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FACULDADE DOCTUM DE JUIZ DE FORA
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
DALINE GOMES OLIVEIRA
A IMPOSIÇÃO DO REGIME DA SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS AQUELES COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 70 ANOS: UMA ANÁLISE DE SUA CONSTITUCIONALIDADE SOB A PERSPECTIVA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
JUIZ DE FORA
2021
FACULDADE DOCTUM DE JUIZ DE FORA
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
DALINE GOMES OLIVEIRA
A IMPOSIÇÃO DO REGIME DA SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS ÀQUEELS COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 70 ANOS: UMA ANÁLISE DE SUA CONSTITUCIONALIDADE SOB A PERSPECTIVA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Projeto de TCC apresentado ao curso de Direito da Faculdade Doctum de Juiz de Fora como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Direito.
Orientador: Prof. Laira Carone Rachid.
JUIZ DE FORA
2021
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO TEMÁTICA..................................................................................03
2 PROBLEMATIZAÇÃO...............................................................................................04
3 HIPÓTESE.................................................................................................................05
4 MARCO TEÓRICO....................................................................................................06
5 OBJETIVOS..............................................................................................................09
6 JUSTIFICATIVA........................................................................................................09
7 METODOLOGIA........................................................................................................10
8 CRONOGRAMA........................................................................................................10
9 SUMÁRIO HIPOTÉTICO...........................................................................................11
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................12
 
