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Universidade Eduardo Mondlane 
Faculdade de Letras e Ciências Sociais 
Departamento de Ciência Política e Administração Pública 
Análise e Avaliação de Políticas Públicas 
Tema: Avaliação do Plano Nacional de prevenção e combae a violência 
basada no género 2018-2021 
17.5 valores 
O grupo está de parabéns! Este ensaio está bem concebido e corresponde á lógica do 
exercício solicitado pelo/a docente. 
Discentes: 
 Chume, Salma 
Mabuie, Leonor 
Magaia, Denisse 
Mathe, Rosalina 
Omar, Abubacar 
Ricardo, Bastiana 
Ricardo, Géssica 
 
 Docente: Sélcia Lumbela 
 
 Maputo, Julho de 2021 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como exercício a análise retrospetiva do Plano Nacional de 
prevenção e combate à violência baseada no género 2018-2021. A violência baseada no 
género é obstáculo à caracterização dos objectivos da promoção de igualdade de género e 
autonomia das mulheres, impede o desenvolvimento de uma sociedade harmoniosa, dificulta 
e anula o gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais. 
A Constituição da República de Moçambique consagra a igualdade de direitos para homens e 
mulheres nas esferas economica, social, política e cultural do país. Assim sendo, 
Moçambique aderiu à Convenção das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas 
de Discriminação Contra Mulheres (CEDAW), adoptou a Plataforma de Acção de Beijing e 
ainda as Declarações relativas à Igualdade de Género e Promoção do Estatuto das Mulheres, 
a nível do Continente e da Região, respectivamente na União Africana e na SADC. Em 2015, 
Moçambique adoptou os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os quais 
alinham-se com o Programa Quinquenal do Governo 2015-2019, contendo objectivos e metas 
dirigidos à igualdade de género e empoderamento da mulher. 
O presente trabalho, tem como objectivo a avaliação retrospectiva do Plano Nacional de 
Prevenção e Combate à Violência Baseada no Género 2018-2021. Avaliação, segundo 
Pedone(1986), é um subconjunto dos estudos de política pública sendo rigorosa, técnica e 
prescritiva. Para os efeitos da avaliação vamos recorrer às tipologias de avaliação, que são 
três: avaliação de processo, avaliação de intermédio (outcome) e avaliação de impacto, neste 
trabalho postaremos pela avaliação de processo, que consiste em analisar até que ponto o 
programa a atingir o grupo algo e como é que está a ser gerido, onde usaremos os critérios da 
coerência, eficácia e efetividade. Feito isto, deixaremos aqui ficar os problemas e 
recomendações relativos às implementação. 
 
 
 
 
 
 
2. Objetivos 
2.1. Objetivos gerais 
 Avaliar o Plano Nacional de Prevenção e combate à violência baseada no género 
2018-2021 
2.2. Objetivos específicos 
 Apresentar os objetivos do plano nacional de prevenção e combate a violência 
baseada no género 2018-2021 
 Analisar à eficácia e eficiência do plano 
 Identificar as diferenças existentes entre os resultados esperados e os resultados 
obtidos; 
 Avaliar a coerência da política relativamente aos objetivos externos (ODS) e internos 
de políticas públicas; 
 E por fim identificar as falhas e possíveis soluções. 
 
2.3. Metodologia 
Foi feita uma pesquisa do tipo exploratório, que segundo Gil (2008), pode envolver 
levantamento bibliográfico. O nosso trabalho foi feito usando a técnica de recolha de 
informações de pesquisa bibliográfica com base em relatórios. O estudo ainda tem como base 
o método histórico, este método faz referência de que as atuais formas de vida social têm 
origem no passado, isto é, coloca os fenómenos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comment [SL1]: E as entrevistas? 
 
 
 
 
 
