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UNIP ED 8º semestre - Métodos Alternativos e Resolução de Conflitos Negociação e Mediação (N132) - módulos 1 ao 8 + exercícios 1 ao 4

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18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
MÓDULO 0 – Apresentação da Disciplina, Ementa e Plano de Ensino.
 
Caro (a) aluno(a). 
Seja bem-vindo(a) ao sistema EAD.
 
I - EMENTA
A disciplina aborda o tema Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos: Negociação e
Negociação, que são métodos alternativos resolução de conflitos que visam uma solução
jurídica célere e eficaz. Conceituação e fundamentos de negociação. Análise dos ganhos mútuos.
Competição versus Cooperação. Matriz de Negociações Complexas. Etapas da Negociação –
Preparação, criação de Valor, Distribuição de Valor e Implementação.
 
II - OBJETIVOS GERAIS
O curso de mediação tem como finalidade promover a compreensão e a importância dos
métodos alternativos de resolução de conflitos, com ênfase na área de Mediação, Conciliação e
Negociação, através de uma abordagem interdisciplinar. Abordar e analisar os ganhos mútuos obtidos
pela negociação.
 
III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estimular estudo da mediação, assegurando um arcabouço de conhecimento que possibilite a análise
crítica e a escolha dos instrumentos alternativos adequados ao alcance efetivo da ordem jurídica justa,
na busca da solução dos conflitos de interesses ou da transformação do conflito. Definir negociação.
Abordar o conceito de ganho mútuo. Diferenciar contextos de competição e cooperação.
Compreender as matrizes de negociações complexas e identificar as etapas da negociação e suas
manifestações.
 
IV – METODOLOGIA DE ESTUDO
Para compreensão da disciplina é indispensável a leitura da bibliografia básica, a fim de possibilitar a
compreensão e a análise crítica para a escolha do instrumento alternativo de solução de conflito
adequado. Além disso, par fins de autoavaliação, é importante a realização dos exercícios propostos
ao final de cada módulo.
 
V - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E BIBLIOGRAFIA 
 
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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CONTEÚDOS DE
ESTUDO
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
Módulo 1 – Teoria geral do
conflito: a cultura da
pacificação e princípios
constitucionais. A
importância da resolução nº
125, de 29 de novembro de
2010, do Conselho Nacional
de Justiça.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 2 – Meios
alternativos da solução de
conflitos: aspecto gerais,
histórico e relevância.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 3 – Negociação:
preparação, criação de
valor, distribuição de valor e
implementação.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 4 – Conciliação:
Origem, Conceituação e
Fundamentos Históricos
da Conciliação. Mudança
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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de Paradigma. Princípios
da Conciliação. Atitudes
do Conciliador.
Aplicabilidade da
Conciliação.
Procedimento de
Conciliação.
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 5 – Mediação:
Origem, Conceituação e
Fundamentos Históricos
da Mediação. Mudança
de Paradigma. Princípios
da Mediação.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 6 – Mediação:
Atitudes do Mediador.
Aplicabilidade da
Mediação. Procedimento
de Mediação. Mediação
familiar.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
Módulo 7 – Mediação civil
e empresarial.
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
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Módulo 8 – Mediação
Penal
SALLES, Carlos Alberto de;
LORENCINI, Marco
Antônio Garcia Lopes;
SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Negociação,
mediação e arbitragem:
curso básico para
programas de graduação
em Direito. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: ME
´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada
Pellegrini; WATANABE,
Kazuo. Mediação e
gerenciamento do
processo. São Paulo: Atlas,
2013.
 
 
VI - AVALIAÇÕES
O aluno estará obrigado a realizar uma série de avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME) e
deverá estar atento ao Calendário Escolar que será divulgado pelo campus, bem como o
agendamento dos períodos especificados. Na data e horário agendados para a avaliação, o aluno
deverá se dirigir ao Laboratório de Informática ou outro setor designado pela Instituição para a
realização da prova em sistema on line.
Conforme destacado anteriormente, para a compreensão, autoavaliação e preparação para as
avaliações é importante a realização dos exercícios disponibilizados no sistema de disciplina online.
 
VII – CONTEÚDO DAS AVALIAÇÕES
AVALIAÇÕES CONTEÚDOS EXERCÍCIOS
NP1 Módulo 01 ao 04 Exercícios online
respectivos
NP2 Módulo 05 ao 08 Exercícios online
respectivos
Substitutiva Todos os Módulos Todos os Exercícios
Exame Todos os Módulos Todos os Exercícios
 
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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VIII - REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
Básica
SALLES, Carlos Alberto de; LORENCINI, Marco Antônio Garcia Lopes; SILVA, Paulo Eduardo Alves
da. Negociação, mediação e arbitragem: curso básico para programas de graduação em Direito. Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: ME´TODO, 2012.
 
GRINOVER, Ada Pellegrini; WATANABE, Kazuo. Mediação e gerenciamento do processo. São
Paulo: Atlas, 2013.
 
Complementar
ALVIM, J. E. Carreira. Comentários à lei de arbitragem: Lei 9.307. Curitiba: Juruá, 2007.
CAETANO, Luiz Antunes; PAASHAUS, Gustavo Cintra. Do juízo arbitral: arbitragem e
mediação. São Paulo: LEUD, 2006.
FIORELLI, J. O.; FIORELLI, M. R.; NALHADAS, M. J. O. Mediação e solução de conflitos.
São Paulo: Atlas, 2008.
PRADO,Geraldo. Transação penal. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2006.
SAMPAIO, Lia Castaldi; BRAGA NETO, Adolfo. O que é mediação de conflitos? São Paulo:
Brasiliense, 2007.
SIX, Jean-François. Dinâmica da mediação. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
CALMON FILHO, Petrônio. Fundamentos da mediação e da conciliação. Rio de Janeiro:
Forense, 2007.
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem. São Paulo: Atlas, 2007.
 
IX - DÚVIDAS 
Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito no horário de atendimento
ao aluno.
Bons Estudos!
 
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Os métodos alternativos de resolução de conflitos, negociação, conciliação,
mediação e arbitragem, são meios complementares à jurisdição e não são
adequados para todos os litígios.
 
O atual momento pelo qual passa o Poder Judiciário brasileiro, evidenciado pelos
diversos fóruns, seminários, simpósios, programas de incentivo à conciliação etc.,
há muito demonstra o esgotamento pelo qual passa nosso sistema jurisdicional,
revelando-nos a insuficiência, ineficácia e, por vezes, a insatisfação gerada pela
atuação jurisdicional do magistrado, como modelo tradicionalmente adotado para
a resolução de conflitos em uma sociedade.
 
Com vistas nesse cenário que nos apoiamos nos Métodos Alternativos de
Resolução de Conflitos (MARCs), como modelos aliados ao Poder Público,
especialmente o Judiciário, e aptos a ampliar o acesso à justiça, de forma mais
humana, equânime, legítima, e capaz de produzir desfechos idôneos a gerar
efetiva satisfação para todas as partes em um litígio, concluindo-se, destarte, que
os MARCs são, teleologicamente, expressão do acesso à justiça enquanto direito
fundamental previsto na Constituição Federal e, portanto, merecedores de
aprimoramento em homenagem ao princípio da máxima efetividade dos direitos
fundamentais.
 
Convém conhecermos a evolução histórica dos Métodos Alternativos de Resolução
de Conflitos.
 
O instituto da arbitragem é um dos mais antigos que se tem notícia na história do
Direito, havendo registros comprobatórios de sua origem bem antes do
surgimento dos legisladores e do Estado – Juiz.
 
No início das civilizações, o homem utilizava seus instintos mais primitivos para
resolver conflitos, prodominando a chamada “justiça com as próprias mãos”.
Nesta época, as instituições eram, ainda, bastante tênues, carecendo de
organização e autoridade para solucionar controvérsias.
 
Posteriormente, para que pudesse viver em sociedade, o homem teve que “abrir
mão” de tais instintos, passando a outorgar ao chefe ou à pessoa mais idosa da
comunidade, poderes para solucionar conflitos através da sabedoria, bem senso e,
também, dos costumes. Daí temos a continuidade da Justiça Privada, só que não
mais realizada diretamente pelo ofendido, mas pelo terceiro especialmente
designado para solucionar as controvérsias. Somente em momento histórico
bastante posterior é que a Justiça Pública seria oferecida pelo Estado.
 
