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ANTICONCEPCIONAL NÃO-HORMONAL

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ANTICONCEPÇÃO NÃO HORMONAL
DIU
O DIU é o método contraceptivo não hormonal reversível mais usado mundialmente.
TIPOS: 
· Inerte: alça de Lippes®; Saf T Coel®; Dalkon Shields®
· Medicado: cobre 380 A (fixo, ‘7’, ‘T’, Multiload); Tcu 200; Progesterona 
Mecanismo de ação do DIU: 
Produz uma reação de corpo estranho no endométrio – que impede a nidação (implantação do ovo por ser hostil) do ovo e é espermicida. Não há interferência na ovulação e na fecundação. 
· O cobre aumenta a eficácia contraceptiva, pois também é espermicida (mata o espermatozoide), diminui a capacidade de fertilização do espermatozoide ou diminui sua motilidade. 
· A progesterona aumenta a quantidade de dias de menstruação, para que pudéssemos dispor de menos quantidades de hormônios, porque a progesterona atua dentro do endométrio. Além disso, espessa o muco cervical e induz à atrofia do endométrio, pois diminui os receptores de estrogênio. Então, mesmo que a mulher esteja ovulando normalmente, não tem proliferação endometrial visto que a progesterona está ali sendo liberada paulatinamente. 
DIU: Inserção 
Geralmente, o DIU é colocado com a paciente menstruada. Por quê? Porque na gravidez é contraindicado o uso do DIU, ocasionaria em abortamento. A garantia de que não ocorrerá o abortamento é que a paciente venha menstruada para a inserção do DIU. Além de que, quando há a menstruação, há a diminuição da tonicidade do orifício interno do útero para o sangue cair, causando maior conforto para colocar o DIU. 
Para colocar o DIU, passa o espéculo, visualiza o colo do útero, lava/limpa a vagina. Depois pinça o colo do útero e é colocado o histerômetro Então coloca isso no canal, bate no fundo do útero e se mede a distância do fundo do útero até o orifício externo e quando for colocar o DIU, insere o dispositivo e corta grande o fio para dobrar lá dentro (cuidado no corte porque como é um fio de nylon pode ficar espetando nas relações sexuais). 	
Retirada
Para retirar o DIU, é só puxar o fio que tem no dispositivo que fica no lado de fora do útero. Caso a paciente queira tirar o DIU, é só puxar o fio que o dispositivo sai.
Durabilidade
· T Cobre 200: 4 anos. 
· T Cobre 380 A: 10 anos. 
· Levonorgestrel: 5 anos – é o Mirena
· Prata e miniDIU: 5 anos
DIU: Contraindicações absolutas MEC=4
· Certeza ou suspeita de gravidez
· Sepse puerperal ou abortamento séptico
· Mola com β-HCG positivo: Mola é a degeneração neoplásica da placenta. O critério de cura para mola é o β-HCG diminuir mais a cada vez até negativar, se não tem β-HCG negativado não pode inserir o DIU até que se considere aquela mola tratada.
· Tuberculose pélvica/DIP/endocervicite atual: para chegar na cavidade uterina se faz necessário passar, primeiramente, pelo colo uterino, então as bactérias da endocervice são levadas para a cavidade peritoneal, produzindo uma endometrite, que será instrumental certa vez que o responsável pelo procedimento induzirá tal quadro.
· Câncer cervical/endométrio: não há problema em realizar o tratamento usando o DIU. O que não pode é realizar o diagnóstico de câncer invasor de colo de útero e colocar o DIU, pois o próprio tratamento do câncer irá induzir ficar estéril, não necessitando do DIU.
· Hemorragia de origem desconhecida: o DIU de cobre faz sangrar mais. Se a paciente está sangrando por motivos desconhecidos, pode acontecer, por exemplo, câncer de endométrio, que não acrescenta benefício algum a colocação de um DIU. O tratamento do câncer de endométrio vai implicar na perda uterina.
· Mioma ou malformação com distorção da cavidade: Se houver um mioma que cresça para dentro da cavidade endometrial denominado mioma submucoso, o próprio mioma funcionará como um DIU. Se colocar outro dispositivo nessa cavidade, ocorrerá a expulsão do dispositivo, desperdiçando o DIU.
