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Cirrose é transformação da arquitetura normal do fígado por fibrose. Este fígado é acometido por um grau avançado de fibrose que vai se organizar formando nódulos no fígado. Nódulos ou micronódulos. A cirrose é o resultado final de uma agressão hepática prolongada. O indivíduo desenvolve depois de anos de inflamação, para que o fígado desenvolva fibrose o paciente tem que ter uma agressão hepática prolongada. Doenças hepáticas incuráveis, autoimune, hepatite b e c não diagnosticada podem levar a cirrose. Existe um agente agressor, o fígado consegue se regenerar, mas chega num ponto sem retorno que essa agressão inflamatória prolongada leva ao processo de fibrose. Essa agressão é inflamatória, qualquer uma. Pode ser por vírus de hepatite B e C (A e E a princípio não cronificam), pode ser por álcool, doença autoimune, uso crônico de chá. Pode ser por esteatose hepática (gordura no fígado) Café reverte fibrose hepática, é hepato protetor Fisiopatologia: Temos os hepatócitos e temos o endotélio do sinusoide que é fenestrado e o espaço dentro tem sangue. Entre o hepatócito e o sinusoide tem o espaço de disse que tem a célula de C e de ITO. Essas células conversam entre si para manter o grau correto de dilatação desse sinusoide, tenho uma tendencia maior a vasodilatação (leito de alta complacência e baixa resistência pq precisa receber muito sangue). A célula estrelada é um deposito de vit A, matriz extracelular saudável, colágeno que não forma fibrila. Mas a agressão inflamatória prolongada Covid inflama fígado porque faz uma hepatite por covid, só que vem e dps que a covid passa ela vai embora, é um evento pontual e ai o fígado se regenera. Caso o agente não seja retirado, a célula estrelada vai ser ativada depois de ano de inflamação e ela adquire novas características, de miofibroblasto e começa a fazer algumas coisas: ● Exerce uma força tensil sobre a célula endotelial do sinusoide, ela começa a puxar a célula, o que significa que o sinusoide perde a fenestra, um processo de capilarização dos sinusoides. ● Produz colágeno que produz fibrila, o que significa que começa a depositar fibrose. Essa fibrose no espaço de disse, ao redor do espaço porta no inicio e depois vai se alastrando. Essa inflamação não ativa só a célula estrelada, tb ativa a célula de Kupffer e a célula endotelial e uma coisa acontece: as 3 células não conseguem mais se entender, a balança de vasoconstrictores e dilatadores perde o equilíbrio e começa uma tendencia de vasoconstricção no fígado por conta de infecção. Os capilares sinusoides começam a sofrer vasoconstricção por inflamação. Isso também causa inflamação nos hepatócitos esse é o processo fisiopatológico da cirrose, não é da noite pro dia, leva anos a fibrose isola o tecido hepatocitario formando nódulos quais as consequências da cirrose para o funcionamento de um organismo?: Insuficiência hepatocelular: os hepatócitos estão morrendo, tem menos células Além de ter menos hepatócito, os poucos que estiverem presentes podem n estar funcionando direito devido a inflamação e ainda tem uma dificuldade do sangue chegar devido a capilarização e o paciente pode evoluir para insuficiência hepato celular Hipertensão portal: vai ter um aumento no sistema porta por conta de uma dificuldade do fluxo sanguíneo passar no fígado Inflamação sistêmica: não fica só nisso, o paciente cirrótico sofre inflamação sistêmica, uma doença inflamatória crônica, tem mediadores inflamatórios sistêmicos circulando porque o fígado está produzindo coisas tóxicas por estar inflamado e isso produz citocinas inflamatórias. Tem a inflamação que gerou cirrose e o fígado vai produzir produtos tóxicos porque não ta metabolizando e gera produtos tb que são liberados e esses produtos tóxicos estimulam a cascata inflamatória. O segundo ponto é que o funcionamento do intestino é prejudicado. Existe aumento da translocação bacteriana, o paciente cirrótico tem aumento de translocação bacteriana. Tem uma flora no intestino, no cirrótico, principalmente no descompensado, essas bactérias e seus produtos atravessam a parede do intestino e ganham a circulação sistêmica, elas podem acabar levando a infecção, mas elas fazem isso o suficiente para estimular a cascata inflamatória. O leuco não vai estar alto, pode ate estar baixo porque é uma inflamação crônica que pode levar a imunodepressão porque inibe a resposta celular Complicações: O fígado n consegue eliminar toxinas e um monte de consequências a partir disso vem Tem dificuldade de realizar o metabolismo intermediário como da glicose, por ex, podendo levar a hiperglicemia ou hipo. O paciente pode fazer hiperestrogenismo com hipoandrogenismo. O fígado faz parte do met do colesterol e precisamos para produzir hormônios, isso é mais fácil de perceber em homens Problemas de síntese proteica (albumina pressão oncótica, cascata de coagulação, anticorpo) Ascite, pode levar a sepse Encefalopatia Complicações mais tardias: Síndrome hepatorrenal (insuficiência renal terminal), síndrome hepatopulmonar, miocardiopatia hepática (inflamação do miocárdio induzida por isso), formação de vasos colaterais, carcinoma hepatocelular SISTEMA CIRCULATÓRIO HEPÁTICO O sistema circulatório hepático precisa de alta complacência e baixa resistência porque ele recebe cerca de 30% do debito cardíaco A artéria hepática é de alto fluxo, oxigena o fígado porque recebe sangue altamente oxigenado diretamente do tronco celíaco A porta tb