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Percebendo o Desenho 䙪!"#$#%&'!(%)#*+,'! ! 䙪!"#$#%&'!-#.'! ! 䙪!"#$#%&'!,#!/#01*23! ! 䙪!"#$#%&'!,#!45$#*)367'! 4!89*#5*'!&:03%'! $#! #%8'%;*3!,2)2,2,'!#0!,'2$! $<9*2'$=! 8'0! 83>382,3,#$!#!3+;:,#$!,2<#*#%;#$!#!8'0>?#0#%;3*#$@!4!$<9*2'! #$A:#*,'!9!'!A:#!$#!'8:>3!,3!?1.283=!,3$!#$;*:;:*3$=!,3!'*,#0=!,3$! 3%3?2$#$@! 4! $<9*2'! ,2*#2;'=! 9! '! 2%;:2+)'=! '! A:#! >#*8#5#! 3! ;';3?2,3,#=! '! 2**382'%3?@! B3*3! ,#$#%&3*! ,#)#0'$! ?25#*3*C%'$! ,'! 8'%;*'?#! A:#! #D#*8#! $'5*#! %'$$'$! 3;'$! '! $<9*2'! #$A:#*,'! #! ,#2D3*C%'$!?#)3*!>'*!3!>3*;#!?2)*#!#!2%;:2+)3@! As coisas mais corriqueiras mudam de aspecto quando vistas de cabeça para baixo. Temos o hábito de atribuir automaticamente um topo, uma base e lados a tudo o que percebemos, e esperamos ver as coisas na posição usual – ou seja, de topo para baixo. Isto, porque, nesta posição, fica-nos fácil reconhecer objetos comuns, identifica-los com um nome e classifica-los, comparando-os com os conceitos e lembranças que armazenamos na memória. Quando a imagem está invertida, de cima para baixo, os sinais visuais não são os mesmos. A mensagem fica estranha e o cérebro se confunde. Vemos as formas e as áreas de luz e sombra. A posição invertida provoca problemas de reconhecimento com outras imagens. DESENHO INVERTIDO Existem exercícios que nos obrigam a deixar de perceber uma imagem em términos como "uma figura", "uma paisagem", etc. e nos fazem concebê-la simplesmente como um conjunto de linhas. Uma maneira de esquecer o que representa um desenho é considerá-lo somente como uma série de linhas, colocando-o de maneira invertida. Ao copia-lo nessa posição, nos surpreenderá comprovar como o resultado é muito melhor do que se tivéssemos copiado o desenho em sua posição correta. Tanto faz qual é o lugar por onde vamos começar, mas não pense no desenho total. Tente ver somente linhas - copie simplesmente isso, sem pensar em nada mais. É importante fazer todo o exercício sem interrupções, do começo ao fim para não perder a concentração. Ao chegar as zonas mais reconhecíveis, como as mãos ou os rostos, devemos fazer o esforço de vê- las somente como um conjunto de linhas. Se for necessário, podemos cobri-las em parte enquanto desenhamos para não desconcentrar-nos. EXERCÍCIO DESENHO CEGO O Desenho cego é caracterizado pelo ato desenhar o objeto observado sem olhar para o papel, ou seja, o artista foca o olhar no objeto e não olha para o seu desenho até que tenha finalizado. O resultado final desse processo, muitas vezes, não é semelhante ao o r i g i n a l . I s s o n ã o é m o t i v o d e preocupação. O desenho cego é utilizado para captar o movimento perceptivo do artista e não o objeto em si. Quando estiver desenvolvendo essa modalidade de desenho “equipare o movimento do lápis com o movimento dos olhos. Você deve registrar tudo no instante exato em que enxerga cada ponto do contorno. Não interrompa o desenho; continue sempre num ritmo lento e constante. Se você se vir às voltas com duras objeções advindas da sua modalidade verbal..., esforce-se ao máximo para continuar desenhando. Os protestos do seu hemisfério esquerdo se dissiparão e sua mente se aquietará. Quando der por si, você estará fascinado com a maravilhosa complexidade do que está vendo e terá uma sensação de que poderá se aprofundar cada vez mais naquela complexidade. Deixe que isso aconteça. Você não tem o que temer, nem por que ficar sem jeito. O seu desenho será um belo registro da sua percepção mais profunda... Queremos o registro das suas percepções” (EDWARDS, 1984) EXERCÍCIO DESENHO DE MEMÓRIA E#>*#$#%;367'!.*FG83!A:#!$#!#$>#?&3! %3! <'*03! ,#! #?#0#%;'$! ,3! *#3?2,3,#! )2$:3?2H3,3! 3%;#*2'*0#%;#=! ':! $#I3=! :+?2H30'$! >3*3! ,#$#%&3*! 203.