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→ Corrente principialista, proposta por Beauchamp e Chidress (2002): • Beneficência: buscar fazer sempre o bem para o paciente. • Não maleficência: não fazer nada de mal ao paciente. • Justiça: fazer sempre o que é justo ao paciente. *A justiça é entendida como “justiça distributiva”, a qual se relaciona com uma distribuição igual, equitativa e apropriada de tudo que diz respeito à saúde para os membros da sociedade. • Autonomia: possibilitar que o paciente decida sobre o tratamento, tendo o direito de aceitá-lo ou não, depois do devido esclarecimento. * O processo pelo qual os médicos e os pacientes tomam decisões tem como base o consentimento informado. * De acordo com a Resolução no 1.995/12, os pacientes poderão registrar em prontuário a quais procedimentos querem ser submetidos (testamento vital) em caso de terminalidade da vida por doença crônico-degenerativa. → Valores Bioéticos: • Alteridade: respeitar a diferença no outro. • Sigilo: respeitar o segredo sobre as informações do paciente. → Implantado no início do século XX, com base no relatório Flexner, publicado em 1910. → Propôs um novo currículo radicalmente hospitalocêntrico, além de considerar indispensáveis pesquisas cientificas. → Os cursos médicos tornaram-se bastante tecnicistas, com pouca ou nenhuma ênfase no ensino das humanidades. O olhar médico se voltou prioritariamente para a doença, desviando-se do doente como pessoa. → Nas últimas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em medicina, o ensino das humanidades, visando ao desenvolvimento da relação médico- paciente e do conhecimento do lado humano da prática médica, tornou-se obrigatório, abandonando claramente o modelo biomédico. → Modelo paternalista ou sacerdotal: O médico toma as decisões em nome da beneficência sem valorizar os valores, a cultura e a opinião do paciente (o médico desvaloriza o princípio da autonomia). → Modelo tecnicista ou engenheiral: O médico informa e executa os procedimentos necessários, mas deixa a decisão inteiramente sob a responsabilidade do paciente. → Modelo colegial ou igualitário: O médico adota a falsa posição de “colega” do paciente, não levando em conta a inevitável assimetria desta relação. → Modelo contratualista: As habilidades e os conhecimentos do médico são valorizados, preservando sua autoridade, mas deseja e valoriza a participação ativa do paciente que vai resultar em uma efetiva troca de informações e um comprometimento de ambas as partes. → Transferência: diz respeito aos fenômenos afetivos que o paciente passa (transfere) para a relação que estabelece com o médico ou o estudante. • Transferência Positiva; • Transferência Negativa; • Resistência: qualquer fator ou mecanismo psicológico inconsciente que comprometa ou atrapalhe a relação médico-paciente. → Contratransferência: os fenômenos relatados também ocorrem em sentido contrário, ou seja, do médico (ou do estudante), para o paciente. “Ao dedicar-se ao estudo e ao exercício da medicina, não se pode esquecer que, embora seja uma profissão, também se constitui culturalmente como um sacerdócio, devido à fundamental dedicação aos pacientes.” → Padrões de comportamento dos médicos: inseguro, paternalista, agressivo, frustrado, pessimista, especialista, rotulador, otimista, sem vocação e autoritário. → Padrões de comportamento dos pacientes: ansioso, deprimido, hostil, sugestionável (excessivo medo de adoecer), hipocondríaco, eufórico, inibido, psicótico, surdo, especiais, em estado grave, fora de possibilidades terapêuticas (fases de Kübler- Ross), crianças e adolescentes e idosos. • Fases descritas por Kübler-Ross: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. REFERENCIA PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
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