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Anamnese sistema digestório

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1 Thayná Lopes FCM/TR 
METODO CLINICO 
CASO 4 
REGIÕES DO ABDOME 
 O limite superior da cavidade abdominal corresponde a uma linha circular que passa pela junção xifoesternal e pela apófise espinhosa da 
7° vertebra dorsal 
 O limite inferior, ou seja, o limite entre a cavidade abdominal e a pélvis, corresponde externamente a uma linha circular que passa pela 
apófise espinhosa da 4ºvertebra lombar, cristas ilíacas, espinhas ilíacas anteriores, ligamentos inguinais e sínfise púbica 
 Dividido em 4 quadrantes: quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior 
esquerdo 
 As 9 regiões clinicas do abdômen são: hipocôndrio direito e esquerdo, flancos direito e esquerdo, fossas ilíacas direita e esquerda, 
epigástrio, mesogástrio ou região umbilical e hipogástrio. 
PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS NAS PAREDES TORÁCICA E ABDOMINAL 
 O limite superior do fígado e delimitado pela precursão: De início, o paciente se encontra em decúbito dorsal, percute – se o hemitórax 
direito de cima para baixo, acompanhando a linha hemiclavicular direita ate se obter som submaciço. O encontro de submacicez marca a 
presença do limite superior do fígado que em condições normais, localiza-se no 5º ou 6º espaço intercostal direito, traça -se uma linha 
levemente curva, correspondendo ao limite superior do fígado. O limite inferior e determinado pela palpação. 
 No adulto a borda inferior não deve ultrapassar 1cm de reborda costal 
 Em crianças o limite inferior do fígado pode haver de 3 a 5 cm do vértice do ângulo de Charpy, alcanço o rebordo costal 
 O baço não e percutível, e a área esplênica apresenta som timpânico (espaço de Traube) 
 Diástase dos músculos retos anteriores e investigação de hernias: Paciente em decúbito dorsal, pede – se a ele para contrair a musculatura 
abdominal 
 A inspeção abdominal segue os seguintes parâmetros: forma e volume do abdômen, cicatriz umbilical, abaulamentos ou retrações 
localizadas, veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos 
FORMA E VOLUME DO ABDOME 
 Variam de acordo com o estado de nutrição do paciente, sexo e idade 
 Tipos de abdômen 
1. Abdome atípico ou normal 
• Característica morfológica - Simetria 
2. Abdome globoso ou protuberante 
• Apresenta-se globalmente aumentado, com predomínio nítido do diâmetro anteroposterior sobre o transversal 
• Exemplos: gravidez, ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitonio, obstrução intestinal , tumores policísticos do ovário e 
hepatoesplenomegalia volumosa 
3. Abdome em ventre de batráquio 
• Observada quando o paciente está em decúbito dorsal, onde há um predomínio do diâmetro transversal sobre o anteroposterior 
• Exemplo: Ascite em fase de regressão 
4. Abdome pendular ou ptotico 
• Observado quando o paciente está de pé, as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal, produzindo nesse local uma 
protrusão 
• Exemplo: flacidez do abdômen 
5. Abdome em avental 
 
2 Thayná Lopes FCM/TR 
• Observado em pessoas com grau elevado de obesidade 
• A parede abdominal pende “como um avental” sobre as coxas do paciente, tornando – se mais evidente quando o paciente está de pé 
6. Abdome escavado (escafoide ou concavo) 
• Percebe-se nitidamente que a parede abdominal está retraída 
• Próprio de pessoas muito emagrecidas, ou portadoras de doenças consuntivas, principalmente neoplasias malignas do sistema digestivo 
CICATRIZ UMBILICAL 
 Apresenta forma plana ou levemente retraída 
 Protrusão da cicatriz umbilical, indica geralmente a existência de uma hernia ou acumulo de liquido na região 
 Na gravidez observa -se aplanamento ou protrusão da cicatriz umbilical 
ABAULAMENTOS OU RETRAÇÕES LOCALIZADAS 
 O abaulamento ou retração de uma determinada região torna o abdome assimétrico e irregular, indicando alguma anormalidade cuja 
identificação depende dos dedos fornecidos pela inspeção, que se somam aos da palpação 
 Causas: hepatomegalia, esplenomegalia, útero gravídico, tumores de ovário e do útero, retenção urinaria, tumores renais, tumores 
pancreáticos, linfomas, aneurisma da aorta abdominal e megacolón chagásicos 
MOVIMENTOS 
 Respiratórios 
 Pulsações 
 Movimentos peristálticos visíveis 
PALPAÇÃO 
 Realizada com o paciente em decúbito dorsal, usando – se a técnica da palmaçao com a mão espalhada 
 Objetivos: 
• Avaliar o estado da parede abdominal 
• Explorar a sensibilidade abdominal provocando ou exacerbando uma dor, relatada ou não pelo paciente durante a anamnese 
• Reconhecer as condições anatômicas das vesículas abdominais e detectar alterações de sua consistência 
 A palpação sistemática do abdome compreende quatro etapas: 
1. Palpação superficial: 
• estudo da parede abdominal e das vísceras que podem alcançar a parede 
• a palpação superficial do abdome, investiga: 
a.. sensibilidade: 
- Avaliada através da palpação de leve, caso essa apresente dor e porque existe hiperestesia cutânea, a dor pode aparecer quando se faz 
uma determinada compressão na parede abdominal. 