#%$! .:3*,3,3$! #0!%'$$3!0#%;#@!J7'!%'$! 53$#30'$! #0! %#%&:0! 0',#?'! >3?>F)#?@! Até mesmo um artista bem-preparado acharia difícil desenhar algo de memória. As informações visuais do mundo real são muito ricas e complicadas, restringindo-se a cada coisa que vemos. A memória visual é necessariamente simplificada, generalizada e abreviada – algo frustrante para os artistas, que costumam ter apenas um r e p e r t ó r i o l i m i t a d o d e i m a g e n s memorizadas. Desenhar algo de memória é uma atividade que traz à tona um conjunto de símbolos memorizados, praticados repetidas vezes na infância. Enquanto você se dedica ao retrato de memória, você se perceberá que a sua mão parece ter mente própria. Você saberá que não está fazendo a imagem que queria, mas não conseguirá evitar que a sua mão faça aquelas formas simplificadas. Isto é o “chamado sistema de símbolos” dos desenhos das crianças, memorizados a partir das inúmeras repetições durante os primeiros anos da infância. EXERCÍCIO Tente lembrar do desenho do exercício anterior. Reproduza-o em um papel. K!-'0>'$267'!#!'$!L?#0#%;'$!! LML/LJN4O!PQO(-4O!"K!-4/RJ(-KST4!U(ORKM! • O#0>*#!A:#!3?.:03!8'2$3!9!>*'I#;3,3!#! <#2;3=! #$5'63,3! #! >2%;3,3=! ,#$#%&3,3=! *352$83,3=! 8'%$;*:V,3=! #$8:?>2,3! ':! .#$+8:?3,3=! 3! $:5$;W%823! )2$:3?! ,3! '5*3! 9!8'0>'$;3!3!>3*+*!,#!:03! ?2$;3!5F$283! ,#! #?#0#%;'$=! A:#! 8'%$+;:#0! 3! $:5$;W%823!5F$283!,3A:2?'!A:#!)#0'$@! • O7'! #?#$X! >'%;'=! ?2%&3=! <'*03=! ,2*#67'=! ;'0=! 8'*=! ;#D;:*3=! ,20#%$7'=! #$83?3! #! 0')20#%;'@! K!:+?2H367'!,'$!8'0>'%#%;#$!)2$:32$!5F$28'$! 8'0'!0#2'!,#!8'%̴#%;'!#!8'0>*##%$7'! 9!:0!09;','!#D8#?#%;#!>3*3!#D>?'*3*!'! $:8#$$'!>';#%823?!,#!$:3!#D>*#$$7'@! B3*3!3%3?2$3*!#!8'0>*##%,#*!3!#$;*:;:*3!;';3?! ,3!?2%.:3.#0!)2$:3?!9!8'%)#%2#%;#!8'%#*! '$!#?#0#%;'$!)2$:32$!:0!>'*!:0@! B4JN4! 4! >'%;'! 9! 3! :%2,3,#! ,#! 8'0:%28367'!)2$:3?!032$!$20>?#$! #!2**#,:+)#?0#%;#!0V%203@! ! Y:3?A:#*! >'%;'! ;#0! .*3%,#! >',#*! ,#! 3;*367'! )2$:3?! $'5*#! '! '?&'=!#D2$;3!#?#!%3;:*3?0#%;#!':! ;#%&3!$2,'!8'?'83,'!>#?'!&'0#0! #0! *#$>'$;3! 3! :0! '5I#+)'! A:3?A:#*@! ! Dois pontos são instrumentos úteis para medir o espaço no meio ambiente ou no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto visual. Quanto mais complexas forem as medidas necessárias à execução de um projeto visual, tanto maior será o número de pontos usados. L0!.*3%,#!%Z0#*'!#! I:$;3>'$;'$=!'$!>'%;'$!8*230!3! 2?:$7'!,#!;'0!':!,#!8'*@! B'%;'$!>*1D20'$!:%$!,'$! ':;*'$!$#!?2.30=!$#%,'=! >'*;3%;'=!83>3H#$!,#!,2*2.2*!'! '?&3*@! K!83>382,3,#!Z%283!A:#!:03!$9*2#!,#!>'%;'$!;#0!,#!8'%,:H2*! '!'?&3*!9!2%;#%$2G83,3!>#?3!032'*!>*'D202,3,#!,'$!>'%;'$@! M(J[K! ! Y:3%,'! '$! >'%;'$! #$;7'! ;7'! >*1D20'$! #%;*#! $2! A:#! $#! ;'*%3! 20>'$$V)#?! 2,#%+G8FC?'$! 2%,2)2,:3?0#%;#=! 3:0#%;3! 3! $#%$367'! ,#! ,2*#67'=! #! 3! 83,#23! ,#!>'%;'$!$#!;*3%$<'*03!#0!':;*'!#?#0#%;'!)2$:3?!,2$+%+)'X!3!?2%&3@! ! Nas artes visuais, a linha tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estática. A linha é o meio indispensável para tornar visível o que ainda não pode ser v is to, por ex ist i r apenas na imaginação. A linha, assim, pode ser rigorosa e técnica, servindo como elemento fundamenta l em pro jetos de c o n s t r u ç ã o m e c â n i c a e d e arquitetura. A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados. • Quadrado: honestidade, retidão, esmero. • Triângulo: ação, conflito, tensão • Círculo: infinitude e proteção. \4E/K! ! K!>3*+*!,#!8'052%36]#$!#!)3*236]#$!2%G%2;3$!,#$$3$!;*^$!<'*03$! 5F$283$=! ,#*2)30'$! ;',3$! 3$! <'*03$! _$283$! ,3! %3;:*#H3! #! ,3! 203.2%367'!&:03%3@! "(ELST4! !N',3$!3$!<'*03!5F$283$!#D>*#$$30!`!,2*#6]#$!5F$283$X! Y:3,*3,'!C!&'*2H'%;3?!#!)#*+83?! N*2W%.:?'!a!,23.'%3?!-V*8:?'!C!!8:*)3!! 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