Avaliação do Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência Baseada no Género 
2018-2021 
1. Avaliação de Políticas Públicas 
Segundo Pedone (1986) a análise e avaliação de políticas públicas pode ser melhor entendida 
como um subconjunto dos estudos de política públicas sendo rigorosa, técnica e prescritiva. 
Inicia-se com o que aconteceu ou acontece e está interessada em descobrir modos alternativos 
de ação em uma política particular. A análise de políticas públicas pode preceder a 
implementação, ou pode ser feita a posterior, tomando o nome de avaliação de políticas 
públicas, com a preocupação geral de saber se o programa da política pública resolve ou 
aliviou o problema a que se propunha. 
Dye (2012) como citado por Sitoe e Lumbela (2013) refere que avaliar é aprender em relação 
as consequências de uma política pública, ou seja, avaliar é aprender em relação às 
consequências de determinada política, programa ou projeto implementado. Este aprender, é 
na verdade, um exame objetivo, sistemático e empírico dos efeitos das políticas, programas 
ou projetos existentes para os seus grupos-alvo em termos de metas a serem alcançadas, onde 
se procura determinar até que ponto as ações implementadas vão de encontro aos objectivos 
previamente estabelecidos. Deste modo a avaliação contribui para a clarificação e critica dos 
valores por detrás de certas metas e objetivos 
Segundo Sitoe e Lumbela (idem), a avaliação é o estagio que imediatamente decorre depois 
da implementação das políticas públicas e antecede a redefinição dos problemas que deram 
origem à essas políticas públicas bem como o redesenho de políticas que melhor possam 
contribuir para resolver tais problemas. E está pode ser compreendida como sendo o exame 
objetivo sistemático e empírico dos efeitos das políticas, programas, projectos existentes para 
os seus grupos-alvo em termos das metas a serem alcançadas, onde se procura determinar até 
que ponto as ações implementadas vão de encontro aos objetivos previamente estabelecidos. 
Para Parsons (2005) como citado por Sitoe e Lumbela (idem) a avaliação tem dois aspectos 
interrelacionados: A avaliação de política e seus programas constituentes; a avaliação das 
pessoas que trabalham nas organizações responsáveis pela implementação das políticas e 
programas. O autor olha para a avaliação como uma forma de análise racional e como uma 
ferramenta de gestão de recursos humanos. Para Parsons, quando avaliamos, procuramos 
olhar para vários aspetos, de entre eles: 
 Avaliação das atividades implementadas versus objetivos previamente estipulados; 
 Avaliação da qualidade do programa ou projeto implementado; 
 Coleta de informação para a decisão futura. 
Segundo Rua (2009), a análise de políticas públicas pode ter por objetivo tanto melhorar o 
entendimento acerca da política e do processo político, como apresentar propostas para o 
aperfeiçoamento das políticas públicas. Segundo este mesmo autor existem diferenças entre 
avaliação e políticas públicas e análise de políticas públicas. As análises são estudos das 
causas e consequências das atividades do governo e avaliações se referem ao impacto ou 
processo. A avaliação da política pública é a fase em que o processo de implementação e o 
desempenho da política pública são examinados com o intuito de conhecer melhor o estado 
da política e o nível de redução do problema que gerou. A avaliação compreende a definição 
de critérios, indicadores e padrões (performances standars). 
Segundo Theodoulou (2012) como citado por Sitoe e Lumbela (idem), a avaliação tem como 
objetivo central determinar se as políticas, programas ou projetos implementados estão a 
alcançar os objetivos pré-determinados. Através da avaliação podemos determinar se os 
efeitos das políticas, programas ou projetos são intencionais ou não intencionais e se os 
resultados são positivos ou negativos para o grupo alvo e para a sociedade como um todo. 
Segundo Sitoe e Lumbela (Idem), as políticas públicas são avaliadas para: 
 Medir o progresso em relação aos objetivos pré-estabelecidos; 
 Ter lições aprendidas do projeto ou programa para futurarevisão, redesenho ou 
estratégias de implementação ; 
 Testar a viabilidade dos pressupostos, princípios, modelos, teorias e estratégia; e 
 Fazer advocacia de uma determinada causa 
 
2. Tipologias de avaliação 
A avaliação é comumente entendida como a atividade que ocorre após a implementação de 
um programa ou projeto, isso ocorre porque quando nos referimos à avaliação estamos 
geralmente falando de avaliação de resultados e impactos, a qual ocorre na ultima fase do 
ciclo, porem a avaliação pode ocorrer durante todo o ciclo de políticas públicas, e a literatura 
científica apresenta várias tipologias de avaliação. Theodoulou (2012), por sua vez vai 
apresentar três tipos de avaliação, que são: avaliação do processo, avaliação dos outcomes, e 
avaliação de impacto. 
2.1. Avaliação do processo: 
este tipo de avaliação está preocupada com a implementação do programa. Procura analisar 
até que ponto o programa está a atingir o grupo alvo e como é que está a ser gerido. Uma 
avaliação do processo procura olhar para os seguintes aspetos: 
 Determinar porquê a política, programa ou projeto está com o nível actual de 
desempenho; 
 Identificar possíveis problemas que ocorrem durante a implementação; 
 Desenvolver soluções para os problemas; e 
 Melhorar o desempenho através das recomendações. 
Comment [SL2]: 
Devem explicar aqui, qual o tipo de avaliação que 
irão levar a cabo e explanar o porquê desta escolha!! 
 
