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Fios de sutura e nós cirúrgicos 1 ❗ Fios de sutura e nós cirúrgicos Síntese cirúrgica: manutenção da contiguidade dos tecidos, para facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização Princípios da síntese → usar instrumental e material adequado a cada tecido → usar a menor quantidade possível de material (corpo estranho) → não permitir que as bordas da ferida fiquem sob tensão (pode causar isquemia) → tração sempre existe, mas a tensão deve ser controlada → não suturar em plano único estruturas com mais de 1 cm → não deixar espaço vazio (morto) (evita a seroma) → não apertar excessivamente os nós nem torcê-los Fios de sutura Definição: porção de biomaterial com secção circular de diâmetro muito reduzido em relação ao comprimento. Objetivo: contenção ou fixação de estruturas orgânicas e/ou elemento utilizado em cirurgia através de suturas e nós Considerar emprego e desfecho: calibre, segurança do nó, plasticidade, força tênsil, fricção, elasticidade, diâmetro, capilaridade, absorção, cor, origem, memória (mantém conformação original), pliabilidade (facilidade de manuseio), reação tecidual 💡 obs: o fechamento da ferida permite mitigar os riscos de infecção controláveis Fio de sutura ideal: → resistente ao meio no qual atua → resistente à tração e torção → calibre uniforme, baixo índice de fricção e não ser cortante → estabilidade do nó → resistente à esterilização → fácil manuseio, sendo flexível mas não elástico Fios de sutura e nós cirúrgicos 2 → baixa reação tecidual e/ou toxicidade → não provocar infecção → manter as bordas da ferida coaptadas até a cicatrização → baixo custo Classificação fios de sutura Monofilamentares Multifilamentares → pode esconder bactérias; Torcidos ou traçados Apresentação dos fios de sutura → sertix → meada → carretel Embalagem: cada um tem sua cor Espessura: quanto maior o número de zeros mais fino é o fio! Fio 12.0 mais fino, fio 3 mais espesso → comparar os fios com o mesmo biomaterial Classificação (exemplo) Absorvíveis (absorção não igual em todo o fio) → sintético (menor reação tecidual) → multifilamentares → poliglactina → Vicryl: aproximação dos tecidos lisos em geral, incluindo procedimentos oftálmicos, exceto tecidos cardiovasculares e neurológicos → ácido poliglicólico → monofilamentares → polidioxonona → PDS II: aproximação do tecido macio, incluindo tecido cardiovascular pediátrico e cirurgia oftálmica, não é indicado para tecido cardiovascular adulto, microcirurgia e tecido neural → poliglecaprona → Monocryl: aproximação de tecidos lisos em geral, exceto tecidos cardiovasculares ou neurológicos, microcirurgia ou cirurgia oftálmica Fios de sutura e nós cirúrgicos 3 → gliconato → animal: aproximação de tecidos lisos em geral, exceto tecidos cardiovasculares e neurológicos → categute → categute cromado Não absorvível → sintéticos → multi → poliéster → mono → poliamida: muito utilizado quando é necessário colocar telas e em cirurgias cardiovasculares; nylon pode sofrer certa degradação → PTFE → polipropileno: mais indicado para cirurgia cardíaca e vascular → poliéster → animal → seda: indicado para tecidos lisos em geral; pode sofrer certa degradação → vegetal → algodão → linho → mineral → aço inoxidável: procedimento ortopédicos ou que requerem estabilização maior Agulha Finalidade: passagem e/ou transfixação de fios de sutura através de tecidos a serem implantados no paciente Ângulo interno: retas, semi retas e curvas Apresentação: traumática e atraumática (fio embutido) Secção transversal: cilíndrica, triangular, prismática Nós cirúrgicos Definição: entrelaçamento entre as extremidades de um fio a fim de uni-las e fixá-las. Fios de sutura e nós cirúrgicos 4 Estrutura básica do nó: A: Alça C: Seminó de contenção F: Seminó de fixação S: Seminó de segurança Exemplo de nós: Nó corrediço, Nó lançado triplo, Nó de forca Considerações práticas Propriedade mecânica de fio: deve ser superior à do tecido que o fio abrange ou superior às tensões a que o tecido está sujeito Edema do tecido: tecido compreendido na alça do fio exerce determinada pressão no fio e sobre nó Tensão do fio: tensões inadequadas (excessivas ou deficientes) sobre a alça das suturas ou na realização dos semi-nós comprometem a resistência da amarria Estrutura geométrica do nó: os tipos de semi-nós a serem executados e seu número influenciam na estabilidade da estrutura devendo ser executado apropriadamente Leis de Livingston 1ª movimentos manuais de mãos opostas executam um nó perfeito 2ª a ponta do fio que muda de lado após a execução do 1º semi-nó deve voltar ao lado inicial para realização do 2º semi-nó Influência da técnica → não cruzar as mãos: obscurecem o campo e diminui o controle → técnica: manual, instrumental, mista → indicação de aplicação depende do objetivo, acessar lugares difíceis melhor utilizar instrumental; ter mais cuidado com a tensão, utilizar manual → pontos chave: → importante aprender como formar os nós, como os aperta e como os posiciona → as extremidades soltas são mantidas sob controle completo Nós cirúrgicos manuais → Simples de cirurgião Fios de sutura e nós cirúrgicos 5 → Duplo de cirurgião → Prisco Paraíso → Sapateiro (contra nó de amarria simples?) Classificação de suturas: Profundidade: superficiais ou profundas Planos anatômicos: por planos ou em massa Posição das bordas: confrontamento, invaginante ou de eversão Sequência dos pontos: pontos separados ou contínuos Separados: → simples → invertido → Donati ou U vertical: uma passagem profunda e outra superficial, causa eversão dos bordos → Wolf ou U horizontal: duas passagem superficiais consecutivas, eversão é menor do que no de Donati → Smead-Jones/Polia: dois planos, passagem profunda e superficial, maior estabilidade, distribui a força → X ou Sultã: boa estabilidade Contínuas: → chuleio simples → chuleio ancorado → barra grega → intra-dérmica → Purse-string: utilizada na apendidectomia Nathália Farias @medicinathy
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