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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA BACHARELADO EM QUÍMICA FÍSICO – QUÍMICA EXPERIMENTAL I (EXPERIMENTO IV) CINÉTICA QUÍMICA: REAÇÃO DE PRIMEIRA ORDEM DISCENTES Selva Priscila Ricardi Orneles Tamires Mendes Moreira PROFESSOR RESPONSÁVEL Prof. Dra. Adriana Evaristo de Carvalho Dourados – MS 18 de Março de 2019 1.0 INTRODUÇÃO A cinética química é o estudo das velocidades e mecanismos das reações químicas. A velocidade de uma reação é medida da rapidez com que se formam os produtos e se consomem os reagentes. O mecanismo de uma reação consiste na descrição detalhada da sequência de etapas individuais que conduzem os reagentes aos produtos. Em geral, a velocidade de uma reação é determinada pelas propriedades dos reagentes, pelas concentrações dos reagentes e pela temperatura. A velocidade pode ser influenciada, ainda pelas concentrações de outras substâncias que não são os reagentes e pelas áreas das superfícies em contato com os reagentes. [1] Para calcular a concentração foi utilizada a seguinte equação: Posteriormente calcula-se a constante de velocidade: A meia-vida de uma reação é definida como sendo o período de tempo necessário para que a concentração do reagente diminua a metade do seu valor inicial. Considerando a relação concentração-tempo para uma reação de primeira ordem[1]: 2.0 OBJETIVOS Determinar a constante de velocidade e o tempo de meia vida da decomposição do peróxido de hidrogênio, reação de primeira ordem. 3.0 PARTE EXPERIMENTAL 3.1 Materiais 7 erlenmeyer 125 mL 1 erlenmeyer 250 mL 1 Bureta 1 Pipeta graduada 10 mL 1 Proveta 5 mL 1 Proveta de 100 mL 1 Cronômetro 3.2 Reagentes Peróxido de hidrogênio 0,16 mol/L Permanganato de potássio 8x10-3 mol/L Cloreto férrico 6% Ácido sulfúrico diluído 4.0 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Inicialmente enumerou de 1 a 7 os erlenmeyers e adicionou-se 10 mL de solução de ácido sulfúrico em cada um. Em um erlenmeyer de 250 mL colocou-se 100 mL da solução de peróxido de hidrogênio e com uma pipeta graduada adicionou 10 mL da solução de cloreto férrico no mesmo. Acionou-se o cronômetro, colocou-se uma alíquota de 5 mL da mistura reativa no erlenmeyer 1 e titulou-se com permanganato de potássio, foi realizado sete titulações. 5.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES A reação de decomposição do peróxido de hidrogênio em solução aquosa é de acordo com a seguinte reação: H2O(aq) → H2O + ½ O2(g) Esta reação é considerada lenta, e sabemos que o cloreto férrico atua como um catalisador logo se adicionou para acelerar a sua decomposição, conforme as reações a seguir: 2 Fe2+(aq) + H2O2(aq) → O2(g) + 2 Fe 3+ (aq) + 2 H + (aq) H2O2(aq) + 2 Fe 2+ + 2 H+(aq) → 2 H2O(l) + 2 Fe 3+ (aq) Após a adição do cloreto férrico, titulou-se o peróxido de hidrogênio com permanganato de potássio e assim foi possível calcular a concentração de peróxido em intervalos conforme a reação: 2 MnO4 - (aq) + 5 H2O2(aq) + 6 H + (aq) – 2 Mn 2+ (aq) + 8 H2O(l) + 5 O2(g) As titulações foram realizadas sete vezes com um tempo conhecido. Tabela 1. Dados obtidos experimentalmente Erlenmeyer Tempo/min. Volume de KMnO4/mL 1 14,08 12,3 2 17,11 3,4 3 21,02 2,1 4 23,00 1,5 5 25,05 1,2 6 27,03 1,1 7 29,10 1,0 Para encontrar a concentração de H2O2 em cada erlenmeyer foi necessário utilizar os dados dos valores de volume gasto de KMnO4 que estão descritos na tabela 1. Precisamos levar em consideração