2.1.2. A avaliação dos outcomes: 
focaliza a sua atenção para o nível em que a política está a atingir os seus objetivos em 
relação ao grupo alvo. Está preocupada com os outputs e até que ponto estes vão assegurar 
atingir os resultados esperados, para tal. Pode fazer análise de efetividade, incluindo os 
custos. . (Theodoulou, 2012, apud Sitoe e Lumbela, 2013) 
2.1.3. Avaliação de impacto: 
 segundo Sitoe e Lumbela (2013), este tipo de avaliação, normalmente é feito após término da 
implementação da política, programa ou projeto, procura verificar até que ponto o programas 
está a ter impacto na população alvo. A avaliação de impacto difere da avaliação dos 
resultados intermédios pois esta ultima está preocupada em avaliar como os objetivos e as 
metas estão a ser alcançadas, enquanto que a avaliação de impacto procura analisar até que 
ponto a população alvo está a ser afetada de algum modo pela implementação da política. 
Na avaliação do impacto há uma preocupação do impacto da política, programa ou projeto no 
problemas previamente identificado. Uma avaliação de impacto deve identificar o seguinte: 
 Os objetivos teóricos do programa ou política; 
 Os objetivos atuais ; 
 Os objetivos do programa ou política; e 
 Os resultados do programa ou política e explicar se eles são intencionais, não 
intencionais, positivos e negativos. 
Pedone (1986), também apresenta três modelos distintos utilizados na análise e avaliação de 
políticas públicas, com a preocupação geral de saber se o programa da política pública 
resolveu ou aliviou o problema a que se propunha. O primeiro deles trata a questão da análise 
e avaliação como parte integrante do processo de viabilidade política das políticas 
governamentais. O segundo modelo preocupa-se com os procedimentos objetivos que 
acontecem na burocracia, lidando com questões operacionais da ação política. O terceiro 
modelo trata da questão normativa das políticas públicas, de como a sua análise e sua 
avaliação abrangem questões substantivas e incluem a análise ética. 
Faltou abordar aqui a tipologia de Wayne Parsons 
2.2. Modelo de Viabilidade Política 
O foco de atenções deste modelo volta-se para o processo político e para o que resulta desse 
processo em termos de diretrizes, políticas e programas governamentais. Esse modelo tem 
por premissa que o planeamento é feito sem desvios ou restrições, e que os objetivos 
estabelecidos serão atingidos com certeza, como se fossem situações e ambientes certos e 
estáveis. Em consequência a análise seria desnecessária e não traria nenhum acréscimo na 
compreensão do processo político. Esta visão é imobilizante na medida em que o ʺstatus quoʺ 
é mantido. O que vem sendo feito, continua a ser realizado, sujeito às mesmas pressões do 
sistema político, mudando incrementalmente, sem atender às demandas sociais de mudanças 
estruturais a longo prazo. 
 2.2.1. Modelo de Análise Sistemática 
O modelo de análise e avaliação sistemática procura defender a necessidade de uma maior 
detalhamento das políticas públicas. Isto é realizado pela análise ampliada por experimentos 
com políticas públicas, para poder estabelecer objetivos e custos de cada alternativa. Para os 
seguidores desta vertente, as políticas públicas originam-se dos centros de pesquisa do 
governo, assim, instituições geradoras de políticas públicas tomam para si a responsabilidade 
de fornecer algumas alternativas de políticas públicas aos tomadores de decisão, exatamente 
porque detêm os dados e as informações sobre os problemas, tais como eles são definidos por 
grupos específicos. Na definição dos problemas e dos valores implícitos em programas 
destinados a resolvê-los, são realizados apenas reajustes nos procedimentos, sem maior 
preocupação com a mudança substantiva na política pública, portanto, por esse modelo não se 
pode avaliar quem recebe o quê como resultado da ação do governo, o que vai resultar na 
frustração a respeito da ação governamental. 
 2.2.3. Modelo da Análise Crítica em Política Públicas 
A avaliação crítica marca um novo estágio no desenvolvimento desse campo de estudo, onde 
introduz-se um julgamento com respeito a qualidade e à adequação das decisões além de uma 
avaliação que vai procurar responder se as políticas resultantes são: apropriadas, inevitáveis 
dado o conjunto de demandas ou pelo menos as melhores possíveis consideradas as 
restrições. Ou seja, a análise critica trata da questão normativa das políticas públicas, de 
como a sua análise e sua avaliação abrangem questões substantivas. 
3. Critérios de avaliação de políticas públicas 
Anteriormente foram apresentadas as tipologias de avaliação de políticas, sendo por isso 
necessário reiterar que no nosso trabalho far-se-à uma avaliação do processo , que como já foi 
referido está preocupado com a implementação do programa, Procura analisar até que ponto o 
programa está a atingir o grupo alvo e como é que está a ser gerido, e para se fazer tal análise 
há necessidade de se levarem em conta alguns critérios estabelecidos mundialmente pelo 
OCDE. Pois a avaliar é um processo de atribuição de critérios que estabelecem lentes pelas 
quais podemos avaliar a política, programa ou projeto. E os critérios são usados na avaliação 
para: 
 Apoiar a prestação de contas, incluindo o fornecimento de informações ao público; 
 Apoia a aprendizagem, através de geração e retroalimentação de descobertas e lições. 
A OCDE desenvolveu os seguintes critérios de avaliação: 
 Coerência 
Analisa a compatibilidade da intervenção com outras intervenções em um país, setor ou 
instituição. Inclui coerência interna e coerência externa: Coerência interna aborda as sinergias 
e interligações entre a intervenção e outras intervenções realizadas pela mesma instituição / 
governo, bem como a consistência da intervenção com as normas e padrões internacionais 
relevantes aos quais aquela instituição / governo adere. Coerência externa considera a 
Comment [SL3]: Ano??? Isso é importante. 
consistência da intervenção com as intervenções de outros atores no mesmo contexto. Isso 
inclui complementaridade, harmonização e coordenação com outros, e até que ponto a 
intervenção está agregando valor, evitando a duplicação de esforços. 
A Coerência das Políticas baseia-se no reconhecimento de que várias políticas setoriais têm 
um profundo impacto nos objetivos que se pretende atingir (Ferreira, 2017). 
 
 Relevância 
Analisa até que ponto oprograma/projeto em causa é importante para o problema e para o 
grupo alvo e qual o alcance do resultado resolve o problema. Visa responder ou verificar até 
que ponto o alcance do resultado resolve o problema. 
 Eficácia 
Analisa até que ponto os objetivos traçados foram alcançados. Resultados que trazem mais 
valia (valued outcomes) foram alcançados. 
Eficácia é a capacidade de fazer as coisas certas ou de conseguir resultados. Isto inclui a 
escolha dos objetivos mais adequados e os melhores meios de alcançá-los. Isto é, 
administradores eficazes selecionam as coisas certas para fazer e os métodos certos para 
alcançá-las (Megginson et al, 1998). 
 Efetividade 
Visa qualificar a relevância do programa ou projeto. Até que ponto o alcance do resultado 
coincide com os objetivos pré-estabelecidos. 
Efetividade é o mais complexo dos três conceitos, em que a preocupação central é averiguar a 
real necessidade e oportunidade de determinadas ações estatais, deixando claro que setores 
são beneficiados e em detrimento de que outros atores sociais. Essa averiguação da 
necessidade e oportunidade deve ser a mais democrática, transparente e responsável possível, 
buscando sintonizar e sensibilizar a população para a implementação das políticas públicas. 
(Torres, 2004). 
Efetividade significa a capacidade de atendimento de expectativa da organização ou 
sociedade, supõe efeito, impacto, mudanças ou transformação de realidade. 
(Chiavenato,2003). 
 Eficiência 
Visa comparar os custos de oportunidade de uma determinada alternativa VS outra existente. 
Uma questão levantada é qual foi o esforço requerido para atingir este resultado que traz mais 
valia. 
Comment [SL4]: Esta ideia não é vossa. Citem a 
fonte! Caso contrário é plágio!!! 
Comment [SL5]: Idem… 
Comment [SL6]: Esta ideia não é vossa. Citem a 
fonte! 
Comment [SL7]: Esta ideia não é vossa. Citem a 
fonte! 
Segundo Stoner (1999) eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para 
alcançar os objetivos da organização, ou seja, ser eficiente significa executar da melhor 
maneira possível, evitando desperdícios e maximizando a produtividade. 
Chiavenato (2000) eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, é uma relação 
entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final 
obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o 
benefício resultante. 
 Sustentabilidade 
Aferir ou medir a dimensão em que os benefícios de uma atividade podem após a retirada ou 
termino do financiamento original ou inicial. Que fatores poderão influenciar a 
sustentabilidade do programa ou projeto após o exercício inicial. 
Segundo (Dal Marcondes, 2017 ) sustentabilidade na gestão pública pode ser definida 
através da racionalidade da aplicação dos recursos de forma a economizar materiais, reduzir 
desperdícios, acabar com resíduos e criar condições para o bem estar, a boa saúde e para a 
educação. Uma gestão que tenha como eixo a sustentabilidade tende a ser uma administração 
com bons resultados. 
 
