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AULA 5 Prof. Leonardo Brito ÓRTESES PARA PARAPLEGIA E TRANSTORNOS DO QUADRIL (HKAFO E THKAFO) • O retorno a caminhada é o objetivo principal tanto de pacientes quanto de fisioterapeutas. Várias órteses tem sido confeccionadas com este objetivo. • O problema biomecânico envolvido neste desafio é proporcionar tanto equilíbrio estático quanto dinâmico. • Além disso temos outros problemas como obesidade contraturas, problemas psicossociais, extensão da lesão medular, espasticidade ... • já os pacientes que necessitam de órteses de quadril (OQ) são pós operatórios ou necessitam de limitação do ADM para diminuir a dor. INTRODUÇÃO TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (Lesão Medular Traumática e Não-traumática) • Lesão traumática da coluna e medula espinal resultando em algum grau de comprometimento temporário ou permanente das funções neurológicas (motoras ou sensitivas) – American Spinal Injury Association • A criança, ou adulto com lesão medular (espinha bífida, ou TRM), necessitam de órtese que o auxiliem para a P.O. ou para locomoção. • Para isso necessitam de controle da parte superior do tronco e cervical, tanto por meio cirúrgicos ou ortóticos. Foto: https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_47_1485870443.pdf http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fhello-berlin.net%2Fportal%2Ftrauma-raquimedular&ei=vo1HVIL4FIrKggTn-YGQCg&bvm=bv.77880786,d.cWc&psig=AFQjCNGFp7h5NXg7NuQ9sV08pcV0WuY8eA&ust=1414061838693943 REVISÃO DE ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL • Podem ser classificadas em Traumáticas ou Não –Traumáticas: TRAUMÁTICAS • Fraturas • Luxações • Causas que promovam compressão da medula NÃO- TRAUMÁTICAS • Tumores • Infecções • Malformações • Doenças degenerativas ETIOLOGIA • 45% acidentes automobilísticos; • 20% queda de altura/mergulho; • 15% acidentes esportivos; • 15% atos de violência; • 5% outros ETIOLOGIA Academia Nacional de Medicina, 2018 Não há função motora e/ou sensitiva abaixo da lesão LM COMPLETA Função motora e sensitiva preservada LM INCOMPLETA TIPOS C4, C5, C6, C7 T11 T12 L1 70% 20% 10% L3 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fhello-berlin.net%2Fportal%2Ftrauma-raquimedular-pdf&ei=jI5HVIXjBY7ygwTMyYD4Dg&bvm=bv.77880786,d.cWc&psig=AFQjCNGFp7h5NXg7NuQ9sV08pcV0WuY8eA&ust=1414061838693943 É uma forma de determinar a gravidade da TRM e dividem em: A – Lesão medular completa B – Incompleta, sensibilidade presente e motor ausente C – Incompleta, sensibilidade e motor presente (não útil) D – Incompleta, sensibilidade e motor presente (útil) E – Neurológica ESPINHA BÍFIDA Espinha Bífida Oculta Meningocele mielomeningocele ▪ É uma malformação congênita complexa do SNC, caracterizada por falta de fusão dos arcos vertebrais posteriores com ou sem extrusão de tecido nervoso pelo defeito ósseo formando uma tumoração cística em qualquer segmento da coluna vertebral. ▪ Distúrbio da porção caudal do tubo neural, pele intacta, deformidades dos pés, assimetria de MMII e distúrbios esfincterianos. ▪ Causa desconhecida / Fatores multifatoriais. ▪ Fatores genéticos: raça branca ▪ Fatores ambientais: hipertermia e irradiação ▪ Fatores nutricionais: Ácido fólico e vitamina A ▪ Idade materna: elevada Etiologia Problemas associados • Hidrocefalia: consiste na obstrução de circulação do líquido cefalorraquidiano nas cavidades cerebrais. Esse líquido circula entre o cérebro e o crânio com a finalidade de proteger o cérebro e a medula. • Alterações neurológicos: ocorrem conforme a localização da lesão, podendo surgir paralisia da cintura pélvica e das extremidades inferiores com perca da sensibilidade. • Alterações ortopédicas: afetam fundamentalmente a ´pelve, a espinha dorsal e os pés. Na pelve dá-se luxação com paralisia e desequilíbrio muscular. Na espinha dorsal, surgem lordoses, cifoses e escolioses. Podem surgir deformidades nos pés ou tornozelos. • Alterações das funções urológicos e intestinais: compreendem a alteração do controle dos esfíncteres ficando propensa a desconforto fisiológico, na função intestinal, sofre obstipação e na função urológica de incontinência ou dificuldade em esvaziar a bexiga. Benefícios da posição ortostática • Alongamento • Reduz o risco de osteoporose • Facilita a digestão • Facilita a respiração • Esvaziamento da bexiga • Menor risco de fraturas • Ulceras de decúbito • Auto estima • Mas funcionalidade nas AVD´s Aparelhos ou Estruturas para ortostatismo • Casos clínicos, onde se tem prognóstico de locomoção, ou de PO há necessidade de materiais para melhora da estabilidade como muletas, paralelas andador, correias entre outros... Parapodium • Mobilidade estável • Sem necessidade de outros dispositivos de auxílio • Fácil transferência da cadeira • Bruto • Auxílio das mãos • Promove ortostatismo HKAFO/ OQJTP (Hip Knee Ankle Foot) Pélvico podálicas • Indicada para pacientes paraplégicos com