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O art. 23 inicia o bloco acerca das penalidades aplicáveis aos assistentes sociais que cometerem infrações éticas e/ou disciplinares. Vale ressalta...

O art. 23 inicia o bloco acerca das penalidades aplicáveis aos assistentes sociais que cometerem infrações éticas e/ou disciplinares. Vale ressaltar que toda infração cometida e denunciada ao conjunto CFESS/CRESS deverá ser seguida de um processo de apuração, assegurando ao profissional o direito ao contraditório e à defesa, e somente será aplicada penalidade quando ao final deste processo for julgada a procedência da infração cometida. Barroco e Terra (2012) destacam que, apesar de a penalidade ter caráter de responsabilização e sanção ao profissional, seu objetivo sempre deverá será o de proteger a profissão e a categoria como um todo, assim como de reafirmar os princípios do código de ética, não devendo jamais ter caráter punitivo, de vingança, retribuição do feito ou de manchar a imagem do profissional.

Isto posto, o art. 23 apresenta as penalidades passíveis de serem aplicadas ao profissional, as quais somente serão levadas a cabo após o final do processo de apuração e, caso o profissional entre com recurso, após serem julgados todos os recursos possíveis. A pena deve sempre ser proporcional à conduta praticada, portanto mais gravosa quanto maior for a gravidade da infração ética e/ou disciplinar cometida pelo assistente social, conforme o art. 27. Outrossim, no momento de dosar a penalidade, a comissão processante deverá levar em conta os antecedentes do profissional, fatores atenuantes e agravantes, afetos à forma como a situação ocorreu, de acordo com o art. 26. Sobre os antecedentes do profissional, o CFESS promulgou a Resolução n. 952/2020, que estabelece que as penalidades cumpridas deverão ser retiradas do cadastro do profissional após cinco anos, não podendo ser computadas para nova penalidade após decorrido esse prazo.

Barroco e Terra (2012) apontam também que, por mais que o profissional tenha, de uma só vez, praticado mais de uma conduta antiética, será a ele aplicada apenas uma penalidade, não podendo esta ser cumulada com outra, dentro de um mesmo processo e/ou situação. Ademais, conforme art. 32, a aplicabilidade de penalidade prescreverá em cinco anos, o que implica dizer que somente poderão ser averiguadas por meio de processo denúncias de fatos ocorridos neste período. São penas aplicáveis:


a) Multa: valor pago em dinheiro, revertido para o CFESS/CRESS; deverá ser quitada até trinta dias após a publicação em Diário Oficial (art. 33), podendo ser fixada em valores entre uma e dez vezes a anuidade vigente na data da aplicação da pena.
b) Advertência reservada: aplicada em caráter sigiloso, em sala das dependências do CRESS, por conselheiro investido no cargo. Apesar de ser uma penalidade, a qual constará nos iário Oficial, por ser sigilosa (art. 29). Segundo o art. 33, caso o assistente social penalizado não seja localizado para receber a advertência, tal sigilo poderá ser quebrado e a pena, publicizada.
c) Advertência pública: penalidade aplicada mediante divulgação dos fatos que ensejaram a violação e pena aplicada. Em razão do constrangimento, Barroco e Terra (2012) asseveram que somente deve ser utilizada quando houver falta ética grave comprovada, pois o nome e o número do CRESS do profissional são divulgados abertamente. Destaca-se também o cuidado na aplicação de tal penalidade, pois caso comprove-se ter sido feita de forma indevida, o profissional poderá pleitear judicialmente danos morais e até materiais contra o conselho de classe.
d) Suspensão do exercício profissional: pena gravosa, na qual o assistente social ficará impedido de exercer sua profissão por determinado período, que pode variar de 30 dias a 2 anos, conforme a gravidade da infração cometida (art. 34). Durante o período de suspensão, o profissional não poderá exercer nenhuma atividade relacionada à sua profissão, devendo se abster de qualquer ato que caracterize o exercício ilegal da profissão.
e) Cassação do registro profissional: pena máxima aplicada ao assistente social, na qual o profissional terá seu registro profissional cancelado, ficando impedido de exercer a profissão de forma definitiva. Essa penalidade é aplicada em casos de infrações éticas e/ou disciplinares graves, que causem danos irreparáveis à profissão e à sociedade (art. 35).

Essa pergunta também está no material:

ETICA PROFISSIONAL DO SERVICO SOCIAL
18 pág.

Ética Profissional e Serviço Social Humanas / SociaisHumanas / Sociais

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O artigo 23 inicia o bloco acerca das penalidades aplicáveis aos assistentes sociais que cometerem infrações éticas e/ou disciplinares. É importante ressaltar que toda infração cometida e denunciada ao conjunto CFESS/CRESS deverá ser seguida de um processo de apuração, assegurando ao profissional o direito ao contraditório e à defesa, e somente será aplicada penalidade quando ao final deste processo for julgada a procedência da infração cometida. As penalidades passíveis de serem aplicadas ao profissional são: a) Multa: valor pago em dinheiro, revertido para o CFESS/CRESS; deverá ser quitada até trinta dias após a publicação em Diário Oficial, podendo ser fixada em valores entre uma e dez vezes a anuidade vigente na data da aplicação da pena. b) Advertência reservada: aplicada em caráter sigiloso, em sala das dependências do CRESS, por conselheiro investido no cargo. Apesar de ser uma penalidade, a qual constará nos Diário Oficial, por ser sigilosa. Caso o assistente social penalizado não seja localizado para receber a advertência, tal sigilo poderá ser quebrado e a pena, publicizada. c) Advertência pública: penalidade aplicada mediante divulgação dos fatos que ensejaram a violação e pena aplicada. Deve ser utilizada apenas em casos de falta ética grave comprovada, pois o nome e o número do CRESS do profissional são divulgados abertamente. É importante ter cuidado na aplicação dessa penalidade, pois caso comprove-se ter sido feita de forma indevida, o profissional poderá pleitear judicialmente danos morais e até materiais contra o conselho de classe. d) Suspensão do exercício profissional: pena gravosa, na qual o assistente social ficará impedido de exercer sua profissão por determinado período, que pode variar de 30 dias a 2 anos, conforme a gravidade da infração cometida. Durante o período de suspensão, o profissional não poderá exercer nenhuma atividade relacionada à sua profissão, devendo se abster de qualquer ato que caracterize o exercício ilegal da profissão. e) Cassação do registro profissional: pena máxima aplicada ao assistente social, na qual o profissional terá seu registro profissional cancelado, ficando impedido de exercer a profissão de forma definitiva. Essa penalidade é aplicada em casos de infrações éticas e/ou disciplinares graves, que causem danos irreparáveis à profissão e à sociedade.

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