4. contextualização do Plano Nacional de Prevenção e combate a Violência Baseada 
no Género 2018-2021 
A violência baseada no género envolve homens e mulheres, sendo as mulheres usualmente 
mas não sempre, as vitimas. A violência se origina a partir de relações de poder desiguais 
dentro das famílias, comunidades e Estados. A violência é geralmente dirigida 
especificamente contra as mulheres por diversas razões, e as atinge desproporcionalmente, e 
está se torna ainda mais profunda em situações de conflito e pós-conflito. 
A Declaração da ONU sobre a Eliminação da Violência Contra a Mulher adotada em 2003, 
define a violência contra a mulher como: qualquer ato de violência baseada em gênero que 
resulte ou possa resultar em danos mentais ou sexuais, ou sofrimento para a mulher, 
incluindo ameaças, como atos de coerção ou privação arbitrária de liberdade, seja na vida 
pública ou privada. 
Nas últimas décadas, a questão da violência contra a mulher saiu das sombras para tornar-se 
prioridade nos compromissos para atingir o desenvolvimento sustentável. Defensores dos 
direitos humanos das mulheres mobilizaram-se dentro e fora dos países e regiões para 
conseguir mudanças significativas em padrões e políticas nacionais, regionais e 
internacionais abordando a questão da violência baseada em género, e como efeito algumas 
conquistas foram conseguidas. Tais conquistas são: 
 Convenção sobre eliminação da violência contra mulher (1993); 
 Plataforma de ação de Dakar (1994); 
Comment [SL8]: Esta ideia não é vossa. Citem a 
fonte! 
Comment [SL9]: ????? Não é esta a definição de 
sustentabilidade aplicada à análise de PP 
Comment [SL10]: Esta ideia não é vossa: citem 
a fonte!!! 
 Plataforma de ação de Beijing (1995); 
 Plano Africano de ação para a implementação das plataformas de ação para o avanço 
da mulher de Dakar e Beijing (1999); 
 Resolução 1325 da ONU sobre as mulheres, paz e segurança (2000); 
 Protocolo à carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos sobre os Direitos das 
mulheres na África (2003). 
Segundo WLSA Moçambique (Women and Law in Southern Africa Research and Education 
Trust), os Estados têm o dever de domesticar os instrumentos internacionais de defesa dos 
direitos humanos das mulheres, tanto no domínio publico como privado. Segunga as 
pesquisas da WLSA sobre violência doméstica mostram uma alta incidência deste fenomeno 
e que grande um grande número de mulheres vive em ʺinfernos privadosʺ sem que o Estado 
as proteja. Trouxeram assim a matéria para argumentar para a necessidade de uma lei 
consebtânea como a realidade do país tendo em atenção o impacto negativo da violência 
baseada no género. É no âmbito deste dever que o Estado moçambicano aprovou normas e 
criou instituições, programas de proteção dos direitos das mulheres, em particular e proteção 
contra a violência baseada no género. 
Os primeiros marcos da legislação sobre direitos humanos das mulheres em Moçambique 
datam da primeira Constituição da República (CRM) de 1975, que estabelecia que: 
ʺhomens e mulheres devem ser iguais perante a lei em todas as esferas da vida política, 
económica, social e cultural.ʺ 
Esse principio de igualdade foi também consagrado na CRM tanto de 1990, assim como de 
2004. A constituição de 2004 foi ainda mais longe e estabeleceu uma série de importantes 
princípios e direitos: principio da universalidade e igualdade (art, 36° CRM) ʺtodos cidadãos 
são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, 
independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de 
instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção políticaʺ. Principio da 
igualdade de género (art 36° CRM): ʺo homem e a mulher são iguais perante a lei em todos 
os domínios da vida político, económica, social e cultualʺ. Direito de recorrer aos tribunais 
(art. 70° CRM) ʺo cidadão tem direito de recorrer aos tribunais contra os atos que violem os 
seus direitos e interesses reconhecidos pela constituição e pela leiʺ. 
Houve a necessidade das mulheres, através dos grupos de pressão existentes, lutarem para a 
breve trecho, a Assembleia da Reublica aprovasse uma legislação, que se conforme com o 
texto Constitucional e as normas do Direito Internacional acolhhidas por Moçambique com 
vista ao usufruto dos direitos de cidadania em geral. Deste modo a violência tornou-se uma 
preocupação fundamental do governo e constitui prioridade nos Planos de Ação de 
Recuperação da Pobreza (PARPA) que apontam a necessidade de revisão de toda a legislação 
discriminatória contra as mulheres e a adopção de nova legislação particularmente contra a 
violência baseada no género, a criação de condições para a sua implementação efetiva, 
incluindo a capacitação institcional dos intervenientese sua disseminação. (Loforte, 2015) 
Dada a gravidade da situação, o governo coloca igualmente nos seus planos Quinquenais, a 
questão de prevenção e combate a este mal social como um dos seus grandes desafios e uma 
das maiores prioridades, a curto, médio e longo prazo, cientes de que não é possível vencer a 
pobreza absoluta e construir um Moçambique de paz, harmonia, segurança e prosperidade 
