Pontos Descontínuos

Prévia do material em texto

Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
1 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
Pontos Descontínuos 
DEFINIÇÃO 
Nesta técnica a entrada e a saída da agulha devem acontecer em ângulo perpendicular, determinando a eversão das bordas da 
ferida. 
 
TIPOS 
 PONTO SIMPLES 
TÉCNICA 
Passo 1: Utiliza pinça para realizar preensão do tecido a ser suturado 
 
Passo 2: entrar com a agulha a 90° em relação a pele e inserir acompanhando a curvatura da agulha. 
 
Vantagens Desvantagens 
• Afrouxamento de um nó ou rompimento não 
interfere nos demais pontos 
• Menor quantidade de corpo estranho no interior 
do ferimento 
• Pontos menos isquemiantes do que na sutura 
continua 
 
• Mais demorado 
• Aplicação da tensão precisa ser homogênea em todos 
os pontos para evitar rompimento 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
2 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
Passo 3: Fazer a preensão da estrutura distal, respeitando a altura que saiu no tecido na primeira passada entrar nessa 
mesma altura e profundidade na segunda passada, mantendo a simetria. 
 
Passo 4: Realização do nó. Porta agulha precisa estar entre os fios, ou seja no meio, e no primeiro nó são duas voltas 
do porta agulha por dentro da linha, feito isso você pega a outra ponta da linha (a que ficou na entrada da primeira 
passada) e cruza. 
 
 
Passo 5: Segunda parte do nó. Coloca o porta agulhas no meio dos fios e da uma volta no fio com o porta agulha. 
Segura a ponta oposta não necessitando cruzar os fios. 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
3 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 
Passo 6: Terceira parte do nó. Repete o passo 5, porém cruzando o fio novamente. Feito isso, corta. 
 
USO 
É a técnica mais utilizada, pois é fácil e rápida, sendo o ponto ideal para uma aproximação correta das bordas de uma ferida. Locais 
de pouca espessura de tecido celular subcutâneo. 
 
PONTO SIMPLES INVERTIDO 
TÉCNICA 
Passo 1: Utiliza pinça para realizar preensão do tecido a ser suturado 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
4 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 Passo 2: Realiza a inserção da agulha pela borda oposta que se inicia no ponto simples. 
 
Passo 3: Realiza a segunda passada 
 
 
Passo 4: Realização do nó. Porta agulha precisa estar entre os fios, ou seja, no meio, e no primeiro nó são duas voltas do 
porta agulha por dentro da linha, feito isso você pega a outra ponta da linha (a que ficou na entrada da primeira passada) 
e cruza. 
 
 
 
Passo 5: Segunda parte do nó. Coloca o porta agulhas no meio dos fios e da uma volta no fio com o porta agulha. 
Segura a ponta oposta não necessitando cruzar os fios. 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
5 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 
Passo 6: Terceira parte do nó. Repete o passo 5, porém cruzando o fio novamente. Feito isso, corta. 
 
 
 
USO 
Estruturas profundas, sendo este posicionado o mais distante da superfície possível para evitar extrusão. Bastante utilizado em 
derme profunda. Tem como objetivo deixar o ponto para dentro, por isso é necessário cortar o fio próximo do nó. 
PONTO EM X 
TÉCNICA 
o fio é passado em um lado da incisão e, após, a um nível abaixo nas duas bordas, iniciando pela borda contrária à inicial. Ao final, 
para finalizar a sutura, o fio é passado em mesmo nível ao inicial, em borda oposta 
 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
6 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
Passo 1: Se inicia com um ponto simples, realizando a inserção da agulha a 90° 
 
 
 
 
 
 
 
Passo 2: Realiza-se um outro ponto simples ou pra cima ou para baixo do já feito. 
 
Passo 3: Realização do nó. Igual ao feito nos pontos anteriores. 2 voltas com a linha no porta agulhas cruzando; 1 volta no porta 
agulhas sem cruzar; 1 volta no porta agulhas cruzando. 
 
USO 
Usado para hemostasia em estruturas com grandes resistências submetidas à tensão, que possui fácil tendência a ruptura, exemplo os músculos. 
Pode também ser feito de forma invertida ficando o nó dentro do ferimento. 
 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
7 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
PONTO DONATTI 
TÉCNICA 
Início da sutura não difere do ponto simples; após isso, antes do nó, o fio retorna à borda inicial em plano superficial e à frente do anterior. 
Necessário lembrar da premissa: “entra longe e sai longe, entra perto e sai perto” 
 
Passo 1: inicia com a passagem do ponto simples, porém mais longe da borda do ferimento, saindo longe simetricamente. 
 
Passo 2: Realiza a segunda passada pegando menos tecido do que na primeira (mais epiderme) e mais próximo da borda da lesão. 
 
Passo 3: realização do nó. Igual ao feito nos pontos anteriores. 2 voltas com a linha no porta agulhas cruzando; 1 volta no porta agulhas 
sem cruzar; 1 volta no porta agulhas cruzando. 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
8 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 
USO 
Ponto com forte tensão e hemostasia, podendo ser usado em couro cabeludo ou locais mais sujeitos a tensão como articulações. 
PONTO EM U 
TÉCNICA 
Passo 1: Se inicia com um ponto simples, realizando a inserção da agulha a 90°: 
 
Passo 2: insere a agulha no mesmo local em que se saiu na segunda passada. 
 
Passo 3: realiza a passada para o outro lado 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
9 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
 
Passo 4: realização do nó. Igual ao feito nos pontos anteriores. 2 voltas com a linha no porta agulhas cruzando; 1 volta no porta agulhas 
sem cruzar; 1 volta no porta agulhas cruzando. 
 
USO 
Fixação de dreno 
PONTO SEMI-DONATTI 
Passo 1: Inicia realizando a passada como se fosse um ponto simples 
 
 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
10 Universidade Nove de Julho Basesda Cirurgia 
 
Passo 2: Segunda passada se faz apenas na derme do paciente, não pegando a epiderme 
 
Passo 3: Realiza a volta como se fosse um Donatti clássico pegando mais superifcial e mais perto da borda 
 
Passo 4: realização do nó. Igual ao feito nos pontos anteriores. 2 voltas com a linha no porta agulhas cruzando; 1 volta no porta agulhas 
sem cruzar; 1 volta no porta agulhas cruzando. 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
11 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
USO 
Mesma indicação do Donatti, porém ele é menos isquêmico realizando uma cicatriz um pouco mais estética. 
PONTO DE GILLES 
TÉCNICA 
Passo 1: Entra na pele a 90° 
 
 
Passo 2: segunda passada é intradermica 
 
Passo 3: Realiza a volta como se fosse um U 
 
 
 
 
 
 
Danielli de Sousa Guedes 8° semestre 
12 Universidade Nove de Julho Bases da Cirurgia 
 
Passo 4: realização do nó. Igual ao feito nos pontos anteriores. 2 voltas com a linha no porta agulhas cruzando; 1 volta no porta agulhas 
sem cruzar; 1 volta no porta agulhas cruzando. 
 
USO 
Pode ser usado para estruturas mais tensas, porém em que se deseja uma estética melhor.