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01 - Introdução ao Estudo dos Materiais de Moldagem - Passei Direto

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Introdução 
Os materiais abordados na disciplina de materiais 
dentários II, a pesar de haver procedimentos realizados 
dentro da cavidade bucal, são utilizados na sua grande 
maioria em procedimentos realizados em laboratório. A 
moldagem, por exemplo, é feita no consultório. Mas uma 
prótese já tem que ser feita em laboratório. 
A base de tudo, no entanto, consiste em saber o 
quais são os materiais de moldagem, o que é uma 
moldagem, o que é um molde, quais são os materiais 
disponíveis e como é feita a seleção dos materiais. 
 
Conceitos fundamentais 
É preciso saber basicamente os conceitos dos 
quatro termos a seguir: 
 Moldagem; 
 Moldeira; 
 Molde; 
 Modelo. 
 
O que é moldar? 
É o ato de levar o material de moldagem à boca, em 
uma moldeira, que por sua vez, favorece uma 
compreensão de moldagem mais uniforme (uniformiza o 
material ao apertar), facilitando a remoção do molde 
obtido (devido ao cabo), após a presa do material. 
 
Tipos de moldeiras 
Entre os tipos de moldeiras mais comuns temos as 
feitas para a aplicação de flúor, que são descartáveis 
(infantis). 
 
 
 
Também temos as moldeiras plásticas 
autoclaváveis. 
 
 
 
 
 
Também existem as moldeiras metálicas com 
frisos, que possuem alta durabilidade. Existem moldeiras 
desse tipo para pacientes dentados, parcialmente 
desdentados e completamente desdentados. 
 
 
 
Em alguns casos, as moldeiras metálicas são muito 
largas na parte posterior e, somado a isso, pode acontecer 
de o paciente ter o túber da maxila mais estreito ou a 
arcada mais estreita na sua região posterior. Para evitar o 
incômodo no paciente, é possível apertar essa região 
posterior da moldeira para que ela se adapte melhor à boca 
do paciente, quando feita de alumínio. 
É importante evitar a compra de moldeiras com 
ângulos muito pontiagudos na porção posterior (ângulos 
de cerca de 90 graus), pois machucam o paciente. Caso a 
moldeira adquirida seja desse tipo, aconselha-se realizar o 
arredondamento das angulações com pedra diamantada e 
o subsequente polimento, além de observar se o paciente 
não está sendo incomodado em razão desses ângulos. 
Além desses tipos citados, existem as moldeiras 
acrílicas. Elas possuem vários frisos de retenção, mas 
naturalmente serão substituídas mais rapidamente do que 
as metálicas. 
 
Introdução ao Estudo dos Materiais de 
Moldagem 
 
Entre as moldeiras desse material ou mesmo 
plásticas temos as moldeiras parciais/individuais, que são 
feitas para moldar um único dente no qual foi feito um 
preparo. 
Também existem as moldeiras feitas para 
clareamento dental e os aparelhos ortodônticos invisalign 
(realizam pequenas modificações na arcada, de forma a 
evitar a utilização de aparelhos fixos). 
 
 
 
Na imagem a seguir observamos moldeiras para 
aplicação de flúor, que possuem uma espécie de esponja. 
Em seguida, observamos moldeiras plásticas comuns e de 
hemiarcadas que giram (se aperta um botão e a porção 
responsável pela moldagem gira, se adaptando à porção 
anterior ou posterior da arcada). 
 
 
 
 
Posicionamento Para Moldagem 
 
É de suma importância que o cirurgião-dentista 
saiba de antemão que, para a realização da moldagem da 
arcada superior ou inferior, o profissional deve se 
posicionar em pé e por trás do paciente, sem se curvar 
muito. 
De forma alguma o profissional deve se curvar 
muito ou deixar o paciente mais deitado para que tenha 
uma melhor visualização. 
O paciente deve estar posicionado com uma 
angulação de 90 graus, olhando para o horizonte, com o 
plano sagital bem reto. 
O dentista deverá ter a visão do plano sagital por 
cima, observando o cabo da moldeira, que deverá seguir o 
plano em questão. Caso o cabo da moldeira não esteja 
posicionado adequadamente, a moldagem será 
completamente alterada. 
Durante a compressão da moldeira, não se deve 
colocar 4 dedos na boca do paciente. Para esse 
procedimento sempre deve-se utilizar o dedo médio, que 
possui mais força e é mais longo. 
Com isso, comprimi a moldeira e deixa o dedo 
posicionado até o material tomar presa e poder retirar a 
moldeira. Isso é importante para evitar que o paciente 
tenha alguma sensação de falta de ar, visto que tem muita 
coisa na boca dele. É de suma importância que se procure 
deixar o paciente o mais tranquilo possível durante esse 
procedimento. 
Caso o paciente seja posicionado de forma muito 
voltada para trás, isso irá favorecer o escoamento do 
material. Caso o material tenha uma consistência muito 
liquefeita, o paciente terá a tendência de deglutir. 
A consistência de material para a moldagem vai 
variar de acordo com o tipo de material especificado. No 
entanto, de maneira geral, o material sempre apresenta 
uma consistência gelatinosa, puxando de cremosa para 
consistência de massa. 
Essas características da consistência do material 
são importantes para que se evite o seu escoamento 
durante a moldagem e o paciente acabe se engasgando 
e/ou haja problemas na moldagem. 
 
