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AD2 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (NOTA 8,0) - 2021.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 ATIVIDADE À DISTÂNCIA 1 
 Período – 2021.1 
 Disciplina: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 Coordenador da Disciplina: Thais Kronemberger 
Alunos: Katiane Ribeiro da Silva Matrícula: 19113110437 Polo: Nova Iguaçu 
 
1. (2,5 pontos). Discorra sobre a proposta da Nova Gestão Pública e os principais 
mecanismos adotados para sua implementação no caso brasileiro. 
A Nova Gestão Pública tinha a proposta de combinar a flexibilização da gestão e o aumento da 
responsabilização da administração pública. Esta implementação, é claro, depende 
exclusivamente das peculiaridades de cada país, ou seja, a forma e sistema de governo 
respectivamente. 
No Brasil, à época do governo de Fernando Henrique Cardoso foi criado o Ministério da 
Administração e Reforma do Estado e proposto o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do 
Estado. 
A proposta sugeria o Estado como sendo o agente regulador e promotor dos serviços públicos 
e tentaria equilibrar sutilmente tanto a descentralização quanto a desburocratização dando 
autonomia à gestão. Para esta estratégia dar certo seria necessário ter um corpo burocrático 
fortalecido ao mesmo tempo em que se criaria um modelo de gestão baseado em resultados e 
alicerçado em seus contratos tanto para os órgãos estais como para os não estais por meio do 
que chamaríamos de organizações sociais. 
O caráter inovador causou desconfiança. O governo FHC não apoia totalmente o projeto. A 
preocupação na época era o ajuste fiscal. Até o Plano Diretor foi afetado. Sendo assim as OSs 
surgiram frágeis, sendo implementadas numa pequena parcela do governo federal. Mas, o 
ministro Bresser e outros governantes estaduais, em iniciativas bem sucedidas, difundiram pelo 
país o arcabouço das OSs esclarecendo e divulgando a flexibilidade destas organizações, 
juntamente com a proposta de melhoria do desempenho administrativo com a participação 
destas. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 (2,5 pontos). Apresente as principais características do modelo das organizações sociais 
(OSs). 
As principais características do modelo das organizações sociais parte do princípio que a Nova 
Gestão Pública implementada em São Paulo na área da saúde traz consigo os mecanismos de 
accountability onde a pretensão é acompanhar as atribuições, responsabilidades e obrigações 
das OSs dadas pela legislação federal. 
Logo, os parâmetros de controle como: o programa de trabalho; as metas e prazos de execução; 
os critérios objetivos de avaliação de desempenho que utilizem indicadores de qualidade e 
produtividade e os limites para despesas com remuneração dos dirigentes e empregados seriam 
previamente acordados o que configurariam a real prática de responsabilização envolvendo a 
prestação de contas à sociedade das ações das OSs. 
Havendo uma Comissão de Avaliação instituída pela Lei i nº 9.637/98 o Tribunal de Contas 
seria o responsável pela auditoria nas contas e nos procedimentos administrativos das OSs e 
assim traria transparência para o contribuinte através de relatórios e pareceres. 
Há de se comentar aqui que no texto fala-se que não necessariamente a publicação dos 
relatórios e pareceres levam a risca a accountability, pois, os instrumentos utilizados não 
trazem não incentivam a participação dos cidadãos e o pior é forma que se deu de ser criada; 
burlar as normas da administração pública, visando mais a autonomia gerencial, sem garantir 
o controle sobre das entidades. 
3. (2,5 pontos). Quais os principais resultados do artigo em relação ao desempenho das 
organizações sociais na área de saúde e, também da responsabilização, a denominada 
accountability? 
