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Julia Paris Malaco – UCT17 SP3 – monitorização anticoagulação Hemostasia: processo de estancamento de sangue, é a coagulação sanguínea Testes de fatores de coagulação podem ser solicitados quando uma pessoa apresenta um sangramento excessivo ou hematomas, ou tem um Tempo de Protrombina (TAP) ou Tempo de Tromboplastina Parcial (PTT) prolongado. Esses testes são utilizados como ferramentas de triagem para verificar se um indivíduo tem problemas de coagulação. TTPa: via intrínseca e via comum (fatores VIII, IX, XI e XII e X, V, II e fibrinogênio) o Fatores II (protrombina), IX e X dependentes de vitamina K TAP: tempo de protrombina - valia via extrínseca e via comum (fator V, VII, X, II (protrombina) e I (fibrinogênio) o Fatores VII, X, Protrombina (II) dependentes de vitamina K TT: tempo de trombina - avalia o fibrinogênio Deficiência de fator VIII – hemofilia A Deficiência de fator XI – hemofilia B Os níveis de fatores de coagulação também podem ser medidos quando se suspeita que um paciente possa apresentar uma condição adquirida que está causando o sangramento, como a deficiência de vitamina K ou doença do fígado. Na maioria dos casos, o nível de um fator de coagulação é determinado medindo-se a atividade ou função desse fator no sangue. Os fatores podem estar diminuídos devido a: Consumo devido a coagulação extensa Doença do fígado Uremia Alguns cânceres Distúrbios da medula óssea Exposição a veneno de cobra Deficiência de vitamina K Terapia de anticoagulação Ingestão acidental de anticoagulante warfarina Transfusões sanguíneas múltiplas (unidades de sangue estocadas perdem alguns de seus fatores de coagulação) Anticoagulantes Empregados no tratamento de disfunções da homeostasia Os anticoagulantes são usados tanto no tratamento como na profilaxia de eventos tromboembolíticos relacionados a patologias de base – usado em fibrilação atrial, TVP, TEP, cardiopatias Varfarina – antagonista de vitamina K (cumarinicos) - inibe a redução de vtamina K. Julia Paris Malaco – UCT17 O mecanismo de ação desse antagonista consiste na inibição da enzima que reduz a vitamina K em cofator necessário para produção dos fatores de coagulação. A anticoagulação oral com inibidores da vitamina K, como a varfarina (warfarin), é um tratamento adequado e de grande utilização para o tromboembolismo venoso e outras patologias, mas estes devem ser administrados com cuidado, devido à estreita janela terapêutica Dos comarinicos em geral: Meia vida: 20 –60 horas Efeitos adversos: necrose cutânea, sangramentos, não pode ser usado na gravidez (se usado em gravidas, o antidoto é o uso de vitamina K) TAP - INR O INR só é a monitorização utilizada mundialmente para acompanhar os pacientes usando anticoagulante oral. O tempo de protrombina, também conhecido como TAP ou TP, é utilizado no setor de hemostasia para se avaliar, por meio dos seus fatores, a integridade da via extrínseca e comum da cascata de coagulação. Por esse ensaio, consegue-se estabelecer o tempo de formação do coágulo de fibrina, o qual é iniciado a partir da ativação do fator VII, culminando com a conversão do fibrinogênio (Fator I) em fibrina. Por meio da adição, junto ao plasma citratado do paciente, de cálcio e tromboplastina (rica em fosfolipídeos e fator tecidual), ocorre a formação do coágulo de fibrina. O tempo para a formação desse coágulo é então calculado, por métodos mecânicos ou ópticos, sendo reportado em segundos. A fim de se adequar a todas essas variáveis, foi necessário criar uma forma de padronizar, à nível mundial, os resultados entre os laboratórios clínicos. Dessa necessidade, foi desenvolvido o INR (International Normalized Ratio), ou razão normalizada internacional. O INR nada mais é que um cálculo automático, realizado pelos aparelhos a partir do resultado do TAP, o que permite uma comparação interlaboratorial, independentemente da tromboplastina utilizada. Já o ISI (International Sensitivity Index) é uma medida, determinada pelos fabricantes, que cada reagente (e até mesmo entre cada lote do mesmo fabricante) do TAP possui, tendo em vista as diferentes sensibilidades destes para as deficiências dos fatores da coagulação. Quanto maior a sensibilidade/qualidade da tromboplastina do kit, mais próximo de 1,0 será o ISI. Os valores de referências, respectivos de cada exame, são: TP: 10 e 13 segundos INR/RNI: 0,8 a 1. No entanto, em caso de pacientes com alguma patologia homeostática em uso de anticoagulantes