1 APRESENTAÇÃO TEMÁTICA
O regime de bens é o conjunto de regras, estabelecido antes do casamento, que disciplina as relações patrimoniais entre os cônjuges, e entre estes e terceiros. É orientado por três princípios: o da variedade, liberdade e mutabilidade.
a)	Princípio da variedade de regimes: O código civil coloca à disposição dos nubentes quatro modelos de regimes, que também podem ser combinados entre si, criando um regime misto. Os noivos escolhem um dos regimes através do pacto antenupcial sob pena de, se não o fizerem, vigorar o regime legal (comunhão parcial de bens).
b)	Princípio da liberdade de escolha dos regimes: Esse princípio confere aos noivos a livre estipulação do regime de bens (art.1639, CC), inclusive pode haver uma mixagem dos regimes que estão na lei (ex. parcial para os bens móveis e universal para bens imóveis). Pode fazer esta mistura desde que não sejam incompatíveis. Há uma exceção que é a regra do art.1641, CC, que determina o regime obrigatório de separação de bens, nos casos que menciona.
c)	Princípio da mutabilidade dos regimes: É possível a qualquer tempo da vigência do casamento mudar o regime de bens estipulado. Faz-se necessário cumprir alguns requisitos legais para tanto, deve haver um pedido judicial motivado de ambos os cônjuges plenamente capazes de discernir e transigir. Esse pedido judicial deve resguardar direito de terceiros, não podem existir dívidas e para que de fato ocorra à alteração do regime é obrigatória a autorização judicial (art. 1639, § 2º). Nos casos em que a lei impõe o regime da separação obrigatória de bens não se vislumbra esse princípio. (art. 1.641, incs. I e III, CC).
O Código Civil trata da matéria dos regimes de bens nos artigos 1.639 a 1.688 e prevê quatro espécies de regimes, a saber: o regime de comunhão parcial de bens, o regime de comunhão universal de bens, o regime de separação total de bens (convencional e legal), por fim, o regime de participação final nos aquestos.
Quanto ao regime da separação total de bens existe a separação legal e a convencional. A separação convencional está disciplinada nos art. 1687 e 1688 ambos do CC, nesse regime as partes escolhem por liberalidade, e os bens dos cônjuges acumulados antes, durante e após o casamento, permanecem incomunicáveis. Já no regime legal como o próprio nome sugere é a lei que impõe o regime que deve ser adotado, não tendo os nubentes o poder de escolha do regime, são os casos previstos no art.1.641 que é um rol taxativo e possui a seguinte redação:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Para relativizar os efeitos do regime da separação legal imposta aos nubentes o STF possui uma súmula antiga editada em 1964, sob o número 377 que diz o seguinte:
Súmula 377-STF: No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.
A doutrina muito se fala que a previsão do art. 1.641, temperada com a súmula 377 do STF transforma o regime de separação de bens em regime de comunhão parcial de bens. (VELOSO, Zeno. Casal quer afastar a Súmula 377).
No caso do inciso II do art. 1641, a pessoa com idade superior a 70 anos caso não queira a flexibilização da separação total de bens,com aplicação da súmula deverá deixar isso evidenciado em pacto antenupcial. Embasado na idéia que o conteúdo da súmula traz matéria de ordem privada, totalmente disponível e afastada por convenção das partes.
A pesquisa ora proposta se debruçará sobre a situação específica da pessoa com idade superior a 70 anos que não tem direito de escolher o regime de bens que norteará sua união, sendo pressuposta pela legislação brasileira vigente uma espécie de redução da capacidade de discernimento.
Ressalta-se que, sob a perspectiva da dignidade da pessoa humana, a constitucionalidade deste dispositivo legal é contestável.
2 PROBLEMATIZAÇÃO 
Sob a perspectiva da dignidade da pessoa humana, prevista pela Constituição Federal como fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro, a imposição do regime legal de separação total de bens aos idosos com idade superior a 70 anos, numa espécie de presunção de discernimento reduzido de tais pessoas, é constitucional?
3 HIPÓTESE
Acredita-se que, ao final da pesquisa ora proposta, chegar-se-á à conclusão de que a imposição legal do regime de separação total de bens à pessoa idosa é inconstitucional por violar a dignidade da pessoa humana. 
4 MARCO TEÓRICO
Elegeu-se como referencial teórico da pesquisa ora proposta os arts. 3º. e 4º. do Código Civil, que tratam da incapacidade absoluta e relativa, a saber:
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.  
 Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico 
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV – os pródigos (BRASIL, 2002
Nota-se, portanto, que o idoso com idade superior a 70 anos não pode ter sua incapacidade presumida, afigurando-se inconstitucional a imposição legal do regime de bens no casamento que vier a ser contraído por ele. 
Como há muito tempo a doutrina vem ressaltando esta inconstitucionalidade, o STF editou a Súmula 377 em 1694, ofertando a possibilidade de mitigação da separação total de bens obrigatória, motivo pelo qual também se elegeu a mesma como referencial teórico: “No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento”.
Por fim, também foram eleitos como marco teórico os conceitos de dignidade da pessoa humana e de inconstitucionalidade.
Segundo Alexandre de Moraes, a dignidade da pessoa humana consisteem:
“Um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos e a busca ao Direito à Felicidade”
A inconstitucionalidade ocorre quando normas infraconstitucionais vão de encontro a dispositivos já existentes na Carta Magna de 1988. Ao redigir a Constituição Federal promulgada em 05 de Outubro de 1988, o legislador da então nova lei maior foi considerado originário.
Segundo José Afonso da Silva (2005, p. 47), a inconstitucionalidade por ação ocorre quando:
Ocorre com a produção de atos legislativos ou administrativos que contrariem normas ou princípios da constituição. O fundamento dessa inconstitucionalidade está no fato de que do princípio da supremacia da constituição resulta o da compatibilidade vertical das normas da ordenação jurídica de um país, no sentido de que as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a constituição. As que não forem compatíveis com ela são inválidas, pois a incompatibilidade vertical resolve- se em favor das normas de grau mais elevado, que funcionam como fundamento de validade das inferiores.
5 OBJETIVOS
Conceituar o instituto do regime de bens no Brasil, explicitando quais os princípios que o norteiam, bem como os tipos previstos na legislação vigente.
No contexto do regime da separação total de bens, diferenciar o obrigatório do convencional. 
Apresentar a Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal, deixando claro que a mesma mitiga os efeitos da separação total de bens imposta por lei.
Demonstrar que a edição da Súmula 377 do STF não revogou o art. 1641 do Código Civil.
Analisar a inconstitucionalidade do inciso II do art. 1641 do Código Civil, tendo como fio condutor a dignidade da pessoa humana enquanto fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro.
6 JUSTIFICATIVA
A escolha do tema foi com base na importância da defesa dos direitos dos idosos, pois é uma parcela da população que vive cada vez mais e limitar seus direitos sociais e civis é claramente um ataque à justiça social. 
Especificamente sobre a imposição do regime de separação obrigatória aos nubentes na faixa etária dos 70 anos  entendo ser injusto, discriminatório é até ilegal posto que temos vários institutos espalhados no ordenamento jurídico que visa a proteção dessa pessoa. O ordenamento jurídico objetiva a proteção dos direitos da pessoa idosa e restringir a sua autonomia da vontade no momento da escolha do regime de bens com base em uma mera presunção da diminuição do discernimento por conta da idade é inseguro e restringe direitos  fundamentais que regem nossa legislação
7 METODOLOGIA
A pesquisa a ser desenvolvida será qualitativa, bibliográfica e documental.
8 CRONOGRAMA
	 
	1º
mês
	2º
mês
	3º
mês
	4º
mês
	5º
Mês
	6º
mês
	Revisão bibliográfica
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Processamento dos dados
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Redação da monografia
	 
	 
	 
	 
	 
	 
9 SUMÁRIO HIPOTÉTICO
INTRODUÇÃO
1 REGIMES DE BENS: PRINCÍPIOS NORTEADORES E ESPÉCIES
2 A SÚMULA 377 DO STF
3 ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE DO INCISO II, DO ART. 1641 DO CÓDIGO CIVIL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
10 BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406compilada.htm >. Acesso em: 22 set. 2021.
SILVA NETO, René da Fonseca e. Considerações sobre o regime de bens no Código Civil Brasileiro. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 2869, 10 maio 2011. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/19073 >. Acesso em: 22 set. 2021.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Método, 2021.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33ª ed. São Paulo. Atlas, 2017.
(VELOSO, Zeno. Casal quer afastar a Súmula 377. Disponível aqui: < https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/333986024/casal-quer-afastar-a-sumula-377-artigo-de-zeno-veloso#:~:text=Seria%20um%20desastre%20econ%C3%B4mico%2C%20para,for%C3%A7a%20da%20S%C3%BAmula%20377%2FSTF.> Acesso em: 22 set. 2021.
).

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