· Câncer mama atual (LNG) (≥5 anos =3): mesma coisa do hormonal. é categoria 4 se estiver com câncer de mama até os primeiros cinco anos de segmento. Não pode usar DIU de levonorgestrel, mas pode usar DIU de cobre. Depois de passados 05 anos, passa ser categoria 3.
Qualquer situação em que haja inflamação/infecção pélvica, sepse puerperal, abortamento séptico, endometrite, doença inflamatória pélvica, tuberculose pélvica ou infecção do colo do útero (endocervicite) não se deve colocar DIU, pois irá comportar-se como um corpo estranho, colonizando as bactérias oriundas da infecção que, posteriormente, não será possível as combater com antibióticos mesmos que sistêmico. Então, não será possível tratar a infecção se há a presença do DIU. Primeiro é realizado o tratamento da infecção e depois é colocado o DIU. 
Então, antes de colocar o DIU, é necessário examinar a paciente, descartar que esta apresente algum sinal de endocervicite ou endometrite. Caso tenha, faz-se necessário o tratamento para posteriormente colocar o DIU. 
É necessário examinar a paciente sem que ela esteja no período menstrual, pois, na presença do sangue, não é possível analisar as possíveis secreções, a mobilidade e dor. 
Existem mulheres as quais não tiveram a fusão dos ductos, na formação embriológica, e, consequentemente, não tem uma cavidade, mas sim duas cavidades com um septo ao meio podendo ser parcial ou total; ou há a presença de um útero muito pequeno até pela má formação. Às vezes, se eu colocar um DIU nessa cavidade, a chance de expulsão é maior. E, se existir duas cavidades, teria que colocar dois DIU, pois pode não engravidar em uma cavidade, mas se a outra estiver livre, pode engravidar na outra cavidade. Então, não é um bom método para quem tem distorção ou deformidade da cavidade intrauterina. 
DIU – Contra-indicações relativas (MEC=3)
· Menstruação volumosa (cobre) / anemia grave (cobre)
· Sensibilidade ou alergia ao cobre 
· Puerpério maior que 48h e menor que 4 semanas: período de involução dos órgãos genitais depois do parto. Então, pode colocar um DIU imediatamente após o parto. Se passar de 48h após o parto, só é possível a colocação do DIU um mês depois, pois a taxa de expulsão é maior no período de involução dos órgãos genitais
· Dismenorreia grave (cólica) – (cobre)
· Múltiplos parceiros/ risco de DSTs (inserção 2/3); não se deve colocar, pois ela tem mais risco de infecção e proliferação bacteriana. 
· Trombocitopenia (cobre) – menstrua muito, pode evoluir para anemia
· Mola com β-HCG negativo: LNG e cobre
· TV/EP atual (LNG)
· Doença isquêmica cardíaca (LNG)
· Anticorpo antifosfolipídeo (LNG);
· Enxaqueca com aura (LNG)
· HIV grave (não pode colocar diu, se não tiver controlada). LNG iniciar
· Insuficiência hepática (LNG)
· Nulípara (2); LNG e cobre – risco de expulsão
· Estenose cervical grave; 
DIU – Complicações 
· Expulsão: 5% expulsam espontaneamente, sendo mais comum em nulíparas; 
· Perfuração: 1/3000. Principalmente em útero retrovertido;
· Sangramento: Maior com DIU inerte e de cobre; atenção para anemia;1-2 dias de menstruação;
· Dor: Cólicas menstruais ou fora deste período; Cede com AINH 
· DIP: Relacionada a inserção, agrava quadro clínico, selecionar pacientes, Actinomyces; 
· Gravidez: Retirar o DIU imediatamente. Prenhez ectópica. 
· Fios ausentes: Identificar o DIU, cuidados na retirada. 
Ao colocar o DIU, mesmo sem contraindicações, pode acontecer de expulsar o DIU espontaneamente. O profissional deve checar se a cavidade uterina da paciente não possui alterações, eventualmente as más formações da cavidade uterina não produzem sintoma, podendo pedir USG. A expulsão é maior nas nulíparas. E eventualmente, tem-se cavidades uterinas menores para o tamanho padrão de DIU, fazendo necessário usar um DIU menor. 