 
3 Thayná Lopes FCM/TR 
- A localização e a irradiaço da dor são importantes para o reconhecimento 
de pontos dolorosos 
- Pontos dolorosos: 
✓ ponto gástrico 
✓ ponto xifoidiano 
✓ ponto epigástrico 
✓ ponto biliar ou cístico – sinal de Murphy (no caso de colecistite 
aguda a manobra desperta uma dor inesperada que obriga o paciente a 
interromper subitamente a inspiração) 
✓ ponto apendicular ou ponto de McBurney – sinal de Blumberg (Dor que ocorre a descompressão brusca da parede abdominal) 
✓ ponto esplênico 
✓ pontos uretrais 
- A dor pode ser referida da colecistite, dor pleurítica, cólica renal, apendicite e dor do infarto do miocárdio 
b. Resistencia da parede: Normalmente se encontra descontraído 
c. continuidade de parede abdominal 
d. pulsações 
e. reflexo cutâneo – abdominal 
2. Palpação profunda 
• Investiga -se os órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais “massas palpáveis” ou “tumorações” 
• Em condições normais não e possível distinguir o estomago, o duodeno, intestino delgado, vias biliares e os cólons ascendentes e 
descendentes 
• Caso o examinar encontre massas palpáveis ou tumorações deve-se analisar localização, forma, volume, sensibilidade (dor, sintoma, 
intensidade) , consistência (cística, borrachosa, dura ou pétrea), mobilidade (depende dos movimentos respiratórios) e pulsatilidade 
3. Palpação do fígado 
• O paciente deve estar em decúbito dorsal, relaxando o máximo possível a parede abdominal. O examinador inicia a palpação de modo 
intempestivo e grosseiro, o paciente institivamente contrai os músculos do abdome, 
• O procedimento para o exame do fígado consiste em palpar o hipocôndrio direito, o flanco direito e o epigástrio , partindo do umbigo ate 
a reborda costal realizando movimentos respiratórios onde o examinar durante a expiração ajusta a parede abdominal sem fazer 
compressões e sem se movimentar e na inspiração o examinador comprime e movimenta para cima buscando detectar a borda hepática 
• Outra técnica para realizar a palpação do fígado e colocando o paciente em decúbito semilateral esquerdo, enquanto o examinador se 
coloca ao seu lado direito, voltado para os seus pés, a mão do examinador repousa sobre o hipocôndrio direito, coordenando a palpação 
com os movimentos respiratórios do paciente 
• O exame da borda do fígado consiste em fazer a palpação com a face radial do indicador ou com a face ventral dos dedos e polpas 
digitais do mínimo, médio e anular 
• Analisa -se a borda hepática através da espessura (fina ou romba), superfície (lisa ou nodular- são formações arredondadas e endurecidas 
podendo apresentar-se isolados, esparsos ou difusos pela superfície hepática), consistência (diminuída, normal ou aumentada) e sensibilidade 
(indolor ou dolorosa) 
• Hepatomegalia – aumento do volume hepático, suas causas são: insuficiência cardíacadireta, colestase, fibrose esquistossomotica, 
hepatite, esteatose, neoplasia e linfomas 
4. Palpação do baço 
• Palpação do baço: examina o quadrante superior esquerdo. 