Molde - Definição 
 
O molde é o produto gerado pela aplicação do 
material na boca do paciente, que é comprimido e toma 
presa. Ou seja, molde é o material removido da boca do 
paciente e já tomado presa. 
É a reprodução, em negativo, das superfícies dos 
modelos que serão obtidos. 
 
Moldes 
 
Os moldes devem apresentar características que 
permitam, por exemplo, proporcionar a confecção de uma 
prótese. 
É muito importante que o material reproduza 
exatamente o tipo de preparo ou o alinhamento, não 
alinhamento ou apinhamento dos dentes (no caso da 
ortodontia). 
É preciso observar o molde e perceber que ele 
contém todas as informações necessárias para a confecção 
do aparelho ortodôntico, aparelho ortopédico, prótese 
parcial ou total (removível ou para implante) e qualquer 
outra coisa que se objetive fazer. 
Com uma moldagem bem feita, parte-se para uma 
outra etapa, que é o vazamento do gesso para obter o que 
chamamos de modelo. 
Se ocorrer algum problema com o molde – se ele 
não for bem feito e/ou não tenha as características 
exatamente iguais às do preparo dental – e der 
prosseguimento com a confecção do modelo, as 
características erradas do molde irão passar naturalmente 
para o modelo de gesso. Consequentemente, os produtos 
confeccionados a partir desse modelo irão apresentar as 
falhas decorrentes da moldagem. 
A seguir podemos observar uma moldagem de 
hemiarcada feita com moldeira de plástico (primeira 
imagem), uma moldagem de paciente edentado para a 
confecção de prótese total (segunda imagem), e uma 
moldagem com material que oferece mais detalhes ao 
molde (terceira imagem). 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos 
 
Até então falou-se sobre o ato de moldar, que 
demanda o uso de uma moldeira, e sobre o material para 
moldar. A partir de agora, onde já se tem o molde, precisa-
se de um outro material, que é o gesso. 
Existem vários tipos de gesso e cabe ao cirurgião-
dentista selecionar o mais apropriado para o trabalho a ser 
realizado, além de utiliza-lo de forma adequada. 
É necessário que a aplicação do gesso no molde 
seja feita com a técnica adequada, evitando a formação de 
pequenas bolhas e de consequentes falhas no modelo. Aos 
poucos, o material aplicado preenche todos os espaços dos 
alvéolos/dentes do molde. 
Finalizado esse processo, temos em mãos o 
denominado modelo. 
Na sequência de imagens a seguir vemos primeiro 
o preenchimento de um molde com gesso. Em seguida, 
observa-se um modelo de paciente com dentes e, por fim, 
um modelo de paciente edêntulo. 
 
 
 
 
 
 
Resumindo tudo o que foi dito, primeiro deve-se 
selecionar uma moldeira adequada para o procedimento a 
ser realizado – com tamanho correto para a cavidade do 
paciente e com o máximo de retenções para que o material 
de molde não saia da moldeira e fique preso na boca do 
paciente. Em seguida, deve-se selecionar entre os vários 
materiais de moldagem qual é o mais adequado para o caso 
em específico. Por fim, deve-se selecionar o gesso mais 
propício para a confecçãodo modelo desejado. 
No tocante aos modelos polidos – os vistos 
anteriormente são modelos normais, sem a camada 
brilhosa e protetora dos modelos polidos –, são 
empregados nos casos que demandam acabamentos mais 
refinados. Neles se observa a presença das arestas e o 
aumento da dimensão vertical, que é de extrema 
importância para a ortodontia e ortopedia, que demandam 
dessa área livre para a confecção de aparelhos. 
 
