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Tipos de Luto


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Júlia Figueirêdo – PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO 
TIPOS DE LUTO: 
O luto corresponde ao sentimento 
“engatilhado” pela morte de uma pessoa 
querida, sendo expresso socialmente pelo 
pesar, que engloba os comportamentos e 
hábitos associados a esse momento (ex.: 
velórios e funeral). 
Ainda que essas experiências sejam 
pessoais, é possível delinear o luto 
como uma síndrome bem 
estabelecida, com manifestações e 
curso esperados. 
 
 
 
 
Para além dos cinco estágios do luto 
(negação, raiva, barganha, depressão e 
aceitação), podem ser esperadas reações 
normais associadas a perda, como: 
 Protesto; 
 Busca (procura extensa pelo 
reestabelecimento dos laços); 
 Desesperança; 
 Reorganização da realidade. 
Ao final desse processo, espera-se que o 
sobrevivente consiga ressignificar suas 
relações com o falecido e esteja pronto 
a construir novos vínculos. 
A manifestação mais persistente desse 
fenômeno é a solidão, podendo ser 
acompanhada por episódios de 
agudização provocados por estímulos 
emocionais. 
Esses são cada vez menos 
frequentes com o passar do tempo. 
O tempo de duração do luto é bastante 
dependente da sociedade a qual o indivíduo 
faz parte. Na maioria dos países ocidentais, 
a procura e formação de novas conexões 
é esperada após 6 meses a um ano da 
perda. 
 
 
 
 
No entanto, cabe destacar seis fatores que 
são diretamente capazes de influenciar o 
progresso do luto, a saber: 
 Características da pessoa falecida; 
 Natureza das relações e vínculos: a 
análise dos papéis desempenhados 
pelo falecido ajuda a compreender os 
impactos a curto e longo prazo 
decorrentes de sua morte; 
 Circunstâncias da perda: óbitos 
inesperados, traumáticos ou violentos 
podem alterar as respostas individuais ao 
luto, por vezes aumentando sua 
intensidade; 
 História pessoal: refere-se aos 
antecedentes adaptativos após perdas 
passadas; 
 Personalidade; 
 Variáveis sociais: normalmente 
associadas a conceitos como cultura e 
religião, que interferem na relação com a 
morte. 
Atualmente, o DSM-V considera que quadros 
de luto que persistam por mais de um ano 
sejam considerados como transtorno de 
perda complexa persistente, marcado por 
sintomas como desvalia, ideação suicida e 
impactos funcionais. 
Algumas das apresentações da condição 
citada podem ser representadas por: 
 Luto crônico: é a forma mais comum de 
persistência do pesar, principalmente em 
contextos de relações próximas com o 
A manifestação mais persistente do luto é a 
solidão, que pode ser acompanhada por 
episódios de agudização provocados por 
estímulos emocionais. Esses são cada vez 
menos frequentes com o passar do tempo. 
 
O luto antecipatório corresponde ao 
desencadeamento de reações típicas em um 
contexto de processo lentificado da morte 
(ex.: doenças degenerativas), podendo 
reduzir o impacto da morte ou induzir a 
separação precoce 
Júlia Figueirêdo – PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO 
falecido ou na ausência de redes de 
suporte; 
 Luto hipertrófico: corresponde às 
expostas exageradamente intensas 
associadas a uma morte repentina, 
capazes de interferir nas relações 
familiares; 
o Perda traumática: é uma combinação 
da apresentação crônica com a 
hipertrófica, havendo aflição intensa 
e recorrente, com um misto de 
esquiva e preocupação com o falecido. 
 Luto tardio: é caracterizado por um 
período prolongado de negação, 
impedindo a expressão dos sinais agudos 
do pesar; 
 Complicações clínicas ou 
psiquiátricas associadas à perda: o 
falecimento de entes queridos pode 
elevar a mortalidade dos 
sobreviventes e a participação em 
comportamentos de risco, bem como 
levar ao desenvolvimento de quadros 
depressivos ou ansiosos. 
A diferença entre luto e depressão 
consiste principalmente no caráter dos 
sintomas, flutuantes e associados à figura 
do falecido no primeiro, e mais estáveis e 
debilitantes no segundo. 
 
 
 
 
 
 
Critérios para diferenciar sintomas do luto e o transtorno depressivo maior 
 
 
 
 
 
 
 
(continua na página seguinte) 
O transtorno de estresse pós-traumático 
pode estar associado ao luto especialmente 
após mortes violentas, como suicídio e 
homicídio. As respostas de pesar são 
também acompanhadas por ansiedade 
intensa e vulnerabilidade 
 
Júlia Figueirêdo – PROBLEMAS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO 
 
Critérios diagnósticos do DSM-V para a perda persistente prologada