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APS – SAÚDE MENTAL ATIVIDADE 1 Alberto, 19 anos, está encerrado no quarto, há mais de mês, não quer ver ninguém. A mãe está muito doente com câncer e uma tia está na casa cuidando dela. A. já apresentou outros episódios de isolamento e anda cada vez mais estranho. Agressivo com a tia, agora não quer sair de seu quarto. A comida é deixada na porta. Saí para ir ao banheiro e não toma banho há dias. Parece indiferente ao que está havendo com sua mãe, não pergunta nada e mal se aproxima. O relacionamento com o pai é difícil, troca com ele poucas palavras. Piorou depois que desistiu da escola na 6ª série e passou a ir à uma igreja, mudou o jeito de vestir, e recriminava o pai por que este bebia. Depois se afastou também da igreja, e fica cada vez mais em casa. A mãe refere que ele fala coisas estranhas, sobre fatos que não aconteceram e que ele inventa e interpreta as coisas de um jeito próprio. Na escola, após a adolescência passou a afastar-se dos colegas, na igreja tinha um amigo, que o decepcionou, segundo comentou com sua mãe. Sempre foi considerado esquisito na escola e na família. Gostava de desenhar, mas é por uns tempos, que inventa alguma atividade, logo perde o interesse e se recolhe para o quarto e para um quase mutismo, fala cada vez menos e às vezes é bem agressivo com as palavras. A tia diz que ele parece frio e distante, que não expressa emoção. A família está muito preocupada e associa este comportamento à doença da mãe. Nunca teve namorada e afastou-se dos poucos amigos. a. Considerando a caso acima, faça o levantamento dos problemas de enfermagem. Isolamento social, agressividade, falta de higiene, apatia, delírio, falta de apetite. b. Elabore 5 diagnósticos de enfermagem - NANDA com título, fatores relacionados e características definidoras. 1º Isolamento social. Fatores relacionados: dificuldade para estabelecer relacionamentos, incapacidade de engajar-se em relacionamentos pessoais satisfatórios. Características definidoras: afeto superficial, afeto triste, ausência de propósito, desejo de estar sozinho, hostilidade, história de rejeição. 2º Processos familiares disfuncionais Fatores relacionados: abuso de substâncias, estratégias de enfrentamento ineficaz, habilidades insuficientes para a solução de problemas. Características definidoras: hostilidade, isolamento emocional e social, apoio paterno/materno insuficiente percebido, coesão insuficiente, dinâmica familiar perturbada. 3º Controle de impulso ineficaz Fatores relacionados: Desesperança, transtorno do humor. Características definidoras: agir sem pensar, comportamento violento, explosões de temperamento, irritabilidade. 4º Comunicação verbal prejudicada Fatores relacionados: estímulos insuficientes, vulnerabilidade, transtorno emocional. Características definidoras: déficit visual parcial, dificuldade em manter a comunicação, incapacidade de usar expressões faciais. 5º Autonegligência Fatores relacionados: Incapacidade de para manter o controle, estressores. Características definidoras: Falta de adesão de atividades de saúde, higiene insuficiente ambiental e pessoal. c. A partir dos diagnósticos de enfermagem NANDA, prescreva cuidados específicos a esses diagnósticos, tendo como referência a literatura NIC. · Monitorar a capacidade do paciente de autocuidado independente; · Monitorar a necessidade do paciente de dispositivos adaptadores para realizar higiene pessoal, vestir-se, arrumar-se, realizar higiene íntima e alimentar-se; · Proporcionar um ambiente terapêutico garantindo uma experiência calorosa, relaxante, privada e personalizada; · Fornecer artigos pessoais desejados (p. ex., desodorante, escova de dentes e sabonete); · Fornecer assistência até o paciente ser totalmente capaz de assumir o autocuidado; · Auxiliar o paciente na aceitação das necessidades de dependência; · Usar repetição consistente de rotinas de saúde, como forma de estabelecê-las; · Encorajar o paciente a realizar as atividades normais da vida diária conforme seu nível de capacidade; · Encorajar a independência, mas interferir quando o paciente tiver dificuldade no desempenho; · Ensinar pais/familiares a incentivar a independência, interferindo apenas quando o paciente não conseguir; · Estabelecer uma rotina de atividades de autocuidado; · Terapias ocupacionais ou alternativas para redução do estresse.
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