a) Dentre os principais motivos pelos quais os mecanismos de controle mais tradicionais podem não trazer os resultados esperados nas organizações mais modernas, destacam-se:
i) Os cargos mudaram: os funcionários que trabalham com computadores, por exemplo, têm cargos mais variáveis e grande parte do seu trabalho é intelectual e, portanto, invisível. Por isso, não existe uma só maneira de realizar tarefas e programar ou padronizar cargos torna-se muito difícil. Uma supervisão próxima também é pouco realista porque é praticamente impossível monitorar atividades como raciocínio e solução de problemas.
ii) A natureza da gestão mudou: antes, os gestores sabiam mais sobre as tarefas do que os funcionários. Hoje, com a mudança para a economia do conhecimento, os funcionários costumam saber mais do que qualquer outra pessoa sobre seus cargos. Quando a verdadeira perícia de uma empresa reside em seus níveis inferiores, o controle hierárquico passa a ser impraticável.
iii) As relações trabalhistas mudaram: o contrato social do trabalho está sendo renegociado. Outrora, os funcionários estavam mais preocupados com salários, segurança no emprego e horas de trabalho. Hoje, contudo, cada vez mais funcionários querem estar plenamente engajados em seu trabalho, participar da tomada de decisões, criar soluções para problemas singulares e receber missões desafiadoras e envolventes. Eles querem usar o conhecimento que dispõem e buscam aprender ainda mais.
b) Nestes “novos” tipos de controle os gestores precisam potencializar seus funcionários para que tomem decisões e confiar que agirão de acordo com os interesses da empresa, ou seja, criar uma cultura de padrões e integridade elevados para que os funcionários exercitem por conta própria um controle eficaz. Isto envolve criar relacionamentos baseados em respeito mútuo e encorajar cada pessoa a assumir a responsabilidade por seus atos. Os funcionários trabalham dentro de um arcabouço de valores que os orientam e espera-se deles que usem o bom-senso.
c) Dentre os tipos deste mecanismo de controle estão a ampliação dos vínculos sociais com a organização como o incentivo ao comprometimento e ao engajamento; e o controle individualizado, ou seja, despertar nos funcionários a importância do autogerenciamento e autocontrole.
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