leva muito sangue, 1l de sangue por minuto. O fluxo converge nos sinusoides, quando o hepatócito recebe o oxigenio n sabe se é da porta ou hepática, então ambas são importantes. A veia porta é formada pela esplênica e mesentérica superior e inferior Anastomoses portossistemicas: O sangue que sai das tripas não passa direto para circulação sistêmica, vai primeiro para o fígado porque ta cheio de toxina que precisa primeiro passar pelo fígado antes de cair na circulação sistêmica. Algumas comunicações existem: o esôfago distal comunica pela gástrica esquerda Existem outros pontos de comunicação portal e sistêmicas: entre as veias esofágicas que drenam para a azigo ou para a gástrica esquerda Uma parte do reto drena para porta e outra para cava e eles se comunicam então as veias renais As retais superiores drenam para a porta, mas as medias e inferiores para cava e elas fazem anastomose no anus ( ver isso de novo) Fisiopatologia da hipertensão portal Se apoia em três pilares: O fígado tem aumento de resistência porque tem fibrose no fígado e existe vasoconstricção intra hepática. Isso pode causar aumento de pressão Existe aumento de fluxo sanguíneo para a veia porta, chamada circulação hiperdinâmica. O corpo entende que existe uma vasoconstricção intrahepatica e para corrigir o sistema produz vasodilatadores e ai enquanto dentro do fígado tem vasoconstricção, no resto do corpo tem vasodilatação principalmente por NO isso chega no s porta e causa vasodilatação Soma a inflamação sistêmica devido a translocação bacteriana e pelos produtos tóxicos do próprio fígado Inflamação faz vasodilatação!!! Isso tudo faz com que caia a resistência vascular periférica e o coração vai aumentar a frequência cardíaca (pode ate ser uma causa de icc pq gera hipertrofia) Isso aumenta o fluxo p o sistema porta que se depara com aumento de resistência: hipertensão portal A causa mais comum da hipertensão portal é a cirrose hepática, mas esse aumento da resistência pode não ser intra-hepático A hipertensão portal pode ser pré hepática, hepática e pós hepática Se o paciente faz uma trombose na veia porta, aumenta a resistência na veia porta (não cirrótica) Pós hepática: supondo que o msm paciente com trombofilia ele trombose as veias hepáticas, elas drenam e isso vai se transmitir pra centrolobular que se transmite para o sinusoide que se transmite p espaço porta ate chegar na veia porta Síndrome de budd chiari é a síndrome pós hepática Causas intra hepáticas de hipertensão portal: Cirrose por comprometimento de sinusoides - tipo sinusoidalSe o paciente tem um verme no intestino que coloca ovos, esses ovos drenam ate chegar na veia porta, passam até chegar no sinusoide e vai parar ai e fica preso ai começa a fazer uma reação granulomatosa que gera uma fibrose, são vários ovos e faz hipertensão portal- hipertensão portal intra hepática pre sinusoidal. Isso é causado por esquistossomose e pode gerar ascite A esquistossomose é a principal causa de hipertensão portal não cirrótica Drogas que obliteram a veia centro lobular vai fazer hipertensão portal pós sinusoidal. Cirrose- evolução clinica A maioria dos pacientes com cirrose está em fase compensada e pode viver anos sem sintomas, sem saber que tem cirrose. Ele pode ter estigmas no exame físico, exames de sangue podem mostrar alterações e os de img com certeza mostram A fase descompensada: ascite, hemorragias, encefalopatia, icterícia Lesão renal aguda, (copiar) Estigmas msm na fase compensada: hipoandrogenismo e hiperestrogenismo então é comum ginecomastia, perda de pela do peito, axila, perna Pode aparecer aranhas vasculares ( acontece no tórax, um vaso contral e vasos periféricos e quando aperta some e dpsvolta) td isso por causa do hiperandroangenismo Vasos colaterais: o sangue ta engarrafado e sai procurando caminhos alternativos e sai engarrafando tudo, ele vai indo em direção a anastomoses portosistemicas, ele sai procurando onde possa fugir pela circulação sistêmica. Antes de conseguir ele engarrafa o meio do caminho e pode ficar visível porque engorgita os vasos, formando a “cabeça de medusa” nos vasos do umbigo porque la tem anastomose. Isso pode acontecer na parede do reto, do esôfago (varizes de esôfago) Nas varizes de esôfago ASCITE Vamos partir de vasodilatação sistêmica, ela vai causar uma redução do volume circulante efetivo, chega menos sangue pro rim porque ta preso, o que o rim faz é ativar SRAA, retem sódio e agua que só faz aumentar ainda mais a pressão portal porque aumenta muito a pressão hidrostática que aumenta mais ainda a tendencia do corpo de fazer vasodilatação Não é por causa da falta de albumina, a hipertensão portal que é a maior causa O rim esta em constante estado de insuficiência renal pre renal o tempo todo forçado a ativar SRAA e isso pode evoluir p insuficiência hepatorrenal Encefalopatia Tipo a é relacionada a doença hepática aguda, falência hepatocitaria Tipo b que é de by-pass Tipo c que é da doença hepática crônica, tb por falência hepatocitaria mas é cronica So percebe testando o paciente Classificação de child pugh BEATA Classificação escore de meld- transplante hepático Critérios: creatinina, bilirrubina, rnr,sódio É importante porque ele que organza a fila do transplante hepático, o maior fica na frente Tempo de protombina é um jeito e medir a coagulação, RNI é uma formula de padronizar o cálculo para n fique relativa ao laboratório, é um jeito de medir a função hepatica
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