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A compreensão desta Unidade II contribuirá para a sua formação neste curso superior. Boa leitura e bons estudos! Plano de Estudo: 1. Currículo e De...

A compreensão desta Unidade II contribuirá para a sua formação neste curso superior. Boa leitura e bons estudos! Plano de Estudo: 1. Currículo e Desenvolvimento Humano 2. O Currículo e a Aprendizagem 3. Currículo, Escola e Comunidade: relações e possibilidades Objetivos de Aprendizagem: 1. Re�etir sobre o Currículo e Desenvolvimento Humano. 2. Desenvolver a compreensão entre o Currículo e a Aprendizagem. 3. Analisar as reações e possibilidades entre currículo, escola e comunidade. Currículo e desenvolvimento humano Para re�etir sobre currículo e desenvolvimento humano, é necessário recorrer a algumas áreas de conhecimento além da psicologia. Os conhecimentos oferecidos pelas neurociências, antropologia, linguísticas e pelas artes são imprescindíveis para responder aos desa�os de uma escola que promova a formação humana de todos os educandos e que também amplie a experiência humana de seus educadores (LIMA, 2005, 2007). A psicologia foi a área de conhecimento de maior in�uência na educação durante grande parte do século XX. Uma ideia bastante difundida nas últimas décadas é a da criança que constrói seu próprio conhecimento. A criança desempenha, sim, um papel importante em seus processos de aprendizagem, mas não os realiza sozinha: antropologicamente, esses processos se dão por meio da ação dos adultos. Um dos componentes deste papel do adulto está na de�nição do conceito de currículo e de elaboração de seus componentes (LIMA, 2005). O desenvolvimento humano ocorre em períodos marcados pela ação, pela interação, pela aprendizagem e por etapas que começam na infância, passam pela adolescência e pela maturidade, até chegar à velhice. O processo de desenvolvimento humano está relacionado também à evolução biológica e é marcado pela vivência cultural (PORTO, 2019). O ser humano aprende as formas de ação que fazem parte do ambiente em que vive, e esses padrões que regulam a interação entre as pessoas são pelas práticas culturais. "Isso signi�ca que a cultura é constitutiva dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem" (LIMA, 2007, p. 25). Desde sua criação, há pelo menos 4.500 anos, em um momento histórico marcado pela invenção da escrita, da matemática e de certas práticas artísticas, a educação vem cumprindo a missão de garantir a continuidade das espécies, transmitindo às novas gerações o que foi produzido como resultado do desenvolvimento cultural da humanidade. Se os adultos têm o papel fundamental de garantir essa continuidade, é por meio da transmissão dos saberes às crianças que as ações humanas, conhecimentos e valores passam de geração a geração. Na escola, cabe ao professor, um adulto, a função pedagógica de transmitir os saberes necessários para a produção do chamado conhecimento formal ou sistematizado. Da invenção da escrita à invenção da imprensa no século XV, o desenvolvimento cultural ocorreu de maneira acentuada, e assim se manteve até os dias atuais. O principal re�exo dessas mudanças pode ser visto na escola e na exigência cada vez maior da atuação dos professores como transmissores de informações e inovações tecnológicas e com a tarefa de desenvolver as competências e promover a humanização dos alunos (PORTO, 2019). Humanizar [...] é o processo pelo qual todo ser humano passa para se apropriar das formas humanas de comunicação, para adquirir e desenvolver os sistemas simbólicos, para aprender e utilizar os instrumentos culturais necessários para as práticas mais comuns da vida cotidiana até a invenção de novos instrumentos, para se apropriar do conhecimento historicamente constituído e das técnicas para a criação nas artes e criação nas ciências. Processo de humanização implica, igualmente, em desenvolver os movimentos do corpo para a realização de ações complexas como as necessárias para a preservação da saúde, para as práticas culturais, para realizar os vários sistemas de registro, como o desenho e a escrita (LIMA, 2007, p. 18). A humanização tem relação com o desenvolvimento cultural do ser humano, e é por isso que um currículo escolar democrático tem como objetivo humanizar toda a sociedade, começando pelos alunos e, em um sentido mais amplo, sua formação (PORTO, 2019). Faz