Os principais resultados do artigo em relação ao desempenho das Oss na área da saúde foram 
que as expectativas em relação ao controle de resultados numa visão geral foram boas, porém 
com ressalvas, pois os objetivos da Nova Gestão Pública que eram divididos em: 
1. Adotar uma forma de administração pública voltada para obtenção de resultados 
baseada em mecanismos de contratos de gestão que através de metas, indicadores e meios de 
cobrança aos gestores, apoiada na transparência das ações governamentais, possibilitaria o 
controle dos cidadãos com uso do instrumento accountability. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
2. A contratação poderia compor uma pluralidade de prestadoras de serviços públicos com 
a possibilidade de se estabelecer formas contratuais de gestão em formato estatal e entes 
públicos não estatais. 
3. Poderia haver a flexibilização da gestão burocrática e o aumento da responsabilização 
da administração pública, caso funcionem adequadamente os mecanismos institucionais de 
controle. 
 
Sendo assim a capacidade orçamentária da do governo de Mário Covas não podia aumentar os 
gastos quando houve a necessidade de expansão das OSs e seus contratados por conta da Lei 
de Responsabilidade Fiscal. Então o malabarismo de transformar os hospitais em OSs foi a 
forma para manter a ordem financeira e a desordem administrativa. 
Do controle de recursos financeiros dizer que com a possibilidade e flexibilização dos 
patamares mínimos das metas que deveriam ser alcançadas falha o TCU na fiscalização 
contábil, financeira e orçamentária perante a Comissão de Avaliação que na época era a 
responsável pela elaboração de dois relatórios: de Atividades e de Desempenho. 
Referente ao controle parlamentar e de procedimentos o Tribunal de Contas do Estado relatou 
problemas de prestação de contas das OSs paulistas. Também se manifestou sobre a ausência 
do relatório que ficava a cargo da Secretaria de Saúde, que quase sete anos após a assinatura 
do contrato de gestão, sinalizou uma falta grave do Poder Executivo em termos de 
accountability. 
O controle parlamentar criou uma comissão que se chamava “Comissão de Saúde e Higiene”, 
porém, o artigo nos informa que esta comissão nada teve real atuação como deveria como 
sendo um órgão fiscalizador da Assembleia Legislativa. 
Muito pelo contrário, depreendemos do artigo que a Assembleia Legislativa foi 
descomprometida com as fiscalizações nos ambientes hospitalares no âmbito estadual e o que 
foi feito para que melhorasse a situação de transparência na gestão dessas OSs foi a inclusão 
de um artigo na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei nº 11.971/05, art. 35 para o ano de 2006, 
obrigando a publicação periódica dos resultados. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
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Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio deJaneiro 
 
4. (2,5 pontos). Quais as críticas ao modelo de OSs na área de saúde no município de São 
Paulo apresentadas pelos autores do texto publicado no jornal Le Monde Diplomatique 
Brasil? 
As críticas ao modelo de OSs na área de saúde no município de São Paulo são que 
primeiramente estas deveriam ser entidades que firmariam contratos para atuar em diversas 
áreas da administração pública tendo o gerenciamento e prestando um serviço observando a 
ótica de ser um serviço sem fins lucrativos. Este serviço abrangeria atividades de cunho de 
interesse social dos mais importantes e necessários tais como a saúde, a educação, a cultura, a 
ciência, a tecnologia que tanto carecem de atenção por parte de nossos gestores. 
A verdade é que quando FHC criou-as, o SUS, que é um exemplo de saúde pública para o 
mundo desde seu o atendimento básico às mais diversas e complexas cirurgias sem 
discriminação de raça, religião ou nacionalidade, a intenção de uma organização ser essencial 
e com maior eficiência foi um deboche, uma sátira com o povo. Certamente entre os mais 
esclarecidos perceberam ali uma forma de ganhar dinheiro. Uma mina de ouro. Como é até 
hoje em dia. (aqui no RJ – IABAS, VIVA RIO, por exemplo). 
Voltando a São Paulo que serve de exemplo para o restante nacional causa estranheza uma 
empresa que não é brigada a realizar processo licitatório para suas compras nem concurso 
público para suas contratações de pessoal quando isso é que diferencia ou tenta diferenciar a 
trilha reta da Administração pública. 