num ambiente de violência contra a mulher. 
As principais conquistas alcançadas na área da prevenção e combate à violência baseada no 
género são: a aprovação e promulgação da lei sobre a Violência Domestica praticada contra a 
Mulher, Lei n° 29/2008, de 29 de Setembro, a adopção do Plano Nacional de Prevenção e 
Combate à Violência Baseada no Género 2008-2012, e a elaboração da proposta de 
Mecanismo de Atendimento Integrado para as Vítimas baseada no Género. A lei sobre 
Violência Domestica prayicada contra a mulher prevê o tratamento das vítimas de violência, 
incluindo a violência sexual. Este instrumento representa um avanço importante em relação 
ao código penal que não tipifica a violência baseada no género como um crime. A lei 
preconiza ainda que o crime de violência contra mulher é crime público, podendo pois ser 
denuciado por outras pessoas para além da vitima. 
Apesar de todas as conquistas conseguidas no que diz respeito, a prevenção e combate a 
violência baseada no género, inumeros desafios continuam para que a pratica da violência 
baseada no género seja estancada, por isso o governo tem continuado a considerar como 
prioridade as questões referentes aos direitos humanos da mulher, por conta disso, tal pauta é 
incluida no Plano Quinquenal do Governo (2015-2019). 
O plano Nacional de prevenção e combate a violência baseada no género 2018-2021 
enquadra-se no Programa quinquenal do governo (PQG) 2015-2019 que estabelece como um 
dos pilares a consolidação da Unidade Nacional, da Paz e da Soberania. Dentre os objectivos 
do programa, alguns referem-se à cultura de não-violência: combater todas as manifestações 
de discriminação e exclusão com base nas diferenças de cultura, origem étnica, género, raça, 
religião, região de origem e filiação político-partidária e intensificar a convivência pacífica 
entre os Moçambicanos, promovendo a cultura de paz, de diálogo, tolerância, humanismo e 
reconciliação em todas as esferas da vida política, económica, social, cultural e religiosa. 
O PNPCVBG (2018-2021) tem como uma das finalidades orientar a implementação de 
medidas que contribuam para que homens e mulheres: 
 Vivam num mundo e numa sociedade livre de violência, tanto na esfera doméstica 
como na esfera pública, onde os seus direitos humanos sejam respeitados; 
 Sintam que suas necessidades são respondidas do ponto de vista médico, júridico e 
legal, assim como as necessidades de protecção e de autonomia económica; 
 Sintam a complementaridade na resposta integrada e provisão de serviços para a 
vítima; 
 Não passem pela revitimização, isto é, que os agentes sociais que atendem as vitimas 
denuciem a violência, respeitem os seus direitos, a sua dignidade e privacidade. 
Assim sendo os objectivos do PNPCVBG podem ser resumidos em: 
 Promover a cultura da paz e não-violência baseada no género, reforçando os direitos 
humanos e as liberdade fundamentais. 
 Combater a violência e descriminação baseada no género; 
 Promover a segurança e integridade física, moral, cultural, social e económica de 
mulheres e homens; 
 Integrar o homem como agente activo na mudança de atitudes, valores e 
comportamentos que periguem a vida da mulher e da sociadade; 
 Desenvolver alianças com as lideranças comunitárias formais e informaispara agirem 
a favor da não-violência; 
 Fortalecer o mecanismo multissectorial de atendimento às vítimas de violência a todos 
os níveis. 
O palno ainda define seis áreas estratégicas de intervenção, a partir das quais são organizados 
objectivos e resultados, bem como acções, porem na nossa análise serão levadas em conta as 
estratégias I, II e III que apresentam o seguinte: 
Área Estratégica I: Prevenção, Consciencialização e Educação 
O objectivo é a redução dos níveis de aceitação da violência baseada no género que se 
expressa nos seguintes resultados: 
 Aumentando nível de consciencialização e conhecimento sobre a violência baseada no 
género nos espaços públicos e privados como uma violação dos direitos humanos; 
 Aumento do envolvimento de líderes comunitários e fazedores de opinião na 
educação pública para a prevenção da VBG nos espaços privados e públicos; 
 Homens e rapazes participando na prevenção e combate a violência baseada no 
género; 
 Sector privado e meios de comunicação engajados na prevenção à violência baseada 
no género; 
 Expandida a utilização das tecnologias de comunicação e informação para a 
prevenção da violência baseada no género; 
 Introduzido mecanismos de redução e controlo de agressores de violência; e 
 Reduzidos os índices da violência baseada no género. 
Área Estratégica II: Resposta à Violência Baseada no Género 
O objectivo é expandir e melhorar a resposta à violência, orientando-se para os segintes 
resultados: 
 Consolidando o atendimento integrado para as vítimas da violência; 
 Expandida a proteção e segurança das vítimas da violência; 
 Assegurada a autonomia económica das vítimas de violência; e 
 Assegurada a formação e acesso ao emprego das mulheres vítimas de violência. 
Área Estratégica III: Melhoria do Quadro Legal 
 