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Desta forma, sabendo-se que a Justiça Privada antecedeu a Estatal, vamos
inicialmente encontrar as raízes do Juízo Arbitral no Direito Romano, com a criação
de um quadro composto por membros idôneos e com certa representatividade
dentro da sociedade, que tinham como objetivo dirimir extrajudicialmente
conflitos decorrentes de negócios jurídicos realizados entre os cidadãos.
 
Entretanto, conforme foi o Estado Romano se publicizando, o chamado
“arbitramento” da época foi cedendo lugar para o juízo estatal, surgindo o
julgamento realizado pelo Imperador, na figura de um pretor.
 
Já a partir do século XII, encontramos na Idade Média diversos casos de
Arbitragem entre cavaleiros, barões e proprietários feudais, além de ser o período
em que surgiu a Arbitragem comercial, na medida em que os comerciantes
preferiam ter seus litígios resolvidos por árbitros que eles mesmos escolhiam,
muito mais rápidos e efeicientes em suas decisões que os Tribunais da época.
 
Em 1789, com a revolução francesa, teve a Arbitragem o seu apogeu,
consolidando-se em decorrência da consagração dos Direitos do Homem,
passando a ser obrigatória para solucionar várias questões. Posteriormente, a
França substituiu esta forma de Arbitragem forçada pela facultativa.
 
No período em o Brasil era colônia de Portugal, a solução amigável dos conflitos
esteve presente nas Ordenações Filipinas (Livro 3º, T. 20, § 1º).
 
No Brasil, a Constituição do Império de 1824, já dispunha acerca o juiz de paz,
reconciliação, mediação e do Juízo Arbitral, nos seus arts. 160 e 161.
 
Através das Leis Orgânicas de 1831 e 1837, a utilização do Instituto passou a ser
obrigatória para matérias relativas a seguro e locação comercial, abrangendo
todos os conflitos de natureza mercantil com o advento do Código Comercial de
1850, desaparecendo, porém, em 1866. Na área trabalhista, foram criados
mecanismos para solucionar conflitos mediante Mediação e Arbitragem em 1907,
abolida, entretanto, em 1932, pois o Estado considerou-a um contra senso ao
direito pátrio.
 
Em 1916, o Código Civil previu a possibilidade das partes submeterem suas
controvérsias a um Tribunal Arbitral em seus artigos 1.037 e seguintes. A
Constituição de 1934 também previu o Instituto, que foi prontamente revogado
pela Constituição de 1937.
 
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A Constituição de 1988, art. 114, §§ 1º e 2º, prevê a possibilidade de entidades
sindicais elegerem árbitros para mediar suas questões.
 
Superados os obstáculos à utilização da Arbitragem, em 1996, foi publicada a Lei
nº 9.307, a chamada Lei de Arbitragem, que trouxe à realidade um projeto
iniciado há muito tempo.
 
Em 2015, entrou em vigência a Lei de Mediação (Lei nº 13.140/2015), para dispor
sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e
sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Nesse
mesmo ano, a Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/1996) sofreu atualização por meio
da Lei nº 13.129/2015, para ampliar o âmbito de aplicação da arbitragem e dispor
sobre a escolha dos árbitros quando as partes recorrem a órgão arbitral, a
interrupção da prescrição pela instituição da arbitragem, a concessão de tutelas
cautelares e de urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença
arbitral.
 
Podemos concluir que os Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos são
instrumentos de pacificação social, garantidos constitucionalmente, na medida em
que permite o acesso à justiça é um direito fundamental consagrado em nossa
Carta Maior, devendo ser aplicados a sua máxima efetividade no plano fático.
 
O status de direito fundamental do acesso à justiça remete à discussão acerca da
máxima efetividade dos Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos, no que
tange à sua eficácia processual no ordenamento jurídico pátrio. Para isso, faz-se
necessário o fomento a algumas reformas processuais com o intuito de fortalecer
estes meios alternativos, otimizar as políticas públicas até então existentes, bem
como racionalizar a utilização dessas vias, com intuito de dirimir os litígios de
forma mais humana e eficaz.
Exercício 1:
Qual dos métodos alternativos de resolução de conflitos é chamado de Justiça
Privada?
A)
arbitragem.
B)
mediação.
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C)
conciliação.
D)
negociação.
E)
discussão.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Qual foi a primeira Constituição brasileira a preversobre os métodos alternativos
de resolução de conflitos?
A)
Constituição de 1988.
B)
Constituição de 1967.
C)
Constituição de 1824.
D)
Constituição de 1934.
E)
Constituição de 1946.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 3:
Quando foi o apogeu da arbitragem?
A)
Em 1919, com o Tratado de Versalhes, com o término da primeira Guerra Mundia.
B)
Em 1789, com a revolução francesa, teve a Arbitragem o seu apogeu,
consolidando-se em decorrência da consagração dos Direitos do Homem,
passando a ser obrigatória para solucionar várias questões. Posteriormente, a
França substituiu esta forma de Arbitragem forçada pela facultativa.
C)
Em 1945, com a criação da Organização das Nações Unidas, com o término da
segunda Guerra Mundial.
D)
Em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
E)
Em 1804, com o Código Civil de Napoleão.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
No que concerne à negociação coletiva, em caso de impossibilidade de acordo, o
que prevê a Constituição de 1988?
A)
prevê a possibilidade de entidades sindicais elegerem magistrados para mediar
suas questões.
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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B)
não prevê possibilidade de acordo nesta hipótese.
C)
prevê somente a possibilidade solução judicial.
D)
prevê sobre a obrigatoriedade de solução pela via arbitral.
E)
prevê a possibilidade de entidades sindicais elegerem árbitros para mediar suas
questões.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 5:
No tocante à evolução histórica dos métodos alternativos de resolução de
conflitos, assinale a alternativa incorreta:
A)
A Justiça Privada antecedeu a Estatal.
B)
Encontramos as raízes do Juízo Arbitral no Direito Romano, que tinham como
objetivo dirimir extrajudicialmente conflitos decorrentes de negócios jurídicos
realizados entre os cidadãos.
C)
O Estado Romano se privatizando, o chamado “arbitramento” da época, surgindo
o julgamento arbitral realizado pelo Imperador, na figura de um pretor.
D)
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Na Idade Média diversos casos de Arbitragem entre cavaleiros, barões e
proprietários feudais.
E)
Na Idade Média, foi o período em que surgiu a Arbitragem comercial, na medida
em que os comerciantes preferiam ter seus litígios resolvidos por árbitros que eles
mesmos escolhiam, muito mais rápidos e efeicientes em suas decisões que os
Tribunais da época.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 6:
Quanto aos objetivos dos Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos
(MARCs), assinale a alternativa incorreta abaixo:
A)
Os métodos são aliados ao Poder Público, especialmente o Judiciário.
B)
Os métodos estão aptos a ampliar o acesso à justiça, de forma mais humana,
equânime, legítima, e capaz de produzir desfechos idôneos a gerar efetiva
satisfação para todas as partes em um litígio.
C)
Na prática, os métodos são a expressão do acesso à justiça enquanto direito
fundamental previsto na Constituição Federal.
D)
Os métodos são merecedores de aprimoramento em homenagem ao princípio da
máxima efetividade dos direitos fundamentais.
E)
Os médotos são obrigatórios para solução de alguns conflitos na lei.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
18/10/2021 14:56 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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18/10/2021 14:57 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Módulo 2 - Conflito de Interesses: Origem, Elementos, Fatos e Percepções, Estratégias. Métodos
Alternativos de Resolução de Conflitos: Negociação, Conciliação, Mediação, Arbitragem.
 
CONFLITOS DE INTERESSE
 
Interesse é a satisfação das necessidades humanas corporificadas nos bens materiais.
 
Os conflitos de interesses surgem com a possibilidade de que mais de uma pessoa eleja um
determinado bem para a satisfação de suas necessidades e considerando que não haja bens
disponíveis para todos.
 
Moacyr Amaral dos Santos entende que “existe conflito de interesses quando a intensidade do interesse
de uma pessoa por determinado bem se opõe à intensidade do interesse de outra pessoa pelo mesmo
bem, donde a atitude de uma tende à exclusão de outra quanto a este”.
 
Os conflitos dão origem a litígios, que se encontram nos:
- relacionamentos em geral
- família
- emprego
- vida social
- lazer
 
Ao longo da vida humana aumentam os conflitos em quantidade e complexidade.
 
Elementos dos conflitos:
- diversificação de aspirações de indivíduos e grupos
- aumento de complexidade dos afazeres
- conscientização das pessoas em relação a seus direitos
- surgimento de tecnologias que despertam para novas possibilidades
- mensagens veiculadas pelos meios de comunicação, incentivando as mudanças
18/10/2021 14:57 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/17
- oposição à estagnação.
 
