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Como está a educação infantil no Brasil hoje? Houve alguma alteração na legislação?!

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Larissa Trevisol

A criança em toda sua formação sofre influências internas e externas que promovem transformações e descobertas responsáveis por seu desenvolvimento e autonomia. São os primeiros passos rumo ao entendimento do mundo. Tudo isto parece fácil, mas decorre de processos reflexivos, conexões internas e externas e interação de forma dialógica com o mundo no qual está inserida, ampliando, assim, suas potencialidades.
Todo ser humano é diferente do outro e as crianças não são exceção a esta regra. Cada uma delas possui uma forma muito pessoal de ver o mundo, de aprender, de construir e até mesmo desconstruir através de processos significativos e ressignificativos que decorrem destas especificidades. Estes processos mentais passam por diversos avanços e retrocessos reflexivos e, na esteira das mudanças graduais, estes processos ocorrem de forma não linear e em períodos contínuos.
Porém, nenhuma criança deve ter seu desenvolvimento forçosamente antecipado, pois as consequências são extremamente conflituosas e arriscadas. Assim, se torna indispensável o acompanhamento de forma mediada em todo os processos, respeitando o espaço, tempo, modo e formas inerentes a cada fase e idade. O ideal seria que todos tivessem ciência e respeito às dinâmicas destes processos.
A lei deixa claro o lugar e a função da criança na sociedade. Inclusive, regula as penalidades para aqueles que insistem em desrespeitá-la. O fato é que todas elas possuem plena dignidade como ser humano. Esta verdade referendada e concretizada pela Convenção dos Direitos da Criança (1989) é inquestionável. A Constituição Federal (1988) também garante e assegura os direitos fundamentais à vida, liberdade, saúde, assistência, educação e proteção a todos, independe de qualquer peculiaridade.
Em contraponto a tudo isto, os desequilíbrios socioeconômicos geram desemprego, subemprego, processos migratórios e a ilegalidade, aumentando o nível de desestruturação familiar, a violência doméstica, o envolvimento com drogas, prostituição infantil, tráfico, enfim violência de forma geral. Assim, o seio familiar desestruturado, a criança paga o alto preço, ou seja, acaba sendo levada à prematuridade laboral assumindo, por força das circunstâncias, a responsabilidade por prover o sustento parcial ou total da família, buscando para isto qualquer forma de trabalho.
Esta nova configuração nos parâmetros de desenvolvimento da criança, diante do trabalho infantil, promove uma quebra na sequência de seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e educacional, e compromete também suas condições sociais em potencial. Assim, se faz necessário refletirmos a necessidade de assistir estas crianças de forma holística, buscando meios de combater o trabalho infantil, mazela que tem impacto no “pensar infantil”.
Este tema surgiu da inquietação a autora quanto à necessidade de se promover ações no combate ao Trabalho Infantil, para assim promover o entendimento e disseminação de informações em toda a comunidade escolar e do entorno, discutindo as implicações do trabalho infantil como obstáculo ao pleno processo de crescimento e desenvolvimento infantil, sobre as conseqüências maléficas do trabalho infantil à sociedade em diversas formas, especialmente afetando o futuro social.

 

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