Como sabemos a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência para poder fazer cumprir a lei, obter o 
tratamento igualitário, seguir os princípios éticos estabelecidos por lei, prestar contas à 
população e ter uma boa gestão dos recursos e serviços públicos. Sem isso como fica? 
Então, eu dono de uma OSs posso convidar meu vizinho médico para fazer uma entrevista no 
RH para que ele trabalhe na Atenção Básica ganhando cinco vezes mais do que um médico 
concursado do município ganha? Lógico que sim. 
E o pacote de com dez bolas de algodão que custa em média R$ 2,30 na farmácia eu posso 
faturar por R$ 2.000,00? Também. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
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Mas, em 1995, em São Paulo o então prefeito Paulo Maluf criou o Plano de Atendimento à 
Saúde que era um convênio entre cooperativas de trabalho. Era formada por servidores 
municipais ativos ou inativos, com o poderio de remanejar servidores municipais para 
desempenhar atividades nas cooperativas de trabalho e ceder bens e equipamentos a essas 
cooperativas, com a permissão de uso com o fim de prestar serviços de saúde e assim expandir 
o acesso na cidade. Impressionante! 
Mas não era só isso. O Plano de Atendimento à Saúde era um sistema municipal, desligado do 
SUS e logicamente prejudicou e muito todo o estado. 
Então chegamos a 2006. A gestão de Serra e Kassab em relação a este assunto foi apenas dar 
continuidade ao que Maluf fazia e foi-se dando transferência à gestão e prestação dos serviços 
de saúde para aquelas OSs. 
Os profissionais de saúde levantaram a forte voz através dos conselhos profissionais e órgãos 
de controle e o PAS foi desativado, pois, confirmaram o derrame do mau uso do erário que foi 
0identificado através de diversas irregularidades. 
Quando puderam expor; as críticas eram em relação à precarização das condições do trabalho 
promovida pelas contratações cooperadas, a pouca eficácia dos instrumentos de controle e o 
desligamento do município de São Paulo do restante da política estadual e saúde. 
Por fim, gestores, médicos e empresários foram desligados e condenados por improbidade 
administrativa e os serviços que a época do PAS era separado do SUS voltou a ser unificado a 
este na gestão de Marta Suplicy. 
Seis anos após o encerramento do PAS o modelo de OS continuou o mesmo só modificando o 
contratado: ao invés de cooperativas, pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade 
lucrativa. Uma lástima. 
Na gestão de Haddad a expansão das OSs continuava apesar de ação penal de 
inconstitucionalidade por conta do modelo das Oss contratadas. Mas, nada mudou nem parou. 
Desde a primeira celebração de contratos, em 2007 e 2012, metas não foram atingidas nem 
controles foram exercidos pelos gestores do município e nem por isso a Secretaria Municipal 
de Saúde foi capaz de rescindir o contrato. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
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Em 2014 foi sugerida uma reconfiguração de modelo das OSs no município onde estas seriam 
redistribuídas territorialmente e não renovadas as contratações vigentes. A intenção era a 
padronização dos contratos e transparência e eficiência em seu acompanhamento, com a 
presença de uma única OS por território com a exigência de uma equipe mínima de 
profissionais em cada unidade tendo a seleção pública dos seus funcionários. 
Mais uma vez uma falha chamava atenção: o estabelecimento do critério exclusivo de menor 
preço em detrimento da qualidade do atendimento não observava os indicadores de qualidade 
e eficiência do serviço. 
A necessidade de determinado quantitativo para construir uma equipe impactava nos custos de 
contratações/demissões ou deslocamentos territoriais que sempre serão custeados pelo erário 
público mesmo sendo estes agentes regidos pela CLT. 
Hoje vemos trabalhadores da saúde ligados às OSs tendo que se desdobrar, em horas extras, 
tendo que enfrentar longas jornadas de trabalho e com o salário quase sem alteração, pois 
quando não há reposição de pessoal estes arcam com as consequências de ter a responsabilidade 
de cobrir o lugar que deveria estar outro e logo, é obvio, a qualidade do serviço é prejudicado.

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