 
4 Thayná Lopes FCM/TR 
• Para realizar a palpação do baço o paciente fica em posição de Schuster (decúbito lateral direito, estando o paciente com a perna direita 
estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdômen em um ângulo de 90°, o ombro esquerdo e elevado, colocando – se o braço 
correspondente sobre a cabeça), o examinador posiciona-se diante do paciente, pousando com alguma pressão sua mão esquerda sobre 
a área de projeção do baço como se quisesse desloca-lo para baixo, já a mão direita executa a palpação, coordenando-a com os movimentos 
respiratórios do paciente, de tal modo que durante a inspiração, o examinador avança sua mão no rumo de reborda costal 
• O baço e recoberto pelo diafragma e pela parede costal esquerda entre a 9° e a 11° costela, sua extremidade inferior dista 5 cm da 
reborda costal 
• Esplenomegalia – aumento do baço. Causas: vasculares (hipertensão portal), infecciosas e parasitarias (mononucleose infecciosa, hepatite 
por vírus, febre tifoide, malária, doença de chagas, esquistossomose), hematológicas (anemias hemolíticas, Policitemia vera, leucemia), 
neoplásticas (linfoma de Hodgkin e não Hodgkin), metabólicas (doenças de deposito), colagenases (artrite reumatoide, lúpus eritematosos 
disseminado). Essa doença causa abaulamento do flanco esquerdo 
 Palpação da vesícula biliar 
• Não identificada pela palpação exceto em condições patológicas, como em pacientes ictéricos 
 Palpação do cólon transverso 
• Para se palpar o colón transverso, desliza – se a mão de cima para baixo e de baixo para cima no abdome 
 Palpação do sigmoide 
• Situada no quadrante inferior esquerdo e assemelha-se a uma corda de consistência firme e pouco móvel 
 Palpação dos rins 
• Pacientes em decúbito dorsal do rim e aplicado o método bimanual, com uma das mãos aplicada transversalmente na região lombar 
enquanto a outra se apoia longitudinalmente sobre a parede abdominal, a altura do flanco. O paciente de respirar tranquilamente e 
profundamente, e a cada inspiração, procura-se sentir sob as pontas dos dedos a descida do rim, cujo polo inferior e reconhecido por 
sua superfície lisa, sua consistência firme e seu contorno arredondado. A mão esquerda exerce pressão suave na regia lombar direita 
com finalidade de projetar o rim para frente, tornando-o mais acessível a palpação, ao final da inspeção e inicio da expiração, intensifica 
-se a pressão exercida por ambas as mãos, percebendo -se o deslocamento súbito do rim em direção ascendente, esse procedimento 
se denomina de captura do rim 
• Outra manobra utilizada para a identificação de um rim palpável e a do choque lomboabdominal: com a extremidade dos dedos da mão que 
comprime a região lombar, realizam – se ao nível do ângulo costovertebral sucessivas e rápidas impulsões, em direção a mão palpadora, 
que recebe a sensação de choque do rim 
• Na nefroptose, tumor renal, hidronefrose, malformações congênitas ou ectopia renal pode ser realizada a palpação sem o auxilio de 
técnicas 
 Manobras especiais: 
• Palpação bimanual para avaliar defesa localizada da parede abdominal: examinador coloca as mãos longitudinal e paralelamente no sentido 
craniocaudal e enquanto uma das mãos palpa a região suspeita, a outra examina a região homologa, com seguidos movimentos alternados 
• Manobra do rechaço: com a palma da mão comprime -se com certa firmeza a parede abdominal e com a face ventral dos dedos e polpas 
digitais provoca-se um impulso rápido na parede, retornando-se os dedos a posição inicial sem afrouxar a compressão da parede abdominal, 
há rechaço quando há a percepção de choques após a impulsão 