a proporção estequiométrica do KMnO4 e do H2O2, que conforme a estequiometria é 5:2, com isso realizamos os cálculos para cada erlenmeyer, utilizando a seguinte equação: Onde C1 será a concentração de H2O2 (o qual precisamos encontrar), V1 é o volume da alíquota adicionada ao erlenmeyer, C2 é a concentração de KMnO4 e V2 é o volume de KMnO4 gasto na bureta. Erlenmeyer 1 Erlenmeyer 2 Erlenmeyer 3 Erlenmeyer 4 Erlenmeyer 5 Erlenmeyer 6 Erlenmeyer 7 A partir dos cálculos para determinar a concentração de peróxido de hidrogênio em cada erlenmeyer foi feito o gráfico de ln C vs tempo. Para obter o ln da concentração utilizamos o valor de concentração encontrada em cada erlenmeyer e transformamos o tempo, que estava em minutos, para segundos. Segue a tabela abaixo e o gráfico com os valores de ln C e tempo/s: Tabela 2. Tempo/s vs. Ln C Frasco Tempo/s Ln C 1 848 -4,8485 2 1031 -6,1302 3 1262 -6,6121 4 1380 -6,9485 5 1505 -7,1717 6 1623 -7,2587 7 1690 -7,3540 Gráfico 1. Ln da concentração em função do tempo. 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 -7,5 -7,0 -6,5 -6,0 -5,5 -5,0 -4,5 ln C ( m o l.L -1 ) Tempo (s) Equation y = a + b*x Weight No Weighting Residual Sum of Squares 0,02998 Pearson's r -0,98609 Adj. R-Square 0,96547 Value Standard Error ln c Intercept -4,25398 0,2268 Slope -0,00188 1,58309E-4 Podemos observar que os pontos ficaram bem próximos da reta, com exceção ao primeiro ponto que foi desconsiderado, pois está distante da reta. Isso pode ser explicado devido a manuseio incorreto. Agora temos que calcular a constante de velocidade, para isso usaremos os valores de ln C, encontrados anteriormente, e o tempo/s, onde pegamos o 2º e 3º ponto do gráfico. Para o cálculo usamos a seguinte fórmula: )) ) - Após determinar a constante da velocidade iremos calcular o tempo de meia vida utilizando o valor de K encontrado anteriormente e substitui-lo na seguinte equação: Agora iremos calcular o tempo de meia vida utilizando os dados do gráfico abaixo: Grafico 2. Concentração em função do tempo para encontrar tempo de meia vida. Para determinar o tempo de meia vida pelo gráfico, foi necessário utilizar os dados de concentração calculados anteriormente, onde pegamos a concentração do segundo ponto (C= 2,176x10-3 mol/L) e fizemos o seguinte cálculo: Apos determinar o valor da concentração acima, utilizamos o valor calculado para encontrar o valor real do eixo y descrito no gráfico, sendo que o valor foi: Podemos observar que teve uma diferença de aproximadamente 30 segundos entre o valor teórico e o experimental. Para determinar o tempo de meia vida utilizaremos os dados do segundo ponto em segundos e subtraí-lo pelo valor do eixo x obtido no gráfico 2. Conforme calculado abaixo:6.0 CONCLUSÃO Observou-se que na adição de um catalisador houve um aumento na velocidade da reação, sendo que se diminuiu a sua energia de ativação. Conforme aumentava o tempo da reação de decomposição o volume de permanganato diminuía a cada titulação. De acordo com os dados obtidos experimentalmente os valores foram próximos aos teóricos, e o tempo de meia vida teve uma diferença de apenas 30 segundos, conclui-se que o experimento foi satisfatório, mas houve exceção no segundo ponto, e explica-se por erro na hora de manusear a prática. 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. RUSSEL, J. B. Química Geral, 2º edi. vol.2- São Paulo: Pearson Makron Books, 1994.
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