Causa de conflitos - Mudanças. As mudanças afetam o relacionamento entre pessoas e conduzem ao
conflito.
 
Exemplos de mudanças: fusão de empresas, troca de chefia, casamento, falecimento, divórcio, nova
etapa de vida, etc.
 
Mudança – definição: acontece quando algo ou alguém intervém em um sistema (que pode ser desde
um indivíduo até uma sociedade completa) e, nele, provoca algum tipo de transformação ou perspectiva
de que ela aconteça.
 
Natureza do conflito:
- bens: patrimônio, direitos, haveres pessoais.
- princípios, valores e crenças de qualquer natureza, inclusive políticas, religiosas, científicas, etc.
- poder (nas diferentes acepções).
- relacionamentos interpessoais.
 
Percepção da mudança: origina-se na mente de pessoas e repercute nas mentes de outras. Não se
pode controlar mentes, mas é possível controlar os processos por meio dos quais as pessoas tomam
contato com as proposições de mudanças. Gerenciam-se os inevitáveis conflitos administrando as
mudanças, para que os envolvidos assimilem suas consequências de maneira harmoniosa e pacífica.
 
Fatores que influenciam os conflitos:
 
- expectativa em relação à mudança: as expectativas sofrem influência da percepção de risco ou
sofrimento, real ou imaginário, originada de experiências anteriores, crenças inadequadas, esquemas
rígidos de pensamentos, relatos de pessoas significativas e informações obtivas nos meios de
divulgação. Esse fenômeno aumenta a violência potencial do conflito e a dificuldade de resolvê-lo.
 
- expectativas associadas aos relacionamentos: todo relacionamento respeita um contrato
psicológico, baseado nas expectativas tácitas e inconscientes de cada pessoa a respeito dos
comportamentos das demais. Esse contrato pode existir entre duas pessoas ou pode ser coletivo. O
contrato psicológico, embora não explícito, exerce grande influência no comportamento das pessoas. As
mudanças fazem com que ele seja um pacto dinâmico em constante renegociação. As expectativas
mudam com o tempo, idade, estado civil.
18/10/2021 14:57 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo3/17
 
- resistência à mudança: pode ser desejada por uns e rejeitada por outros, provocada por terceiros, de
forma inegociável, ou originar-se no próprio sistema.
 
- consequências para a estabilidade do sistema: a reação à mudança também vem da suspeita
quanto à eficácia, diretamente associada às consequências (reais ou percebidas) para a estabilidade do
sistema. Os envolvidos buscarão preservar valores, princípios, crenças, comportamentos e hábitos, com
o intuito, talvez inconsciente, de evitar uma transformação fatal para sua continuidade.
 
- aderência à realidade: no conflito com bases reais as partes percebem diferenças de interesses. O
conflito sem bases reais origina-se de falhas de comunicação, de mau entendimento das questões
envolvidas (os interesses podem, nem mesmo, conflitar).
 
- diferenças de personalidades: há pessoas inconciliáveis, que dificultam qualquer relacionamento
satisfatório. Mas, há situações em que o convívio é obrigatório por razões sociais, profissionais ou
outras. O conflito permanece latente pronto para aflorar.
 
- efeitos da mudança sobre os valores: valor é a ideia aceita pela pessoa e que orienta sua ação. O
valor possui fundamento emocional e encontra-se associado à visão de mundo da pessoa. Aprendidos
desde a infância, os valores fazem parte dos critérios de decisão dos indivíduos. Compreendem
mensagens do tipo: obedecer às leis, respeitar os mais velhos, fazer o vem, vencer a qualquer custo,
etc.
 
- modificações na estrutura de poder: para Max Weber poder é a “possibilidade de impor a própria
vontade à conduta de outras pessoas”. No tocante à mediação, poder é a capacidade de exercer
influência (não significa imposição da vontade do mediador). Pode-se classificar poder em diferentes
tipos: poder físico, poder da sexualidade, poder econômico, poder da informação. Os poderes podem
ser empregados de maneira combinada. Um ou outro prevalece por motivos situacionais e
possibilidades das pessoas que os exercem e daquelas que recebem seus efeitos. Mudanças na
estrutura de poder provocam conflitos e conduzem a situações complexas, porque afetam o equilíbrio
(ou o desequilíbrio) existente, podendo a mudança reduzir poder de um dos indivíduos envolvidos ou de
todos, acentua a diferença de poder, favorecendo o mais forte.
 
Custo dos conflitos:
- financeiros
- emocionais
 
Gastos materiais e emocionais ocorridos no passado são importantes no litígio, na tentativa de
recuperar os investimentos que não voltam mais.
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Conteúdos do conflito:
- conteúdo manifesto ou posição: mãe ou pai que luta pela posse de um filho (posição); empregado
que luta por maior salário (posição).
- conteúdo real ou interesse: mãe ou pai que luta pela posse de um filho pode estar interessado no
bem estar da criança (interesse); empregado que luta por melhor salário, pretende manter seu poder
aquisitivo (interesse).
 
Os conflitos sociais são fenômeno da própria vida em sociedade. As sociedades coexistem com os
conflitos e descobrem técnicas de solução que, teoricamente, podem ser reunidas em três fundamentos,
a autodefesa, a autocomposição e heterocomposição.
 
A TEORIA GERAL DO CONFLITO
 
Em uma sociedade complexa e em constante desenvolvimento torna-se inevitável a existência de
conflitos no âmbito da sociedade civil, seja entre indivíduos, grupos ou com o Estado. A partir da
consolidação dos Estados Modernos, do desenvolvimento do Poder Judiciário e o avanço das
legislações, criou-se uma cultura social de que o método adequado para resolução de conflitos seria
através do processo judicial presidido pelo juiz.[1]
 
O Estado, através do Poder Judiciário, tornou-se o principal meio de resolução de conflitos sociais, que,
através da instauração de um processo judicial, após sua regular tramitação, solucionará o conflito por
meio de uma decisão judicial proferida por um juiz de direito. É indiscutível a conquista da civilização
quanto a utilização do processo judicial para solução de conflitos, entretanto, o número de demandas
judiciais tem crescido de maneira exponencial.
 
O Conselho Nacional de Justiça – CNJ apontou que atualmente tramitam mais de 10 milhões de
demandas judiciais em tramitação. Apesar das diversas implementações realizadas pelo Poder
Judiciário e o avanço da tecnologia que colaboraram com a celeridade processual e na promoção do
direito fundamental ao acesso à justiça, ainda assim, é difícil uma prestação jurisdicional célere e
efetiva, posto a sobrecarga do Poder Judiciário. Assim, torna-se inviável a manutenção da cultura do
conflito, do litígio, que propõe a judicialização de todo e qualquer conflito social, seja de simples ou
complexa resolução.
 
Diante disto, é preciso demonstrar a sociedade que o processo judicial adversarial, que propõe uma
sentença ao seu fim, não é o único meio para solução de conflitos, por isto o sistema jurídico passa a
incentivar os métodos de autocomposição. Assim, destaca Paulo Silva que ‘sob a premissa ideolo´gica
da “cultura da pacificac¸a~o”, diversas iniciativas de promoc¸a~o da conciliac¸a~o em jui´zo foram
implantadas em todo o pai´s, em cara´ter isolado ou com apoio institucional. Perspicaz ana´lise teo´rica
identificou, na formac¸a~o juri´dica brasileira, uma exagerada depende^ncia da resoluc¸a~o de conflitos
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pela decisa~o judicial – a “cultura da sentenc¸a”, em contraposic¸a~o a` “cultura da pacificac¸a~o”, que
promove a resoluc¸a~o consensual (WATANABE, 2005).’. [SILVA, Paulo Eduardo Alves da. Solução de
controvérsias; métodos adequados para resultados possíveis e métodos possível para resultados
adequados. Negociação, mediação e arbitragem. Coord. Carlos Alberto de Salles, Marco Antonio Garcia
Lopes Lorencini e Paulo Eduardo Alves da Silva. Rio de Janeiro: Forense; Sa~o Paulo: ME´TODO,
2012, p. 9].
 
