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UNIDADE 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS FARMACOLOGIA E FARMACOTERAPIA– I Docentes: Graciano Cumaquela (Farmacêutico), Melanie Ferrao (Farmacêutica) TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Conteúdo: Classificação. Acções farmacológicas. Mecanismo de acção. Breve farmacocinética. Efeitos indesejáveis. Usos terapéuticos. Contra- indicações. Presentação e vías de administração. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Os opioides constituem um grupo de fármacos semelhantes à morfina e empregados principalmente como analgésicos, entretanto possuem outros efeitos farmacológicos que serão vistos adiante, como os antitussígenos. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Diferentes estímulos inflamatórios conduzem a liberação de mediadores químicos que podem ativar diretamente os nociceptores ou sensibilizá-los, contribuindo para os fenômenos de hiperalgesia. Substâncias liberadas durante o processo inflamatório, tais como, íons, aminas biogênicas, cininas, citocinas, eicosanoides, aminas simpatomiméticas, endotelinas, espécies reativas do oxigênio e nitrogênio, além da liberação periférica de neuropeptídeos (SP, CGRP, neurocinina); podem interferir com a atividade de fibras nervosas sensitivas aferentes (nociceptores). TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Estes mediadores, através da atuação em receptor específico presente na membrana do nociceptor, e geração de segundos- mensageiros, agem: (a) ativando diretamente os nociceptores, causando dor (por exemplo, histamina, bradicinina, ATP) ou; (b) diminuindo o patamar de ativação do nociceptor, causando, por exemplo, hiperalgesia (serotonina, dopamina, prostaglandina E2, endotelina). Nociceptores: são neuronios sensoriais encontrados por todo o corpo humano capazes de enviar sinais que causam a percepcao da dor por meio de axonios, em resposta a um estimulo potencial ou real de dano tecidual TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Peptídeos opioides Atualmente, a atenção se volta para vários peptídeos endógenos, que possuem marcante atividade biológica, entre os quais a endorfina, as encefalinas e as dinorfinas. São ligantes endogenos que aliviam processos de dor. Receptores opioides Os estudos farmacológicos e comportamentais definiram 3 tipos básicos de receptores opioidérgicos: μ,κ, e δ(MOR, KOR e DOR). Mais recentemente foi identificado o receptor N/OFQ, que tem possibilitado uma nova dimensão aos opioides. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Mecanismo de ação: Os receptores opioidérgicos μ, κ, e δ são pertencentes à família de receptores acoplados à proteína G (GiGo), e agem inibindo adenilil ciclase, consequentemente diminuindo a concentração intracelular de AMPc. Elucida-se que esses receptores promovem a ativação de abertura de canais de K+ retificadores de influxo e inibem a abertura de canais de Ca2+ operados por voltagem. A hiperpolarização do potencial de membrana pela maior condutância de K+ e a supressão da entrada de Ca2+ é o mecanismo que pode explicar os efeitos agudos dos opioides relacionados à inibição da liberação de neurotransmissores e à transmissão da dor. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Mecanismo de ação: TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Efeito μ Κ δ Liberação de prolactina Analgesia espinhal X X Analgesia supraespinhal X X X Sedação X X Hipotermia X Liberação de GH X Bradicardia X X Depressão respiratória X Respostas comportamentais X Renovação de dopamina no estriato X Catalepsia X Inibição de concentrações no íleo de cobaia X Promoção de diurese Efeitos farmacológicos de receptores: TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS ANALGÉSICOS OPIOIDES/OPIACEOS Inicialmente, a terminologia utilizada para esses fármacos foi opiáceos, para fámaco derivado do ópio (Papaver sominiferum). A seguir, foi introduzido o termo opioides, para designar os compostos de origem natural, semissintética e sintética que apresentavam ações semelhantes às da morfina. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Naturais: Morfina Analgésico Pó de ópio Anti-diarréico; Analgésico Codeína Antitussígeno Sintéticos: Meperidina ou Petidina Analgésico Propoxifeno Analgésico Fentanil Analgésico Semi-Sintético: Heroína Proibido o uso médico Metadona Tratamento de dependentes de morfina e heroína Zipeprol Antitussígeno TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS ANTAGONISTAS: NALOXONA E NALTREXONA A naloxona é um antagonista puro, que pode reverter a ação dos agonistas (morfina, fentanil, alfentanil, sufentanil) bem como a de alguns agonistas/antagonistas e agonistas parciais (butorfanol, nalbufina, pentazocina, dezocina e buprenorfina). A naxolona não costuma produzir nenhum efeito quando administrada a um paciente que não recebeu nenhum opióide. A meia-vida de eliminação curta da naloxona (cerca de 1 hora). A naltrexona é um derivado da naloxona, mais potente e de longa duração, pode ser administrada por via oral. Sua aplicabilidade em anestesiologia ainda não possue apoio na literatura TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS AGONISTA PARCIAL: BUPRENORFINA A buprenorfina é uma analgésico sintético derivado da tebaína. Liga-se aos receptores miu e dor, e apresenta atividade intrínseca menor que a dos agonistas. Sua interação com o receptor é estável e a velocidade de dissociação lenta. Estima-se que a afinidade da buprenorfina com o receptor m seja 50 vezes maior que a da morfina. A buprenorfina não tem sido utilizada durante o ato anestésico, mas principalmente como agente de tratamento de dor no pós-operatório, em politraumatizados, pacientes com câncer, infarto do miocárdio e cólica renal. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS AGONISTA/ANTAGONISTAS: NALBUFINA A nalbufina é um agonista k/antagonista miu, não possue potência analgésica igual aos agonistas. A principal indicação da nalbufina tem sido para analgesia pós-operatória, principalmente por sua capacidade de antagonizar parcialmente o efeito dos opióides agonistas. TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Efeitos colaterais aos opioides Sonolência Confusão mental Náusea e vômito Constipação Os efeitos colaterais menos comuns de opioides incluem: Retenção de urina Contração involuntária dos músculos (chamada mioclonia) Prurido Redução grave da respiração TEMA 5.3: HIPNOANALGÉSICOS OU OPIÁCEOS Usos Analgésicos opioides são eficazes para muitos tipos diferentes de dor. Geralmente são os analgésicos mais fortes. São a base para o tratamento de: Dor súbita e grave, relativamente curta (aguda), conforme ocorre após cirurgias ou resulta de queimaduras ou fraturas Dor crônica devido a câncer ou outro distúrbio que encurta a expectativa de vida (distúrbio terminal) Dor crônica em pessoas que estão recebendo cuidados paliativos (visa reduzir sofrimento para pessoas em estado terminal). Recomendações Procurar mais fármacos que fazem parte dos grupos abordados Procurar dosagens, doses de diversos medicamentos. Outros efeitos adversos Procurar enquadrar a Loperamida. OBRIGADO
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