Pode acontecer de, na hora de colocar o DIU, perfurar o útero. A perfuração pode ser parcial, que ocasiona do DIU preso na parede uterina, ou total em que o DIU pode ser jogado na cavidade abdominal. Nisso precisará abrir a cavidade abdominal para a retirada do DIU (laparotomia).
O sangramento é muito maior quando se tem o DIU não medicado. Tem que prestar atenção no perfil menstrual da paciente, pois, segundo algumas literaturas, o DIU pode aumentar até04 dias o período menstrual. Pode ocasionar anemia. 
O DIU pode dar cólica: o de cobre, pois este não interrompe a menstruação. Geralmente, essa cólica cede com AINES. Eventualmente, se tiver disminorréria importante ou endometriose, o ideal é que uso o DIU de levonorgestrel para cessar a menstruação. 
O DIU só produz doença inflamatória pélvica no momento da inserção. Se inserir num útero sem ter feito o diagnóstico de endocervicite, de fato, poderá ocorrer endometrite, pois carregou bactérias para dentro da cavidade uterina. Normalmente, a infecção acontece 20 dias após a inserção do dispositivo. 
Alguns pacientes só conseguem tratar a doença pélvica com a remoção do DIU, nesses casos são retirados os dispositivos e refeito o tratamento. Existe uma bactéria que é exclusiva de pacientes com DIU, chamada Actinomyces.
Nos casos de gravidez, o DIU é retirado imediatamente, pois o DIU induz o abortamento, induz prematuridade, gerando complicações. Deve-se tirar o DIU e vigiar a gravidez. Como o DIU não interfere na ovulação, com o DIU de cobre acontece alguns números de prenhez ectópica.
Quando acontece do fio do DIU estar ausente, pode ser que esteja enrolado dentro do canal. Com a escovinha de colher preventivo, tenta puxar o fio do DIU. Caso não tenha encontrado o fio, pede um USG para verificar se o DIU ainda está no útero. Só consegue tirar com histerescopia. 
DIU – Vantagens
· Boa eficácia 
· Não interfere na vida sexual 
· Independe da vontade da paciente 
· Trata sinéquias uterinas 
· Induz amenorréia após 1 ano de uso (Mirena®) - LNG
· Proteção contra DIP/Câncer de endométrio (Mirena®) - LNG
Pode ser usado: 
· Mulheres em uso tamoxifen (cobre)
· Tratamento da menorragia/ melhora anemia (LNG)
· Tratamento da dismenorréia/adenomiose/endometriose (LNG) – INDUZIR AMENORREIA
· Mulheres em uso estrogenioterapia isolada (LNG)
· Tratamento hiperplasia de endométrio (LNG)
· Mulheres com vasculopatias (LNG)
MÉTODOS DE BARREIRA
· Não possui efeito sistêmico 
· Possui poucos efeitos prejudiciais locais; 
· Podem impedir transmissão de DSTs; 
· Existem raras contraindicações; 
· Fácil aquisição; 
· Não precisa de prescrição; 
· Não requer acompanhamento e retorno imediato à fertilidade. 
MULHERES QUE NUNCA USARAM MÉTODOS DE BARREIRA TEM 2 VEZES MAIS CHANCE DE DESENVOLVER CANCER DE ÚTERO.
As camisinhas são os únicos que impedem a transmissão de DST.
DIAFRAGMA
· É uma cúpula de borracha ou silicone para quem tem alergia ao látex, com diâmetro entre 50 e 150 mm que deve ser inserida na vagina antes das relações sexuais, com a parte côncava virada para o colo do útero. Coloca espermicida. 
· Os diâmetros mais usados são os com medida entre 65 e 80 mm. 
· NÃO PROTEGE CONTRA O HIV. 
· Pelve deve estar normal (idosas não ppodem)
Eficácia: falha 2-23%; Típica 16%
Inserção: até 6h antes do coito
Retirada: 06 a 24 horas depois
Instruções de uso:
· Exame ginecológico para afastar contraindicações
· Medida ideal (escolher o maior anel que não gere desconforto) – fazer o toque. 
