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Abordagem da diarreia em caes e gatos

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Abordagem da diarreia 
em cães e gatos
DIARREIA
DEFINIÇÃO:
“Início abrupto ou recente de evacuação com
conteúdo anormalmente alto de água e/ou sólido
nas fezes, causada por desequilíbrio nas ações de
absorção, secreção e/ou motilidade intestinais.”
MECANISMOS
OSMÓTICA:
Uma quantidade excessiva de moléculas no lúmen intestinal atrai água por osmose e ultrapassa a capacidade
de absorção do intestino.
Características: é interrompida com o jejum, fezes de pH ácido, odor azedo e com alimento não digerido.
Causas: mudanças da dieta, alimentação excessiva, parasitismo de intestino delgado (casos de giardíase,
por exemplo), doenças inflamatórias crônicas (enterite eosinofílica, linfocítica-plasmocitária), linfangiectasia,
linfoma do trato digestório, alterações anatômicas, corpos estranhos, insuficiência pancreática exócrina (IPE)
ou deficiências enzimáticas e de fatores de transporte de nutrientes (obstrução biliar).
MECANISMOS
SECRETÓRIA:
Aumento da secreção de líquido por células das criptas intestinais para a luz intestinal ou
inibição da absorção por causa de drogas ou toxinas.
Características: não cessa com o jejum, fezes aquosas e claras, leva o paciente a grave
desidratação e acidose metabólica.
Causas: toxinas bacterianas (E. coli, Vibrio cholerae, Clostridium perfringens), estimulação
parassimpática (distensão de alças intestinais, processos dolorosos intra-abdominais), além de
mediadores de inflamação e hormônios gastrointestinais, intoxicação por metais pesados.
EXSUDATIVA OU POR AUMENTO DA PERMEABILIDADE:
Extravasamento de líquido tecidual, proteínas séricas, sangue ou muco a partir de locais de
infiltração, ulceração ou inflamação intestinal.
Características: variáveis e de causas dependentes.
Causas: aumento da pressão hidrostática dentro da parede intestinal (enterites e
linfangiectasia intestinal) ou externa a ela, como na insuficiência cardíaca congestiva e
hipertensão portal, enteropatia perdedora de proteínas (EPP), doença intestinal crônica,
hipoproteinemia, gastrinterites hemorrágicas (GEH), ancilostomíase, histoplasmose intestinal,
parvovirose.
DISFUNÇÃO DA MOTILIDADE:
O aumento na propulsão anterógrada ou a diminuição nas contrações segmentares são
alterações na motilidade intestinal que podem levar a prejuízos na digestão e absorção e causar
diarreia.
Hipomotilidade: ocorre estase e hipercrescimento bacteriano. Causas: íleo paralítico, massas,
obstruções, infecções bacterianas invasivas difusas.
Hipermotilidade: os fluidos retidos causam distensão. Causas: síndrome do intestino irritável,
obstrução e/ou má absorção com consequente distensão intestinal, hipertireoidismo, diarreias
osmóticas/secretórias/permeabilidade.
Descartar e tratar
os endoparasitas
Obter o histórico e
realizar o exame
físico
Diferenciar ascausas primárias esecundárias de
diarreia
Caract
erizar o
proces
so
patoló
gico
Realizar testesterapêuticos(diagnóstico empírico),se não houvercontraindicação
Efetuar a avaliaçã
o
histopatológica d
e
biopsias
ABORDAGEM CLÍNICA
É vacina
do?
Vermifugado?
ANAMNESE
Pode ter tido contato
com venenos ou
produtos de limpeza?
Houve mudança no
 hábito alimentar
ou no alimento forn
ecido?
Tempo de
 evolução
? 
Frequência?
Progressão? 
Gravidad
e?
Intensid
ade? Houve muda
nça de
comportame
nto? 
Ele apresentoudificuldade paradefecar? 
Qual a consistência dasfezes? E a cor?
Tem muco ou sangue? 
Como é o apetite dele? 
Como é a ingestão de
água? 
Ele perdeu ou ganhou
peso?
Como é o l
ocal em qu
e
ele vive? 
Tem acesso à rua e/ou
lixeiras? 
Foi medica
do? 
Apresentou melhora oupiora? 
Com 
que
frequ
ência
?
Convive c
om outro
s
animais?
 