• Manobra da descompressão súbita: comprime -se vagarosa e progressivamente um determinado local do abdome que durante a palpação 
geral tenha se mostrado dolorido 
• Pesquisa do vascolejo: prende – se o estomago com a mão direita, movimentando-o de um lado para o outro ao mesmo tempo em que se 
procura ouvir ruídos hidroaéreos nele originado outra forma e repousando as mãos sobre a região epigástrica e executam – se rápidos 
movimentos compressivos com a face ventral dos dedos e as polpas digitais. Quando se ouve ruídos de líquidos sacolejando., passando a 
se chamado de patinhaçao 
• sinal de Gersuny: sua pesquisa consiste em palpar o tumor fecal 
PERCUSSÃO 
 o paciente deve – se encontra em decúbito dorsal 
 
5 Thayná Lopes FCM/TR 
 sons obtidos no abdome: 
a. timpanismo – indica presença de ar dentro de uma víscera oca 
b. hipertimpanismo – aumento da quantidade de ar como ocorre na gastrectasia, meteorismo, obstrução intestinal, vólvulo, 
pneumoperitonio 
c. submacicez – menor quantidade de ar ou superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal 
d. macicez – ausência de ar 
 Determinação do limite superior do fígado e da área do macicez hepática: percute-se o hemitórax direito ao nível da linha hemiclavicular 
direita desde sua origem na clavícula ate o 4° ou 5° espaço intercostal. De inicio obtém-se som claro pulmonar, em seguida na altura 
do 5° ao 6° espaço intercostal observa-se som submaciço (limite superior do fígado) 
PESQUISA DE ASCITE 
 ocorre através da percussão 
 Na ascite, classificamos em leve, moderada e grave. 
 Nas graves temos o sinal de Piparote. Realizado com ajuda do paciente. Ele coloca a mão levemente sobre a linha média do abdome. 
O examinador golpeia (‘’peteleco’’) um lado do abdome e com a outra mão avalia as vibrações do líquido. 
 Nas ascites moderadas, é feito a pesquisa de macicez móvel. Basicamente percute todo abdome. Posteriormente, coloca-se o 
paciente em decúbito lateral esquerdo e direito sempre percutindo o abdome para avaliar a mudança de posição do líquido 
 Podemos ainda utilizar a pesquisa dos semicírculos de skoda. (percute -se o abdome a partir do epgastrio, radialmente em direção 
aos limites dos abdome, observando a transição entre o som timpânico para o submaciço e posteriormente para o maciço 
 Nas ascites leves, geralmente identificamos através de ultrassonografia 
AVALIAÇÃO DA SONORIDADE DO ABDOME 
 Avaliada com o paciente em decúbito dorsal, diferenciando -se os dois tipos de sons: 
a. Timpânico: fígado, e baço 
b. Maciço: estomago, duodeno, intestino grosso e delgado 
AUSCULTA 
 E importante se realizar a ausculta do abdome antes de se realizar a precursão e a palpação, pois estas podem estimular o peristaltismo 
e encobrir uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos 
 Peristalse aumentada pode indicar obstrução e diminuída íleo paralítico 
 Apesar de fazer parte de um exame físico abdominal completo, não tem a importância como vimos na ausculta de tórax 
 Além dos ruídos hidroaéreos, podem ser ouvidos no abdome sopros sistólicos ou sistodiastolicos (continuo) indicativos de estreitamento da 
luz de um vaso ou de fistula arteriovenosa 
SÍNDROMES ABDOMINAIS 
a) Ascite 
 E o acumulo de liquido na cavidade abdominal 
 Causas: 
• Hepáticas 
• Cardiocirculatórias 
• Renais 
• Inflamatórias 
• Neoplásicas 
 
6 Thayná Lopes FCM/TR 
 Nas ascites de grande volume o abdome pode apresentar-se sob forma globosa onde a pele se torna lisa, brilhante e fina, ou o abdome 
pode se apresenta na forma de batráquio onde surge estrias na parede em consequência da ruptura das fibras elásticas. 
