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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE UBERLÂNDIA – MG
Autos nº XXXXXXX.XX-XXXX.XX.X.XXXX
ANTÔNIO QUEIROZ, brasileiro, casado, portador da Cédula de Identidade de nº ___________ - MG/XX, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na rua Coronel Severiano, nº 500, bairro Tabajaras, cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, CEP 31.000-000, vem por intermédio de seu advogado, conforme procuração juntada em anexo, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR
Pelo Rito Ordinário, contra a EMPRESA PATRULHA MINEIRA LTDA, Pessoa Jurídica de Direito Privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 25.252.252/0001-25, estabelecida na avenida das Nações, nº 30, Centro, Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, CEP 30.000-000, com endereço eletrônico xxxxxx@xxxx.com.br e, 
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Autarquia Federal, Pessoa jurídica de Direito Público, inscrito no CNPJ 16.727.230/001-97, na pessoa do seu representante legal, com sede na Rua x, s/n, bairro x, Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, Cep xx.xxx-xxx, esse com responsabilidade subsidiaria, considerando os fatos e fundamentos a seguir:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Vale ressaltar que o Requerente não dispõe de condições financeiras de suportar as custas processuais e honorários advocatícios, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos das Leis de nº 1.060/50 e 5.584/70, conforme declaração firmada em anexo. 
II. DA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR
Em busca da segurança do princípio da dignidade da pessoa humana, no termo do art. 1º, III, da Constituição Federal, o Autor pleiteia a concessão da Tutela de urgência cautelar em face dos RÉUS dada a condição apresentada na lide e com fundamento no Art. 89, caput, da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991.
Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.
Assim sendo, não resta alternativa ao Autor, para não ser prejudicado em seus direitos efetivamente lesionados, mediante esta ameaça anunciada, REQUER a este douto Juízo Tutela de urgência cautelar para fins de resguardar o direito adquirido do mesmo e uma condição de dignidade.
III. DOS FATOS
O reclamante foi admitido pelo Reclamado no dia 4 (quatro) de fevereiro de 2019, com uma remuneração mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais), para desempenhar a função de segurança, que se enquadra ao Art. 193 da CLT, atividades e operações perigosas, com direito ao adicional de periculosidade. Antônio foi contratado para realizar a função de tomar conta da sede da empresa e dos pertences que lá se encontram, ou seja, para atuar no próprio estabelecimento da empregadora. Que segundo o art. 2º da CLT: 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
A parte autora durante o período de 9 de outubro de 2020 até 8 de janeiro de 2021, encontrava-se coberto por um benefício, consequentemente afastado de suas atividades laborativas, auxílio por Incapacidade Temporária, ou como popularmente conhecido, Auxílio-Doença, por razão de hérnia de disco, da qual não possui relação com o trabalho. O mesmo afirma que se reapresentou na empresa no dia 11 de janeiro de 2021, segunda-feira, e foi submetido a realizar um exame de saúde para o retorno ao trabalho por meio do médico do trabalho da empregadora e este exame verificou que o Antônio não estava apto para o retorno ao trabalho. Por conta deste laudo, a parte autora, desde a alta previdenciária, não recebeu qualquer valor a título de salário e ainda teve o seu plano de saúde suspenso do qual alteração não foi de multo consentimento, como destacado no Art. 468, CLT.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Também já é pacificado pela Súmula nº 440 do TST:
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
Mesmo o trabalhador estando comprovadamente apto para retornar ao trabalho e amparado pela alta do perito previdenciário, ele se vê sem ter condições para voltar a exercer suas atividades laborais habituais, já que médico do trabalho em realização do Exame de Retorno ao Trabalho atesta inapto. O empregado está em uma situação de total desamparo, pois o médico da empresa não autoriza o seu retorno ao trabalho, portanto, recebendo faltas entre a data de cessação do benefício e a data da autorização de retorno pelo médico do trabalho, sem receber qualquer remuneração nos dias faltosos ou benefício que assista seu sustento e de sua família. 
	Portanto, é muito claro que a empresa deve reintegrar o trabalhador imediatamente, pois é inadmissível que o mesmo em plenas condições de saúde não receba salários para provar o seu sustento, neste caso é oportuno transcrever a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Estado de Minas Gerais, vejamos: 
AFASTAMENTO PREVIDENCIÁRIO. ALTA MÉDICA CONCEDIDA PELO INSS. EMPREGADO INAPTO NA PERÍCIA MÉDICA DA EMPRESA. SALÁRIOS DO PERÍODO. DEVIDOS. São devidos os salários do período compreendido entre a alta médica concedida pelo INSS e o efetivo retorno ao trabalho quando a empresa impede o empregado de trabalhar com base em perícia realizada pelo seu médico, pois nesse caso o trabalhador encontra-se à disposição do empregador aguardando ordens (art. 4º da CLT), fazendo jus ao respectivo pagamento.
(TRT-2 - RO: 00015475820125020492 SP 00015475820125020492 A28, Relator: JOSÉ RUFFOLO, Data de Julgamento: 02/09/2014, 5ª TURMA, Data de Publicação: 08/09/2014)
IV. Dos Requisitos para a Concessão da Tutela de Urgência Cautelar
a) Do fummus boni iuris
O "fummus boni iuris" consubstancia-se no fato do Autor estar procurando uma forma de manter a sua dignidade e de sua família, conforme o Art. 1º, III, da Constituição Federal, já que o mesmo não possui atualmente, por conta deste conflito, salário. 
É notório, Excelência, o direito de o empregado receber os valores correspondentes à salário em conformidade ao Art. 89, Caput, da lei 8.213/1991. Em outras palavras, é dever dos responsáveis arcar com o pagamento da verba salarial. 
Portanto, Douto Juiz, é certo de que há a fumaça do bom direito no caso em tela e, consequentemente, se coadunando com o art. 300 c/c 303 do Novo Código de Processo Civil como um dos requisitos imprescindíveis para a concessão da tutela necessária e urgente aqui pleiteada, devendo ficar em destaque o fato de que se trata de verba de sobrevivência protegida pela Constituição Federal. 
b) Periculum in Mora 
O Autor teme que o perigo da demora a uma prestação jurisdicional efetiva, qual seja a deliberação acerca da verba salarial pelo requerente, se concretize provocando prejuízos à segurança financeira almejada por anos de labor e contribuição, danos esses graves aos dependentes e de difícil reparação.
V. DOS PEDIDOS
Diante do exposto e por tudo que ficou demonstrado, REQUER a Vossa Excelência:
1. Concessão do benefício da Justiça Gratuita;
2. A procedência da presente ação com a Concessão da Tutela de Urgência Cautelar,para o pagamento imediato da verba salarial, corrigida com o adicional de periculosidade e eventuais prejuízos financeiros que esta situação o causou, a fim de que, não cause maiores danos financeiros ao empregado;
3. A regularização da situação do empregado, a fim de que possa retornar a desempenhar as suas funções;
4. A citação e intimação dos réus para a Audiência de Conciliação ou de mediação na forma do art. 334 do CPC;
5. Caso não entenda que existam elementos suficientes para a concessão da tutela de urgência, requer o prazo de 05 dias para a emenda da petição inicial, in casu, conforme estipula o art. 303, 6º do CPC/15;
6. Condenação dos réus ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, segundo dispõe os arts. 82 e 85 do CPC.
Dá-se a causa o valor de R$ xx.xxx,xx
Termos em que,
Pede deferimento.
Minas Gerais,
29 de agosto de 2021.
Advogado X – OAB xxx.xxx/MG

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