Eles apresentaram
sintomas?
Qual a idade do
animal?
Foi um episódio isolado? Há acometimento sistêmico? 
Há sinais de doença mais grave? Medidas diagnósticas/terapêuticas
SINAIS CLÍNICOS
1
3
2
4
Gravidade da doença; Desidratação, depressão ou
letargia;
Dor e desconforto abdominais,
febre, sinais de hipotensão, náusea
e fraqueza;
Presença de sangue e/ou muco
ou a consistência alterada das
fezes no reto.
EXAME FÍSICO
1
3
2
4
Tricurídeos Nematódeos Ancilóstomos
Cestódeos Protozoários
Toxocara canis e Toxascaris leonina Ancylostoma spp.
Uncinaria spp.
Dipylidium caninum
Taenia spp.
Isospora sp. 
Cryptosporidium parvum
Giardia sp
Toxocara cati e Toxascaris leonina
Trichuris vulpis
Intestino grosso Strongyloides stercoralis
Echinococcus spp.
Tritrichomonas foetus
Intestino delgado
Intestino delgado
Intestino delgado
Intestino delgado e/ou grosso
Sim
Pode ocorrer
Comum
Comum
Normal ou pouco aumentada
Não
Frequentemente aumentado
Amolecida, bolo fecal aquoso
Melena
Não
Sim
Não
Não
Sim
Sim
Rara
Não
Não
Pouco comum
Aumentada
Sim
Normal ou diminuído
Amolecida, bolo fecal formado
Hematoquezia
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Não
Perda de peso, desnutrição
Polifagia, coprofagia
Desidratação
Vômito
Frequência de defecação
Urgência em defecar
Volume fecal
Consistência
Sangue nas fezes
Muco
Esteatorreia
Tenesmo
Disquezia
Alimento não digerido
Flatulência/Borborigmos
Características Delgado Grosso
INTESTINO
GROSSO
INTESTINO
DELGADO
Fotos: acervo pessoal
Alimentar: ingestão de lixo, material não alimentar ou
alimento estragado, alterações abruptas na quantidade
ou no tipo dos gêneros alimentícios, intolerância
alimentar — má digestão, hipersensibilidade alimentar.
Parasitárias: verminóticas (ancilóstomos, ascarídeos,
tricúris, estrôngilos e cestódeos) ou protozoárias
(Giardia, coccídios e Entamoeba). 
Virais: parvovírus (parvovírus canino e panleucopenia
felina), coronavírus, rotavírus, vírus da cinomose, FIV,
FeLV. 
Bacterianas: Salmonella, Campylobacter, Clostridium
spp., Escherichia coli, etc.
Fúngicas: histoplasmose. 
Doenças metabólicas: hipoadrenocorticismo,
hepatopatias, nefropatias e pancreatopatias.
Obstruções ou corpos estranhos: ingestão de corpos
estranhos, intussuscepção ou vólvulo intestinal. 
Medicamentos e toxinas: metais pesados (chumbo),
organofosforados, anti-inflamatórios não esteroides,
esteroides, antimicrobianos, anti-helmínticos, agentes
antineoplásicos, etc
Idiopáticas: gastrenterite hemorrágica. 
CAUSAS
Duração de até 15 dias
Geralmente origina-se de distúrbios que
ocorrem em intestino grosso
Vômito agudo pode ocorrer
concomitantemente
Depressão, febre e desidratação, sinais
de dor abdominal, presença de gases ou
fluidos, com distensão das alças
intestinais
INTESTINO DELGADO:
Doenças primárias: enteropatia inflamatória,
neoplasia, infecção bacteriana, infecção viral
(coronavírus, parvovírus, vírus da cinomose,
rotavírus), infecção fúngica (histoplasmose,
aspergilose), parasitas (p. ex., Giardia, Toxocara
spp., Ancylostoma etc), obstrução parcial (p. ex.,
corpo estranho, intussuscepção e neoplasia) etc.
Má digestão: Insuficiência pancreática exócrina,
doença hepatobiliar.
Alimentar: Intolerância alimentar (diarreia
responsiva ao alimento), alergia alimentar, mudança
brusca da dieta.
Distúrbios metabólicos: doença hepatobiliar,
hipoadrenocorticismo, gastrenterite urêmica, toxinas
— intoxicação alimentar, reações medicamentosas
adversas, entre outros.
CAUSAS
Alteração na frequência, na consistência e
no volume das fezes por mais de 3
semanas
Pode ter origem nos intestinos delgado
e/ou grosso (natureza mista ou não)
A palpação abdominal pode revelar
espessamento das alças intestinais
ID:
Má condição corporal;
Nível variável de desidratação;
Palpação retal normal
CAUSAS
Alteração na frequência, na consistência e
no volume das fezes por mais de 3
semanas
Pode ter origem nos intestinos delgado
e/ou grosso (natureza mista ou não)
A palpação abdominal pode revelar
espessamento das alças intestinais
ID:
Má condição corporal;
Nível variável de desidratação;
Palpação retal normal
 