parte do papel do adulto, no que tange à formação humana das crianças, a de�nição do conceito de currículo e a elaboração de seus componentes. É por isso que a composição de um currículo é um re�exo de escolhas que podem ser favoráveis ou não ao processo de humanização. O currículo para formação humana deve ser situado historicamente (LIMA, 2007), e para sua composição é preciso considerar alguns fatores, sendo eles: Tempo - novas áreas de conhecimento formam-se a partir de áreas tradicionais ou são criadas como resultados de novas práticas culturais. Por exemplo, a ecologia surgiu como ramo da biologia. Novos conhecimentos - o currículo não se limita aos conhecimentos relacionados ao que o aluno traz de seu ambiente para a escola, mas procura sempre levar novos conhecimentos. Inclusão - um currículo deve promover a inclusão e ser orientado à inclusão de todos ao acesso de bens culturais e conhecimento e a serviço da diversidade. Assim, um currículo para a formação humana introduz sempre novos conhecimentos, não se limita aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades regionais, ou com base no, assim chamado, conhecimento do cotidiano. É importante alertar para a diferença entre um currículo que parte do cotidiano e aí se esgota e um currículo que engloba em si mesmo não apenas a aplicabilidade do conhecimento formal traz outras dimensões ao desenvolvimento humano, além do “uso prático”. Há, portanto, uma diferença entre partir ou utilizar metodologicamente a experiência cultural do aluno como caminho para aplicação da experiência humana na escola e de�nir como currículo a experiência cultural do aluno (LIMA, 2005, 2007). Um currículo para a formação humana é aquele orientado para a inclusão de todos ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento, assim, a serviço da diversidade. Entendemos diversidade na concepção de que ela é a norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos apresentam, também, diversidade biológica (LIMA, 2005, 2007). Algumas delas provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas, as de modo habitual atualmente chamadas pessoas com necessidades especiais. Como a diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda, óbvia, por um currículo que atenda a todo tipo de diversidade. As artes �zeram parte dos currículos, em várias civilizações em momentos históricos distintos. Na verdade, a música sempre foi um componente curricular importante, acompanhada pela literatura. As artes visuais, a geometria e o desenho foram componentes curriculares que atravessaram os milênios. Na antiga Grécia, por exemplo, a música era componente curricular tão importante como a leitura e a literatura. Na Idade Média também se veri�ca essa presença. Mesmo no século XX, desenho artístico, desenho geométrico, música, canto orfeônico Os currículos iniciais nas escolas do antigo Egito, da Suméria e da Grécia tinham como eixo central a escrita, a matemática e as artes. Da escrita ensinava-se a leitura a todos, mas, o ato de escrever, propriamente dito, �cava reservado às classes sociais economicamente favorecidas. Minorias que chegavam até a escola permaneciam três anos para aprender somente a ler, enquanto as crianças das classes dominantes continuavam para aprender a escrever. Escravos que acompanhavam os �lhos dos senhores à escola, aprendiam a ler para ajudá-los nos deveres de casa. Na Roma Antiga, esses escravos eram chamados de pedagogos (PORTO, 2019). Um estudo cuidadoso da história do currículo na escola ao longo dos milênios revela que quando falamos em formação humana, em incluir a cultura na escola, não estamos falando em algo totalmente novo no processo de escolarização. A diferença é que hoje dispomos de muito mais conhecimento sobre o desenvolvimento do ser humano, notadamente da criança. O avanço nas várias áreas de conhecimento que estudam o ser humano em toda a sua complexidade, principalmente na área das neurociências (sobre o funcionamento biológico-cultural do cérebro), é que nos traz hoje outra dimensão para o ensino e a aprendizagem.

Essa pergunta também está no material:

Currículo e avaliação da aprendizagem (1)
131 pág.

💡 1 Resposta

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Parece que você copiou e colou um texto extenso sobre um plano de estudo. Como posso ajudar você com isso?

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