O objectivo é harmonizar a legislação para assegurar um quadro legal consistente que 
promova os direitos humanos, igualdade de género e eliminação da violência baseada no 
género. Com esta finalidade, pretende-se obter como resultados: 
 
 Revista a legislação que versa sobre diversas formas de violência baseada no género; 
 Divulgada legislação sobre a Violência Doméstica baseada no género. 
 
A implementção do PNPCVBG é realizada através do Plano Económico e Social (PES), e o 
Ministério de Género, Criança e Acção Social tem a missão de coordenar as acções realizadas 
pelos vários intervenientes no âmbito da prevenção e combate à violência baseada no género, 
além de implementar acções específicas, a diferentes níveis para a consciencialização da 
sociedade, em especial, as comunidades. 
5. Avaliação do PNPCVBG (2018-2021) 
Para avaliação do Plano Nacional de Prevencão e Combate à Violência Baseada no Género, 
recorremos a tipologia de processo, onde procuraremos mostrar e saber o que esta a acontecer 
como o processo de implementação do PNPCVBG (2018-2021), se os objectivos pre-
estabelecidos estão a ser alcançados ou não, e para tal iremos nos socorrer aos critérios de 
coerência, eficácia e efetividade. 
5.1. Coerência do PNPCVBG (2018-2021) 
Segundo o PNPCVBG (2018-2021), o Estado Moçambicano aderiu às convenções das 
Nações Unidas para a eliminação de todas formas de Discriminação Contra Mulheres, 
adoptou a Plataforma de Acção de Beijing e ainda as Declarações relativas à Igualdade de 
Género e Promoção do Estado das Mulheres, a nível do Continente e da Região, 
respectivamente na União Africana e na SADC. Em 2015, Moçambique adoptou os 
objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Assim Moçambique assumiu a violência 
baseada no género como uma das prioridades do Governo, e nesse contexto foram elaboradas 
planos de acção para o combate e prevenção da violência contra mulher, onde buscava-se 
implementar as políticas e planos traçados pelas plataformas internacionais no contexto 
nacional 
Portanto em termos de coerência, este Plano insere-se na Declaração e Plataforma de Acção 
de Beijing adoptada na IV Conferência Mundial sobre Mulher, realizada em 1995 na China. 
Está ainda alinhado aos Objectivos e Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 
especificamente ao objectivo n° 5, que pressupõe o alcance da igualdade de género e 
empoderamentotodas as mulheres e meninas, o qual chama atenção da sociedade para: i) 
acabar com todas as formas de descriminação contra todas as mulheres e meninas em toda a 
pare; ii) eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e raparigas nas esferas 
públicas e privadas; iii) eliminar todas as práticas nocivas (casamentos prematuros, forçados 
e mutilações de órgãos genitais femininos). 
Comment [SL11]: Análise bem feita! 
Este plano, está ainda em concordância com a Política de Género da União Africana e ao 
Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento, a qual versa sobre o combate à 
violência baseada no género, orientado os Estados membros a tomarem medidas e acções 
para eliminar este mal. Por fim, este Plano enquadra-se no Plano Quinquenal do Governo 
(2015-2019) que estabelece como um dos pilares a consolidação da Unidade Nacional, da Paz 
e da Soberania. 
5.2. Eficácia do PNPCVBG (2018-2021) 
A eficácia analisa até que ponto os objectivos traçados foram alcançados. Com base nesse 
critério busca-se responder se os objectivos propostos estão sendo alcançados e se estes 
resultados trazem mais valia. Tendo em conta o Estratégia que tem como um dos objectivos 
reduzir os níveis de aceitação da violência baseada no género, aumentando o nível de 
conscencialização e conhececimento sobre a violência baseada no género, o Ffóorum 
Mmulher considera que para reverter o quadro da violência baseada no género, é preciso, em 
primeiro lugar mudar as atitudes e comportamentos e mentalidades na sociedade, 
promovendo a adopção de valores baseados na igualdade de género, em relações de respeito 
mútuo, sem violência, porem por Moçambique ser uma país que grandemente se caracteriza 
por ter uma linhagem patriacal, ainda se registra certa relutância por parte de alguns 
individuos, no que diz respeito a emacipação e promoção dos direitos da mulher, portanto 
este facto coloca em causa a eficácia de um dos objectivos basilares da estratégia I, do 
PNPCVBG (2018-2021). E para mudar tal cénario a ONU Mulher em Moçambique, em 2019 
realizou uma campanha no ambito da iniciativa da Spotlight que consciencializou mais de 
16.000 homens sobre os direitos da mulher e a violência baseada no género, e isso 
influenciou para que muitos homens tevessem uma noção de como seus comportamentos 
desviantes põe em causa os direitos humanos das mulheres, estão a partir dai é possível notar 
certa eficácia do objectivo, uma vez que até os proprios homens apoiados pela Organização 
Ophenta, se tornaram activistas sociais pelos direitos das mulheres, e estes ainda trabalham 
na comunidade para aumentar a consciencialização sobre a violência baseada no género, e 
informar os moradores locais sobre a lei. Portanto para se atingir as metas esperadas seria 
indicado que se promovesse mais campanhas que visem sensibilizar os homens sobre a 
questão dos direitos das mulheres. 
No que diz respeito a Estratégia II, que tem como pressuposto a resposta a violência baseiada 
no género, onde o objectivo é expandir e melhorar a resposta à violência, o plano tem se 
Comment [SL12]: Atenção aos erros 
ortográficos Cansam a leitura! 
mostrado eficaz, segundo mostra o Relatorio de Revisao Nacional Voluntaria da Agenda 
2030 para o Desenvolvimento sustentavel, de 2020 (RRNVADS), dados dos ultimos 5 anos 
apresentados na figura a baixo, apontam para o crescinto de casos reportados aos gabinetes de 
atendimento à familia e menores vitimas de violência domestica de forma consciente de 
2015-2019, com a excepção do período de 2016 a 2017, em que se registou uma ligeira 
reduçao. 
 
