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Descolamento de retina

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Descolamento de retina
Introdução
Separação entre a retina neurossensorial e o epitélio pigmentado da retina, com acúmulo de líquido entre ambos.
Formas clínicas
Descolamento por ruptura localizada da retina (regmatogênico). O líquido tem acesso ao espaço sub-retiniano a partir do vítreo através de uma ruptura ou orifício da retina.
Descolamento exsudativo. Ruptura da barreira hematorretiniana, com acúmulo de líquido sob a retina.
Descolamento por tração. Decorrente de tração sobre a retina, geralmente por tecido fibroso ou fibrovascular anormal.
Causas
•Descolamento regmatogênico: alteração pelo envelhecimento, degeneração periférica da retina, traumatismos (Figura 93.1)
•Descolamento exsudativo: neoplasias, doenças inflamatórias, derrame uveal, hipertensão arterial maligna, hipermetropia significativa
•Descolamento por tração: retinopatia proliferativa (diabetes) (Figura 93.2), corpos estranhos intraoculares, retinopatia hipertensiva, oclusão da veia central da retina.
Fatores de risco
•Miopia
•Afacia (ausência do cristalino do olho)
•Traumatismos
•Descolamento retiniano do outro olho
•Degeneração retiniana predisponente (paliçada).
Manifestações clínicas
•Início súbito
•Fotopsia (flashes)
•Partículas flutuantes em forma de teia de aranha – floaters (entopsia)
•Partículas flutuantes em forma de cinza de cigarro
•Redução do campo visual (“cortina” em parte do campo visual)
•Visão central e acuidade visual podem ser preservadas se não houver descolamento macular
•Acuidade visual diminuída
•Deficiência da visão de cores
•Exame do fundo de olho com oftalmoscopia binocular indireta: mostra elevação da retina neurossensorial associada a uma ou mais rupturas da retina no descolamento regmatogênico, ou elevação da retina sem rupturas no descolamento exsudativo.
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos + oftalmoscopia binocular indireta.
Complicações
•Perda parcial ou total da visão.
Tratamento
•Tratamento clínico nos casos exsudativos.
Figura 93.2 Retinografia monocromática de paciente com deslocamento de retina por retinopatia diabética. Observa-se descolamento retiniano com fibrose e troncos de neovasos.
Figura 93.1 A. Retinografia mostrando descolamento de retina regmatogênico. B. Retinografia pós-operatória mostrando a retina colada e presença de óleo de silicone na cavidade vítrea.
 Tratamento cirúrgico
•Quando há descolamento regmatogênico ou tracional.
Prevenção
•Pacientes com alta miopia devem ser acompanhados anualmente
•Pacientes com degenerações predisponentes ou roturas devem ser tratados com fotocoagulação a laser (Figura 93.3)
Figura 93.3 A. Retinografia mostrando ruptura retiniana. B. Retinografia após tratamento da ruptura com fotocoagulação a laser.
•Pacientes que tiveram descolamento da retina em olho contralateral devem ser acompanhados periodicamente
•Pacientes com história familiar de descolamento de retina devem ser examinados periodicamente.
Evolução e prognóstico
Descolamento regmatogênico:
•Perda visual progressiva, que pode resultar em cegueira completa
•Se o descolamento tiver menos de 1 semana de duração, 75% dos pacientes obtêm visão pós-operatória de 20/70 ou mais, em contraste com 50% dos pacientes com descolamento macular de 1 a 8 semanas de duração. Pacientes mais jovens têm melhor visão final
•Prognóstico para os casos de descolamento retiniano sem descolamento da mácula é mais satisfatório do que os casos que apresentam comprometimento macular
•Tratamento eficiente em 90% dos casos de descolamento da retina.
Descolamento exsudativo e por tração:
•O prognóstico depende da gravidade do distúrbio subjacente e do controle adequado da causa.
Atenção 
•O ato de coçar os olhos deve ser evitado, pois microtraumas podem induzir ao descolamento da retina em altos míopes
•Todo indivíduo com redução visual súbita, com flashes luminosos e moscas volantes, deve ser encaminhado ao oftalmologista com urgência, pois o prognóstico quanto à visão depende do tempo entre o descolamento retiniano e o tratamento.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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