 
 
A altura das moldeiras varia bastante. Com isso, 
muitas vezes se molda com moldeiras de altura não muito 
grande. No entanto, é importante que haja esse aumento 
de dimensão vertical no modelo para que se possa 
trabalhar buscando a maior proximidade possível do que é 
encontrado na boca do paciente, sem o excesso de gesso, 
para que se faça o contorno do aparelho ou da prótese. 
Em virtude disso, em alguns casso é necessário 
fazer um murinho de cera no contorno da moldeira para 
que ela tenha a sua altura elevada. Em casos de pacientes 
mais sensíveis, esse procedimento pode ser feito não para 
que se obtenha o aumento da dimensão vertical, mas para 
que as bordas da moldeira não os incomodem. 
 
 
 
O formato visto nas bases do modelo acima é 
obtido por recortes feitos por um equipamento (primeira 
imagem a seguir) ou pela forma zocalador (segunda 
imagem a seguir), onde se coloca um gesso que pode ser 
mais barato dentro e em seguida se coloca o modelo, de 
forma que os dois gessos se unem e já se obtém o formato 
com acabamento na base. 
 
 
 
 
 
É fundamental que a base do modelo seja bem 
reta, pois se trabalha com o modelo na bancada e é preciso 
que ele fique equilibrado e isso se obtém a partir do 
equipamento. 
 
Requisitos de um Material de Moldagem 
 
Na prática, todos os materiais de moldagem 
apresentam esses requisitos, mas alguns não os 
apresentam “100%”. 
Entre os requisitos que esses materiais devem 
apresentar, temos: 
 Não devem conter componentes tóxicos nem 
irritantes – Isso é importante para que nem o 
paciente e nem o profissional inalem essas 
substâncias durante a moldagem; 
 Devem realizar sua presa completa e de maneira 
uniforme ainda dentro da cavidade oral do 
paciente – Em muitos casos, ao longo de algumas 
horas após a remoção do molde da cavidade bucal, 
o material acaba aumentando o seu nível de 
resistência, mas ele já tomou presa na boca; 
 Devem apresentar plasticidade suficiente para 
uma boa produção e, se for termoplástico, 
apresentar temperatura compatível com os tecidos 
bucais – Materiais termoplásticos vão “quentes” 
para a cavidade do paciente, mas essa temperatura 
deve ser suportável para os tecidos bucais, de 
forma a não causar nenhum dano; 
 Devem apresentar consistência ou fluidez 
adequadas à técnica utilizada; 
 Devem ter estabilidade dimensional e morfológica 
durante e após sua presa – Não é aceitável por 
exemplo, que algumas horas após a presa do 
material ele se expanda ou contraia, visto que o 
modelo deve refletir o que se tem na cavidade oral 
do paciente; 
 Não devem ser adesivos – Caso fossem adesivos, 
esses materiais ficariam aderidos aos dentes, sem 
ter como remove-lo da cavidade bucal; 
 Não devem sofrer deformações nem fraturas 
durante a remoção da cavidade bucal – Se o molde 
deforma após ser retirado da boca, o modelo de 
gesso irá herdar essas deformações e transmiti-las 
para a peça a ser produzida. 
 
 
Classificação dos Materiais de 
Moldagem 
 
Os materiais de moldagem podem ser classificados 
de acordo com o processo de presa e segundo a 
elasticidade. 
 
Segundo o Processo de Presa 
 
Com relação ao processo de presa, os materiais 
podem ser quimioplásticos – que tomam presa a partir de 
um processo químico, como os hidrocoloides irreversíveis 
e a pasta de zinco (enólica e elastômeros) – ou podem ser 
termoplásticos – que tomam presa a partir de um processo 
térmico, como a godiva, e os hidrocoloides reversíveis. 
 
Segundo a elasticidade 
 
Com relação à elasticidade, pode-se ter materiais 
elásticos ou flexíveis e materiais anelásticos ou rígidos. 
Os materiais elásticos são empregados nos casos 
em que se tem retenções (dentes). Entre eles temos os 
hidrocoloides reversíveis e irreversíveis e os elastômeros. 
Os materiais anelásticos são utilizados em 
pacientes edentados. Caso houvesse algum dente 
remanescente na boca do paciente, esse tipo de molde 
poderia ser quebrado durante a sua remoção. Como 
exemplo temos a godiva, a pasta zincoenólica e o gesso.

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