· Manipulação pela paciente: Inserir/retirar; conferir normotopografia; Conservação
· Duração 2-3 anos
Vantagens: Menos gonorreia, Tricomoníase, Clamídia, DIP. (porque o espermicida mata bactéria)
Desvantagens: Irritação (alergia ao látex e/ou espermicida); aumenta 2-3 vezes ITU; choque tóxico; uso prologado pode causar abrasão na vagina; modifica o tamanho com parto ou peso. 
Uma mulher comprou um diafragma e engravidou. Após o parto, provavelmente terá que comprar outro tamanho de diafragma. 
CAPUZ CERVICAL
· Só existe em 3 tamanhos;
· Inserção dura até 48 horas;
· Não precisa espermicida;
· Mulheres com colo plano ou muito longe não conseguem usar;
· Não retirar antes 8h após coito;
· Não existe no Brasil.
· Cúpula de borracha que gruda, por sucção, no colo uterino. Não existe no Brasil. Como age por sucção, é necessário que a paciente tenha um colo uterino protuso. Colo plano não funciona. 
· Não precisa usar, concomitantemente, o espermicida. Porém, só existe em quatro tamanhos. 
· A inserção dura até 48h. 
Então, se tiver maratona sexual, é melhor ir de capuz do que de diafragma!
ESPONJA CONTRACEPTIVA
Disco de poliuretano com liberação lenta de espermicida
Não tem no Brasil
É descartável. 
Composição:
“Today” - Nonoxinol 9
“Protectaid” - Nonoxinol 9 + Cloreto de benzalcônio + Colato de sódio
Método de ação
· Absorve sêmen e bloqueia canal; 
· Não retirar antes de 6 horas pós coito
· Dura 24h independente da frequência de coito
· Infecção por gonorreia, clamídia e tricomoníase
Efeitos colaterais: Alergia, secura, prurido. – Induzidos por espermicidas
Toda vez que alguma mulher vai ter uma relação sexual e usar o diafragma, é necessário refazer a dose de espermicida. Já a esponja não. Ao molhar a esponja com o espermicida, dura 24h 
Após molhar a esponja com Nonoxinol 9 – espermicida – introduz a esponja na vagina 
ESPERMICIDAS:
São compostos tensoativos que agem lesando a membrana celular do espermatozoide – ou matando o espermatozoide, ou paralisando, ou impedindo a capacidade fecundativa do espermatozoide. 
· Tipos: nonoxinol-9; octocinol-9; menfegol
· Veículos de base: geléias, cremes, espumas, óvulos, tabletes e películas solúveis
· Dose: 60-100 mg por aplicação
· Aplicar de 10 a 30 minutos antes do intercurso
· Geleias, cremes e espumas duram 8 horas
· Comprimidos duram menos de 1 hora
· IG: 28 gestações/100mulheres/ano
INDICAÇÕES: Associação a outros métodos de barreira
EFEITOS COLATERAIS: Alergia, normalmente relaciona-se ao veículo de base
Vantagens: Baratos, fácil aquisição e fácil utilização
NÃO PROTEGE CONTRA HIV
PRESERVATIVO
PRESERVATIVO MASCULINO: 
Metas
· Uso correto; 
· Uso consistente (uso em todas as relações); 
· Preço acessível e disponibilidade
SUS: Programa de contracepção e Programa de Prevenção de DST
Orientação ao paciente: Usar em toda e qualquer relação.
Não usar cremes a base de vaselina. Usar lubrificantes a base de água. 
 
VANTAGENS: 
· Não tem efeitos secundários e pode ser usado sem receita médica; 
· Proteção contra DST;
· Fácil acesso e baixo custo.
· Eficácia de 98% quando bem colocado.
DESVANTAGENS: 
· Pode ser desconfortável; 
· Pode romper (faz contracepção de urgência ou faz prevenção de gonorreia, clamídia, tricomoníase com anti retroviral);
· É descartável; 
· Requer cuidados e tem prazo de validade – não pode ficar no sol/calor. 
PRESERVATIVO FEMININO
Confeccionado de poliuretano é mais resistente que o látex oferecendo menor risco de ruptura 
· É confortável; 
· Pode ser introduzida antes da relação, não precisa ser retirada imediatamente após a ejaculação; 
· Pode ser usado com lubrificante a base de óleo, não causa reação alérgica 
· Índice de Pearl:1,6 a 21%
É introduzida como o anel vaginal, cobrindo toda o canal vaginal. É confortável, mas não é bonito. Pode colocar antes do ato sexual, já pode chegar utilizando a camisinha feminina, uma vez que não depende de pênis ereto. 