A crise do Poder Judiciário quanto a prestação jurisdicional e o seu descrédito com a sociedade civil
fizeram as vias alternativas de solução de conflitos ganhar força no cenário atual. Quanto ao tema, Ada
Pellegrine analisa que ‘a morosidade dos processos, seu custo, a burocratização na gestão dos
processos, certa complicação procedimental; a mentalidade do juiz, que nem sempre lança mão dos
poderes que os códigos lhe atribuem; a falta de informação e de orientação para os detentores dos
interesses em conflito; as deficiências do patrocínio gratuito, tudo leva a` obstrução das vias de acesso
a` justiça e ao distanciamento entre o Judiciário e seus usuários. (Grinover, p. 2)’
 
Os institutos da mediação, conciliação e arbitragem, e outros meios de resolução de litígios,
incentivados pelo Novo Código de Processo Civil, são métodos alternativos resolução de conflitos que
visam uma solução jurídica célere e eficaz. Com isto, busca-se estabelecer na sociedade a cultura da
pacificação, na qual, as partes, sem judicializar o conflito, são convocadas a reestabelecer o diálogo e
juntas encontrarem a resolução da demanda. A partir deste novo paradigma social torna-se possível
diminuir o excesso de litígios judicias e desobstruir os tribunais. 
 
Os institutos da Conciliação e Mediação, bem como outros meios de resolução de conflitos, são
instrumentos de pacificação social que promovem e asseguram direitos e garantias constitucionais,
como por exemplo, o acesso à justiça e a razoável duração do processo.
 
[1] Negociação, mediação e arbitragem; curso básico para programas de graduação em Direito. 2019.
Coordenação Carlos Alberto de Salles, Marco Antonio Garcia Lopes Lorencini e Paulo Eduardo Alves da
Silva., página 2.
 
RESOLUÇÃO 125/10 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
 
O Conselho Nacional de Justiça através da resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010, instituiu a
conciliaçãoe a mediação como política pública a fim de tratar de maneira adequada para solucionar os
problemas jurídicos atuais.
 
Neste sentido, dispõe a referida resolução que ‘cabe ao Judiciário estabelecer política pública de
tratamento adequado dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e
crescente escala na sociedade, de forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços
prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê-lo mediante outros mecanismos de
solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e a conciliação’
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E continua a fim de demonstrar a importância deste método de resolução de conflito ‘a conciliação e a
mediação são instrumentos efetivos de pacificação social, solução e prevenção de litígios, e que a sua
apropriada disciplina em programas já implementados no país tem reduzido a excessiva judicialização
dos conflitos de interesses, a quantidade de recursos e de execução de sentenças’.
 
Assim, a competência pela implementação do programa de incentivo a autocomposição de litígios e a
pacificação social por meio da conciliação e da mediação é do Conselho Nacional de Justiça. A
resolução nº 125/10 propõe uma política pública baseada em métodos autocompositvos como forma de
melhorar a distribuição da justiça. Seguindo o mesmo entendimento, o novo Código de Processo Civil
dispõe no artigo 3º, parágrafo 2º, que, ‘o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual
dos conflitos’. E segue no parágrafo 3º que ‘A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros
do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.’.
 
A respeito do tema, Paulo Silva esclarece que ‘o Conselho Nacional de Justic¸a, rece´m-institui´do,
apoiou iniciativas setorizadas e formalizou as bases para uma política nacional de resolução de
conflitos, centrada na integração entre os mecanismos formais e decisionais aos mecanismos baseados
em consenso. Segundo suas próprias justificativas, a Resolução n. 125 do CNJ significou, neste
aspecto, mais do que um marco legal que permitiu a instalação de setores de conciliação junto aos
fóruns. Tratou-se do marco de uma poli´tica pu´blica judicia´ria, pela qual a resoluc¸a~o consensual dos
conflitos seria paulatinamente organizada na sociedade civil a partir do pro´prio Poder Judicia´rio. A
partir dele, os tribunais organizaram os seus setores de conciliac¸a~o judicial e, em alguns casos,
capitanearam a organizac¸a~o de nu´cleos comunita´rios de soluc¸a~o de conflitos.’. [SILVA, Paulo
Eduardo Alves da. Solução de controvérsias; métodos adequados para resultados possíveis e métodos
possível para resultados adequados. Negociação, mediação e arbitragem. Coord. Carlos Alberto de
Salles, Marco Antonio Garcia Lopes Lorencini e Paulo Eduardo Alves da Silva. Rio de Janeiro: Forense;
Sa~o Paulo: ME´TODO, 2012, p. 9].
 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
 
Sistema de composição de conflitos:
- autotutela ou autodefesa
- autocomposição: negociação, conciliação, mediação
- heterocomposição: jurisdição e arbitragem.
 
1) Autodefesa ou autotutela
 
A autodefesa, também chamada de autotutela, indica o ato pelo qual alguém faz a defesa própria, por si
mesmo. Supõe defesa pessoal, isto é, as próprias partes procedem à defesa de seus interesses.
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Autodefesa consiste na solução direta entre os litigantes pela imposição de um sobre o outro, isto é,
impondo à outra parte um sacrifício não consentido por esta. Há o concurso de duas notas: a ausência
de juiz distinto das partes e a imposição da decisão por uma das partes à outra.
 
São notórias as deficiências dessa técnica, cuja solução provém de uma das partes interessadas, que é
unilateral e imposta. Portanto, evoca a violência, e a sua generalização importa na quebra da ordem e
na vitória do mais forte e não do titular do direito. Assim, os ordenamentos jurídicos a proíbem,
autorizando-a apenas excepcionalmente.
 
A autodefesa pode ser autorizada pelo legislador, tolerada ou proibida. Exemplos de autodefesa:
 
a) autodefesa autorizada no direito penal são a legítima defesa e o estado de necessidade, que são
meios excludentes da ilicitude do ato (CP, art. 23).
 
b) autodefesa tolerada pelo legislador é o duelo em alguns países.
 
c) autodefesa proibida é o exercício arbitrário das próprias razões para a solução de conflitos entre as
partes envolvidas.
 
d) autodefesa no direito do trabalho são as manifestações de greve (muitas vezes a greve não é forma
de solução, mas meio de pressão), locaute (“lock-out”), o “exercício do poder disciplinar do
empregador”, a autotutela sindical, etc.
 
2) Autocomposição
 
Autocomposição consiste na solução direta entre os litigantes através de acordo firmado entre eles, isto
é, o conflito é solucionado por ato das próprias partes, sem emprego de violência, sem a intervenção de
um terceiro, mediante ajuste de vontades. Na autocomposição, um dos litigantes consente no sacrifício
do próprio interesse, daí a sua classificação em unilateral e bilateral. A renúncia é um exemplo da
unilateral e a transação da bilateral, quando cada uma das partes faz concessões recíprocas. Pode dar-
se à margem do processo, sendo, nesse caso, extraprocessual, ou no próprio processo, caso em que é
intraprocessual, como a conciliação.
 
a) Negociação
 
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Importante método que antecede todos os outros de resolução de conflitos. É o procedimento no qual
as partes desenvolvem uma série de reuniões para discutir as pretensões apresentadas umas às
outras. É uma forma consensual de por fim a um conflito.
 
b) Conciliação
 
Conciliação é autocomposição. As partes chegam a um acordo pela aceitação da proposta de uma
delas, pela convergência e acerto das duas propostas ou pela aceitação da proposta do juiz.
 
Há vários tipos de conciliação, extrajudicial e judicial. Extrajudicial quando realizada fora da Justiça,
quando ainda não há processo judicial em andamento perante o Poder Judiciário.
 
Poderá ser judicial, quando já se encontra em andamento processo judicial perante o Poder Judiciário.
A conciliação das partes é possível em todo momento e fase processual. Neste caso, a conciliação
depende da homologação judicial do acordo, que tem natureza irrecorrível. E, se não cumprida, pode
ser executada diretamente.
 
c) Mediação
 
É a composição do conflito com a participação de um terceiro, suprapartes, o mediador, escolhido pelas
partes, e que tem a função de ouvi-las, intermediar a negociação, subsidiar as partes de informação e
formular sugestões de propostas conciliatórias, para decisão das partes. As partes não são obrigadas a
aceitar as propostas. O mediador nada decide, apenas interfere para aproximar as vontades divergentes
dos litigantes. Geralmente, a mediação é extrajudicial, mas também pode ser judicial. A nova Lei de
Mediação n. 13.140/2015.
 
3) Heterocomposição
 
Heterocomposição consiste na solução do conflito por uma fonte suprapartes, que decide com força
obrigatória sobre os litigantes, que são submetidos à decisão. A decisão não é das partes, mas de uma
pessoa ou órgão acima delas.
 
Há mais de um tipo de heterocomposição.
 
a) Jurisdição ou Tutela
 
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Jurisdição é uma forma heterocompositiva de solução dos conflitosatravés de decisão da Justiça do
Trabalho.
 