equilíbrio precário de tronco; • Possibilita posição ortostática e requer bastante treinamento; • Para pacientes com controle pélvico parcial; • A faixa pélvica para as articulações do quadril impedem a abdução, adução e rotação externa, em caso de anel deslizante na articulação do quadril também há bloqueio da flexão e extensão HKAFO/ OQJTP THKAFO/ OTQJTP ( Trunk Hip Knee Anlke Foot Orthosis) Tóraco Podálica • A abordagem mais conservadora em casos de paraplegia é a THKAFO • O equipamento geralmente consiste em um par de órteses sob medida rígidas para o tornozelo e calhas para as coxas com hastes verticais laterais que incorporam articulações bloqueáveis ao nível de joelho e quadril, fixadas a uma órtese de tronco. • Marcha mais lenta e com maior gasto energético Órteses para marcha recíproca (RGO) THKAFO • A característica mais significativa é um cabo de aço ou outra armação que limita o comprimento do passo. • A medida que estende o quadril, o lado contralateral automaticamente entra em flexão. • Segundo Sizinio (2011), esta órtese é utilizada para treino de deambulação em pacientes que apresentem paralisia em nível torácico ou lombar alto. • Menor gasto energético Parawalker - ARGO • Ao invés de cabos que se interligam, o bloqueio do movimento de flexão e extensão é feito diretamente na articulação do quadril (robusta) da órtese . • T1 e L1 Parawalker WALKABOUT Nível da Paralisia Equipamento Necessário Torácico RGO ou Para Walker ou HKAFO ou parapódio ou andador articular Lombar Alta RGO ou Parawalker ou HKAFO Lombar baixa KAFO ou AFO Sacral AFO O treinamento de marcha suspensa sobre esteira ergométrica vem sendo aplicado com sucesso em pacientes que perderam os movimentos dos membros inferiores, proporcionando uma reabilitação eficaz, com fortalecimento muscular e redução de atrofias. Além do treino de marcha, exoesqueletos também vem sendo utilizados na recuperação funcional, monitorando e atuando sobre o corpo do paciente. Este trabalho propõe a integração entre um exoesqueleto e uma esteira ergométrica no treinamento de marcha com suspensão de peso através de um sinal de acionamento para a esteira que compense os movimentos das pernas e mantenha fixa a posição do centro de massa do corpo Treinamento de marcha suspensa FO Dinâmica - Sling • Órtese dinâmica confeccionada em material elástico para desvios rotacionais do fêmur. • Se RE – tensionar no sentido anti-horário • Se RI – tensionar no sentido horário Independente da órtese \ deambulação em presença de paraplegia torácica e mais lenta e mais árdua do que uma caminhada normal. Se a preocupação são as questões fisiológicas ou emocionais, ou para ampliar a área de trabalho, uma estrutura para ficar de pé é mais fácil do que um órtese sob medida. Um adulto pode ter as mesmas vantagens com uma cadeira que ofereça um suporte posterior para ficar de pé. OBSERVAÇÃO Órtese deQuadril (OQ) LUXAÇÃO DE QUADRIL • Recém nascidos com luxação congênita do quadril recebem uma órtese que mantem a cabeça do fêmur dentro do acetábulo. O mais conhecido é o Arnês de Pavlik. • Ajustado de forma que o quadril fique abduzido, flexionado e rodado lateralmente • Lavável e não atrapalha a troca de fraldas • Teste Ortolani e Barlow. Fralda de Frejka - LCQ Doença de Legg- Perthes Calvé http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fnt.estiga.com%2Flegg-calve-perthes-4&ei=fJhHVJTgENGQgwTP2YHgBQ&bvm=bv.77880786,d.eXY&psig=AFQjCNFMYURYifSJyOBNdmsw0R5-KbhVVQ&ust=1414064600965620 • Para não sofrer deformação e dor artrítica, o tratamento ortótico e indicado para manter a criança em condições de deambular, ao mesmo tempo em que protege a cabeça do fêmur durante as fases degenerativas e regenerativas da cabeça do fêmur. • A órtese deve transferir carga enquanto o quadril é produzido. • Restringem a abdução e rotação • Atlanta (scottish rite) e ortese trilateral Doença de Legg- Perthes Calvé Órtese Atlanta-brace Órtese Atlanta-brace Órtese trilateral • Menos comum • Não há contato do pé com o solo, o contato é feita através de uma base triangular. • O calçado contralateral deve possuir um calço para equiparar Um jovem de 19 anos de idade sofreu traumatismo raquimedular decorrente de acidente automobilístico, com lesão completa em nível de T12. Após a alta hospitalar, iniciou tratamento fisioterapêutico em um centro de reabilitação e evoluiu com quadro de paraplegia. Que tipo de dispositivo ortótico o paciente poderá utilizar para atingir a deambulação terapêutica? Obrigado! Referências Bibliográficas Edelstein, J.E.; Bruckmer, J. Órteses – Abordagem Clínica. Editora Guanabara Koogan, 2006. Carvalho, J. A. Órteses – Um Recurso terapêutico complementar. Editora Manole, 2ª Edição, 2016. Umphred, D.A. Reabilitação Neurológica. Editora Manole, 4ª Edição, 2004 Hebert, S.;Xavier, R. Ortopedia e Traumatologia – Princípios e prática. Editora Artmed, 3ª Edição, 2003.
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