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Desafio Colaborativo de Bromatologia

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Desafio Colaborativo da disciplina de Bromatologia.
Com o avanço dos métodos de avaliação no controle de qualidade dos alimentos, o preço do leite deixou de se basear apenas na quantidade fornecida e passou ter outros critérios, como teor de proteína e gordura, contagem bacteriana das células somáticas, dentre outros. Apesar disso, também houve um grande estímulo a prática de fraudes, dentre estas, a adição de melamina ao leite. 
A melamina é uma substância rica em nitrogênio e foi adicionada só leite da China com o objetivo de aumentar o teor de proteína aparente, já que o método oficial se baseia na quantificação do teor de nitrogênio total e por isso considera que todo nitrogênio quantificado provém da hidrólise das proteínas. Falta de inspeção adequada pode ter s ido o principal motivo para a liberação deste produto para o mercado. Sabe-se que a análise bromatológica dos alimentos é designada a verificação da composição química, o valor alimentício e calórico, propriedades físicas, químicas, toxicológicas dos alimentos e as ações desencadeadas no organismo humano e que para designar tudo isso temos dois tipos de análise: a análise química quantitativa e a análise química qualitativa. Na análise química qualitativa, é verificada a presença ou ausência do componente que está sendo determinado, sem importar ao analista a massa ou concentração desse na amostra. Assim, numa análise química qualitativa haverá resultados como: positivo/negativo ou reagente/não reagente. Já na análise química quantitativa, é verificado o teor (massa/concentração) do componente que está sendo determinado. Assim, uma análise química quantitativa sempre ter á como resultado um valor numérico seguido de uma unidade de volume, de massa ou de concentração. 
Assim sendo, podemos crer que houve falha na realização da análise bromatológica química qualitativa e não houve a realização da análise bromatológica química quantitativa. O laboratório de bromatologia, de forma simplista, consiste de um laboratório de química equipado com instrumentos, reagentes, vidrarias e metais específicos para análise de alimentos. Devido à
ocorrência de diversos processos em elevadas temperaturas, evolução de gases e vapores tóxicos, uso de diversos reagentes cáusticos e corrosivos e da ocorrência rotineira de reações químicas potencialmente violentas (explosivas) são necessários, além do conhecimento sobre os principais ícones de alerta, conhecimento acerca da rotulagem de reagentes e adequada conduta pessoal em laboratório. Alguns órgãos fiscalizadores definiram métodos para a detecção de melamina em alimentos, dentre os quais se destaca a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), cromatografia líquida com espectrometria de massas (LC-MS/MS) e cromatografia gasosa com espectrometria de massa (GC-MS/MS) (Organização Internacional para Padronização - ISO 2010). Contudo, tais métodos exigem longa preparação da amostra e execução da análise, utilizam reagentes nocivos à saúde, geram resíduos e possuem alto custo, o que muitas vezes inviabiliza a utilização dessas técnicas para grandes lotes de amostras, principalmente por aumentar o tempo de liberação de produtos em portos e aeroportos. A espectroscopia na região do infravermelho apresenta algumas vantagens, tais como: simples preparação e não destruição da amostra, ausência de reagentes nocivos à saúde, avaliação de diferentes características e obtenção de resultados confiáveis de forma simples e rápida. Diversos autores relataram a eficiência deste método na determinação da autenticidade e qualidade dos alimentos.
 A espectrometria de massas é um a técnica precisa que utiliza pequenas quantidades de amostras e os resultados obtidos são precisos. Apesar da disponibilidade de diferentes métodos para detecção de melamina, no Brasil ainda não foi definido método oficial para detecção e monitoramento de melamina em alimentos. Dentro deste contexto este trabalho teve por objetivo
aplicar a espectrometria de massas com ionização por eletrospray e a 
espectroscopia na região do infravermelho (IRS) na determinação de melamina em leite em pó.
Referências:
https://editora.ifc.edu.br/
http://www.unisalesiano.edu.br/
http://www.universidadefederaldelavras.br

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