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Vascularização encefálica

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Juliana Lopes
 EBMSP 21.1
Vascularização encefálica 
A irrigação arterial do sistema nervoso central é extremamente importante ao passo que esse sistema não consegue se sustentar com o metabolismo anaeróbico e, por isso, depende de um aporte sanguíneo permanente e elevado. 
Sistema carotídeo interno
Sistema vértebro-basilar
A irrigação encefálica é dividida em dois sistemas: um sistema carotídeo interno, responsável pela irrigação das fossas anterior e media, e um sistema vértebro-basilar, responsável pela irrigação da fossa posterior.
Sistema vértebro-basilar
O sistema vértebro-basilar se inicia com as artérias subclávias. A partir das artérias subclávias, destacam-se as artérias vertebrais que ascendem pelos forames transversários das vértebras cervicais, adentrando o crânio através do forame magno e percorrendo a face ventral do bulbo até o sulco bulbopontino.
Artéria vertebral
Artéria subclávia
As artérias vertebrais emitem ramos colaterais: uma artéria espinhal anterior, duas artérias espinhais posteriores e duas artérias cerebelares inferiores posteriores (PICAs) — responsáveis pela irrigação da porção posteroinferior do cerebelo e posterolateral do bulbo.
Artéria espinhal anterior 
PICA
Artéria espinhal posterior
As artérias vertebrais se juntam formando a artéria basilar, que percorre o sulco basilar da ponte.
Artéria basilar
A artéria basilar emite alguns ramos colaterais: duas artérias cerebelares inferiores anteriores (AICAs), que irrigam os pedúnculos cerebelares médios e a parte anterior da porção inferior do cerebelo, duas artérias labirínticas, que adentram o meato acústico interno, juntamente com NC VII e NC VIII, os ramos pontinos, que irrigam a base da ponte, duas artérias cerebelares superiores que irrigam o mesencéfalo e a parte superior do cerebelo e duas artérias cerebrais posteriores. 
Ramos pontinos
Artéria labiríntica
AICA
A. cerebelar superior
Sistema CAROTÍDEO INTERNO
As artérias carótidas internas, ramos de bifurcação das carótidas comuns, dividem-se em quatro porções: 
Cervical ascende no pescoço sem emitir ramos.
Petrosa penetra no crânio pelo canal carotídeo na parte petrosa do osso temporal.
Cavernosa descreve o sifão carotídeo dentro do seio cavernoso.
Intracraniana passa lateralmente ao nervo óptico e emite ramos colaterais e terminais. 
Ramos colaterais da carótida interna: 
· Duas artérias oftálmicas adentram no canal óptico com o NC II e irriga o bulbo ocular
· Duas artérias comunicantes posteriores comunicam-se com as artérias cerebrais posteriores.
· Duas artérias corióideas anteriores irrigam o plexo coroide do corno temporal dos ventrículos laterais e estruturas da base do cérebro.
· Duas artérias cerebrais médias 
· Duas artérias cerebrais anteriores 
OBS: Polígono de Willis anastomose em potencial entre os sistemas vertebro-basilar e o carotídeo interno, tendo em vista que em situações fisiológicas não há uma troca considerável de sangue, entretanto, ela se faz presente em caso de obstrução de alguma artéria.
O sistema de Willis é composto por 2 artérias cerebrais posteriores, 2 artérias comunicantes posteriores, 2 artérias carótidas internas, duas artérias cerebrais anteriores e 1 artéria comunicante anterior. 
Território de irrigação 
Artéria cerebral média adentra o sulco lateral e irriga a face dorsolateral do cérebro.
Artéria cerebral anterior curva-se sobre o joelho do corpo caloso, ramificando-se na porção medial do hemisfério e irriga a face medial do hemisfério até o sulco parietooccipital e face dorsolateral superior. 
Artéria cerebral posterior contorna os pedúnculos cerebrais e irriga a face inferior do lobo temporal e o lobo occipital, sobretudo o córtex visual. 
Artérias perfurantes: perfuram perpendicularmente o parênquima encefálico, irrigando estruturas profundas, como os núcleos da base, a cápsula interna e o diencéfalo.
A artéria cerebral média emite as artérias lenticuloestriadas anterolaterais.
A artéria cerebral anterior emite a artéria recorrente de Heubner e as artérias lenticuloestriadas anteromediais 
Drenagem encefálica 
A drenagem venosa é realizada por veias que drenam aos seios da dura-máter, de onde o sangue vai para as veias jugulares internas. Além disso, é dividida em um sistema superficial e um sistema profundo. 
Sistema superficial 
Veias superficiais superiores drenam a face medial e metade superior da face dorsolateral do hemisfério e tributam no seio sagital superior. 
Veias superficiais inferiores drenam a face inferior e metade inferior da face dorsolateral do hemisfério e tributam nos seios cavernoso, petroso e transverso. 
OBS: o principal componente desse sistema superficial inferior é a veia cerebral média superficial. Ela desemboca no seio esfenoparietal, além de unir-se ao seio sagital superior pela veia anastomótica superior (de Trolard) e ao seio transverso pela veia anastomótica inferior (de Labbé).
Sistema profundo 
O sistema profundo drena a substancia branca e estruturas profundas do cérebro.
As duas veias cerebrais internas se unem as duas veias basais, formando a veia cerebral magna que drena para o seio reto e para a confluência dos seios.

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