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Quais são as 5 regras da interpretação dos contratos

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Ricardo

Aspectos e regras de interpretação – A  doutrina enumerou 12 (doze) regras de interpretação:

 (1-) Nas convenções mais se deve indagar qual foi a intenção comum das partes contraentes do que qual é o sentido comum das palavras.

 (2-) Quando uma cláusula é suscetível de 2 (dois) sentidos, deve entender-se naquele em que ela pode ter efeito; e não naquele em que não teria efeito algum.

 Entende-se que, da mesma forma como o legislador não coloca na lei palavras inúteis, assim fazem os contratantes no negócio jurídico.

 Buscamos sempre em cada cláusula o entendimento que faz sentido e harmoniza-se com as demais.

 (3-) Quando em um contrato os termos são suscetíveis de 2 (dois) sentidos, deve entender-se no sentido que mais convém à natureza do contrato.

 (4-) Nos contratos com efeitos internacionais, aquilo que é ambíguo é interpretado conforme o uso no país. Os usos regionais e locais devem ser levados em conta pelo intérprete. O uso é uma prática que não chegou ao costume.

 (5-) O uso é de tamanha autoridade na interpretação dos contratos que se subentendem as cláusulas do uso ainda que não exprimissem. Existem determinadas formas de contratar de certas classes de pessoas que se repetem de geração em geração. Na dúvida, o intérprete deve admitir o uso como integrante do contrato.

 (6-) O contrato deve ser interpretado como um todo: uma cláusula juntamente com as outras.

 (7-) Na dúvida interpreta-se contra quem redigiu a cláusula. Este deveria ser claro. E em favor do devedor, porque devemos procurar a situação mais cômoda para que ele cumpra a obrigação.

 

(8-) Não cabe ao intérprete criar cláusulas contratuais. Não devemos ampliar o âmbito de alcance material do contrato, se isto não passou pela vontade dos contratantes. O alcance do contrato deve ser sempre restritivo.

 (9-) Quando o objeto da convenção é uma universalidade de coisas, compreende todas as coisas particulares que compõem aquela universalidade, ainda aquelas de que as partes não tivessem conhecimento. (rebanho, por exemplo, em relação às crias já concebidas, mas não nascidas).

 (10-) Um exemplo de caso concreto pode ter sido mencionado no contrato, para esclarecer uma cláusula. Isso não significará que as disposições do contrato somente se aplicam àquela hipótese, mas a todas as outras semelhantes.

 (11-) Nos contratos, bem como nos testamentos, uma cláusula no plural se distribui muitas vezes em muitas cláusulas singulares. Cabe ao intérprete averiguar se, quando os contratantes redigiram uma cláusula no plural, procuraram abranger várias hipóteses no mesmo contrato ou não. Geralmente, uma cláusula desse nível se aplicará a uma série de cláusulas. A questão é de exame gramatical.

 (12-) O que está no fim de uma frase se refere a toda a frase, e não àquilo só que a precede imediatamente, contanto que este final da frase concorde em gênero e número com a frase toda. Esta regra de interpretação é também gramatical.

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