 24 MESES
 Em fase pré-escolar, as crianças
exploram a separação emocional,
alternando entre a teimosia da
oposição e a alegria da colaboração,
entre a exploração ousada e a
dependência. Incentivadas por suas
cada vez maiores e novas habilidades
e realizações, crianças em fase pré-
escolar também estão cada vez mais
conscientes das limitações que lhes
são impostas pelo mundo adulto e de
suas próprias habilidades limitadas.
 O cérebro em fase pré-escolar passa
por mudanças drásticas na sua
anatômicas e em sua fisiologia, a
região cortical aumenta em área,
diminui em espessura e muda de
volume. Aumentos significativos
ocorrem nas exigências metabólicas
do cérebro. Em geral, para concluir
uma mesma tarefa cognitiva, em
crianças menores são utilizadas mais
regiões cerebrais que em maiores. O
cérebro em fase pré-escolar é
caracterizado pelo crescimento e pela
expansão, que serão acompanhados
nos anos seguintes pela “poda” dos
excessos de sinapses.
 A linguagem está em evolução, com o
desenvolvimento mais rápido nessa
faixa etária de 2 a 5 anos. O
vocabulário aumenta de 50 a 100
palavras para mais de 2 mil. Como
regra prática, na faixa etária entre 2 e
5 anos, o número de palavras em uma
frase típica é igual à idade da criança
(duas se a criança tem a idade de 2
anos, três por 3 anos de idade, e assim
por diante). A linguagem está ligada
tanto ao desenvolvimento cognitivo
como ao emocional. Atrasos de
linguagem podem ser os primeiros
indícios de que uma criança tenha
uma deficiência intelectual, um
transtorno do espectro autista, ou de
que tenha sido maltratada.²
:
Lorena Lima, M7
6 - 11 ANOS (ESCOLAR)
Veste-se com supervisão.
Constrói torres com seis cubos. 
Forma frases com duas palavras. 
Pula com ambos os pés.
Brinca com outras crianças. 
Imita uma linha vertical.
Reconhece duas ações. 
Arremessa a bola.
Veste uma camiseta. 
Move o polegar com a mão
fechada. 
Compreende dois adjetivos. 
Equilibra-se em cada pé por um
segundo.
Emparelha cores. 
Copia círculos. 
Fala inteligível. 
Pula em um pé só.
Veste-se sem ajuda. 
Copia uma cruz. 
Compreende quatro preposições. 
Equilibra-se em cada pé por três
segundos.
Escova os dentes sem ajuda. 
Aponta a linha mais comprida.
Define cinco palavras. 
Equilibra-se em um pé cinco
segundos.³
O período pré-escolar corresponde à
fase pré-operacional (pré-lógica) de
Piaget, caracterizada por
pensamento mágico, egocentrismo
e pelo pensamento dominado pela
percepção, não abstração.
Egocentrismo diz respeito à
incapacidade de uma criança levar em
consideração o ponto de vista de outro
e não conota egoísmo. Aos 3 anos de
idade, as crianças autoidentificam seu
sexo e estão ativamente buscando a
compreensão do significado de
identificação do gênero.²
De 2 anos a 2 anos e 6 meses: 
De 2 anos e 6 meses a 3 anos: 
De 3 anos a 3 meses e 6 meses: 
De 3 anos e 6 meses a 4 anos: 
De 4 anos a 4 anos e 6 meses: 
De 4 anos e 6 meses a 5 anos: 
 A fase escolar (6-11 anos de idade) é
o período em que as crianças cada vez
mais se separam dos pais e procuram
a aceitação por parte dos professores,
outros adultos e colegas. As crianças
começam a se sentir sob pressão para
se adequar ao estilo e aos ideais do
grupo de pares. A autoestima torna-se
uma questão central, à medida que as
crianças desenvolvem a capacidade
cognitiva para considerar suas
próprias autoavaliações e sua
percepção de como os outros as veem.
 O pensamento das crianças no início
da idade do ensino fundamental difere
qualitativamente das crianças em fase
pré-escolar. Aplicam regras baseadas
em fenômenos observáveis e
interpretam suas percepções usando
as leis físicas. Piaget documentou essa
mudança das operações pré-
operacionais para o concreto lógico.
 A escola aumenta as demandas
cognitivas sobre a criança. O domínio
do currículo elementar exige que um
grande número de processos
cognitivos, de linguagem e perceptivos
trabalhem de maneira eficiente. A
meta de ler um parágrafo não é mais
para decodificar as palavras, mas para
compreender o conteúdo; o objetivo da
escrita não é mais a ortografia ou a
caligrafia, mas a redação.
 Embora com 6 anos de idade a
maioria das crianças tenha uma
consciência (regras internalizadas da
sociedade), elas variam muito em seu
nível de desenvolvimento moral.À
medida que crescem, a maioria vai
reconhecer não apenas suas próprias
necessidades e desejos, mas também
as de outros, embora as
consequências pessoais ainda sejam o
principal condutor do comportamento.
Os comportamentos sociais
socialmente indesejáveis são
considerados errados.