O fim principal da jurisdição é a satisfação do interesse público do Estado na realização do direito e a
composição dos litígios pelas pessoas ou órgãos investidos, pela lei, desses poderes.
 
A jurisdição ou tutela é a forma de solucionar os conflitos por meio da interveniência do Estado, gerando
o processo judicial. O Estado diz o direito no caso concreto submetido ao judiciário, impondo às partes a
solução do litígio.
 
b) Arbitragem (Lei n. 9.307/96, com alteração da Lei n. 13.129/2015)
 
Arbitragem é um mecanismo heterônomo de solução dos conflitos de trabalho. É uma forma de decisão
extrajudicial dos conflitos. Na arbitragem quem julga não é um juiz investido de jurisdição pelo Estado,
mas um árbitro escolhido pelas partes, que profere uma decisão chamada sentença arbitral (Lei n.
9.307/96, art. 3º). Difere da decisão judicial pelos fundamentos, porque o laudo arbitral não aponta,
obrigatoriamente, fundamentos jurídicos. Podem ser econômicos, de bom senso ou de conveniência no
caso concreto. O árbitro não está investido do poder jurisdicional, porque sua autoridade para decidir é
atribuída pela vontade dos particulares cujos interesses são apreciados.
 
O árbitro deve ser pessoa capaz, terceiro escolhido pelas partes, que deve atuar de forma imparcial na
solução do conflito e também ser de confiança das partes, que decidirá de modo obrigatório para as
partes, tratando-se de decisão que impede o acesso ao juízo natural, para questionar seu mérito,
porquanto opção das partes. Pode ser formado um Juízo Arbitral, composta por um árbitro, ou um
Tribunal Arbitral, composta por mais de um árbitro, sempre em número ímpar, mas todos escolhidos
pelas partes.
 
Arbitragem tem natureza jurídica de justiça privada, pois o árbitro não é funcionário do Estado, nem está
investido por este de jurisdição, como acontece com o juiz. É uma forma de heterocomposição, pois não
são as próprias partes que resolvem o conflito, como ocorre na autocomposição, mas um terceiro é
chamado para decidir o litígio.
 
ANÁLISE ATUAL DOS MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE
CONFLITOS
 
O crescente número de demandas judiciais é um tema de grande relevância social e exige uma atenção
especial para que seja possível realizar uma boa prestação jurisdicional.
 
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É possível verificar, que, a Convenção Europeia dos Direitos dos Homens, de 04 de novembro de 1950,
bem como o Pacto de San José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969, se preocupavam com o
aumento do número de demandas judiciais ao dispor como direito do cidadão a duração razoável de um
processo.
 
A primeira referência a expressão ‘meios alternativos de solução de conflitos’ surge a parir de Frank
Sander, em sua obra ‘Pound conference; perspectiva sobre a justiça no futuro, em 1976, na qual, usa a
expressão ‘alternative dispute resolution [ADR].
 
No Brasil, Os Juizados Especiais Cíveis contribuíram para estabelecer métodos alternativos de
resolução de conflitos em causas de menor complexidade. A Constituição Federal, em seu artigo 98,
inciso I, prevê a sua criação na esfera estadual e federal. Desta maneira, surgiram a Lei do Juizados
Especiais Estaduais – 9.099/95 e Lei de Juizados Especiais Federais – 10.259/01.
 
Posteriormente, a Lei 9.307/96 institui a arbitragem como meio de resolução de conflitos, cuja decisão
possuía eficácia de uma decisão judicial. Ou seja, caso as partes optassem pelo método de arbitragem,
a decisão deveria ser cumprida. A inovação jurídica, em um primeiro momento, não foi bem aceita.
Destaca Paulo Silva que ‘a recepc¸a~o da Lei de Arbitragem brasileira na~o foi imediata. Por cinco
anos, pendeu contra ela uma impugnac¸a~o de constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal,
fundada no argumento de violac¸a~o da garantia de acesso a` justic¸a (CF, art. 5o, inciso XXXV). Em
2001, a Corte confirmou a constitucionalidade da Lei, por sete votos a quatro. Fundamentou-se no fato
de a arbitragem se limitar a demandas envolvendo direitos disponi´veis e, afinal de contas, “o inciso
XXXV representa um direito a` ac¸a~o, e na~o um dever” (STF, SE 5.206).’. [SILVA, Paulo Eduardo
Alves da. Solução de controvérsias; métodos adequados para resultados possíveis e métodos possível
para resultados adequados. Negociação, mediação e arbitragem. Coord. Carlos Alberto de Salles,
Marco Antonio Garcia Lopes Lorencini e Paulo Eduardo Alves da Silva. Rio de Janeiro: Forense; Sa~o
Paulo: ME´TODO, 2012, p. 8].
 
A emenda constitucional nº 45/04, conhecida como ‘Reforma do Poder Judiciário, inseriu no artigo 5º o
inciso LXXVIII, que dispõe sobre a duração razoável do processo. O referido inciso dispõe que “a todos,
no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade da sua tramitação”
 
No âmbito do Código de Processo Civil o tema também foi abordado, sendo que o artigo 3º, parágrafo
3º, dispõe que ‘a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão
ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive
no curso do processo judicial’. No mesmo sentido o artigo 165 ‘Os tribunais criarão centros judiciários de
solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e
mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição’
 
Este incentivo a novos métodos de resolução de conflito decorre da impossibilidade do Estado, por meio
do Poder Judiciário, oferecer a prestação jurisdicional de forma célere e eficaz. Assim, ciente desta
dificuldade, o Estado impõe um dever aos sujeitos processuais de buscar uma solução consensual, que
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ao fim, será interessante a todos. Desta forma, a solução extrajudicial, como por exemplo a mediação e
a conciliação, tornam-se importantes mecanismos para ajudar o Estado a solucionar o crescente
número de processos judiciais.
 
Os novos métodos de resolução de litígios não estão vinculados ao Poder Judiciário, sendo a diálogo
entre as partes essencial para solução do conflito. Assim é possível que ocorra a autocomposição que
ocorre quando as partes de forma autônoma alcançam um acordo resolutivo. É possível que seja
necessária a intervenção de um terceiro que interfira de forma direta determinando qual seria as normas
mais adequadas para o acordo – conciliado – ou um terceiro que não realize tanta interferência, mas
que cria os meios e soluções que serão definidos pelas próprias partes – mediador. Desta forma, uma
das principais diferenças entre conciliação e mediação é justamente a atuação do terceiro que
participará na resolução do conflito. 
 
O novo código de processo civil estabelece no artigo 166, os princípios que norteiam os institutos da
conciliação e mediação e dispõe que 'Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos
princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da
oralidade, da informalidade e da decisão informada. § 1º A confidencialidade estende-se a todas as
informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso
daquele previsto por expressa deliberação das partes. § 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às
suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão
divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. § 3º Admite-se
a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à
autocomposição. § 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dosinteressados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais’.
 
Desta forma, norteiam a conciliação e mediação os princípios da independência, da imparcialidade, da
autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
 
Os princípios da imparcialidade e independência orienta a conduta do conciliador ou mediador e
determina, respectivamente, que, não deve favorecer nenhuma das partes envolvidas, bem como, que
possui autonomia para buscar as soluções e meios de solucionar o conflito, não devendo ceder a
pressões ou interesses externos.
 
O princípio da confidencialidade trata do sigilo das informações produzidas no curso do procedimento
de conciliação e mediação. Tal dever de sigilo também se estende ao conciliador e mediador. Desta
forma, as informações obtidas em reunião privada ou em conjunto são sigilosas.
 
Neste sentido, Fernando Netto e Irineu Soares destacam que ‘esse princípio ressalta a importância do
sigilo para com os problemas tratados no procedimento. A preservação do sigilo é uma garantia para as
pessoas que se submetem ao procedimento, pois, ao tratar de problemas envolvendo relações
continuadas, acabam exteriorizando aspectos íntimos da relação para um terceiro, o mediador. Sem a
garantia de sigilo, o tratamento do problema seria afetado, pois assuntos delicados poderiam ser
explicitados e prejudicar ainda mais as relações. Com a garantia de sigilo, as pessoas têm a segurança
necessária para tratar dos problemas na sua integralidade, sem omitir detalhes importantes para a sua
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administração’. [NETTO, Fernando Gama de Miranda; SOARES, Irineu Carvalho de Oliveira. Princípio
procedimentais da mediação no novo código de processo civil. A mediação no novo código de processo
civil. Coordenação Diogo Assumpção Rezende de Almeida, Fernanda Medina Pantoja, Samantha
Pelajo. – 2. ed – Rio de Janeiro : Forense, 2016, p. 101].
 