b) Hipertensão portal 
 Causada pela obstrução ou impedimento do fluxo sanguíneo pelo sistema porta, produzindo elevação da pressão venosa 
 Pode ser classificada em: 
• Pre – hepática: trombose da veia porta 
• Intra hepática pre sinusoidal: esquistossomose mansonica, fibrose hepática congênita 
• Intra hepática sinusoidal ou pos sinusoidal: cirrose hepática, doença venooclusiva do figado 
• Pos hepática: síndrome de budd chiari (obstrução das veiassupre – hepáticas, pericardite constritiva 
 Hipertensão porta dinâmica ou funcional: e quando há um obstáculo anatômico 
 Consequências da hipertensão portal: 
• Varizes esofágicas 
• Esplenomegalia 
• Ascite 
• Circulação colateral superficial 
c) Síndrome diarreica e síndrome disentérica 
 Caracteriza-se pelo aumento do numero e do volume das evacuações, com diminuição da consistência das fazes, que se tornam pastosas 
ou liquefeitas 
 A síndrome disentérica distingue – se da síndrome diarreica pela presença de muco, pus e sangue nas fezes 
 A diarreia e produzidas por um dos seguintes mecanismos: 
• Presença de substancia osmoticamente ativas no lumen intestinal, as quais não são absorvidas (diarreia osmótica) 
• Hipersecreção intestinal (diarreia secretora) 
• Alteração da motilidade (diarreia motora) 
• Defeito de absorção (diarreia disabsortiva) 
 Principais causas: 
• Infecciosas e parasitarias 
• Doenças inflamatórias inespecíficas 
• Síndrome de ma absorção 
• Colopatias orgânicas 
• Colopatias funcionais 
• Diarreia secundaria 
d) Síndrome de má absorção 
 Conjunto de sinais e sintomas comuns a varias condições e enfermidades que interferem na absorção dos nutrientes com repercurssao 
no estado nutricional do paciente 
 Pode ser global (de todos os alimentos) ou apenas de determinados nutrientes, com sintomas carenciais específicos 
 Na síndrome global, completa as principais manifestações clinicas são a perda de peso ou atraso no desenvolvimento fisico, alterações na 
cor e na textura da pele e doa cabelos, palidez, glossite, quelite angular, hemeralopia, fraqueza e atrofia muscular, abdome distendido, 
edema dos membros inferiores e diarreia com esteatorreias 
 Tríade sintomática: a combinação de perda de peso, anemia e diarreia crônica deve levantar a suspeita de ma absorção 
 A síndrome da ma absorção pode ser causada por deifeito de digestão (pre entérica) e por defeito de absorção (entérica e pos entérica) 
e) Hemorragia digestiva 
 Sangramento para dentro do lumen do tubo digestivo, podendo o sangue ser eliminado pela boca (hematêmese) ou pelo reto 
 Dividem -se as hemorragias digestivas em altas e baixas, conforme o local de sangramento esteja situado acima ou abaixo do ângulo 
duodeno – jejunal, também denominado ângulo de Treitz, que e a transição entre o duodeno e o jejuno 
 Classificada em quatro graus, conforme o volume da perda sanguínea e a gravidade das alterações circulatórias: 
• Hemorragia inaparente: sem alterações das condições hemodinâmicas e do quadro hematológico 
 
7 Thayná Lopes FCM/TR 
• Hemorragia leve: pressão sistólica acima de 100 mmHG, frequência cardíaca abaixo de 100bpm e hemácias acima de 3.500.00/mm 
• Hemorragia moderada: pressão sistólica entre 80 e 10m mmHg frequência cardíaca entre 100 a 110bpm e hemácias entre 2.500.00 
e 3.500.00/mm 
• Hemorragia maciça: pressão sistólica abaixo de 80mmHG, frequência cardíaca acima de 110bpm e hemácias abaixo de 2.500.00/mm 
 Causas de hemorragia: origem arterial, venosa e capilar 
 Causas de hemorragia digestiva: ulcera péptica, lesões agudas da mucosa gastroduodenal, varizes esofágicas, doenças diverticular do 
colón, reticolite ulcerativa inespecíficas, pólipos intestinais, câncer de reto e do colón e hemorroidas internas 
f) Perfuração de víscera oca em peritônio livre 
 Pode ser consequência de um traumatismo aberto ou fechado do abdome ou resultar de doença localizada na própria víscera 
 Suas características são dor e defesa abdominal 
g) Oclusão intestinal 
 Interrupção do transito intestino 
 Os sintomas cardeais da oclusão intestinal são dor abdominal do tipo cólica acompanhada de ruídos hidroaéreos , vômitos pode ser de 