 
E no concerne ao acesso a justiça o mesmo relatorio, o Iinstituto de Ppatrocinio e 
Aassistência jurídica (IPAJ) expandiu a sua presença para 145 (95%) dos 154 distritos do país 
e tem registrado um aumento progressivo dos casos assistidos, que chegam a mais de 219 
cidadãos em 2018, o que permite que as mulheres que estejam em situação de ver os seus 
direitos violados passam a ter mais facilidade par acesso as instituições de justiça. Segundo o 
RRNVADS (2020), a eficácia das instituições pode ser analisada de forma macro, em termos 
de estabilidade geral do sistema, garantia da paz e justiça e também em termos de resultados 
específicos nas áreas referentes aos mandatos dessas instituições. O sistema político tem 
enfrentado focos de instabilidade, porem o país ainda goza de estabilidade das suas 
instituições. No que refere a justiça, as instituições revelam alguma eficiência na tramitação 
dos casos, mas o acesso à justça e ao direito são limitados, com particular evidência para os 
grupos vulneraveis, isso tem implicações na garantia dos direitos humanos de uma forma 
geral. Portanto o recomenda seria que no mesmo nível que as plataformas de justiça tem 
crescido, o seu acesso também deveria ser facilitado para as populações, em especial as 
mulheres em situação de vulnerabilidade. 
5.3. Eficiência do PNPCVBG (2018-2021) 
A eficiência tem haver com a diferença entre custos aplicados e ganhos obtidos, procura 
perceber se os recursos económicos foram aplicados de forma viável ou não. Segundo o 
PNPCVBG (2018-2021) a operacionalização das estratégias previstas foi estimado em 
24.132.000,00MT (vinte e quatro milhões cento e trinta e dois mil meticais), segundo o plano 
de financiamento e planificação integrada esse valor seria em parte orçamento do Estado e 
por outro orçamento das organizações parceiras, o alcance dos objetivos traçados significaria 
uso viável dos recursos, isto é, os benefícios valorizam os sacrifícios. 
Para a implementação da estratégia 1 cujo objetivo é a redução dos níveis de aceitação da 
violência baseada no gênero, o orçamento foi de 1.400.000mt. Segundo o fórum mulher o 
alcance deste objetivo não requer apenas de investimento mas também de uma mudança nas 
atitudes e comportamentos dos cidadãos o que coloca em causa a eficiência desta política 
pois o orçamento não representa condição única para o sucesso do plano. 
Para a implementação da estratégia 2 cujo objetivo é expandir e melhorar a resposta a 
violência, o orçamento foi de 2.750.000,00mt. Tem sido observada a expansão dos gabinetes 
de atendimento e a maior abrangência dos seus serviços, segundo o Relatorio de Revisao 
Nacional Voluntaria da Agenda 2030 para o Desenvolvimento sustentavel, de 2020 
(RRNVADS) tem sido cada vez mais reportados casos de violência baseada no gênero o que 
claramente indica o alcance do objetivo esperado para esta estratégia. 
Para a implementação da estratégia 3 cujo objetivo é harmonizar a legislação para assegurar 
um quadro legal consistente que promova os direitos humanos, igualdade de género e 
eliminação da violência baseada no género, o orçamento foi de 3.300.000,00mt. O acesso a 
justiça não representa um ponto não alcançado em sou todo pois segundo o Relatorio de 
Revisao Nacional Voluntaria da Agenda 2030 para o Desenvolvimento sustentavel, de 2020 
(RRNVADS) o instituto de patrocínio a assistência jurídica (IPAJ) expandiu a sua presença 
para mais nove destritos aumentando consequentemente o número de casos assistidos, porém 
não se encontra tal satisfação no que diz respeito ao tratamento justo e direito pois estes 
mostram-se limitados principalmente quando se trata dos mais vulneráveis. 
5.4. Efetividade do PNPCVBG (2018-2021) 
Em termos de efectivade. Na área estratégia III, este Plano visa a melhoria do Quadro Legal 
no sentido de harmonizar a legislação para assegurar um Quadro Legal consistente que 
promova direitos humanos, igualdade de género e eliminação da violência baseada no 
género, tendo em vista os seguintes objectivos: 
 Revisão da legislação que verdade sobre diversas formas de violência; 
 Divulgação da legislação sobre violência doméstica baseada no género. 
Entretanto, de acordo com o Relatório Sobre os Direitos Humanos em Moçambique 2018-
2019, existe um quadro jurídico de políticas, programas, planose leis relevantes para a 
realização dos direitos humanos e igualdade de género. No entanto apesar destes 
resultados, existe ainda problemas quanto à implementação deste plano pois, constata-se 
uma letargia do Estado moçambicano em observar os instrumentos de extrema importância 
na consolidação dos direitos humanos. Apesar das reformas legais, elas não são são ainda 
suficientes para promover mudanças nas relações quotidianas dos indivíduos e reduzir as 
assimetrias de género, homens e mulheres continuam a ocupar lugar diferenciado perante 
a lei. A situação da mulher permanece frágil e exposta a diversas situações de 
vulnerabilidade. 
Como visto, os resultados que estão a ser alcançados não condizem necessariamente com 
os objectivos pré-estabelecidos. Assim, como recomendações, propomos: 
 O fortalecimento do quadro legal, no sentido de torná-lo cada vez mais activo em 
questões de protecção à violência baseada no género; 
 Promoção de campanhas de sensibilização, no sentido de consciencializar as pessoas 
e em particular as mulheres sobre os seus direitos. 
6. Recomendações 
A violência baseada no género infelizmente ainda é uma realidade dentro da sociedade 
moçambicana, a pesar dos inúmeros planos traçados com vista a estancar tal mal. Alguns 
avanços tem se registrado, tal como é o caso do IPAJ ter alastrado os seus serviços para 
mais pontos do país, assim como o número de homens que se consciencializaram como 
relação aos direitos humanos da mulher, porem nem tudo tem saido como o esperado, pois 
mesmo como a presença do IPAJ para mais pontos de país nem todos tem acesso facil a 
instituições de justiça, com vista a reportarem casos que atentem aos seus direitos e isso 
muitas vezes deve-se, ao não conhecimento das comunidades sobre a existências dessas 
plataformas, assim o recomendado seria maior divulgação da existência das plataformas e 
planos que defendema integridade física e psicologica das mulheres. E outra recomendação 
por nós deixada seria a participação activa das organizações da sociedade civil no processo 
de implementação do PNPCVBG, no sentido de se atentarem a todas fases do processo, 
buscando se interrar dos avanços e as dificultades registradas no processo, e como isso tem 
afectado a vida das mulheres. E se no caso de forem registradas inrregularidades a 
Comment [SL13]: Isto deve estar abaixo, nas 
recomendações!! 
sociedade civil deve procrurar estancar tais problemas ainda na sua fase latente, sem 
esperar que o mesmo avançe para situações criticas. 
 Portanto o papel determinante para a proteção dos direitos humanos das mulheres não 
pode só ser atribuido ao governo, mas também as organizações da sociedade civil que 
infelizmente tem se mostratos ineficazes e prova disso, são os constantes casos que tem 
vindo a ser reportados sobre a violção dos direitos das mulheres, ou seja, a sociedade civil 
muitas vezes só aparecem após tais actos macabros terem ocorrido e a eles só cober o 
papel de fazer queixas crimes formais, e isso tinha de ser mudado. Ao governo por sua vez é 
recomendado que não encare tais violações de animo leve, mas que faça sentir todo o peso 
da lei sobre os infratores dos direitos das mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Conclusão 
Ao longo das investigações levadas acabo no âmbito do trabalho em causa um dos ganho 
mais importante recebido pelo grupo foi o choque de realidade que tivemos ao perceber que 
apesar da implementação da política pública atingir em parte os objectivos previamente 
estabelecidos, a realidade mostra ainda muitas deficiências havendo uma disparidade entre o 
que está ser feito e os resultados esperados. A avaliação de uma é ainda mais complexa do 
que aparenta, por acarretar custos de estudo, pesquisa detalhadas e por conta da burocracia 
típica das instituições, pois apesar de podermos nos socorrer dos relatórios existentes, há toda 
uma necessidade de se dirigir aos locais ou às instâncias incumbidas da implementação para 
poder entender o que está ser feito de facto, o que permite uma avaliação mais aprofundada, 
concisa e que não foje muito da realidade. Pudemos ainda notar que existem factores sociais, 
económicos e políticos que dificultam a implementação de facto das políticas, especialmente 
neste Plano aqui no nosso contexto, em que a mulher sempre foi vítima de várias formas de 
violência, assim, há uma necessidade do Estado criar e fortalecer os mecanismos existentes 
para garantir a protecção e segurança das mulheres e raparigas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comment [SL14]: Considerações finais… 
 