O princípio da oralidade impõe que os atos realizados nas sessões de mediação e conciliação sejam
preferencialmente realizados na forma oral, reduzindo em escritas aquilo que for estritamente
indispensável. Isto confere maior celeridade ao procedimento e garante, também, a confidencialidade.
 
Neste sentido, salienta Fernando Netto e Irineu Soares que ‘por entender que é mais fácil para o
mediador administrar um diálogo na forma oral e mais fácil para as partes se expressarem dessa forma,
o legislador optou por positivar o princípio da oralidade, ignorado em diversas legislações e pouco
mencionado pela doutrina alienígena. Além da predominância da palavra falada, a oralidade exige a
intervenção pessoal sem representantes ou intermediários.8 Ao advogado reserva-se a função de
assessor da parte, que muito contribuirá para esclarecer sobre a licitude de certos acordos e trabalhará
para a melhor administração possível do conflito, evitando trazer argumentos que possam fomentar a
disputa e potencializar a contenda’. [NETTO, Fernando Gama de Miranda; SOARES, Irineu Carvalho de
Oliveira. Princípio procedimentais da mediação no novo código de processo civil. A mediação no novo
código de processo civil. Coordenação Diogo Assumpção Rezende de Almeida, Fernanda Medina
Pantoja, Samantha Pelajo. – 2. ed – Rio de Janeiro : Forense, 2016, p. 103].
 
O princípio da informalidade determina que o procedimento mediação e conciliação adote a simplicidade
e esta ausência de formas permite uma melhor condução do procedimento, a fim de que seu atinja seus
objetivos.
 
Em relação ao princípio da decisão informada representa a necessidade de informar de forma clara e
precisa as decisões adotas ao longo do processo de mediação e conciliação até a decisão final que é o
acordo resolutivo. Assim, a fim de conferir segurança as partes, nenhuma informação pode ser omitida
ou suprimida para que não surja surpresas ou desagrados que inviabilize a solução do conflito.
 
Por fim, sobre o princípio da autonomia da vontade, esclarecem que ‘o princípio da autonomia da
vontade consagra o poder concedido às partes de definir todos os pontos a serem tratados no processo,
desde o seu início até o final. Esse princípio afasta qualquer tentativa arbitrária de o mediador forçar o
desenvolvimento do processo e a tomada de decisão das partes em qualquer nível. Com ele, o
legislador tenta evitar condutas inadequadas dos mediadores, como, por exemplo, a imposição de
certas decisões e acordos por meio de ameaças, mesmo que escondidas atrás de conselhos. A
autonomia da vontade das pessoas mediadas abrange desde a escolha ou aceitação do mediador até o
caminho seguido em busca de uma possível solução para o conflito. Em outra oportunidade, dissemos
que, para a sua melhor compreensão, a autonomia da vontade deve ser subdividida “em dois
subprincípios, quais sejam: a voluntariedade e a autodeterminação”.’. [ibidem, p. 115].
Exercício 1:
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Assinalar qual alternativa não corresponde a elementos dos conflitos:
A)
diversificação de aspirações de indivíduos e grupos.
B)
desconhecimento das pessoas em relação a seus direitos.
C)
aumento de complexidade dos afazeres.
D)
surgimento de tecnologias que despertam para novas possibilidades.
E)
mensagens veiculadas pelos meios de comunicação, incentivando as mudanças
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Qual o objetivo da conciliação e mediação?
A)
São instrumentos de solução de conflitos, pacificação social, prevenção de litígios
e redução da excessiva judicialização dos conflitos de interesse.
B)
São instrumentos de prevenção de litígios, vedação de recursos e celeridade na
execução de sentenças.
C)
São instrumentos que visam a celeridade processual através redução processos
judiciais, vedação de recursos processuais e celeridade na execução de sentenças.
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D)
São instrumentos que reduzem o acesso à Justiça, possibilitando tal acesso a
apenas aos conflitos de maior complexidade.
E)
São instrumentos probatórios para a solução de conflitos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
No tocante ao métodos alternativos de resolução de conflitos, assinale a
alternativa correta:
A)
São métodos que não envolvem litigância na solução de disputas.
B)
São métodos que envolvem a litigância na solução de disputas.
C)
São métodos que devem futuramente envolver litigância na solução de disputas.
D)
A litigância judicial é elemento essencial para caracterizar os métodos alternativos
de resolução de conflitos.
E)
São métodos de instrução comprobatória dos conflitos a solução.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 4:
No contexto da terminologia jurídica, quando as partes concorrem pelos mesmos
objetivos e metas que podem satisfazer apenas uma delas, temos:
A)
união de interesses.
B)
conflito de interesses.
C)
integração de interesses.
D)
choque de interesses.
E)
troca de interesses.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 5:
Assinalar alternativa que corresponda a fator que influencia os conflitos:
A)
A opinião da sociedade que influencia na percepção da mudança queorigina-se na
mente de pessoas e repercute nas mentes de outras.
B)
A resistência à mudança pode ser desejada por uns e rejeitada por outros,
provocada por terceiros, de forma inegociável, ou originar-se no próprio sistema.
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C)
A expectativa em relação à mudança sofre influência da percepção de risco ou
sofrimento, real ou imaginária, originária da vontade de obtenção de um bem ou
coisa ou estado.
D)
A existência de um direito subjetivo.
E)
A vontade de vencer a todo custo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 6:
A intensidade do interesse de uma pessoa por determinado bem se opõe à
intensidade do interesse de outra pessoa pelo mesmo bem, donde a atitude de
uma tende à exclusão de outra quanto a este, é definição de
A)
autotutela.
B)
autocomposição.
C)
arbitragem.
D)
conciliação.
E)
conflitos de interesse.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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NEGOCIAÇÃO
 
Histórico
 
Negociação é termo nascido no latim que vem de “negocium”, palavra formada da
junção de dois termos distintos, “Nec” e “ocium” cujo significado é atividade difícil
e trabalhosa, mas no nosso português tem o significado de acordo ou
entendimento bi ou multilateral.
 
Negociação existe desde os tempos em que o homem passou a viver em
sociedade, eis que negócios e negociações fazem parte da rotina humana, da
infância à velhice.
 
Um dos primeiros relatos que envolve a prática de negociação está descrito na
mitologia judaico-cristã na alegoria de Esaú e Jacó. O relato ilustra aspectos
fundamentais da negociação: o propósito, os interesses, a oportunidade, a
persuasão, a troca e a ética.
 
A Negociação ocorre em todos os momentos de nossas vidas e faz parte das
maiorias de nossas decisões como, por exemplo: ao colocar o nome em um recém
nascido, a cor do carro novo, a festa de casamento, dentre outros aspectos, como
também, o advogado negociando com o juiz ou com seu cliente, o empregado
negociando a data de suas férias dentre muitas situações do nosso dia a dia.
Trata-se de um processo no qual as partes em disputa tentam alcançar uma
decisão conjunta. Sendo assim temos diversas formas de se negociar algo,
podendo essa negociação ser flexível ou inflexível, onde na flexível os
negociadores evitam qualquer tipo de conflito, já na inflexível ambos encaram
qualquer tipo de situação para ter êxito na sua vontade.
 
Logo, a negociação pode ser praticada tanto para resolver questões pessoais,
como para questões profissionais, em ambientes políticos, comerciais,
diplomáticos, institucionais, gerenciais, jurídicos, trabalhistas, de libertação de
reféns, entre outros. Diante dessa grande diversidade de contextos, existem
muitas definições e formas diferentes de abordar o assunto.
 
Definição de Negociação: cuidar dos negócios.
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alegoria
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Para Humberto Dalla Bernardina Pinho a negociação é um processo bilateral de
resolução de impasses ou de controvérsias, no qual existe o objetivo de alcançar
um acordo conjunto, através de concessões mútuas. Envolve a comunicação, o
processo de tomada de decisão (sob pressão) e a resolução extrajudicial de uma
controvérsia.
 
Negociação é um processo em que duas ou mais partes, com interesses comuns e
antagônicos, se reúnem para confrontar e discutir propostas explícitas com o
objetivo de alcançar um acordo.
 
A negociação é utilizada para lidar com situações de conflito. As perdas e os
ganhos de cada parte são colocados na mesa e constituem as cartas com as quais
a negociação se desenvolve, com objetivos claramente definidos.
 
