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Psoríase: Causas, Sintomas e Tratamentos

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DermatologiaDermatologiaDermatologia
PSORÍASE
É uma doença inflamatória crônica, de ocorrência
universal (mais prevalente em países mais frios, sendo o
frio um gatilho e o sol um fator protetor). 
A prevalência no Brasil é entre 1-3%, acometendo
igualmente ambos os sexos, com uma ligeira
prevalência em adultos com relação a crianças (pico
entre 2-3º década). 
Sabe-se que existe uma predisposição genética
(gêmeos tem concordância em 70% dos casos, pessoas
com mãe e pai com psoríase tem 40% ). Os principais
genes envolvidos são o PSORS e o HLA-B27 (psoríase
artropática). 
Acredita-se que haja uma resposta celular a um
antígeno proteico, que ativa linfócitos T, resposta th1
(TNF-alfa, gama e IL-2), th17 e th22. 
Além do componente genético, é necessária a presença
de algum fator desencadeante, que pode ser: o clima
frio, fatores emocionais (estresse), tabagismo, etilismo,
drogas (lítio, beta-bloqueador, anti-malárico, AINES,
IECA), interrupção abrupta de corticoide sistêmico
(eritrodermia no corpo inteiro), trauma (fenômeno de
Koebner), infecções (estreptococcus beta-hemolítico -
gutata aguda e HIV - grave). 
É a forma mais comum, sendo caracterizada por placas
eritemato-descamativas, bem delimitadas, com escamas
branco-prateadas. 
Ocorre geralmente nas faces extensoras, como
cotovelos, joelhos e pescoço. 
PATOGENIA:
APRESENTAÇÕES CLÍNICAS:
Em placas/vulgar:
Ocasiona um espessamento da pele, com pústulas
pruriginosas e fissuras. 
O tratamento é difícil, são mais resistentes. 
Palmo-plantar:
Geralmente são placas pequenas ou pápulas
eritematosas. 
É comum em jovens com infecção estreptocócica
prévia, sendo autolimitada e se tornando um fator de
risco para o desenvolvimento de psoríase vulgar. 
Gutata:
Em 50% dos casos acomete pacientes que já possuem
psoríase. 
A lesão mais comum é o pitting ungueal (buracos nas
unhas), pode ocorrer também onicólise (descolamento),
manchas de cor salmão (eritema ao redor das unhas) e
hiperceratose subungueal (espessamento). 
Ungueal:
É raro e acomete áreas de de oclusão, como a região
inguinal, axilar, abaixo das mamas. Ocorre uma maceração
eritematosa. 
Invertida:
É caracterizada por placas com pústulas (estéreis),
aglomeradas. 
Podem ser generalizadas (Von Zumbusch), promove
comprometimento do estado geral, com hipertermia e
depleção hidroeletrolítica. 
Ou localizadas (palmo-plantar), chamada de
acrodermatite crônica de Hallopeau. 
Pustulosa:
Causada pela parada abrupta de corticoides sistêmicos,
causa comprometimento do estado geral, pois pode
acometer até 90% da superfície corporal. 
Eritrodérmica:
Ocorre entre 6-40% dos pacientes com psoríase, sendo
que 85% iniciam com lesões cutâneas. 
Não se relaciona com a gravidade da psoríase. 
Em casos de suspeita, deve ser solicitado o Fator
Reumatoide que é negativo (para afastar artrite
reumatoide). 
O acometimento tende a ser interfalangial e axial. 
Artrite psoriásica:
O diagnóstico é clínico, com a análise cuidadosa das
lesões. 
Pode ser feita a curetagem mecânica de Brocq (raspar a
pele em cima das placas), pode ser visualizado o sinal
da vela (descamação de cor branca), a membrana
deradeira (raro) e o sinal de Auspitz/orvalho de sangue
(pontos sanguinolentos em baixo da pele). 
Em quadros atípicos pode ser solicitada biópsia das
lesões. 
DIAGNÓSTICO:
Sinal de Auspitz
Da gravidade e da resposta terapêutica, pode ser usado
o PASI ou o DLQI. 
A presença de comorbidades pode afetar a gravidade
da doença. 
Obesidade, dislipidemia, HAS, DM, insuficiência
coronariana, DII, alterações psicológicas (depressão,
ansiedade). 
Ou seja, alterações comuns na SM, é importante
ressaltar que pacientes com psoríase tem
chances aumentadas de terem IAM. 
Menos comuns - DPOC, asma, enxaqueca, NAFLD. 
AVALIAÇÃO:
O tratamento deve ser individualizado de acordo com o
perfil do paciente e a gravidade da doença. 
É incurável, mas pode ser controlada, melhorando a
qualidade de vida do paciente. 
Corticoides - pomada, creme, gel, loção cremosa, loção
capilar, fita oclusiva, injeção intralesional e xampu.
Possuem alta potência, geralmente é usado o Clobetazol. 
Análogos da vitamina D - pomada. O mais eficaz tende a
ser uma pomada com o corticoide associado a vitamina
D. 
Outros - Coaltar e LCD - xampu, loção capilar e
formulação magistral. Antralina - formulação
magistral. Imunomoduladores - pomadas e cremes. 
Podem ser usados coadjuvantes ceratolíticos, como o
ácido acetilsalicílico (3-6% em loção capilar), ureia (5-20%
em creme, pomada e loção), lactato de amônia (12% em
loção e creme) e ceramidas (creme ou loção). 
Água termal e óleo mineral também podem ser úteis. 
Utiliza ondas UVB narrow band e PUVA, são luzes com
comprimento de onda mais estreito. 
Metotrexate - barato, boa tolerância, deve ser feita
monitorização hematológica. 
Acitretina - em casos de reicidiva com o metotrexate,
deve-se ter cuidado com mulheres em idade fértil, além
de o paciente não poder doar sangue por até 3 anos após
o uso. 
Caso seja necessário o uso de outros fármacos podem
ser usados os biológicos:
Anti-TNF - adalimumab, etarnecepte e infliximab. 
Anti-IL-12/23 - ustequinumabe. 
Anti-IL-17 - secuquinumabe, ixequizumabe. 
Anti-IL-23 - guselcumabe. 
TRATAMENTO:
Tópico - pode ser usado em qualquer estágio da doença.
Geralmente são feitos ciclos de tratamento. 
Fototerapia - não é disponibilizada pelo SUS. 
Tratamento oral - usado para formas moderadas a graves:

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