Não precisa ser retirada imediatamente após a ejaculação. 
Lubrificante a base de óleo não estraga o poliuretano. 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
Coito em período não fértil:
· Abstinência periódica (calendário, muco cervical, temperatura basal, sintotérmico) 
· Método de amenorréria lactacional
Ejaculação extra vaginal:
· coito interrompido, variantes sexuais – qualquer ejaculação do joelho para baixo e do umbigo para cima, não terá risco de engravidar. Tem que ter a certeza que não há espermatozoides na região genital. 
MÉTODO OGINO- KNAUS (TABELINHA, CALENDÁRIO, RITMO)
· Antes de iniciar o método deve-se registrar a duração do ciclo por pelo /menos 8 meses
· Calcular a diferença entre o ciclo mais curto e o ciclo mais longo - Se for maior que 10 não realizar o método, pois o tempo de abstinência é quase o tempo do ciclo. 
· O cálculo do período fértil: Ciclo mais curto – 18; Ciclo mais longo-11
Ex: ciclo mais curto 26d e Ciclo mais longo 30d 
(26-18=8) e (30-11=19)
Abstinência do 8° ao 19° dia do ciclo atual – não deve ter relação sexual
VANTAGENS: 
· Não apresenta efeitos colaterais físicos;· Grátis; 
· Aumenta o conhecimento da mulher sobre o seu sistema reprodutivo; 
· Retorno imediato da fertilidade.
DESVANTAGENS: 
· Alta incidência de falha (principalmente por fazer conta errada); 
· Difícil para algumas mulheres detectar o período fértil; 
· Não protege contra DST/AIDS.
MUCO CERVICAL: 
Não protege contra DST/AIDS 
· O muco produzido pelas células glandulares do colo sob influência do estrogênio e progesterona modifica suas características ao longo do ciclo menstrual.
· Parte do pressuposto que, quando a mulher está perto do dia fértil, o muco cervical fica filante, transparente, volumoso e forma fio. Essa filância é característica do muco pré-ovulatório. Se há progesterona depois da ovulação, o muco perde a filância, fica branco e passa a ser hostil a ascensão espermática. 
· A percepção de muco ou sensação de lubrificação vaginal impõe abstinência sexual, até o quarto dia após a percepção do muco. Quanto mais longo está esse fio, mais próxima está a ovulação. Encontrou o muco? Para de ter relação. Esperar aproximadamente 04 dias após a percepção do muco sem ter relação. 
Principais causas de falha: 
· Fluxo tardio do muco; 
· Ápice do muco precoce; 
· Infecção vaginal; 
· Ausência da percepção do muco. 
TEMPERATURA BASAL: NÃO PROTEGE CONTRA DST/IST
· Após ovulação ocorre aumento dos níveis séricos de progesterona que eleva a temperatura basal entre 0,3 e 0,8 graus. 
· Deve-se registrar a temperatura diária pela manhã com pelo menos 5 horas de sono antes de qualquer atividade por 5 minutos.
· A abstinência deve ocorrer do primeiro dia do ciclo até o quarto dia que houve aumento da temperatura.
SINTOTÉRMICO:
· Combinação dos métodos anteriores para garantir eficácia com mais dias sem abstinência.
AMENORRÉIA LACTACIONAL:
Uso correto e consistente significa:
· A dieta do bebê consiste de pelo menos 85% de leite materno, a mãe amamenta o bebê frequentemente durante o dia e durante a noite
· A menstruação não retornou
· O bebê tem menos de 6 meses de vida
Se uma dessas condições não estiver presente a mulher deve usar outro método eficaz que não interfira na amamentação. 
Começar a usar outro método quando:
· Menstruação retornar; 
· Parar de amamentar em tempo integral ou quase integral; 
· O bebê completar mais de 6 meses; 
· A mulher quer usar outro método anticoncepcional.
É a promessa de que, quando a mulher está em aleitamento exclusivo, não engravidará. Se mesmo amamentando, ocorrer a menstruação, pode ocorrer prenhez. 