Negociação é uma via alternativa pura para dirimir controvérsias, destacando-se
na solução de litígios de natureza comercial em razão de evitar incertezas e os
custos de um processo judicial, bem como preservar o relacionamento das partes
envolvidas de maneira discreta e sigilosa. É, normalmente, a primeira forma de
compor litígios, e caso não seja bem sucedida, é possível partir para outra forma
alternativa ou até mesmo para a jurisdição tradicional.
 
A negociação foi desenvolvida pela Universidade de Harvard nos EUA, chamado de
“Método de Harvard”, que se baseiam nos seguintes princípios:
 
- separar as pessoas do problema;
 
- concentrar-se nos interesses e não nas posições;
 
- criar várias possibilidades antes de decidir;
 
- insistir em um resultado objetivo, independente de vontades;
 
- lembrar que na negociação não há opositores ou adversários, e sim
participantes.
 
Modernamente, compreende-se que negociar não é discutir, é conversar com um
objetivo em mente.
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Na moderna negociação, não se deve fazer:
 
- Manipular não corresponde a negociar, pois consiste em um indivíduo convencer
outra pessoa de que está certo, quando sabe que está errado.
 
- Agir com agressividade, pois requer determinação e preparação.
 
Desvantagem na negociação direta:
 
- quando um dos dois lados possui maior poder (físico, econômico, emocional),
terá facilidade para exercê-lo a seu favor e, com isso, conquistar as cartas que
mais lhe interessam; praticada sem a devida técnica, ela acentua as diferenças a
favor do mais forte.
 
- nada obsta que uma parte atue com malícia e perversidade e se valha desse
comportamento para auferir vantagens; isso pode acontecer em todos os
métodos, porém, como na negociação não há influência de terceiros, a conduta
má é ainda mais beneficiada. Todavia, a técnica de negociação possui diversos
métodos para se descobrir, esvaziar e usar essa má fé contra seu próprio autor.
 
- um dos lados pode ter grande experiência em negociar e aproveitar-se da
ingenuidade ou despreparo do outro. É comum empresas de grande porte terem
ou contratarem negociadores profissionais, com o objetivo de construir acordos
vantajosos para elas na negociação de dívidas e compromissos assumidos com
outras empresas, clientes e colaboradores.
 
- diferenças de personalidade contribuem para pender a negociação para um lado
ou outro. Quando uma das partes apresenta timidez, dificuldade para se
expressar; e a outra se mostra agressiva, independente, bem falante, a mesa de
negociação se desequilibra.
 
Tipos de Negociação:
 
Existem três tipos básicos de negociação: distributivas, integrativas e criativas.
 
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As negociações distributivas envolvem apenas uma questão, normalmente
relacionada a valores. Como exemplo de sua aplicação pode-se citar a compra ou
venda de um carro, em que a única questão a ser negociada é o valor do
automóvel. Normalmente essa negociação é conduzida em um ambiente
competitivo. Cada parte apresenta uma abertura e planeja-se para não
ultrapassar determinado valor limite. Por definição, é sempre ganha-perde.
 
As negociações integrativas envolvem diversas questões. Como exemplo de
aplicação pode-se citar a mesma compra ou venda de um carro, mas ao invés de
negociar apenas o valor do automóvel, negocia-se também o prazo de
pagamento,a inclusão de certos acessórios, a data de entrega, etc. Essa
negociação pode ser conduzida tanto em um ambiente competitivo como
colaborativo. No ambiente competitivo torna-se mais difícil para as partes
alcançarem um bom resultado, devido à omissão ou distorção de informações ou a
manobras para adquirir poder de influência. No ambiente colaborativo, em que
ambas as partes são mais transparentes na divulgação de seus interesses, limites
e prioridades, são criadas as condições ideais para uma solução ganha-ganha.
 
Na negociação criativa cada parte revela seus interesses, a partir dos quais
busca soluções que sejam capazes de atender a maior quantidade possível de
interesses envolvidos. Essa negociação é ideal para encontrar soluções
conciliadoras para problemas complexos. Deve ser conduzida em um ambiente
colaborativo e emprega largamente os princípios de negociação apresentados por
William Ury: foque nas pessoas, não nos problemas; diferencie posições de
interesses, etc.
 
Em negociações complexas, como as conduzidas em projetos ou contratos de
grande porte, é comum que o negociador necessite utilizar as técnicas necessárias
para conduzir os três tipos de negociação, simultaneamente.
 
Principais elementos presentes para uma
Negociação:
 
Abertura - primeiro valor apresentado por uma das partes, em uma negociação
distributiva.
 
 
Valor limite - valor mínimo (para vendedores) ou máximo (para compradores)
que não deve ser ultrapassado, em uma negociação distributiva.
 
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Posições - soluções pré-concebidas para se obter um determinado resultado,
defendidas em uma negociação, como dinheiro, prazos, condições e garantias.
 
Interesses - motivos que sustentam as posições adotadas por um negociador,
formados pelos desejos, preocupações, crenças conscientes, temores e
aspirações.
 
MACNA - Melhor Alternativa em Caso de Não Acordo - Termo derivado do
inglês BATNA (“Best alternative to a negotiated agreement”). Trata-se de uma
alternativa (fora da mesa) caso a negociação entre num impasse e não se
concretize nenhum acordo.
 
Concessão - ato ou efeito de ceder algo de sua opinião ou direito à outra parte.
Na negociação distributiva as concessões ocorrem por meio da redução nos
valores negociados. Na negociação integrativa as concessões ocorrem por meio da
troca.
 
Negociador
 
O negociador capacitado, de posse de todas as técnicas de negociação, consegue
equilibrar as diferenças e minimizar as desvantagens.
 
Sem qualquer dúvida, a negociação é o melhor dos métodos para a solução de
conflitos, pois é através dela que as partes chegam a uma solução satisfatória, por
meio da autocomposição, sem qualquer participação de terceiros no conflito
instaurado, ao contrário da mediação e da arbitragem onde as soluções sempre
dependem da intervenção obrigatória de terceiros.
 
Importante destacar que, na negociação, ao contrário da arbitragem e da
mediação, as partes chegam a uma solução satisfatória sem, contudo, haver a
participação de estranhos na relação problemática.
 
Deve, portanto, ser o método privilegiado para fins de solução de litígios de
natureza trabalhista e sindical, tal qual ocorre na celebração dos Acordos e
Contratos Coletivos de Trabalho, obtidos mediante negociação direta entre as
partes envolvidas.
 
Na negociação as partes chegam a uma solução satisfatória sem qualquer
participação de terceiros, ao contrário da mediação e arbitragem, onde as
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soluções sempre dependem da intervenção obrigatória de terceiros.
 