IG:
Geralmente condição corporal normal;
Desidratação é incomum;
Palpação retal pode mostrar
irregularidades
 
INTESTINO GROSSO:
Doenças primárias: doença intestinal inflamatória,
neoplasia, pólipos retais benignos, infecção
(histoplasmose, Clostridium perfringens,Salmonella spp.,
Campylobacter jejuni, Prototheca e pitiose), parasitas
(Trichuris vulpis, Giardia, Ancylostoma caninum,
Entamoeba histolytica e Balantidium coli),
intussuscepção ileocólica e inversão cecal.
Alimentar: indiscrição/imprudência alimentares,
mudanças na dieta e corpo estranho, dieta rica em
fibras (diarreia responsiva do intestino grosso).
Diversas: síndrome do intestino irritável.
GATOS:
Doenças primárias: doença inflamatória intestinal, neoplasia (linfoma, adenocarcinoma, mastocitoma),
infecção bacteriana, infecção viral (coronavírus intestinal, PIF, infecção associada a FeLV/FIV), infecção
fúngica, parasitas (Giardia, Toxocara spp., Ancylostoma, Toxascaris leonina, Cryptosporidium spp., Cystoisospora
spp., Tritrichomonas foetus), obstrução parcial (p. ex., corpo estranho, intussuscepção e neoplasia),
linfangiectasia secundária, proliferação bacteriana no intestino delgado, síndrome do intestino curto, atrofia das
vilosidades, úlceras duodenais.
Má digestão: doença hepatobiliar, insuficiência pancreática exócrina.
Alimentar: intolerância alimentar (diarreia responsiva ao alimento), alergia alimentar, mudança rápida da dieta.
Distúrbios metabólicos: hipertireoidismo, nefropatia, doença hepatobiliar, toxinas.
Anomalias congênitas: encurtamento do cólon, desvio portossistêmico, ligamento pancreático-mesojejunal
persistente.
IPE: imunorreatividade
semelhante à da tripsina;
Pancreatite:
imunorreatividade da lipase
pancreática;
Má absorção: cobalamina
e folato sérico; 
Hipodrenocorticismo: nível
de cortisol em repouso; 
Doença hepatobiliar:
ácidos biliares séricos em
jejum e duas horas pós-
prandiais;
 
Histórico + exame físico
+ coproparasitológico +
teste ELISA
Hemograma +
bioquímico + urinálise
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL OUTROS TESTES
Radiografia abdominal -
simples ou contrastada
Ultrassonografia
abdominal
DIAGNÓSTICO
POR IMAGEM
Endoscopia/laparosco
pia e biopsia das
mucosas
OUTROS
MÉTODOS
Terapia sintomática: buscopan composto, simeticona, antieméticos
Tratamento empírico ou análises fecais positivas: anti-helmínticos
(fembendazol), antiprotozoários (metronidazol), coccidiostáticos (sulfadimetoxina)
Fluidoterapia e correção dos desequilíbrios eletrolíticos 
Antibióticos
Probióticos 
Restrição de atividade física
Jejum (12-24h) ou dieta branda
TRATAR A CAUSA SUBJACENTE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Feitosa, F. L. F. Semiologia Veterinária - A Arte do Diagnóstico. 3ª ed. - São Paulo: Roca, 2014
Informativo técnico. Royal Canin Veterinary Diet. Uma abordagem passo a passo para cães e gatos
com diarreia crônica. Jörg Steiner, 2015
Jericó, M. M.; Kogika, M. M.; Neto, J. P. A. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 1ª ed. - Rio de
Janeiro: Roca, 2015
Nelson, R. W.; Couto, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 5ª ed. - Rio de Janeiro: Elsevier,
2015
Tilley, L. P.; Smith Junior, F. W. K. Consulta veterinária em 5 minutos: espécies canina e felina. 5ª ed. -
- Barueri, SP: Manole, 2015

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