 
 
8. Referências Bibliograficas 
Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Baseada no Género-2018-2021 
LOFORTE, Ana, Mulher e Género: Algumas Reflexões Sobres Formas de Deslegitimação da 
Violência Contra a Mulher em Moçambique, Maputo, 2015. 
PEDONE, Luis, Formulação, Implementação e Avaliação de Políticas Públicas, FUNCEP, 
1986. 
Ordem dos Advogados de Moçambique, Relatório de Direitos Humanos-2018/2019, Maputo, 
2020. 
Relatório de Revisão Nacional Voluntaria da Agenda 2030 para o Desenvolvimento 
Sustentavel, Moçambique, 2020. 
SITOE, Eduardo J. LUMBELA, Sélcia, Planificação, Análise e Avakiação de Políticas 
Públicas, Maputo, 2013. 
Ferreira, Patrícia Magalhães, _A Coerência das Políticas para o Desenvolvimento: Um 
instrumento em prol do desenvolvimento?_, Cadernos de Estudos Africanos, 2017. 
Disponível em: https://journals.openedition.org/cea/2281. 
GUEDES, Ronaldo, Administração: Uma introdução, Rio de Janeiro, 2009, disponível em 
https://administradores.com.br/artigos/administracao-uma-introducao acessado em 
10.07.2021 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente 
da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2003. 
 
 
 
 
 
 
 
9. Quadro de participação 
Nomes Contribuição (%) Tarefas dos elementos do 
grupo 
Chume, Salma 15% Quadro conceptual e recolha 
de dados 
Mabuie, Leonor 15% Recolha de dados e análise 
Magaia, Denisse 15% Recolha de dados 
Mathe, Rosalina 15%% Recolha de dados 
Omar, Abubacar 5% 
Ricardo, Bastiana 15%% Análise e Digitação 
Ricardo, Géssica 20% Análise, quadro conceptual, 
digitação, e recolha de 
dados. 
 
 
Comment [SL15]: ???