cor amarelada ou com presença de fezes (vomito fecaloide) e parada de eliminação de fezes e gases 
h) Impactação fecal 
 Obstrução parcial ou total do reto ou do colón por um fecaloma de grande volume 
 O paciente apresenta fácies de sofrimento, porem lucido e deambula normalmente 
 A inspeção abdominal observa ventre distendido homogeneamente, a percussão, timpanismos e a palpação observa o abdome flácido, com 
pouca ou nenhuma dor a palpação profunda, sem defesa de parede, demonstrando que não há irritação peritoneal 
i) Peritonite aguda 
 Causada pela penetração e colonização de bactérias patogênicas na cavidade abdominal 
 Manifestações: 
• Dor: espontânea, exacerbada pela palpação, podendo ser mais intensa na região correspondente a víscera originariamente inflamada 
• Defesa abdominal: através do reflexo visceromotor os músculos do metâmero se contraem 
• Distensão abdominal 
• Sinal de blumber: consiste na manobra de compressão lenta e gradual do abdome durante a palpação; retirando-se bruscamente a mão , 
o paciente experimenta dor aguda e intensa no local do exame 
• Sinais gerais: apresenta fácies difusa e bastante característica: palidez, nariz afilado, lábios ressequidos, olhar ansioso, expressão de 
sofrimento, pulso acelerado, frequência cardíaca aumentada e pressão arterial baixa 
j) Íleo paralitico 
 Quadro clinico: distensão abdominal, vômitos e parada de eliminação de fezes e gases 
 Causado pela inibição da motilidade intestinal 
 Dor continua de intensidade variável 
 Silencio abdominal 
 Causas de íleo paralitico poder ser: 
• Intra abdominal 
• Extra abdominal 
k) Íleo espástico 
 Causas locais: irritação por parasitos intestinais, alimentos, hemorragias, ulcerações, distúrbios circulatórios localizados 
 Causas reflexas: lesões ou traumatismo do plexo celíaco ou do plexo mesentérico inferior 
 Causas neurogênicas: uremia, saturnismo, tumores cerebrais, viroses, histeria 
l) Icterícia 
 Síndrome caracterizada pelo aumento da bilirrubina no soro 
 Manifesta-se pela coloração amarelada das conjuntivas, das mucosas, da pele e dos líquidos orgânicos 
 Indivíduos de cor negra podem apresentar escleróticas com tom amarelado 
 Tipos de bilirrubina: 
 
8 Thayná Lopes FCM/TR 
a. Hiperbilirrubinemia não conjugada 
• Por produção excessiva de bilirrubina 
- Consequência de hemólise 
- Alteração da eritropoiese 
• Por defeito de transporte 
- Recém-nascido 
- Medicamento 
• Por defeito de captação 
- Ação de medicamentos 
- Recém-nascidos 
- Hepatites 
• Por defeito de conjugação 
- Icterícia fisiológica do recém nascido 
- Síndrome de Gilbert 
- Síndrome de Crigler – Najjar e de Lucey – Driscoll 
- Síndrome do leite materno 
b. Hiperbilirrubinemia conjugada 
• Intra hepática 
- hepatocelular com defeito congênito de excreção e adquirida 
- canalicular: ação de medicamentos, cirrose biliar primaria, artresias, colangiossarcoma 
• Extra – hepática 
- benigna 
- neoplasia maligna: intrínseca e extrinsica 
 A historia do paciente, com ênfase nos antecedentes pessoais e familiares, constitui elemento decisivo no diagnostico 
 Medicamentos que podem causar icterícia como: antibióticos, quimioterápicos, antimaláricos, corticoides, imunossupressores e hormônios 
J) Massa abdominal 
 São reconhecidas durante a palpação do abdome 
 Deve se analisar a localização da massa, sua dimensão, 
consistência, grau de mobilidade, pulsação, relação com os órgãos 
abdominais e com a parede abdominal e as características da pele da 
parede abdominal 
 A percussão e utilizada para diferenciar as massas 
correspondentes a alças ou segmentos intestinais que dão nota 
timpânica, das constituídas por tumores, vísceras ocas cheias de liquido, 
vísceras solidas crescidas ou formações císticas 
 Para diferenciar massa intra abdominal de massa na parede 
abdominal, peça ao paciente para enrijecer a musculatura abdominal 
elevando a cabeça e o tórax como se tentasse levantar-se. Massa na 
parede abdominal permanece palpável, enquanto massa intra abdominal 
e ofuscada pela contração abdominal

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