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IMUNOLOGIA P1 AULA 3 – IMUNIDADE INATA: SISTEMA COMPLEMENTO O QUE É? ● Um conjunto de proteínas termolábeis (substância que é destruída ou perde s...

IMUNOLOGIA P1
AULA 3 – IMUNIDADE INATA: SISTEMA COMPLEMENTO

O QUE É?
● Um conjunto de proteínas termolábeis (substância que é destruída ou perde suas propriedades em T
altas) presente no soro e faz parte da imunidade inata;
● Complementam a ação dos anticorpos (os Acs neutralizam os Ags, mas não matam. Quem causa a lise
são as ptns do sistema complemento);
● São produzidas pelos hepatócitos, monócitos, macrófagos teciduais e cél epiteliais dos tratos
gastrointestinal e genituitário.
A maioria das ptn do complemento circula no soro na forma inativa como pró-enzimas/zimógenos, os quais são
ativados pela clivagem proteolítica, ou pela interação com uma molécula que modifique sua estrutura, que
remove o fragmento inibidor, expondo o sítio ativo da molécula.
A clivagem expõe uma ligação tioéster ativa.

Proteases são enzimas que catalisam a hidrólise de ligações peptídicas de maneira seletiva, resultando na
degradação de ptns.
A ativação proteolítica é feita via cascata. Uma protease inativa (zimógeno, em roxo) é ativada (pela clivagem
ou pela interação molecular que modifica sua estrutura). A partir de sua ativação, cliva outra ptn (rosada), que,
por sua vez, é ativada e cliva outra proteína (verde). Essa ptn atua em outro componente da via de modo a
amplificar o sinal e gerar produtos que vão atuar no sistema. NOMENCLATURA:
C1 a C9 ou pelas letras B ou D. Durante a cascata proteolítica, são formados fragmentos peptídicos, que são
representados por a ou b.
1-9 não tem a ver com a cascata, então pode uma ptn C8 pode começar uma cascata por exemplo.

Na figura, uma ptn C4 inativa, ao ser clivada por um componente chamado C1s, são gerados dois fragmentos,
um menor, com a letra a, e outro maior, com a letra b. Geralmente o fragmento b é sempre o menor, mas não
é válido como regra.
O fragmento maior expõe uma ligação tioéster (S-C=O) ativa.

Ao expor essa ligação tioéster, o fragmento precisa, rapidamente, se ligar à superfície celular (por meio de ptns
ou CHOs). Se isso não acontecer, o fragmento reage rapidamente com a água, tornando-o inativo
irreversivelmente. ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO:
Pode ser ativado por três vias:

Embora se iniciem de formas diferentes, as vias lectina, clássica e alternativa têm o mesmo objetivo, formar uma
enzima chamada C3 convertase. A partir dessa enzima, a C3 será clivada, gerando C3b, que tem diferentes efeitos
dentro da resposta imune, como formar a C5 convertase, levar a uma resposta inflamatória, opsonizar um
microrganismo, levar à formação de poros na membrana (de células ou patógenos, facilitando a fagocitose –
acontece por meio da C5 convertase, que foi originada pela C3b) e se ligar a regiões Fc de imunocomplexos.

Via Lectina
Se inicia a partir de moléculas chamadas colectinas, que reconhecem açúcares na superfície de patógenos.
Um exemplo de colectina é a ptn MBL (lectina ligante de manose), que reconhece domínios de manose e fucose,
que são expostos na superfície da maioria dos microrganismos.
A MBL é composta por hélices de colágeno e domínios globulares de lectina que reconhecem CHOs. Está
associada a duas outras proteases (MASP-1 e MASP-2) que são ativadas quando a MBL faz o reconhecimento
dos domínios de manose. As bolinhas azuis representam os domínios de manose
Outro exemplo de lectina são as ficolinas, semelhantes à MBL em estrutura, mas possuem diferentes domínios
de ligação para CHOs.
As ficolinas são compostas por hélices de colágeno e domínios de fibronectina que reconhecem domínios de
açúcares acilados (n-acetilglicosamina, n-acetilgalactosamina), presentes na superfície de patógenos. Também
se associam à MASP-1 e MASP- 2. Essa última tem atividade catalítica. Ativação do sist. complem. pela via Lectina

A ilustração acima mostra a ativação do sistema complemento via lectina, que acontece quando MBL ou ficolina
reconhece açúcares na superfície de algum patógeno, ativam a protease MASP-2, que cliva um C4 da via,
transformando-o em C4a (menor) e


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AULA 3 IMUNIDADE INATA_ SISTEMA COMPLEMENTO
17 pág.

Imunologia Universidade Norte do ParanáUniversidade Norte do Paraná

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O sistema complemento é um conjunto de proteínas termolábeis presentes no soro e faz parte da imunidade inata. Ele complementa a ação dos anticorpos e é responsável pela lise dos antígenos. A maioria das proteínas do complemento circula no soro na forma inativa como pró-enzimas/zimógenos, que são ativados pela clivagem proteolítica ou pela interação com uma molécula que modifique sua estrutura. A ativação proteolítica ocorre por meio de uma cascata de proteases. As proteínas do complemento são produzidas pelos hepatócitos, monócitos, macrófagos teciduais e células epiteliais dos tratos gastrointestinal e geniturinário. A ativação do sistema complemento pode ocorrer por três vias: via lectina, via clássica e via alternativa. Cada uma dessas vias tem o objetivo de formar uma enzima chamada C3 convertase, que cliva a proteína C3 e desencadeia uma série de eventos na resposta imune, como resposta inflamatória, opsonização de microrganismos, formação de poros na membrana e ligação a imunocomplexos. A via lectina é iniciada por moléculas chamadas colectinas, como a MBL (lectina ligante de manose) e as ficolinas, que reconhecem açúcares na superfície de patógenos. A ativação do sistema complemento pela via lectina ocorre quando a MBL ou as ficolinas reconhecem açúcares na superfície de um patógeno, ativando a protease MASP-2, que cliva a proteína C4 e inicia a cascata de ativação do complemento.

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