 
:
Lorena Lima, M7
ADOLESCENCIA
 A maturação precoce da amígdala e
de outras estruturas límbicas, que
estão envolvidas na experiência de
medo e emoção, em relação aos
sistemas de função executiva frontal,
que facilitam a regulação e
interpretação destas experiências
emocionais, poderia explicar porque os
adolescentes são mais propensos a
tomar más decisões em situações
altamente carregadas de emoção, em
comparação aos adultos maduros.
Esses chamados processos de
“cognição quente” podem resultar no
adolescente tomando uma decisão
diferente no contextode uma forte
experiência afetiva do que em um
estado menos emocional (“cognição
fria”).
 As mudanças fisiológicas
impulsionadas pelos hormônios e o
desenvolvimento neurológico em
curso ocorrem em conjunto com as
estruturas sociais que promovem a
transição desde a infância até a idade
adulta. Este período do
desenvolvimento compreende a
adolescência, que é dividida em três
fases — adolescência inicial, média e
final — cada uma marcada por um
conjunto característico de marcos
biológicos, cognitivos e psicossociais.
 O desenvolvimento cognitivo se
correlaciona mais estreitamente com
a idade cronológica do que com a
maturação da puberdade. À medida
que as crianças progridem ao longo da
adolescência, elas desenvolvem e
refinam sua capacidade em usar os
processos formais e operacionais de
pensamento. Os adolescentes na fase
média e final desenvolvem a
capacidade de considerar opções
múltiplas e de avaliar, no longo prazo,
as consequências de seus atos.
 O entendimento de que o principal
desenvolvimento estrutural do
cérebro é completado na infância está
ultrapassado. Agora está claro que a
neuromaturação continua até a
terceira década. Essa maturação se
traduz na redução da matéria
cinzenta, aumento da branca e
melhora na eficiência da comunicação
e conexões de diferentes regiões do
cérebro. A diminuição da matéria
cinzenta se traduz pela "poda" de
sinapses que eram raramente
utilizadas, e o aumento da branca se
relaciona com maior mielinização e
consequente facilitação na
transmissão de informações. Estas
alterações são primeiro observadas no
córtex posterior (regiões sensorial e
motora) e progridem anteriormente,
que são as últimas a amadurecerem (
córtex pré-frontal= processos
cognitivos complexos).
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Lorena Lima, M7
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Lorena Lima, M7
TRANSTORNOS MENTAIS DA
ADOLESCENCIA
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Lorena Lima, M7
De acordo com o DMS-5 que esses transtornos dizem respeito à grande
incapacidade de controle de emoções e comportamentos, sendo expressada
com violações do direito do outro e desrespeito a autoridades. É importante
diferenciar esses aspectos, como ocorrem, sua intensidade e gravidade, visto
que esses eventos ocorrem na adolescência em alguma proporção.
 Além disso, segundo o DSM 5 (APA, 2014), é durante a infância ou a
adolescência que os referidos transtornos propendem a se iniciar. Considera-se,
também, que os diagnósticos são comumente mais atribuídos a pessoas do
sexo masculino.
 O transtorno de conduta é caracterizado pelo DSM-5 por constantes
comportamentos, nos últimos 12 meses, que resultam em violação dos direitos
dos outros e de regras já compreendidas pela idade. Esse padrão se manifesta
em vários ambientes, com agressão à pessoas e animais, destruição de
propriedades, falsidade e/ou furto. Sendo que esses sintomas não aparecem
subitamente, existe uma evolução na gravidade do comportamento. É
necessário avaliação para diferenciar entre os dois tipos, o que teve início na
infância, com sintomas até os 10 anos, e o de início na adolescencia, em que
não houve sintomas até os 10 anos. Essa criança/adolescente apresenta uma
personalidade com projeção de uma imagem de dureza, baixa autoestima,
baixo autocontrole e baixa tolerância a frustações, com explosões de raiva. Esse
indivíduo também não tenta ocultar sua conduta ilegal, os pensamentos
suicidas são usuais já que a prejuízo na socialização, com afastamento da
escola. Não há ainda um tratamento específico, mas utiliza-se os mesmo
medicamentos de transtornos de conduta (haloperidol, risperidona, lítio).
Art: Psicopatologia na infância e Adolescencia, 2019. DOI10.35984/fjh.v1i4.153
TRANSTORNOS DISRUPTIVO, DO CONTROLE DE IMPULSOS E DA
CONDUTA
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
 A ansiedade na infância esta em íntima ligação com os cuidadores, já que as
relações entre os familiares contribuem para formação do padrão de
funcionamento interno diante das circunstância da vida. De acordo com Knapp
(2004), as manifestações dos transtornos de ansiedade em crianças e
adolescentes possui três dimensões: comportamental, fisiológica e
cognitiva. A primeira é a mais notória, envolve comportamentos de fuga,
choro, voz tremula, roer unhas, chupar polegar e até correr. Já a fisiológica,
reproduz atividades no SNC, como náuseas, vômitos, palpitação, sudoreses,
sensação de sufocamento, ondas de frio ou calor e outros. Já a cognitiva se
caracteriza nos pensamentos ansiosos, como preocupações com o julgamento
dos outros. Se não tratado na infância a tendência é que o transtorne se
prolongue à vida adulta, o tratamento é igual ao adulto com benzodiapezínicos
(alprazolam e clonazepam), além dos ISRS.
Art: Psicopatologia na infância e Adolescencia, 2019. DOI10.35984/fjh.v1i4.153

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