COITO EXTRAGENITAL:
· Não deve ser recomendada, porém pode ser útil em emergências quando não estão disponíveis outros recursos.
· Requer autocontrole por parte do homem.
Importante: 
· Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de uma eventual relação anterior;
· Não causa risco à saúde; antes da ejaculação o pênis deve ser retirado e colocado longe das genitálias femininas;
· Pode ocorrer insatisfação sexual por um ou ambos os parceiros
· Não oferece proteção contra DST/AIDS
CONTRACEPÇÃO DEFINITIVA
Feminina: 
· Laqueadura tubária (Laparotômica; Laparoscópica; Vaginal) NÃO É REVERSIVEL, SO ENGRAVIDA COM TERAPIA ASSISTIDA. 
Esterilização feminina
Laparotômica: 
· Técnicas: Pomeroy; Irving; Uchida; Fimbriectomia
· Pós-parto: Cesareana; Transumbelical (parto normal)
· Laparoscópica: Clipe Hulka Clemens; Clipe de Filshie; Anel de Yoon. 
Masculina: 
· Vasectomia – procedimento ambulatorial em que o saco escrotal é aberto e é pinçado o canal deferente. 
Técnica de The Pomeroy: faz uma alça na parte mais longa da tuba, amarra e corta. É uma das melhores técnicas para recanalizar porque depois se não tiver tirado um pedaço muito grande uma luz vai ser muito semelhante a outra luz. Se tirar um pedaço muito grande depois não consegue fazer com que uma luz fique semelhante a outra não consegue fazer recanalização. 
Técina de Irving: corta a trompa e a outra é amarrada virada ao contrário na superfície uterina. 
 Técnica de Uchida: abre o peritônio pega a parede tubária, corto e faz uma ligadura de cada lado. É a melhor para recanalizar, mas a mais complicada de fazer
Clipe Hulka Clemens; Clipe de Filshie; Anel de Yoon.
Anel de Yoon: tipo uma borrachinha só que é igual um garrote, faz fazer isquêmia e ocluir a luz tubária. Essas técnicas são muito mais fáceis para recanalizar. São dispositivos feitos por estereoscopia e insere esses dispositivos na entrada da tuba, aí eles fazem uma reação inflamatória e ocluem a entrada da tuba. 
LEI 9263 QUE DISPÕE SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL (12 DE JANEIRO DE 1996)
Todas as unidades de saúde têm que ter atividades educativas sobre sexualidade e sobre a função dos órgãos genitais. A orientação e a educação têm que ser oferecidas. E regulamenta, também, o desejo de esterilização. 
Artigo 10: Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações:
I. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
II. Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos
§ 1º - É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. 
§ 2º - É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores.
§ 3º - Não será considerada a manifestação da vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º - A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através de histerectomia e ooforectomia.
§ 5º - Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de
ambos os cônjuges.
§ 6º - A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer
 mediante autorização judicial, regulamentada na forma da lei.
Artigo 11: Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado pelo Presidente da República e mantido pelo Congresso Nacional, em 20/8/1997)
Artigo 12: É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à prática da esterilização cirúrgica.
Artigo 13: É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer fins.
CAPÍTULO II - DOS CRIMES E DAS PENALIDADES
Artigo 15: Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no art. 10 desta Lei.
Pena: reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço se a esterilização for praticada:
I - Durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do art. 10 desta Lei.
II - Com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;
III - através de histerectomia e ooforectomia;
IV - Em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial;
V - Através de cesárea indicada para fim exclusivo de esterilização.
PARTICULARIDADES - NECESSIDADES ESPECIAIS:
♀ com limitação nas mãos/MMSS não usam métodos de barreira nem anel vaginal. 
♀ comimobilização prolongada não devem usar combinados, pelo risco de trombose do estrogênio. 
♀ com deficiências mentais ou intelectuais ou analfabetas não devem usar pílulas diárias. 
♀ com obesidade mórbida não usam métodos de barreira nem anel vaginal (não alcançam). 
♀ analfabetas ou com discalculia não devem fazer tabela ou temperatura basal. 
Não fazer esterilização involuntária, pois fere direito de autonomia da lei.

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