orais, consideramos como valor de referência entre 2 e 3. O valor de referência do TAP para uma pessoa saudável deve variar entre 10 e 14 segundos. Já no caso do INR, o valor de referência para uma pessoa saudável deve variarentre 0,8 e 1. O TP pode se apresentar aumentado em algumas situações, entre elas: Deficiência de fibrinogênio https://lp.pebmed.com.br/cadastroportalpebmed/ https://lp.pebmed.com.br/cadastroportalpebmed/ Julia Paris Malaco – UCT17 Deficiência de protrombina; Deficiência de um dos fatores de coagulação (II, V, VII ou X); Deficiência associada de vários fatores, por insuficiência hepática, deficiência de vitamina (alteração na absorção digestiva, antibioticoterapia prolongada, tratamento com dicumarínicos). Tempo de Protrombina e o RNI tem sido utilizado como teste de escolha na monitorização terapêutica com os anticoagulantes orais (Varfarina, Coumadin, Marevan, Marcoumar, Pradaxa, Clexane, fraxiparina). Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a RNI (Relação Normatizada Internacional), que expressa a uniformização dos resultados, pois leva em consideração a sensibilidade do reagente utilizado O principal objetivo desta terapia é manter os níveis de anticoagulação adequados para prevenção de eventos tromboembólicos como menor risco hemorrágico O nível adequado de INR para uma anticoagulação eficaz e segura, para a maioria das indicações, está no intervalo de 2,0 a 3,0 tempo de formação do coágulo de fibrina, o qual é iniciado a partir da ativação do fator VII, culminando com a conversão do fibrinogênio (Fator I) em fibrina. O uso do RNI no controle da anticoagulação oral apresenta as seguintes vantagens: Permite uma melhor padronização, maior reprodutibilidade e menor variação interlaboratorial do TP em relação ao resultado expresso em segundos Permite que o clínico controle aanticoagulação oral baseado no intervalo terapêutico ideal do RNI indicado pela condição clínica do paciente de maneira mais eficaz, reduzindo os possíveis efeitos colaterais da super ou subdosagem, ajustando a dose sempre que necessário Redução de custos para o paciente, pela diminuição dos efeitos colaterais e diminuição no número de solicitações do procedimento. A terapêutica da anticoagulação compreende: A monitorização da anticoagulação oral deve ser feita diariamente através do Tempo de Protrombina, até que o RNI tenha atingido o intervalo terapêutico ideal para a condição clínica entre 2,0 e 3,0, e se mantenha estável por pelo menos 24 horas. A maioria dos protocolos do uso dos anticoagulantes orais estabelece que estes devem ser administrados em torno das18:00h, e o sangue para a realização do TP deve ser colhido até as 10:00 da manhã seguinte Conduta permite a completa absorção do medicamento, padronizaçãodos horários de tomada e coletado exame, e afasta a possibilidade de variações nos resultados causados por estes dois fatores. Pacientes com fatores de riscos transitórios, com TVP (trombose venosa profunda) de panturrilha ou desencadeada por doença clínica limitante, devem ser mantidos em terapêutica anticoagulante por 6 semanas a 3 meses ou até que o fator desencadeante tenha sido solucionado. Pacientes que desenvolvem TVP na ausência de fatores de riscos idiopáticos e que apresentam alto risco para recorrência se o anticoagulante for retirado, devem ser tratados por no mínimo 6 meses. Indivíduos jovens com tromboembolismo venoso devem ser tratados por 2 anos. A indicação de terapêutica de longa duração é indicada para pacientes com: TVP recorrente, portadores de fatores de riscos genéticos (fator V de Leiden) e adquiridos (presença de anticorpos antifosfolípides), pacientes com válvulas cardíacas, próteses mecânicas e na fibrilação atrial desenvolvida durante uma cirurgia. Julia Paris Malaco – UCT17 Como fazer o acompanhamento da anticoagulação em paciente portador de fibrilação atrial com história prévia de AVC Isquêmico? A frequência do monitoramento do RNI em pacientes em anticoagulação com warfarina deve ser inicialmente 02 vezes na semana, posteriormente a cada 02 ou 03 semanas e então mensal. A decisão da frequência de monitoramento deve ter como base a estabilidade do RNI e manutenção de dose terapêutica eficaz. O manual da Associação Americana de Cardiologia permite considerar o monitoramento com intervalo de até 12 semanas em pacientes estáveis (definido como tendo pelo menos 03 meses de resultado consistente sem necessidade de ajustar dose de warfarina)
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