Dez habilidades necessárias a um negociador:
Ser um bom ouvinte: Quando se escuta atentamente e sem interrupções, você
está aberto a entender a mensagem da outra pessoa e conseguir informações que
poderão ser de valia no processo. Na medida em que você ouve atentamente e
sem interrupções habilita-se para decodificar a mensagem do outro lado e obter
informações que poderão ser úteis ao processo.
Desenvolver um espírito negocial: Grandes negociadores têm ciência que é
possível que tudo pode ser negociado, mas para isto o ambiente precisa ser
declaradamente de negociação. A agressividade deve ceder lugar ao consenso no
processo, para que se possa alcançar o objetivo planejado. É primordial ter em
mente que por mais difícil que pareça um acordo, sempre haverá a possibilidade
de alternativas.
Planejar: Quando se participa de um evento sujeito a negociação, faz-se
necessário despender parte do tempo a estudar e entender as variáveis que
possam vir a interferir na mesma. Muitas vezes é necessário pré-negociar
internamente recursos, prazos, especificações, metas, condições de pagamento,
etc.
Portanto, deve-se ir a uma reunião de negociação com todo o dever de casa
diligentemente realizado. Isto lhe dará muita segurança no processo.
Mirar alto: Uma vez buscados com legitimidade, os objetivos deverão buscar
sempre o ponto máximo, pois ao lutar por mais em uma negociação pode-se obter
mais. Por exemplo, se pode vender por 1000 e o mercado paga 1200, esta será a
faixa inicial! Na outra ponta, se pode pagar à vista, mas for interessante fazê-lo
em 60 dias busque inicialmente esta alternativa!
Ser paciente: Um dos principais erros do negociador brasileiro é a impaciência,
quase todas às vezes oriundas de metas irrealistas ou necessidade de logo fechar
o acordo. Pode-se até fechar com um resultado, diga-se de passagem, razoável,
mas poderia torná-lo ótimo se não fosse à impaciência que na realidade atropela o
processo e elimina possibilidades de mais ganho. Estando com um bom
planejamento pode-se torna o processo mais produtivo sem necessitar ser refém
da impaciência. Às vezes uma reunião de negociação que se estendeu por uma ou
duas horas além do previsto pode trazer excelente compensação.
Visar à satisfação: Negociação é uma estrada de mão dupla. Tanto um quanto o
outro negociador deverão estar legitimamente comprometidos na busca de um
resultado altamente satisfatório. Mas, não terá sido negociação de fato se
somente um lado alcançar seus objetivos e o outro ficar com a sensação de perda
ou frustração. Por isto, é preciso visar à satisfação do processo como um todo e
lutar para obter o máximo possível. O outro lado certamente fará o mesmo e aí
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tem-se um resultado otimizado para ambos os lados, com satisfação de todos e
sem frustrações de ambas as partes.
Ter cuidado com a primeira oferta: Se planeja-se bem, se identifica-se com a
zona de possível acordo e suas alternativas, se é paciente e ouve durante o
processo o grau de autoconfiança será elevado e a primeira oferta do outro lado
será apenas um balizador para sua argumentação buscando obter concessões.
Ser ético: No ambiente em que se viver a todo o momento surgem arranhões à
ética: na política, na justiça e nos negócios. A realidade mostra que agir
eticamente nas negociações traz inúmeras vantagens. A maior delas tem a ver
com quem está negociando, agindo com correção e exigindo respeito torna-se
conhecido como um negociador confiável com o qual pode-se travar os mais duros
embates na certeza de lisura e resultados concretos.
Trocar concessões: Negociar é, sobretudo, trocar concessões de um lado para o
outro em busca da conclusão de um acordo. É primordial ter concessões
estudadas na fase de planejamento e procurar incluí-las no rol das alternativas
para fechamento do negócio.
Ser empático: Ter em mente que o processo de negociação é um evento
fortemente alicerçado na dimensão humana: são pessoas que o fazem evoluir
para um acordo. Pessoas que possuem crescentes aspirações pessoais e
profissionais, que carregam umasérie de influências e desejam obter o melhor
resultado possível, então é mais que fundamental ver o outro lado como um
parceiro, sendo compreensivo quanto a possíveis dificuldades pessoais. Dando
este toque humano ao processo estará fazendo algo mais por uma conclusão
satisfatória.
Elementos fundamentais da Negociação:
Legitimidade: É o pressuposto básico e realista de possibilidade, alcance e
realização do objetivo, assim como das possíveis alternativas para sua
consolidação. Metas exageradas ou acanhadas são um dos complicadores da
legitimidade. É preciso ser realista, estudar o ambiente intra e extra da
negociação ajustando-as ao factível, ao possível de ser alcançado dentro de ações
buscando um alcance realista dos resultados.
 
Informação: O moderno negociador, seja de que área for, é um profissional que
administra o máximo de informação possível, tanto de dentro quanto de fora,
utilizando-a para o balizamento e exploração de sua posição no evento. Melhor
negocia quem melhor gerencia a informação obtida e disponibilizada sobre o
motivo do encontro. Não deve-se dar sequência a um processo negocial sem que
toda a informação esteja sob seu efetivo controle.
Tempo: Quem administra convenientemente o elemento tempo praticamente está
no comando do evento. Estabelecer uma agenda de negociação com o “oponente”
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é o primeiro passo e poderá facilitar muito ao controle temporal. Esta agenda
deverá especificar não somente os itens a serem discutidos como também o
responsável por cada um deles e a duração prevista de cada discussão. Por outro
lado não se deve ir para uma negociação sem que tenha tido tempo para
criteriosa preparação e planejamento. Negociações derivadas de urgências ou
imprevistos são, na verdade, uma restrição ao tempo e comprometem os
resultados.
Poder: Quando se negocia, por exemplo, em nome da Corporação X o outro lado
o verá não como “fulano”, mas, sobretudo como a Corporação X. Isto demanda a
necessidade de estabelecer-se nitidamente a amplitude do poder para conduzir o
processo e decidir no que for necessário até a obtenção do melhor acordo.
Portanto, verifique e estabeleça seu poder antes da negociação e pré-negocie
internamente os seus limites fixando claramente sua amplitude. Pode ser que a
partir de determinadas situações a palavra final seja de um gerente, coordenador
ou diretor. Se isto for o caso esta pessoa estará como co-partícipe do processo em
“stdand-by” (sobreaviso) para ser acionada, se necessário. 
Estes quatro elementos são como estacas que se fixam a uma base sólida: a ética
corporativa. É fundamental que se tenha e exija credibilidade, respeito e total
coerência em procedimentos de negociação. Tendo estes quatro elementos
fundamentais e a ética sob seu efetivo controle estará instrumentalizado para
buscar os melhores resultados possíveis no processo das negociações.
Considerações finais
A necessidade de negociação está presente constantemente no ambiente familiar,
no trânsito, no trabalho e até mesmo em eventos sociais torna-se cada vez mais
necessária. A negociação está presente no dia-a-dia, o que torna o
desenvolvimento da capacidade negocial absolutamente essencial para todas as
esferas de nossas vidas, principalmente no campo profissional.
Assim, todo profissional que se preze deve por obrigação buscar o
desenvolvimento desta técnica, não só para se tornar uma pessoa desenvolvida,
como também para saber utilizar isto a seu favor e a favor da organização do qual
faça parte.
O caminho da negociação na construção de relacionamentos é cada vez mais
notório, não se fala mais em analisar propostas, fala-se em negociar isto e aquilo
com alguém. A arte de negociar é um caminho que não tem mais volta, ser
intransigente não leva ninguém mais a canto nenhum com exceção de para trás.
Os grandes negociadores do mundo souberam usar estas técnicas a favor de si
mesmos, de suas empresas e seus países, visando o crescimento e
aperfeiçoamento, juntamente com a satisfação de ambas as partes envolvidas em
toda ou qualquer negociação.
De forma geral, sempre é tempo de começar a aprender a negociar e se não
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começou ainda, é melhor começar a correr, pois se não vai ficar para trás, ao fim
de uma negociação de que não viu que aconteceu.
 
Exercício 1:
A negociação em que cada parte revela seus interesses, a partir dos quais busca
soluções que sejam capazes de atender a maior quantidade possível de interesses
envolvidos. Essa negociação é ideal para encontrar soluções conciliadoras para
problemas complexos. Deve ser conduzida em um ambiente colaborativo e
emprega largamente os princípios de negociação. Em negociações complexas,
como as conduzidas em projetos ou contratos de grande porte, é comum que o
negociador necessite utilizar as técnicas necessárias para conduzir os três tipos de
negociação, simultaneamente. Trata-se de qual tipo de negociação?
A)
negociação integrativa.
B)
negociação conservadora.
C)
negociação criativa.
D)
negociação distributiva.
E)
negociação comparativa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 2:
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O moderno negociador, seja de que área for, é um profissional que administra o
máximo de informação possível, tanto de dentro quanto de fora, utilizando-a para
o balizamento e exploração de sua posição no evento. Melhor negocia quem
melhor gerencia a informação obtida e disponibilizada sobre o motivo do
encontro. Não deve-se dar sequência a um processo negocial sem que toda a
informação esteja sob seu efetivo controle. Essa afirmação se refere à qual dos
elementos fundamentais da Negociação?
A)
legitimidade.
B)
informação.
C)
informação.
D)
poder.
E)
expressão.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
Qual corresponde a habilidades necessárias a um negociador?
A)
Desenvolver um espírito negocial de persuasão.
B)
Insistência nas suas propostas, em vez de trocar as concessões.
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C)
Ser antipático quando não gostar da proposta.
D)
Visar à satisfação no ganhar alto.
E)
Ser um bom ouvinte.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 4:
Qual corresponde a habilidades necessárias a um negociador?
A)
Desenvolver um espírito negocial de persuasão.
B)
Insistência nas suas propostas, em vez de trocar as concessões.
C)
Ser antipático quando não gostar da proposta.
D)
Visar à satisfação no ganhar alto.
E)
Ser um bom ouvinte.
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Exercício 5:
É chamado de ato ou efeito de ceder algo de sua opinião ou direito à outra parte.
Na negociação distributiva as concessões ocorrem por meio da redução nos
valores negociados. Na negociação integrativa as concessões ocorrem por meio da
troca. Assinalar qual dos principais elementos que estão presentes na
Negociação?
A)
Concessão.
B)
Abertura.
C)
Interesse.
D)
Posição.
E)
Valor limite.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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